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Arte Árabe

Arábia foi o centro de uma notável civilização que rapidamente se difundiu pelo Oriente, criando um grande e poderoso império. Bastante influenciados pela arte cristã, os muçulmanos criaram também a sua arte;  acrescentaram novos elementos trazendo uma riqueza e um luxo diferente.

Além a influência bizantina predominante, a arte muçulmana acolheu sugestões de alguns países onde se instalou. Na Ásia não foi insensível às idéias persas. Na Espanha filtrou elementos dos visigodos germânicos que a haviam ocupado.

Dando às abóbodas feitio e construção diversa, produziram efeitos imprevistos com o sistema de estalactites, designação o qual ficaram sendo conhecidas. A decoração árabe é singularmente original pelo relevo dos seus motivos e pela inesgotável fantasia geométrica de que as compõe, revelando excepcional riqueza e criatividade.

Devido a uma cláusula especialmente expressa no Livro Sagrado Alcorão que proibia a representação de seres vivos, a pintura decorativa dos árabes só empregava temas geométricos, figuras abstratas, animais estilizados e estes, de tal modo que se tonavam muito difícil reconhecer-lhes a natureza no meio da composição em que se encontravam. As próprias linhas floreadas da escrita árabe adquiriram um alto valor decorativo.

A cerâmica também é bastante original, tendo adquirido grande fama as manufaturadas, conhecidas por majólica.
Caixa de marfim

Arabescos
A arte islâmica não é a arte de um país ou de um povo em particular; é a arte de uma civilização formada por uma combinação de circunstâncias históricas: a conquista do mundo antigo pelos árabes, a unificação forçada e que por sua vez foi invadido por vários povos estrangeiros.

O elemento árabe é provavelmente, em todos os tempos, o mais importante. Ele forneceu a base para o desenvolvimento da arte islâmica através da mensagem do islã, a língua de seu livro sagrado e a forma árabe da escrita. Esta última transformou-se na mais importante característica isolada de toda a arte islâmica, levando ao desenvolvimento de uma infinita variedade de ornamentação abstrata e de todo um sistema de abstração linear, peculiar às diversas formas de arte islâmica, que de uma maneira ou de outra poder ser reconhecida como de origem árabe.


AS MESQUITAS


Ao contrário da igreja cristã, a mesquita não é a morada de Deus, mas apenas o lugar de encontro dos fiéis, onde se pode orar em paz, com a cabeça voltada para a quibla, pedra que indica a direção de Meca.

 Mas o fator principal de sua originalidade sempre foi a religião maometana que se exprimiu, desde logo, no seu local de culto: a mesquita.

Os Templos chamados Mesquitas tiveram grande vastidão, mostrando no interior a enorme floresta de colunas superiormente ligadas por meio de arcos, mas de arcos cuja trajetória excedia as normas vulgarmente usadas até ali, com a forma de ferradura.

Uma das principais características é a ausência de espaços vazios. Os monumentos religiosos são constituídos pelas Mesquitas cujo protótipo é a de Córdoba, na Espanha, que tem oitocentos e cinquenta colunas de mármore. Em outras arquiteturas notam-se os palácios, como o de Alhambra, em Granada  mundialmente conhecido pela opulência da sua decoração interna, que torna assombrosa a  Sala dos Embaixadores.

O mais antigo templo islâmico El Acsa está em jerusalém, e foi erguido no fim do séc. VII. 

A Mesquita de Córdoba, tem mais de mil anos, e foi transformada em Catedral Católica desde a conquista da cidade pelos cristãos, no século XIII - é uma das mais belas obras da arquitetura árabe na Península Ibérica.

Reconhecida como a terceira maior Mesquita do mundo, sendo apenas  superada pelas de Meca e de Casablanca. Naquele tempo Córdoba era considerada a cidade mais próspera da Europa.


Sala dos Embaixadores / Palácio de Alhambra

Interior Mesquita Omíada - 705 / 715


Os arabescos e azulejos dão bem a nota discreta e fina da decoração árabe, onde, graças a esses pitorescos desenhos e engenhosa disposição de linhas não parece fazer falta a representação da criatura humana vedada pela religião muçulmana. A arte como a poesia, entre os árabes, deve muito à influência imaginativa dos persas. Nas cidades árabes medievais, ao contrário da maior parte das cidades européias, haviam escola, universidades e bibliotecas. Foram grandes desenvolvedores nas áreas da medicina, da filosofia, da matemática, da geometria e da arquitetura.

Arabescos árabes
Fonte:Blogger

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