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Estados Unidos e China iniciaram negociações para evitar Guerra Comercial


A China e os Estados Unidos entraram em um acordo na última sexta-feira (4) para estabelecer um "mecanismo de trabalho para estreitar a sua comunicação sobre suas disputas comerciais", informou a agência "Xinhua". 

De acordo com a publicação, os dois países reconheceram que possuem "grandes diferenças" entre eles, mas que isso não impossibilitará de "continuar trabalhando" para resolvê-las. 

Este novo mecanismo foi anunciado no segundo dia das negociações entre uma delegação norte-americana, liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e as autoridades chinesas, em Pequim. 

O objetivo dos Estados Unidos é apresentar aos chineses algumas reclamações comerciais, principalmente sobre equilibrar a balança de pagamentos e solicitar maior proteção aos direitos da propriedade intelectual. 

Por sua vez, os chineses consideraram as ofertas dos norte-americanos "injustas". 

Pequim e Washington estão há meses travando uma grande guerra comercial. Tudo começou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobretaxar a importação de aço e alumínio, dois dos principais produtos de exportação do país asiático.

(Fonte: Terra)

Entenda a Guerra Comercial entre China e Estados Unidos
Os Estados Unidos anunciaram tarifas sobre a importação de 1.300 produtos chineses no valor de 50 bilhões de dólares e a China contra-atacou anunciando sua própria lista, com um valor similar. A Bolsa se ressentiu e as indústrias afetadas de cada lado do Pacífico estão em suspense, mas as consequências do enfrentamento das duas maiores economias do mundo são globais. Nas brigas de elefantes, dizem, quem mais sofre é a grama que está embaixo.


A relação entre Washington e Pequim é complexa. Donald Trump, que tem uma queda por líderes autoritários, já expressou simpatia por Xi Jinping e elogiou sua decisão de perpetuar-se no poder mediante uma reforma constitucional. Ambos os líderes conseguiram coordenar-se em uma questão complicada como a norte-coreana, tendo a China concordado em aumentar a pressão sobre Pyongyang e abrindo a porta para uma possível cúpula histórica entre o presidente norte-americano e Kim Jong-un a fim de negociar a desnuclearização de seu hermético país. Mas a promessa trumpista de reduzir o déficit comercial segue um caminho diferente e o republicano não está disposto a ceder.

“Não estamos em uma guerra comercial com a China, essa guerra foi perdida há muitos anos por pessoas estúpidas ou incompetentes que representavam os EUA”, disse Trump no Twitter. “Agora temos um déficit comercial de 500 bilhões por ano, com roubo de propriedade intelectual na ordem de 300 bilhões. Não podemos permitir que isso continue!”, acrescentou. O regime chinês limita rigorosamente os setores em que os estrangeiros podem investir no país e impõe a associação com uma empresa local em outros. Os EUA asseguram que as empresas norte-americanas são forçadas a entregar sua tecnologia aos rivais locais para ter acesso ao poderoso mercado, algo que Pequim nega. Washington, UE e Japão somaram forças contra a China na cúpula da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Buenos Aires em dezembro passado.

“Nenhuma tentativa de pôr a China de joelhos por meio de ameaças e intimidação jamais teve sucesso e não o terá desta vez”, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Geng Shuang, segundo informa a AFP. A China, disse, está disposta a dialogar em matéria comercial, “mas a oportunidade de consultas e negociação foi omitida pelos EUA diversas vezes”, em referência aos vários pedidos recentes que o país enviou a Washington através da OMC.
(Fonte: El País)


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