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Museu Nacional: Conheça um pouco da história e veja imagens de parte do acervo

O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do Brasil e, até meados de 2018, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. Localiza-se no interior do parque da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, estando instalado no Palácio de São Cristóvão. O palácio serviu de residência à família real portuguesa de 1808 a 1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira Assembléia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892. O edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938.

Palácio de São Cristóvão em 1862

Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural, popularmente chamada "Casa dos Pássaros", criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos interesses de promoção do progresso sócio-econômico do país através da difusão da educação, da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946.

Vista do Paço de São Cristóvão, por Jean-Baptiste Debret

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas. Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo é subdividido em coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. É a principal base para as pesquisas realizada pelos departamentos acadêmicos do museu — que desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e 2.400 obras raras.

Visão lateral do Museu Nacional
No campo do ensino, o museu oferece cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, além de realizar exposições temporárias e atividades educacionais voltadas ao público em geral. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no município de Saquarema é utilizado como centro de apoio às pesquisas de campo. Dedica-se, por fim, à produção editorial, destacando-se nessa vertente a edição dos Arquivos do Museu Nacional, o mais antigo periódico científico brasileiro especializado em ciências naturais, publicado desde 1876.

Panorama do Museu Nacional no Paço de São Cristóvão, em janeiro de 2011.

Em 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu os três andares do prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro.

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Museu tomado pelas chamadas, em 2 de setembro de 2018.
Acervo

Meteorito do Bendegó, siderito descoberto na Bahia, em 1784
Meteorito Patos de Minas, siderito descoberto em Minas Gerais, em 1925
Meteorito Pará de Minas. Siderito encontrado em Minas Gerais em 1934.
Meteorito Avanhandava. Aerólito, queda em São Paulo em 1952.
Meteorito Brenham. Siderólito encontrado no Kansas, Estados Unidos, em 1882.
Amostra de meteorito exibindo a estrutura de Widmanstätten.
Amostra de cristal romboédrico de quartzo, sobre massa de cristais de turmalina verde.
Peça doada ao Museu Nacional pelo presidente 
Getúlio Vargas, em 1940
Concreção carbonática em arenito fino de idade cretácica, proveniente da Antártida.
Exemplar de quartzo ametista entre os Minerais da Coleção Werner, trazidos para o Brasil pela Família Real Portuguesa, em fuga após invasão de tropas francesas de Napoleão Bonaparte, que estão em exposição no Museu Nacional (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Exemplar de Topázio entre os Minerais da Coleção Werner, trazidos para o Brasil pela Família Real Portuguesa, em fuga após invasão de tropas francesas de Napoleão Bonaparte, que estão em exposição no Museu Nacional (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Exemplar de calcedônia da Sibéria entre os Minerais da Coleção Werner, trazidos para o Brasil pela Família Real Portuguesa, em fuga após invasão de tropas francesas de Napoleão Bonaparte, que estão em exposição no Museu Nacional (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Caule petrificado de uma samambaia extinta (Guairea brasiliensis)
Libélula fossilizada (Odonata)
Esqueleto de pterossauro (Tupandactylus imperator).
Réplica de esqueleto de titanossauro (Maxakalisaurus topai).
Esqueleto de espinossauro (Irritator).
Esqueleto de terópode (Santanaraptor placidus).
Esqueletos de preguiças-gigantes e tigre-dentes-de-sabre
Esqueleto de ave predadora (Paraphysornis brasiliensis).
Reconstituição artística de um Unaissauro (Unaysaurus tolentinoi).
Crânio de Luzia (c. 11.500-13.000 anos antes do presente). Lapa Vermelha IV, Lagoa Santa, Minas Gerais
Crânio e mandíbula de Australopithecus afarensis (réplicas).
Crânio e mandíbula de Homo sapiens - Cro-Magnon (réplicas).
Recorte de sambaqui com ossada humana.
Reconstituição do rosto de Luzia
Detalhe da tampa do esquife da dama Sha-Amun-en-su. Egito, Época Baixac. 750 a.C
Múmia Kherima. Egito, Período Romano, séculos I-III d.C
Estela de Raia, Império Novo, c. 1300-1200 a.C.
Sarcófago de Hori, Terceiro Período Intermediário, c. 1049-1026 a.C.
Estatueta Koré. Civilização grega ou romana, século V a.C. ou posterior
Detalhe de afresco do Templo de Ísis em Pompéia, representando um dragão marinho e um golfinho
Vênus ou Leda. Escultura em alabastro, Grécia ou Roma.
Cálice com cariátides etrusco, século VII a.C.
Enócoa coríntia com tampa, século VI a.C.
Cratera em cálice italiota de figuras vermelhas. Campânia, século IV a.C.
Cultura Chancay. Fragmento de tecido com representação de aves. Proveniente de Huacas del Sol. Período Tardio, c. 1200-1400 d.C
Cabeça encolhida, mumificada pelo Povo Jivaro
Civilização Inca. Vaso de cerâmica ("Aríbalo inca"), c. 1430-1532
Múmia atacamenha, 4700-3400 anos antes do presente.
Cultura Santarém. Vaso de gargalo (ou "de cariátides"), 1000-1400 d.C
Cultura do Rio Trombetas. Zoólito em forma de peixe, s.d
Ponta de projétil (9,5 x 4 cm) utilizada por grupo de caçadores-coletores da pré-história brasileira.
Cultura SantarémMuiraquitã em forma de rã, 1000-1400 d.C.
Índios Tucanos. Escudo de palha trançada, século XIX
Índios Ricbactas. Coroa radial, s.d.
Índios Tembés. Cesto cargueiro, s.d.
Índios Carajás. Borduna de madeira, s.d.
Trono do Reino do Daomé (século XVIII/XIX), ofertado a D. João VI pelo rei Adandozan
Bandeja esculpida, lavrada em basalto. Proveniente de Vancouver, Costa do Pacífico
Miniatura de caiaque feita em couro. Ilhas Aleutas, s.d.
Armadura de madeira e couro. Costa do Pacífico, s.d.
Vaso policromado em forma de embarcação. Costa do Pacífico, s.d.

Fonte: Wikipédia

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