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03 de Março de 1809: Nascimento de Paula Frassinetti

 


A Inspiradora História de Paula Frassinetti e Sua Ligação com o Brasil

Início de Vida e Vocação Religiosa

Paola Ângela Maria Frassinetti, conhecida como Paula Frassinetti, nasceu em 3 de março de 1809, em Gênova, Itália. Desde a infância, ela demonstrou uma profunda espiritualidade e um forte desejo de ajudar os outros. Aos nove anos, perdeu sua mãe e, aos doze, sua tia que cuidava da família. Essas perdas a fizeram assumir responsabilidades domésticas enquanto seu irmão José se preparava para o sacerdócio.

Fundação da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia

Em 1827, aos 18 anos, Paula foi morar com seu irmão José, que era pároco na vila de Quinto al Mare. Lá, ela percebeu a necessidade de educação entre as crianças carentes e fundou uma escola paroquial. Esse projeto foi o embrião da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, oficialmente fundada por Paula em 12 de agosto de 1834. A congregação rapidamente se espalhou por várias regiões da Itália, com um foco especial na educação de meninas pobres.

Expansão e Impacto Internacional

A Congregação das Irmãs de Santa Doroteia cresceu rapidamente e expandiu suas atividades para além da Itália. Em 1866, as Irmãs de Santa Doroteia chegaram ao Brasil, estabelecendo sua primeira comunidade em Porto Alegre. A missão brasileira teve um impacto significativo na educação e no desenvolvimento social de muitas regiões do país, especialmente entre as comunidades carentes.

Ligação com o Brasil

A chegada das Irmãs de Santa Doroteia ao Brasil marcou o início de uma profunda ligação entre a obra de Paula Frassinetti e o povo brasileiro. As irmãs estabeleceram várias instituições educacionais e de caridade em todo o país, incluindo o famoso Colégio Paula Frassinetti em Recife, Pernambuco. Este colégio se tornou um símbolo da dedicação das irmãs à educação e ao bem-estar das crianças e jovens brasileiras.

Últimos Anos e Morte

Paula Frassinetti passou seus últimos anos em Roma, onde continuou a trabalhar incansavelmente pela expansão e fortalecimento de sua congregação. Em 11 de junho de 1882, aos 73 anos, Paula faleceu após uma vida de dedicação ao serviço dos outros. Ela foi sepultada na Capela da Casa Geral das Irmãs de Santa Doroteia, em Santo Onofre, Roma.

Canonização e Reconhecimento

Em 8 de junho de 1930, Paula Frassinetti foi beatificada pelo Papa Pio XI, em reconhecimento a sua vida de santidade e serviço. Em 11 de março de 1984, ela foi canonizada pelo Papa João Paulo II, tornando-se Santa Paula Frassinetti. Seu corpo, encontrado incorrupto em 1906, está exposto em uma urna de cristal na Capela da Casa Geral de Santo Onofre, uma doação feita por alunas brasileiras em sinal de devoção e agradecimento.

Legado e Influência Contínua

O legado de Paula Frassinetti continua a influenciar gerações de educadores e religiosos. Suas instituições educacionais e de caridade seguem operando, proporcionando educação e apoio a milhares de pessoas ao redor do mundo. A determinação de Paula em oferecer uma educação de qualidade para os desfavorecidos serve como um modelo inspirador para todos nós.

Conclusão

A história de Paula Frassinetti é um testemunho de fé, resiliência e dedicação ao serviço dos outros. Sua ligação com o Brasil, por meio da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, continua a inspirar e impactar a vida de muitas pessoas até hoje. Paula Frassinetti é um exemplo de como a determinação e a compaixão podem transformar o mundo, um ato de bondade de cada vez.

 

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Pernambuco Tem História: 02 de Março de 1630 - Holandeses tomam o Forte de São Jorge Velho, no Recife. Conheça a história do forte.

Forte de São Jorge (chamado de St. George ou Castelo de Terra pelos holandeses)
Gravura de Joan Bleau, 1630.
O Forte [ou Castelo] de São Jorge localizava-se no Istmo de Olinda e Recife entre o limite norte do povoado do Recife e a cidade de Olinda. Foi um dos bastiões da resistência contra os invasores holandeses em 1630.

A estrutura denominada de Forte de São Jorge remonta a uma trincheira portuguesa conquistada pelo corsário inglês James Lancaster e retomada um mês mais tarde, em Maio de 1595. Ante ao fracasso dos holandeses na Bahia e da provável segunda tentativa de invasão, ao mesmo tempo em que as defesas do Recife eram precárias, Matias de Albuquerque, Superintendente da Guerra da Capitania de Pernambuco, reconstruiu a antiga trincheira "com mais solidez" e transformou-a em forte. Neste mesmo período mandou construir uma nova fortaleza, obra financiada e executada por Diogo Pais, localizado a poucos metros ao norte do Forte de São Jorge.

Entretanto, não houve tempo para o término da empreitada. Em 15 de fevereiro de 1630, o novo forte ainda estava a "alguns pés acima do solo" quando a poderosa armada da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), sob o comando do Almirante Hendrik Cornelissen Lonck, surtiu sobre a costa pernambucana.

De acordo com as fontes flamengas, durante a invasão em 02 de Março de 1630, o Forte de São Jorge, construído em alvenaria de pedra de cantaria, e o Forte de São Francisco da Barra, que havia sido construído nos arrecifes e lhe era fronteiro, abriram fogo contra os navios, impedindo a aproximação da esquadra. Também não conseguiam entrar no porto pois Matias de Albuquerque afundara oito barcos na entrada da barra, impedindo a passagem.

A gravura a seguir de 1630 retrata o ataque holandês: 1. Forte de São Jorge (identificado por S. George); 2. Forte de São Francisco da Barra (identificado como Hetzee Fort), em fogo cruzado com o primeiro; 3. O povoado do Recife.
Die stat Olinda de Phernambuco welche durch die Hollender im Februari. Amsterdam, Erobert Worden, 1630
 
O Forte de São Jorge, comandado pelo capitão Antônio de Lima, resistiu heroicamente ao desembarque holandês, sendo bombardeado pelos navios durante mais de 20 dias. Além disso, 3.000 homens desembarcaram ao norte de Olinda, nas praias do Pau Amarelo. Waerdenburg, o coronel que os comandava, avançou pelo norte e cercou o Forte de São Jorge, iniciando o bombardeio. A gravura acima também retrata esta ação.

Em outra gravura holandesa, abaixo, podemos ver bem nítido: 1. O Forte de São Jorge (identificado como S. George); 2. As obras portuguesas iniciadas do forte de Diogo Pais (que viria a se tornar o Forte do Brum); 3. Forte de São Francisco da Barra; 4. Povoado do Recife.
De Stadt Olinda de Pharnambuco. Estampa e folheto holandeses, do Maritiem Museum, Rotterdam. 1630
Com as muralhas arrasadas pela artilharia inimiga, uma quantidade numerosa de combatentes mortos, restando apenas 6 em condições de lutar, o seu comandante, o Capitão Antônio de Lima, capitulou na manhã do dia 2 de Março, tendo erguido a bandeira branca. Waerdenburgh ficou impressionado com o que viu, pois em função da qualidade da defesa e da coragem dos combatentes pernambucanos ele suspeitava que no Forte havia uma tropa mais numerosa, razão pela qual fez uma menção honrosa ao Capitão.

O francês MOREAU, assim descreve a conquista:
"[...] Cientes da tomada de Olinda, os ricos comerciantes de Amsterdã despacharam logo outros navios que, mal chegaram, se juntaram às primeiras tropas e foram atacar um forte de pedra distanciado da cidade de Olinda uns três quartos de légua, situado sobre um dique [o istmo de areia que liga Recife a Olinda], de uma légua de comprimento e quinhentos passos de largura, entre a terra firme e uma rocha comprida e larga [o recife de pedra] que borda toda a costa do Brasil, a um tiro de mosquete em direção ao mar."
Uma vez ocupado, o Forte de São Jorge foi rebatizado pelos invasores de Fort St. George ou Landt Casteel (Castelo de Terra), assim como o Forte de São Francisco da Barra passou a ser chamado de Water Casteel (Castelo do Mar), posteriormente chamado de Forte do Picão (este resistiu até 1910, quando foi destruído na reforma do Porto do Recife). Além disso, o comandante Waerdemburch, deu continuidade à construção do novo forte utilizando-se dos alicerces do Forte Diogo Pais, que recebeu o nome de Forte do Brum.

Estes fortes figuram em inúmeros mapas e gravuras, num rico legado cartográfico do período holandês e posterior. Como são muitos, apresentamos neste post apenas dois deles, fornecendo assim uma boa noção da localização e disposição do Forte de São Jorge e dos demais que faziam a primeira linha de defesa do porto.

Manuscrito do Algemeen Rijksarchief, Haia
 
O trabalho acima foi elaborado de modo esquemático, quando os holandeses apenas começavam a controlar a situação no Recife (1631-1635). Vê-se a bandeira dos flamengos hasteadas nos fortes de São Jorge (1) e de São Francisco da Barra (2). Também já podemos notar o forte do Brum (3) e de Madame Bruyne (4).

Quando Maurício de Nassau chegou ao Recife, em 1637, tratou de reforçar ainda mais o sistema de defesa de toda a área.

"CARTE VANDE HAVEN VAN PHARNAMBOCQVE... Anno 1639
Manuscrito do Atlas de J. Vingboons, Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Recife 1639
 
Neste outro mapa, elaborado poucos anos após o anterior, podemos notar as mesmas fortificações (mantivemos a mesma numeração), sendo que o Forte do Brum já se encontra bem mais evoluído.

Sobre o Forte de São Jorge, Maurício de Nassau, no seu "Breve Discurso" de 14 de Janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", reporta:
"Fora do Recife encontra-se primeiro o velho castelo denominado São Jorge. Achando-se este castelo muito arruinado, os administradores do hospital pediram-no para servir de enfermaria, com promessa de repararem-no interiormente e conservarem-no à sua custa, utilizando-se dele até que seja necessário ao serviço militar e à defesa do Recife, o que resolvemos conceder-lhe para poupar despesas à Companhia, e porque este castelo é atualmente inútil, e sê-lo-á talvez também para o futuro. Contudo ficaram aí todas as peças."
O "Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil", de autoria de Adriaen van der Dussen, datado de 4 de Abril de 1640, complementa:
"À distância de dois tiros de mosquete do Recife, em direção à cidade de Olinda, pelo istmo, está o Castelo de São Jorge, feito de pedra, tendo do lado da cidade de Olinda um baluarte e um meio-baluarte, de construção elevada e no qual estão 13 peças de ferro, 1 de 12 libras, 1 de 9 lb, 6 de 6 lb, 3 de 5 lb, 1 de 4 lb, 1 de 3 lb; domina o istmo e a barra."
Assim como BARLÉU transcreve a informação:
"(...) A dois tiros de mosquete do Recife, no caminho de Olinda, mesmo na costa, surge, num cimo bastante alto, o Forte de São Jorge, feito de pedra e resguardado por um bastião de mármore e assentando treze bocas de fogo contra a entrada do porto."
Nesta belíssima obra a óleo retratada por Gilles Petters, que embora tenha sido pintada em 1644 representa a situação de 1637, facilmente percebido quando comparada com os inúmeros mapas do período, podemos ver: 1. Forte de São Jorge; 2. Forte do Brum; 3. Forte Bruyne. Como curiosidade vemos também uma balsa (4) que fazia a travessia entre a vila do Recife e a ilha de Antônio Vaz, antes da construção da Ponte do Recife.
Gilles Petters, pintura a óleo representando Maurícia, o Recife, o Istmo e Olinda em primeiro plano - 1644
 
Durante a ocupação holandesa até 1645 o Forte de São Jorge, desgastado após a sangrenta batalha de ocupação, passou a servir inicialmente de enfermaria (hospital de campanha), embora tenha permanecido equipado com algumas peças de artilharia. Com a construção do Forte de São João Batista do Brum, mais moderno e adequado à tecnologia bélica da época, e a do Forte Madame Bruyne, o Forte de São Jorge foi relegado ao abandonado.

Após a reconquista de Pernambuco pelos luso-brasileiros e já bastante deteriorado, teve parte de suas ruínas retiradas e utilizadas na restauração e reforço do Forte do Brum em 1667/1668.

Abandonado e em ruínas, o governador Aires de Souza Castro doou o Forte de São Jorge ao capitão-mor João do Rego Barros, mediante uma carta de sesmaria datada de 31 de maio de 1679. Contudo, a carta fazia uma ressalva importante: naquele local era para ser fundada uma igreja de Nossa Senhora do Pilar, que foi erguida em 1680.

Igreja do Pilar, construída sobre as ruínas do Forte de São Jorge - 2013 

 

Fonte: Bairro do Recife:Forte São Jorge, bastião da resistência contra a invasão holandesa 


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Hoje na História: 01 de Março de 1944 - O Segundo Bombardeio ao Vaticano

 

Inscrição na parede de um edifício bombardeado, "Obra dos libertadores!", em Roma em 1944.

Os Bombardeios da Cidade do Vaticano: Um Capítulo Inusitado da Segunda Guerra Mundial

O Contexto Histórico

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Cidade do Vaticano, um estado neutro, foi surpreendentemente alvo de bombardeios. Esses ataques ocorreram em duas ocasiões distintas, deixando marcas na história e na memória dos que viviam entre os muros sagrados.

O Primeiro Bombardeio: 5 de Novembro de 1943

Na noite de 5 de novembro de 1943, um avião lançou cinco bombas sobre a Cidade do Vaticano. Quatro delas explodiram, causando danos significativos, mas, felizmente, sem vítimas. A primeira bomba explodiu próxima à estação ferroviária, a segunda atingiu o Laboratório do Mosaico, destruindo um patrimônio artístico de grande valor, a terceira danificou o Prédio do Governatorato, e a quarta explodiu na Praça de Santa Marta, quebrando os vitrais posteriores da Basílica de São Pedro.

O Segundo Bombardeio: 1º de Março de 1944

O segundo ataque ocorreu em 1º de março de 1944, por volta da mesma hora do primeiro. Desta vez, as bombas atingiram apenas a margem externa da cidade, resultando na morte de uma pessoa e ferindo outra.

Motivações e Consequências

Segundo o autor Augusto Ferrara, no livro "1943, Bombas sobre o Vaticano", o objetivo do primeiro ataque era silenciar a Rádio Vaticano, que transmitia mensagens para prisioneiros de guerra. O ataque foi perpetrado por um fascista que partiu de Viterbo, na região do Lácio, com um pequeno avião. Mussolini, ao ser informado sobre o ataque, condenou a ação.

O Legado dos Bombardeios

Os bombardeios da Cidade do Vaticano são um lembrete sombrio dos horrores da guerra e da vulnerabilidade até mesmo dos lugares mais sagrados. Eles destacam a importância da neutralidade do Vaticano durante a guerra e a resiliência daqueles que viveram sob a ameaça constante de ataques.

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Papa Pio XII nas ruas de Roma. Crédito: Vatican Media


Conclusão

Os bombardeios da Cidade do Vaticano durante a Segunda Guerra Mundial são um capítulo inusitado e pouco conhecido da história. Eles nos lembram da fragilidade da paz e da importância de proteger os locais sagrados e neutros em tempos de conflito. A história desses ataques é um testemunho da resiliência e da coragem daqueles que viveram sob a sombra da guerra.

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Hoje na História: 28 de fevereiro de 1986 - O Plano Cruzado é lançado pelo presidente Sarney.

 

Plano Cruzado: anúncio do presidente José Sarney, 1986.



Plano Cruzado: A Revolução Econômica dos Anos 80 no Brasil

O Contexto Histórico

Nos anos 80, o Brasil enfrentava uma crise econômica severa, marcada por uma hiperinflação galopante que corroía o poder de compra da população e desestabilizava a economia. Em meio a esse cenário caótico, o governo do presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado em 28 de fevereiro de 1986, com o objetivo de controlar a inflação e estabilizar a economia.

As Medidas do Plano Cruzado

O Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas inovadoras e ousadas, que incluíam:

  1. Reforma Monetária: A moeda nacional, o Cruzeiro, foi substituída pelo Cruzado, com a conversão de 1.000 Cruzeiros para 1 Cruzado.

  2. Congelamento de Preços: Os preços de bens e serviços foram congelados nos níveis de 27 de fevereiro de 1986, para evitar aumentos especulativos.

  3. Congelamento de Salários: Os salários foram congelados, mas com a garantia de reajustes automáticos sempre que a inflação acumulada atingisse 20%.

  4. Congelamento da Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio foi fixada para estabilizar o valor da moeda nacional.

  5. Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND): Este fundo foi criado para financiar projetos de infraestrutura e insumos básicos, impulsionando o desenvolvimento econômico.

Os Primeiros Resultados

Inicialmente, o Plano Cruzado foi um sucesso. A inflação, que havia atingido 14,36% em fevereiro de 1986, caiu para -0,11% em março do mesmo ano. A população, aliviada pela estabilização dos preços, apoiou amplamente o plano, e o governo Sarney viu sua popularidade disparar.

Os Desafios e a Queda

No entanto, o sucesso inicial do Plano Cruzado não foi sustentável a longo prazo. O congelamento de preços levou à escassez de produtos, pois os produtores não conseguiam ajustar os preços para cobrir os custos de produção. Além disso, o aumento do consumo, impulsionado pela estabilidade inicial, não foi acompanhado por um aumento correspondente na oferta de bens, resultando em desequilíbrios econômicos.

Em janeiro de 1987, o governo lançou o Plano Cruzado II, que tentou corrigir algumas das falhas do plano original, mas não conseguiu restaurar a confiança da população e dos mercados. Eventualmente, o Plano Cruzado foi substituído pelo Plano Bresser em 1987 e pelo Plano Verão em 1989.

O Legado do Plano Cruzado

Apesar de suas falhas, o Plano Cruzado deixou um legado importante na história econômica do Brasil. Ele mostrou a necessidade de reformas estruturais profundas para combater a inflação e estabilizar a economia. Além disso, o plano destacou a importância de políticas econômicas bem planejadas e executadas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Conclusão

O Plano Cruzado foi uma tentativa audaciosa de controlar a hiperinflação e estabilizar a economia brasileira nos anos 80. Embora tenha falhado em alcançar seus objetivos a longo prazo, ele deixou lições valiosas para futuras políticas econômicas. A história do Plano Cruzado é um lembrete de que, em tempos de crise, a inovação e a coragem são essenciais, mas devem ser acompanhadas por planejamento e execução cuidadosos.

 

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Hoje na História: 27 de Fevereiro de 1940 - Martin Kamen e Sam Ruben descobrem o carbono-14.


 

A Descoberta do Carbono-14

Martin Kamen e Sam Ruben fizeram a descoberta do carbono-14 em 27 de fevereiro de 1940, enquanto trabalhavam no Laboratório de Radiação da Universidade da Califórnia. Eles estavam estudando reações nucleares quando acidentalmente identificaram este isótopo radioativo do carbono. Esta descoberta foi revolucionária e abriu novas possibilidades para a datação de materiais orgânicos antigos, transformando a maneira como cientistas e arqueólogos compreendem a cronologia da história da Terra e da vida.


Como Funciona o Carbono-14?

O carbono-14 (ou ¹⁴C) é um isótopo radioativo do carbono. É produzido na atmosfera superior quando os raios cósmicos interagem com o nitrogênio-14 (¹⁴N), resultando em carbono-14 e um próton. Este carbono-14 é então absorvido pelas plantas durante a fotossíntese e subsequentemente entra na cadeia alimentar.

Quando um organismo morre, ele para de absorver carbono-14, e o isótopo presente em seus tecidos começa a decair em nitrogênio-14 a uma taxa constante, conhecida como meia-vida, que é de aproximadamente 5.730 anos. Este decaimento contínuo e a meia-vida conhecida permitem que os cientistas calculem a idade de um material orgânico.

 

Métodos de Datação por Carbono-14

A datação por radiocarbono mede a quantidade de ¹⁴C restante em uma amostra. Este método foi desenvolvido pelo químico Willard Libby em 1949, pelo qual ele recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1960. A precisão deste método de datação é possível devido ao fato de que o ¹⁴C decai a uma taxa constante.

Há três principais métodos para a datação por carbono-14:

  1. Contagem de Radiação Beta: Onde as partículas beta emitidas pelo carbono-14 em decaimento são medidas.

  2. Espectrometria de Massa com Acelerador (AMS): Um método mais sensível e preciso que conta os átomos de ¹⁴C diretamente.

  3. Contagem de Scintilação Líquida: A amostra é convertida em forma líquida e contada pela emissão de luz que ocorre durante o decaimento do carbono-14.

 

Aplicações do Carbono-14

  1. Datação de Fósseis e Artefatos Antigos: A técnica de datação por carbono-14 tem sido inestimável para arqueólogos e paleontólogos. Ela tem ajudado a datar sítios arqueológicos e fósseis, incluindo a datação da Idade do Gelo e artefatos históricos com até 50.000 anos.

  2. Estudos Climáticos e Ambientais: Os cientistas usam o carbono-14 para entender a história do clima da Terra. Analisando bolhas de ar aprisionadas em núcleos de gelo, por exemplo, eles podem reconstruir padrões climáticos do passado e estudar as mudanças ao longo do tempo.

  3. Pesquisa Biomédica: Em estudos biomédicos, o carbono-14 é utilizado para rastrear processos metabólicos no corpo humano e estudar como os medicamentos são metabolizados. Sua capacidade de rastrear o movimento de moléculas complexas é um recurso valioso para a pesquisa médica.

  4. Datação de Materiais Modernos: Além de materiais antigos, o carbono-14 também é usado para datar materiais modernos, como a madeira em edifícios e documentos históricos, ajudando na autenticação e conservação.

 

Importância do Carbono-14

O carbono-14 revolucionou a forma como entendemos a história da Terra e da vida. Ele permite uma visão precisa e detalhada do passado, revelando informações cruciais sobre a evolução, migrações humanas, mudanças climáticas e desenvolvimento cultural. A capacidade de datar materiais antigos tem sido fundamental para a arqueologia, paleoantropologia e outras ciências históricas.

 

Conclusão

A descoberta e a aplicação do carbono-14 é uma das conquistas mais significativas da ciência moderna. Sua capacidade de datar materiais orgânicos com precisão proporciona insights inestimáveis sobre o nosso passado. Do estudo das civilizações antigas à compreensão das mudanças climáticas ao longo dos milênios, o carbono-14 continua a ser uma ferramenta vital para os cientistas ao redor do mundo. É um verdadeiro guardião do tempo, preservando as histórias da Terra e permitindo que desvendemos os segredos do passado.

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Roberto Landell de Moura: De Precursor da Televisão e das Fibras Ópticas a Pioneiro Esquecido das Telecomunicações


  

Roberto Landell de Moura: O Pioneiro Esquecido das Telecomunicações

Você já ouviu falar em Roberto Landell de Moura? Talvez não, mas ele é uma figura fascinante na história da ciência e da tecnologia brasileira. Nascido em 21 de janeiro de 1861, em Porto Alegre, Landell de Moura foi um padre católico e cientista cujas invenções revolucionaram a comunicação.

13 de janeiro de 1825: Há 200 anos Frei Caneca foi fuzilado no Forte das Cinco Pontas no Recife

 


Frei Caneca: O Mártir da Liberdade no Brasil

Frei Joaquim da Silva Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, foi um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil. Nascido em 1779, em Recife, Pernambuco, ele se destacou como padre, jornalista, escritor e militante político. Sua trajetória é marcada por sua luta incansável pela liberdade e justiça, culminando em seu trágico fuzilamento em 13 de janeiro de 1825.

Explorando a História: O Tratado de Madri de 13 de janeiro de 1750 e seu Impacto no Brasil



O Tratado de Madri, assinado em 13 de janeiro de 1750, foi um marco significativo na história da América do Sul colonial. Este acordo entre Portugal e Espanha teve como principal objetivo redefinir as fronteiras dos territórios sul-americanos, pondo fim a décadas de disputas territoriais entre as duas potências coloniais. Vamos explorar mais detalhadamente como este tratado moldou a história e o território do Brasil.

O Marco da Paz: 10 de Janeiro de 1920 e o Tratado de Versalhes

 



O dia 10 de janeiro de 1920 marca um momento crucial na história mundial. Foi nesta data que o Tratado de Versalhes entrou oficialmente em vigor, simbolizando o fim formal da Primeira Guerra Mundial e trazendo consigo uma nova era de esperança e desafios.

Hoje na História: 16 de Julho de 1934 - Promulgada a Constituição da República Nova



A Constituição Brasileira de 1934, promulgada em 16 de julho pela Assembleia Nacional Constituinte (com 187 artigos), foi redigida "para organizar um regime democrático, que assegure à Nação, a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico", segundo o próprio preâmbulo. Ela foi a que menos durou em toda a História Brasileira: vigorou por apenas três anos (1934-1937), mas vigorou oficialmente apenas um ano (suspensa pela Lei de Segurança Nacional). Ainda assim, ela foi importante por institucionalizar a reforma da organização político-social brasileira, estabelecendo a democracia brasileira — não com a exclusão das oligarquias rurais, mas com a inclusão dos militares, classe média urbana, operários e industriais no jogo de poder.


A chamada Revolução de 1930, liderada pelos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, aconteceu após a vitória do paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais de 1930.A candidatura de Prestes só foi possível porque as lideranças políticas do estado de São Paulo romperam a aliança que mantinham com as lideranças do estado de Minas Gerais.


Conhecida como política do “Café-com-leite”, essa aliança era um combinado de que os dois estados iriam se revezar, um de cada vez, na Presidência da República.


E é aí que tudo deu errado: Prestes seria o segundo Presidente consecutivo de São Paulo!


Minas Gerais, não aceitando a “traição” paulista, se uniu a outros estados em apoio ao candidato da oposição, o gaúcho Getúlio Vargas. A revolta derrubou o governo e impediu a posse de Prestes como Presidente.Foi nesse contexto que foi proposta a promulgação de um novo texto constitucional, que ficou conhecido como a Constituição da República Nova.


Dentre suas principais inovações, destacam-se a ampliação do direito de voto às mulheres, a instituição do voto secreto e a criação de diversos direitos trabalhistas, como o salário mínimo e a jornada diária de 8 horas.

Hoje na História: 14 de julho de 1789 - Tomada da Bastilha (Revolução Francesa)



A Tomada da Bastilha, também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão, contivesse apenas sete prisioneiros na época, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Festa da Federação, conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como no resto da Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.


Durante o reinado de Luís XVI, a França passava por uma grande crise financeira, desencadeada pelo custo da intervenção do país na Guerra Revolucionária Americana, e exacerbada por um sistema desigual de taxação. Em 5 de maio os Estados Gerais de 1789 se reuniram para lidar com o problema, porém foram impedidos de agir por protocolos arcaicos, e pelo conservadorismo do Segundo Estado, que consistia da nobreza - 1,5% da população do país na época. Em 17 de junho o Terceiro Estado, com seus representantes vindos da classe média, ou bourgeoisie (burguesia), se reorganizou na forma da Assembleia Nacional, uma entidade cujo propósito era a criação de uma constituição francesa. O rei inicialmente opôs-se a este acontecimento, porém acabou sendo obrigado a reconhecer a autoridade da assembleia, que passou a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte.


A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Péla.


A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.


Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por se negarem a disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.

Hoje na História: 28 de junho de 1914 - Assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando e sua esposa foi o estopim da Primeira Guerra Mundial

 

Arquiduque Francisco Fernando da Áustria-Hungria e sua esposa Sofia

Em 28 de junho de 1914, um domingo, por volta de 10h45, Francisco Ferdinando e sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, à época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que desencadearam a Primeira Guerra Mundial.



Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914,
momentos antes do atentado que os matou.


O casal já havia sido atacado um pouco antes, quando uma granada foi atirada em seu carro. Ferdinando desviou-se do artefato e a granada explodiu atrás deles. Encolerizado, ele teria gritado às autoridades locais: "Então vocês recebem seus convidados com bombas?" Ferdinando e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam sendo atendidos. Ao saírem de lá, seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar em uma rua secundária, os ocupantes foram avistados por Princip. Quando o motorista fazia uma manobra, o jovem aproximou-se e disparou contra o casal, atingindo Sofia no abdome e Francisco Ferdinando na jugular. O arquiduque ainda estava vivo quando testemunhas chegaram para socorrê-lo, mas expirou pouco depois, dirigindo suas últimas palavras à esposa: "Não morra, querida, viva para nossos filhos". Assessores ainda tentaram abrir sua farda, mas perceberam que teriam que cortá-la com uma tesoura. Sofia morreu a caminho do hospital. Princip utilizou-se de uma 7,65 x 17 mm Browning, de potência relativamente baixa, e de uma pistola FN Model 1910 para cometer os assassinatos.


Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, são levados de carro
após deixarem a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914

 

Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak no livro Sarajevo:

“Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Ferdinando, enquanto a outra perfurou o abdome de Sofia (...) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: "Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você?" e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido.”

“Harrach e Potoriek (...) acharam que ela havia desmaiado (...) só o marido parecia ter ideia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala em seu pescoço, Francisco Ferdinando implorou: "Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!" ("Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!"). Dito isto, ele curvou-se para a frente. Seu chapéu de plumas (...) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o assoalho do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: "Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?" ("Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?") "Es ist nichts..." ("Não é nada..."), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais.”

“Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto sua amada esposa morreu de hemorragia interna antes da comitiva chegar ao Konak.”

 

O terrorista sérvio Gavrilo Princip, à direita, é preso
momentos após matar a tiros Francisco Ferdinando, em Sarajevo

 

Os assassinatos, juntamente com a corrida armamentista, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Ferdinando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia. O assassinato do arquiduque é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial. 

 

Arquiduque Francisco Fernando, sua esposa Duquesa Sofia, e seus filhos:
Sofia de Hohenberg, Maximiliano de Hohenberg e Ernesto de Hohenberg

 


Imagens: Acervo Sue Woolmans, Reuters/JU Muzej Sarajevo e AP

Fontes: G1 e Wiki

O Assassinato do Arquiduque (Cultrix, 2014), os autores Greg King e Sue Woolmans