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Acne

Embora as acnes não sejam graves, causas consequências psicológicas para os seus portadores.

A acne, comumente conhecida como espinha, é uma doença inflamatória da pele que atinge ambos os sexos. Ela é gerada por uma inflamação dos folículos polisebáceos, normalmente associada à bactéria Propioniumbacterium acnes, variando de intensidade de grau I até IV. Sua incidência é maior durante a adolescência, podendo atingir 80-90% dos adolescentes, persistindo em alguns casos na fase adulta. Devido a fatores hormonais, as formas mais graves da acne atingem pessoas do sexo masculino.

Sua fisiopatologia é complexa e envolve diversos fatores, como predisposição genética, fatores hormonais (sabidamente, hormônios sexuais influenciam na ocorrência de acne), fatores ambientais, estado emocional, fatores associados à pele como hipercornificação ductal, dentre outros. Basicamente as acnes se desenvolvem após uma secreção elevada de sebo pelas glândulas sebáceas, o que proporciona um ambiente ideal para desenvolvimento de microorganismos.


As manifestações da acne são variadas de acordo como grau das lesões. Podem se apresentar como comedões (cravos), pápulas (lesões avermelhadas, eritematosas e altas), pústulas (com presença de pus), nódulos e abcessos (lesões profundas e endurecidas). As regiões de maior ocorrência da acne são aquelas de maior oleosidade, como a zona T do rosto, nariz, peito e costas. Embora as acnes não sejam graves, causas consequências psicológicas para os seus portadores, que se sentem menos aceitos na sociedade e com baixa auto-estima.

De acordo com sua severidade, a acne pode ser classificada em:


  • Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).
    acne comedoniana
    Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
    Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
    acne cistica
    Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.



Os tratamentos para a doença são variados e, normalmente, os médicos dermatologistas adotam múltiplas abordagens. Basicamente deve-se manter a pele higienizada e, atualmente, há uma variedade enorme de produtos no mercado com tal fim, como sabonetes, géis e adstringentes.

Agentes esfoliantes como peróxido de benzoíla e ácido salicílico também são usados. Além desses produtos, antibióticos tópicos e orais, como tetraciclina, eritromicina, dentro outros, têm eficácia contra a bactéria causadora das acnes.
Os cravos e espinhas podem ser causados por bactérias e ácaros (que é um tipo de aracnídeo).
Os retinóides de uso interno ou tópico (ácido retinóico, tretinoína, isotretinoína, etc) são amplamente usados e eficazes no tratamento da acne, entretanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado pelo dermatologista. Outros tratamentos incluem tratamentos hormonais, peeling, sabonetes à base de enxofre, etc. Algumas plantas medicinais usadas são a bardana, óleo de prímula, óleo de argânia, etc.

Alguns cuidados que ajudam a prevenir a acne são: cuidados diários com a pele, evitar exposições ao sol, evitar o estresse, higiene constante, dentre outros.

Fonte: Cria Saúde
Imagens: Dermatologia.net

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