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ALCA
O que é a ALCA?
É a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), acordo proposto pelos Estados Unidos da América onde se criaria uma zona sem barreiras alfandegárias disseminando assim a entrada de produtos norte-americanos nas Américas Central e Sul.
Participariam desse acordo 34 nações americanas, com exceção de Cuba por ter divergências ideológicas com os Estados Unidos. O primeiro prega o socialismo e a soberania, já o segundo pratica o capitalismo.
Valor do Produto Interno Bruto e número populacional
O Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 países seria de aproximadamente 13 trilhões de dólares, superando em 2 trilhões o PIB da União Européia (UE). A população da ALCA seria cerca de 850 milhões de habitantes, já a da União Européia é de cerca de 374 milhões. Isso faria com que a hegemonia da União Européia decrescesse, dessa forma a ALCA igualaria ou superaria o bloco europeu.
Antecedentes
O capitalismo na década de 1990 encontrava-se em um momento muito importante, diversos continentes davam início à corrida pela criação de Blocos Econômicos Supranacionais, todos com intuito de fortalecerem suas economias. Diante dessa nova realidade o então presidente norte-americano, George Bush, anunciou suas novas regras estratégicas com a criação de uma zona de livre comércio. Na tentativa de aumentar a entrada de produtos norte-americanos nas demais Américas. Porém, esse acordo foi parcialmente esquecido, sendo retomado em 1994, pelo sucessor de Bush, Bill Clinton.
Criação
A primeira reunião entre a Cúpula Americana para discutir esse acordo ocorreu em 1994, momento em que foi exposto o desejo norte-americano de unir as Américas, utilizando como principal argumento a luta pela hegemonia das Américas.
Finalidade
A princípio, a ALCA iria acabar gradativamente com as barreiras comerciais e de investimentos, com isso aproximadamente 85% dos produtos e serviços transacionados na região ficariam isentos de impostos. Cada país ou bloco iria estabelecer sua própria alíquota de importação para países não pertencentes ao grupo.
Reuniões
Após a primeira Cúpula para discutir a ALCA, em Miami, os Ministros de Comércio do Hemisfério se reuniram quatro vezes para formular e executar um plano de ação para o acordo.
Apoio
Uma comissão tripartite foi criada para dar apoio técnico e analítico à ALCA, foi composta pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O que significa o acordo para seus defensores?
A ALCA daria origem a um paraíso de consumo, eliminando qualquer restrição à circulação de mercadorias, serviços e capitais.
O que representaria esse acordo para a maioria da população?
Segundo o embaixador Samuel Pinheiro, “o livre comércio daria condição ao cidadão para comprar importados mais baratos e de melhor qualidade. Mas o consumidor, na condição de trabalhador, poderia perder o seu emprego. Os importados mais baratos acarretariam dificuldades para as fábricas ou empresas, fato que poderia gerar desemprego”.
Osvaldo Martínez (diretor do Centro de Investigações da Economia Mundial e Prêmio Nacional de Economia em Cuba) diz que: - “A ALCA seria um projeto norte-americano para criar um acordo de livre comércio entre a economia dos Estados Unidos, a mais rica e poderosa do planeta, e as economias latino-americanas e caribenhas, subdesenvolvidas, endividadas, dispersas e cujo Produto Interno Bruto, somado, é quase dez vezes inferior ao dos EUA. Podendo concluir que não é nem mais nem menos, do que um projeto de integração entre o tubarão e as sardinhas.”
Aceitação da ALCA
Foram realizadas inúmeras manifestações contra a ALCA, pois os argumentos utilizados pelos norte-americanos não convenceram a população latina de que o acordo seria algo vantajoso para eles. Por fim, em 2005 foi oficialmente abandonado o acordo da ALCA, com a saída da Venezuela e do Brasil.
Fonte: Brasil Escola
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