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Confederação do Equador

Bandeira da Confederação do Equador - 1824

O absolutismo de D. Pedro I trouxe grande insatisfação à população e isso gerou protestos em Pernambuco, Paraíba e Ceará.

Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das pessoas para a revolução.

Cipriano Barata era natural da Bahia e tornou-se notável pela sua atividade jornalística defendendo os valores liberais da época. Dedicou a sua vida à luta revolucionária e esteve ligado às camadas mais populares e por essa razão, foi preso várias vezes.

Frei Caneca era um dos discípulos de Cipriano e principal líder da Confederação do Equador contra D. Pedro.

Frei Caneca, preso

Em 1823, as idéias republicanas dominavam o nordeste e se acentuaram em face das ameaças do Imperador que, com a Constituição outorgada em 1824, impôs ao país um estado unitário. Pernambuco não aceitou essa Constituição e em 2 de julho de 1824, seu presidente Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador (movimento republicano e separatista que uniu Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte). No início a Constituição adotada foi a Colombiana. O objetivo era formar um novo estado completamente separado do Império, cujas bases eram um governo representativo e republicano, garantindo a autonomia das províncias confederadas.
Porém, a repressão ao movimento estava sendo preparada no Rio de Janeiro. Várias tropas foram enviadas para o Nordeste sob o comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva (forças terrestres) e de Lord Cochrane (forças navais).

Em setembro de 1824, as forças de Lima e Silva dominaram Recife e Olinda (principais centros de resistência), e dois meses depois foi a vez do Ceará.

As penas impostas aos revoltosos foram severas e D. Pedro não atendeu aos pedidos para que elas fossem mudadas. Frei Caneca foi condenado à forca, contudo, acabou sendo fuzilado, diante da recusa do carrasco em executar a sentença. Muitos companheiros de Caneca receberam a mesma condenação, outros tiveram mais sorte e conseguiram fugir.

Mesmo com o fim da Confederação do Equador, a insatisfação contra o absolutismo do Imperador continuava e crescia cada vez mais.

O jornal “A Aurora Fluminense” de Evaristo Veiga era o principal porta-voz da oposição e seu líder mais destacado era o deputado mineiro Bernardo Pereira de Vasconcelos.

Ambos defendiam a monarquia constitucional, criticavam a autocracia do Imperador e a distribuição de cargos públicos às pessoas de origem aristocrática (pregavam a conquista desses mesmos cargos por mérito próprio).

Fonte: InfoEscola

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