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Quem foi o abolicionista José Ferreira de Menezes?

 


O negro José Ferreira de Menezes nasceu livre em uma sociedade escravista. Provavelmente nasceu em Angras dos Reis entre 1942 e 1945. Notabilizou-se como escritor, advogado e fundador de um influente Peri ótico que circulava no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, o Gazeta da Tarde.

O filho do “preto” e liberto José Joaquim Ferreira de Menezes, teve dois irmãos: Antônio Ferreira de Menezes e Claudina Ferreira de Menezes. Diferenciando-se do imaginário construído para os negros de sua época, estudou no Colégio Tautphoeus de Nova Friburgo, tendo sido aprovado nos exames preparatórios para as academias do Império perante o Conselho de Instrução Pública. O Conselho era o órgão imperial encarregado da direção e regimento de ensino e educação pública no período Imperial.

Em São Paulo, Ferreira de Menezes formou-se em Direito, sem deixar de manter contato com destacadas figuras que atuavam no Rio de Janeiro, entre elas Machado de Assis. Na cidade, colaborou em diversos jornais acadêmicos e comerciais. Ficou conhecido como um homem das letras, do teatro e dos debates públicos.

Ele que nascera pobre e desconhecido, conquistara pelo seu talento e civismo lugar eminente entre os vultos mais imponentes da nossa imprensa jornalística e literária, e se enriquecera do respeito de seus coevos.

De nascimento obscuro, pobre, desprotegido, elevou-se a grande altura por seus merecimentos pessoais. Com o trabalho seu conseguiu formar-se em uma das academias do Império, com ele viveu e com a força de seu talento impôs-se ao respeito e consideração de seus concidadãos.

Ferreira de Menezes foi ainda incansável pela causa da libertação dos escravos e contra o tráfico ilegal de Africanos para o Brasil. O jornal fundado por ele, lançado em 10/07/1880, foi fundamental para a divulgação de propagandas abolicionistas. Era declaradamente abolicionista e serviu como um veículo poderoso para que a voz de escritores, professores e profissionais Afro Brasileiros fosse ouvida.

Sua morte foi prematura, em 06/06/1881, mas sua trajetória de homem negro, livre e letrados é importante para se pensar sobre a experiência da liberdade na escravidão.

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