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Economia Pernambucana



Nos últimos 30 anos Pernambuco vem mudando seu perfil econômico: deixa de ser um estado agrícola e se transforma em grande centro de serviços, com destaque para o comércio e o turismo. O setor de serviços representa mais da metade do PIB Produto Interno Bruto estadual, enquanto a agricultura contribui com menos de 10% das riquezas do estado.

A economia de Pernambuco apresenta grande diversidade com a presença de cadeias produtivas bem estruturadas e investimento em infraestrutura que são fatores para que o Estado apresente uma performance econômica acima dos indicadores nacionais nos último anos.

Segunda economia do Nordeste,superada apenas pela da Bahia, Pernambuco tem um PIB da ordem de R$ 17 bilhões, equivalente ao do Chile e superior ao de países como Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. Estado onde a economia açucareira foi a mais expressiva do Brasil, do período colonial ao início deste século, Pernambuco passa por aceleradas transformações. A cana-de-açúcar ainda representa 40% da economia estadual, mas vem perdendo este peso para outras atividades agrícolas, industriais e de serviços, que urbanizam rapidamente o setor econômico.

Segundo estimativas do Condepe, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado ficou na casa dos R$ 40 bilhões em 2004, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas da Bahia, e vem crescendo num ritmo um pouco superior ao do País, se consolidando como 8ª economia do país. Em 2003, o PIB local, que representa 20% do PIB do Nordeste e em torno de 2,7% do nacional,registrou incremento de 1,22%, enquanto o do País apresentou retração de 0,5%. Em 2004, o PIB estadual acompanhou o nacional, crescendo 5%, entre 2000 e 2003, Pernambuco cresceu em média 0,68% acima do crescimento nacional.

O setor terciário é o que tem envolvido maior número de pessoas e gerado maior produção. Destacam-se aí as atividades comerciais e financeiras, correspondentes a 21% e 25%, respectivamente, do PIB estadual. A indústria de transformação também cresceu e responde por 25%da produção total do Estado. A diversificação foi a grande marca do setor,com gêneros tradicionais(têxtil e alimentar) perdendo importância no Valor da Transformação Industrial (VTI), passando de quase 60% para 35%, entre 1960 e 1985,segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa diversificação alavancou o desenvolvimento das indústrias química, de material elétrico, comunicações, mecânica, metalurgia, matéria plástica, bebidas, vestuário e calçados.

Entre 1999 e 2004 foram aportados R$ 1,3 bilhão em investimentos em infra-estrutura pública,destinados sobretudo a rodovias,portos, aeroportos e malha de abastecimento de gás natural em conjunto com os esforços do Estado em articular uma política de incentivos fiscais.

Nos anos 90, o trinômio constituído pela emergente atividade do turismo, a agricultura irrigada e o Complexo Portuário de Suape, projeta ainda mais a economia pernambucana no conjunto nacional. O turismo tem como principal ponta de lança o projeto Costa Dourada. O programa, parceria da iniciativa privada com os governos federal e dos estados de Pernambuco e Alagoas, visa dotar de infraestrutura o litoral no trecho entre Cabo de Santo Agostinho (sul de Pernambuco) e Barra de Santo Antônio (norte de Alagoas), para explorar as potencialidades turísticas naturais da região.

Quanto ao mercado interno, segundo o IBGE, o Estado conta com uma população de 8 milhões de habitantes, 16% da população do Nordeste. A população economicamente ativa é de 1,444 milhão de pessoas, o PIB per capita é de R$ 4.887. Em relação à posição geográfica no Nordeste, vale frisar que Pernambuco faz divisa com 5 dos 9 estados da região e conta com fácil acesso por rodovia, por via aérea
ou por modal marítimo.

No vale do rio São Francisco – o rio de maior extensão dentro do território brasileiro – a agricultura irrigada está revolucionando a produção e a produtividade de frutas e legumes. Tomate, cebola, uva, manga, melão e melancia produzidos nessas áreas representam metade da economia gerada pela tradicional indústria álcool-açucareira,e as uvas produzidas em Pernambuco já são exportadas para a Europa.

A área de agricultura irrigada se apoia na infraestrutura do porto fluvial de Petrolina, às margens do Rio São Francisco. O Estado tem como uma de suas principais estruturas logísticas o Complexo Industrial e Portuário de Suape, localizado a 40 quilômetros do Recife e que conta com 40 escalas mensais de navios, sendo 25 de longo curso e 15 de cabotagem, além de concentrar os principais investimentos públicos privados do Estado.

Uma nova fase do porto de Suape aponta para a continuidade do desenvolvimento e crescimento da região, com destaque para: a consolidação do estaleiro que o consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Mitsui vai construir, com previsão para entrar em operação em 2008,o polo petroquímico do grupo italiano M&G já em construção, a construção do moinho pela Bunge Born e a refinaria a ser implantada pela Petrobras em parceria com a venezuelana PDVSA, cujo investimento ainda precisa ser consolidado.

Desta forma, para os próximos anos, a expectativa é de que a economia de Pernambuco deve manter o ritmo de crescimento acima da média nacional, tal como nos últimos anos, impulsionada pela inversão de orçamento para a região a partir dos projetos sociais, com a consolidação dos investimentos em Suape e o bom desempenho das exportações e da indústria de bens intermediários.

Cabe destacar que Pernambuco, apesar de ter uma economia em desenvolvimento tem como barreira o engessamento da receita corrente líquida para pagamento da dívida,falta de dinamismo no mercado imobiliário na região metropolitana de Recife, o perfil pouco exportador, que não se beneficia da onda de bons resultados nacionais ainda prejudicado como comprometimento do desempenho da região do Vale do São Francisco, em função das chuvas. Contudo, o Estado caminha para a solução desses problemas através da efetivação dos investimentos em Suape, o que, indica que o Estado tem condições de apresentar crescimento vigoroso, principalmente em um cenário de médio prazo.

O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$ 42.260.926 mil em 2000, correspondente a 2,7% do PIB nacional. 

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