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Zonas geográficas ou sub‑regiões do Nordeste e de Pernambuco

Zonas geográficas do Nordeste

 

Para que se pudesse analisar de forma mais fácil as características da região Nordeste, o IBGE dividiu a região em quatro zonas:

• Meio-norte: o meio-norte é uma faixa de transição entre a Amazônia e o sertão, abrange os estados do Maranhão e Piauí. Também é chamada de Mata dos Cocais, devido às palmeiras de babaçu e carnaúba. No litoral chove cerca de 2000 mm anuais, indo mais para o leste e/ou para o interior esse número cai para 1500 mm anuais, já no sul do Piauí, uma região mais parecida com o sertão só chove 700 mm por ano, em média.

• Sertão: o sertão fica localizado, geralmente, no interior do Nordeste. Possui clima semiárido; em estados como Ceará e Rio Grande do Norte chega a alcançar o litoral, descendo mais ao sul, o sertão alcança o norte de Minas Gerais, no Sudeste. As chuvas são irregulares e escassas. Existem constantes períodos de estiagem e a vegetação tipica é a caatinga.

• Agreste: o agreste é uma zona de transição entre a Zona da Mata e o sertão. Localizado no alto do Planalto da Borborema, é um obstáculo natural para a chegada das chuvas ao sertão, se estendendo do sul da Bahia até o Rio Grande do Norte. O principal acidente geográfico da região é o Planalto da Borborema. Do lado leste do planalto estão as terras mais úmidas (Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima vai ficando cada vez mais seco (Sertão).

• Zona da Mata: localizada ao leste, entre o Planalto da Borborema e a costa, fica a Zona da Mata, que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas são abundantes. A zona recebeu este nome por ter sido coberta pela Mata Atlântica. Os cultivos de cana-de-açúcar e cacau substituíram as áreas de florestas. O povoamento desta região é muito antigo.

As Regiões de Pernambuco – Sertão, Agreste e Zona da Mata
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Região Metropolitana do Recife
Área administrativa criada em 1973, quando o governo federal decidiu implantar uma política de desenvolvimento no entorno das capitais brasileiras, a Região Metropolitana do Recife (RMR) é formada por 15 municípios:  Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife.

Todos os municípios da RMR fazem parte da Mesorregião Metropolitana do Recife, acrescentando-se a esta a Vila dos Remédios, núcleo urbano do arquipélago de Fernando de Noronha. O forte desenvolvimento da região está promovendo a expansão da RM para os municípios contínuos pertencentes a Zona da Mata Norte e Sul. Essa ampliação forma o colar metropolitano. Embora ainda não tenha sido institucionalizada por lei, o novo colar metropolitano envolve seis municípios: Vitória de Santo Antão, Escada e Sirinhaém (Mata Sul) e Chã de Alegria, Paudalho e Itaquitinga (Mata Norte). Para esse conjunto de municípios estão previstos: duplicação de rodovias, construção de escolas técnicas, de hospitais regionais, de alojamentos e futuros bairros residenciais populares. Levando em consideração o colar metropolitano formado por esses municípios adjacentes entorno da região metropolitana, a população da metrópole chega a 4,385 milhões, superando assim a Região Metropolitana de Porto Alegre e a RIDE do Distrito Federal e Entorno. , tornando-se assim, a 4° maior metrópole do país, atrás apenas das RM's de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

É a região de maior concentração de renda do Estado e os seus municípios geram, juntos, metade de toda a riqueza produzida em Pernambuco. Tem uma população de três milhões de habitantes, dos quais 60% vivem na linha de pobreza (com renda de um salário-mínimo por mês). Os 20% mais ricos dos seus habitantes têm renda 40 vezes maior que a dos mais pobres.

A RMR é a região que apresenta a maior taxa de urbanização do Estado. Entre os seus indicadores negativos, o que mais incomoda é a violência, pois é considerada a segunda região com maior índice de criminalidade do Brasil. Quanto ao saneamento básico, tem apenas 35,2% dos seus municípios com esgotos sanitários, quando a média nacional é de 52,5%, segundo dados do IBGE.

Entre os indicadores positivos, a RMR destaca-se por abrigar o terceiro maior polo médico do Brasil e o segundo melhor polo de informática do País.

Outro destaque nacional: a RMR tem taxas de escolarização do ensino médio (entre crianças de 15 a 17 anos) de 79,9%, superior à média brasileira que é de 78,5%.

Litoral/Mata
Uma das regiões mais férteis do Estado, onde predomina o solo tipo massapê, é formada por 57 dos 184 municípios pernambucanos. Sua economia está concentrada na agroindústria canavieira que oferece cerca de 70 mil empregos permanentes e 90 empregos temporários (na época da safra da cana-de-açúcar). Ao contrário das demais regiões do Estado, não está sujeita a secas periódicas, tem rios perenes e índices pluviométricos elevados, se comparados aos do Estado como um todo.

Tem densidade demográfica elevada, 212 habitantes por quilômetro quadrado, bem superior à média estadual que é de 72 hab/km2. Também conhecida como zona canavieira, está dividida em seis microrregiões: Mata Setentrional, Vitória de Santo Antão, Mata Meridional, Itamaracá, Recife e Suape.

Agreste
É a região intermediária entre a Mata e o Sertão. Caracteriza-se por uma economia diversificada, com o cultivo de lavouras como milho, feijão, mandioca, entre outras, e pecuária leiteira e de corte. Principal bacia leiteira do Estado, o Agreste tem índices pluviométricos maiores que os do Sertão, com média anual entre 800 e 1000 milímetros, mas também é uma região sujeita a secas periódicas.

Está dividida em seis microrregiões: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos, já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de cereais.

Sertão ou Caatinga
É a maior região natural do Estado, ocupando 70% do território pernambucano. Está dividida em seis microrregiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú, Moxotó, Petrolina e Itaparica. No geral, tem sua economia baseada na pecuária e plantio de culturas de subsistência.

É a região mais castigada pelas secas que atingem o semiárido nordestino, com precipitação média anual entre 500 e 700 milímetros. Em Itaparica está localizada uma hidrelétrica do sistema Chesf e em Petrolina fica o maior polo de produção de frutas do Estado, cultivadas com água irrigada do Rio São Francisco e destinadas à exportação.

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