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Grécia Antiga III: Período Arcaico e a Polis Grega

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Fonte: Área Filosófica
O período arcaico corresponde ao terceiro período da Grécia Antiga, que começa após o período homérico, entre os anos de 800 a.C. e 500 a.C..

Com o fim do período homérico e do declínio das comunidades patriarcas dos genos, a expansão das cidades-estado dominou esse período da história grega, que esteve marcado sobretudo, pelo desenvolvimento da cultura, política, economia e dos aspectos sociais.

Surge assim, o conceito de sociedade privada na sociedade grega, a qual era comandada pelos proprietários de terra.

Foi a partir desse período que os antigos genos foram transformados em unidade políticas maiores chamadas de polis ou cidade-estado.

Controladas por uma aristocracia proprietária de terras, esses núcleos urbanos, aos poucos se tornaram importantes centros comerciais do mundo grego. Cada uma delas possuía autonomia e independência das quais destacam-se Esparta e Atenas.

Além disso, de uma economia agropastoril que predominou o período anterior, o comércio passa a ser uma das mais importantes fontes econômicas. Começa a despontar a democracia, principalmente na cidade de Esparta, e também a surgir uma sistematização das legislações.

Nessa fase, as artes e a cultura grega atingem grande apogeu com a construção de templos, a expansão da pintura, da escultura e do artesanato (sobretudo dos objetos de cerâmica). Estudos apontam que nesse período existiam mais de cem cidades-estados na Grécia Antiga.


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Polis Grega
A polis grega eram as cidades estados da Grécia Antiga, as quais foram fundamentais para o desenvolvimento da cultura grega no final do período homérico, período arcaico e período clássico.

Sem dúvida Atenas e Esparta merecem destaque como as cidades gregas (polis) mais importantes do mundo grego. O termo “polis” em grego significa “cidade”. Note que as polis gregas representam a base do desenvolvimento do conceito de cidade tal qual conhecemos hoje.


Nascimento e Desenvolvimento da Polis
As polis surgem no século VIII a.C. e atingem seu apogeu nos séculos VI e V a.C. Anteriormente, as pessoas se reuniam em pequenas aldeias (comunidade gentílicas agrícolas denominadas “genos”) com terras de uso coletivo, as quais floresceram durante o período homérico.

A expansão demográfica e do comércio foram as principais causas para o surgimento da Polis, que incluía o campo e a cidade (centro). Foram, portanto, essenciais para fortalecer a organização dos membros da sociedade grega.

A polis era controlada por uma oligarquia aristocrática e possuía uma organização própria e, portanto, independência social, política e econômica. A organização social da polis era constituída basicamente por homens livres (os cidadãos gregos) nascidos na polis, mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos.

Sendo assim, em Atenas os denominados Eupátridas ou “Bem-nascidos” pertenciam a pequena classe dominante que detinham as maiores terras sendo responsáveis por administrar a política da polis. Depois deles, estavam os Georgoi, agricultores proprietários de terra. E, por fim, os Thetas (ou marginais), os trabalhadores que não detinham nenhum poder sobre as terras e que representavam a maior parte da população grega.

Já a sociedade em Esparta era dividida em Esparciatas (os aristocratas soldados), responsáveis pelo desenvolvimento da política da polis. Os denominados Periecos representavam os homens livres, (comerciantes, agricultores e artesãos). E por fim, os escravos, chamados de Hilotas, que constituíam a maior parte da polução espartana.

As polis gregas eram divididas em duas partes: a Ástey (zona urbana) e a Khora (zona rural), sendo formadas por casas, ruas, muralhas e espaços públicos tal qual a Acrópole, ponto mais alto da cidade, formada por palácios e templos dedicados aos deuses, e a Ágora, a praça principal donde ocorriam as feiras e diversos atos públicos como as manifestações cívicas e religiosas.

A economia na polis era baseada na agricultura e no comércio sendo um núcleo urbano autossuficiente. Já a política na polis girava em torno da Assembleia do Povo, o Conselho Aristocrático e os Magistrados, embora em cada local ela apresentasse características peculiares.

Por exemplo, em Atenas o poder político provinha da Eclésia, as Assembleias populares, que em Esparta eram chamadas da Apela (formado por espartanos acima de 30 anos) e Gerúsia (composto por 28 anciãos com mais de 60 anos).


Características da Polis Grega
As principais características das polis gregas eram:
  • Possuía autonomia e detinha o poder
  • Eram autossuficiente (política, social e economicamente)
  • Tinham leis e organização sociais próprias
  • Propulsionou o surgimento da propriedade privada
  • Possuía Complexidade social



Democracia Ateniense
A democracia ateniense representou um dos momentos mais emblemáticos da história de Atenas. Ela foi desenvolvida por meio dos legisladores e políticos Dracon e Sólon e consolidada por volta de 510 a.C., quando o político aristocrata Clístenes derrota o tirano Hípias. Sua implementação foi essencial no desenvolvimento das polis gregas, a qual foi espalhada pelas outras cidades-estados.


Filosofia
Uma vez que a polis representava um dos modelos de organização social, política e econômica do mundo grego, ela foi essencial para o desenvolvimento da sociedade bem como do pensamento humano, mediados pelos processos de socialização que ocorriam entre os cidadãos nos locais públicos.

Foi a partir dessas teias de relações que a filosofia grega representou uma das importantes vertentes que foram desenvolvidas por filósofos que habitavam a polis. Com o advento da democracia, essas relações sociais foram consolidadas pelas reflexões realizadas pelos cidadãos gregos.

Essa evolução racional da mente foi a chave para o desenvolvimento da filosofia grega em detrimento da visão mitológica que dominava a mentalidade grega anteriormente.


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