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Esportes Olímpicos: Ciclismo de Pista

História
A exemplo das provas de estrada, o ciclismo de pista estava presente no programa da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas-1896. Desde então, a modalidade só ficou ausente de uma edição: Estocolmo-1912. Naquele ano, apenas as provas de estrada foram disputadas.
A origem do ciclismo de pista é bem próxima ao de estrada. As primeiras competições oficiais da modalidade datam de 1870, quando os atletas já competiam em ginásios fechados com pistas de madeira. A grande vantagem desta vertente do ciclismo era justamente o fato de não depender do bom tempo e ainda dar a possibilidade de cobrar ingressos dos torcedores que fossem acompanhar as provas.
No ciclismo de pista, a velocidade é o principal fator. No total, são 10 tipos de provas diferentes, sendo 5 masculinas e 5 femininas. Além das disputas de velocidade, velocidade por equipe, keirin, perseguição por equipes, a novidade é a omnium. Essa prova estreou em Londres-2012 e nela os atletas competem por pontos, duelam em perseguição, fazem disputas contra o relógio e também em formato de corrida. Sobem ao pódio aqueles que forem mais regulares e somarem mais pontos ao fim de todas as provas.
Uma curiosidade em relação às bicicletas da pista é que elas não possuem freio e contam com apenas uma marcha. Devido a alta velocidade atingida pelos atletas durante as provas, o uso do freio poderia causar acidentes e apresentar grande risco aos competidores. Além disso, outro fato curioso é que as mulheres só passaram a competir por medalhas nos Jogos Olímpicos no ciclismo de pista a partir de Seul-1988.
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Curiosidades


A prova sem vencedores

A prova de velocidade das Olimpíadas de Londres-1908 teve um dos finais mais inusitados de todos os tempos. A prova decisiva foi disputada pelo francês Maurice Schilles e pelos britânicos Benjamin Jones, Victor Johnson e Clarence Kingsbury. Mas nenhum deles levou uma medalha sequer para casa.
Com percurso de 1km, o tempo limite para completar a prova era de 1 minuto e 45 segundos. Mas nenhum dos finalistas conseguiu terminar a disputa abaixo desse tempo. Johnson e Kingsbury ficaram pelo caminho com pneus furados. Na linha de chegada, Schilles superou Jones por pouco, mas, para surpresa geral, não ficou com o ouro.
A União Internacional de Ciclismo se recusou a permitir que a disputa fosse repetida, deixando a corrida sem medalhistas.
Lenda britânica
No ciclismo de pista, ninguém tem uma história mais vitoriosa e impressionante do que a do britânico Chris Hoy. Antes de brilhar nas pistas olímpicas, Hoy já demonstrava total aptidão para o esporte. Como adolescente, foi uma estrela do rúgbi em uma escola de Edinburgo, sua cidade natal. Aos 14 anos, representou tanto a Escócia quanto a Grã-Bretanha no BMX, sagrando-se campeão escocês e vice britânico.
Além disso, Hoy competia no mountain bike e tem em seu vasto currículo uma medalha de prata no Campeonato Britânico de remo. Foi em 1992 que Chris Hoy colocou toda sua atenção no ciclismo de pista. Quatro anos depois ele já fazia parte da seleção britânica. Inicialmente, chegou sem chamar muita atenção. Mas rapidamente foi superando todos os seus companheiros com muita dedicação até chegar ao topo.
A versatilidade de Hoy foi fundamental para o sucesso nos Jogos Olímpicos. Em sua estreia, em Sidney-2000, o britânico conquistou a prata na prova de velocidade por equipes. Em Atenas-2004 veio o primeiro ouro, na prova de 1km contra o relógio. Quatro anos depois, em Pequim-2008, Hoy faturou nada menos do que três ouros: keirin, velocidade por equipes e velocidade individual. O britânico encerrou seu ciclo olímpico em Londres-2012 em grande estilo, conquistando o ouro mais uma vez no keirin e na velocidade por equipes.


Acesse também
Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)
Site: www.cbc.esp.br
E-mail: vasconcellos@cbc.esp.br
Federação Internacional de Ciclismo (UCI): www.uci.ch

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