Mostrando postagens com marcador Hoje na História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Hoje na História. Mostrar todas as postagens

Roberto Landell de Moura: De Precursor da Televisão e das Fibras Ópticas a Pioneiro Esquecido das Telecomunicações


  

Roberto Landell de Moura: O Pioneiro Esquecido das Telecomunicações

Você já ouviu falar em Roberto Landell de Moura? Talvez não, mas ele é uma figura fascinante na história da ciência e da tecnologia brasileira. Nascido em 21 de janeiro de 1861, em Porto Alegre, Landell de Moura foi um padre católico e cientista cujas invenções revolucionaram a comunicação.

Vida e Formação

Landell de Moura teve uma formação sólida em ciências e teologia. Após estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, retornou ao Brasil e começou sua carreira eclesiástica. No entanto, sua paixão pela ciência nunca o deixou.

Invenções e Pioneirismo

Ele é mais conhecido por suas contribuições pioneiras na transmissão sem fio de som e sinais telegráficos. Em 1900, ele realizou com sucesso a transmissão de voz e sinais telegráficos sem fio, um feito que antecede muitos dos trabalhos reconhecidos mundialmente. Landell de Moura também patenteou invenções nos Estados Unidos, incluindo o "Wave Transmitter" e o "Wireless Telephone".

Polêmicas e Reconhecimento

Apesar de suas inovações, Landell de Moura enfrentou muitas polêmicas. A falta de apoio das autoridades brasileiras e a disputa com outros inventores, como Guglielmo Marconi, dificultaram o reconhecimento de suas contribuições. No Brasil, ele é considerado um pioneiro mundial, mas internacionalmente, sua primazia é frequentemente ignorada.

Legado

Embora tenha sido esquecido por muitos, o legado de Roberto Landell de Moura continua a ser celebrado por aqueles que reconhecem sua importância. Ele é visto como um precursor da televisão e das fibras ópticas, e suas invenções abriram caminho para o desenvolvimento das telecomunicações modernas.

Roberto Landell de Moura é um exemplo inspirador de como a ciência e a fé podem coexistir e como a inovação pode surgir em lugares inesperados. Se você quiser saber mais sobre este incrível inventor, continue acompanhando nosso blog!

 

PARA SABER MAIS, ACESSE NOSSAS REDES SOCIAIS, SIGA O SUPER REFORÇO E FALE CONOSCO!

Siga-nos no Instagram!Siga o @superreforco no Instagram e compartilhe com seus amigos!
Curta a nossa Fan Page!Curta nossa Fan Page no Facebook: https://www.facebook.com/SuperReforco

 

13 de janeiro de 1825: Há 200 anos Frei Caneca foi fuzilado no Forte das Cinco Pontas no Recife

 


Frei Caneca: O Mártir da Liberdade no Brasil

Frei Joaquim da Silva Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, foi um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil. Nascido em 1779, em Recife, Pernambuco, ele se destacou como padre, jornalista, escritor e militante político. Sua trajetória é marcada por sua luta incansável pela liberdade e justiça, culminando em seu trágico fuzilamento em 13 de janeiro de 1825.

Contexto Histórico

O início do século XIX foi um período de intensas transformações políticas e sociais no Brasil. A independência do Brasil, proclamada em 1822, não trouxe a paz e a estabilidade esperadas. Pelo contrário, o país enfrentava uma série de conflitos internos, com diversas províncias buscando maior autonomia em relação ao governo central.

A Revolução Pernambucana de 1817

Frei Caneca foi um dos principais líderes da Revolução Pernambucana de 1817, um movimento separatista que buscava a independência de Pernambuco em relação ao domínio português. Embora a revolução tenha sido rapidamente sufocada, ela deixou um legado de resistência e luta pela liberdade que continuaria a inspirar movimentos futuros.

A Confederação do Equador

Em 1824, Frei Caneca foi um dos mentores da Confederação do Equador, um movimento autonomista que pretendia criar um Estado independente no Nordeste do Brasil. A Confederação do Equador foi uma resposta à centralização do poder pelo imperador Dom Pedro I e à nomeação de governadores provinciais sem consulta às assembleias locais.

O Fuzilamento de Frei Caneca

Condenado à morte por uma comissão militar autorizada pelo imperador Dom Pedro I, Frei Caneca foi fuzilado diante do Forte das Cinco Pontas, em Recife, no dia 13 de janeiro de 1825. Sua sentença foi proferida em 20 de dezembro de 1824, e ele foi acusado de sedição e rebelião contra as ordens imperiais.

No momento da execução, Frei Caneca foi despojado de suas vestes religiosas e excomungado. Três carrascos incumbidos de enforcá-lo desistiram da tarefa, levando a comissão militar a ordenar seu fuzilamento.

Legado

Frei Caneca é lembrado como um mártir da liberdade e um símbolo de resistência contra a opressão. Sua obra escrita, biografia e atuação política foram recuperadas e realçadas em momentos de afirmação e mobilização política em Pernambuco e na região Nordeste. Ele é frequentemente comparado a Tiradentes, outro herói da luta pela independência no Brasil.

 

Fontes:

  1. Folha de São Paulo
  2. Ensinar História

 

PARA SABER MAIS, ACESSE NOSSAS REDES SOCIAIS, SIGA O SUPER REFORÇO E FALE CONOSCO!

Siga-nos no Instagram!Siga o @superreforco no Instagram e compartilhe com seus amigos!
Curta a nossa Fan Page!Curta nossa Fan Page no Facebook: https://www.facebook.com/SuperReforco

 

Explorando a História: O Tratado de Madri de 13 de janeiro de 1750 e seu Impacto no Brasil



O Tratado de Madri, assinado em 13 de janeiro de 1750, foi um marco significativo na história da América do Sul colonial. Este acordo entre Portugal e Espanha teve como principal objetivo redefinir as fronteiras dos territórios sul-americanos, pondo fim a décadas de disputas territoriais entre as duas potências coloniais. Vamos explorar mais detalhadamente como este tratado moldou a história e o território do Brasil.

Contexto Histórico

No início do século XVIII, as fronteiras coloniais na América do Sul eram nebulosas e frequentemente contestadas. As descobertas e explorações contínuas das expedições portuguesas e espanholas exacerbavam as tensões. A necessidade de um tratado formal que delimitasse claramente as possessões de cada império tornou-se imperativa.

Principais Disposições do Tratado

O Tratado de Madri baseou-se no princípio do uti possidetis, ou seja, "quem possui, detém". Em outras palavras, os territórios seriam atribuídos com base na ocupação e administração efetiva. Este princípio levou a um redesenho significativo das fronteiras coloniais, impactando diretamente o território brasileiro:

  • Portugal ganhou controle sobre a vasta região que mais tarde se tornaria o território brasileiro, estendendo suas fronteiras muito além da linha estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.

  • Em troca, a Espanha recebeu territórios na atual América do Sul, incluindo partes do que hoje são Argentina, Paraguai e Uruguai.

Impactos no Brasil

  1. Expansão Territorial: O Tratado de Madri permitiu que Portugal expandisse significativamente suas fronteiras na América do Sul. O Brasil, que era então uma colônia portuguesa, viu seu território quase dobrar de tamanho. As novas fronteiras incluíam a Amazônia, o Mato Grosso e o Sul do Brasil, regiões ricas em recursos naturais.

  2. Estabilidade Política: A redefinição das fronteiras trouxe uma certa estabilidade às relações entre Portugal e Espanha na América do Sul. Isso permitiu um desenvolvimento mais coeso e pacífico da colônia brasileira, sem as constantes ameaças de invasão e disputas territoriais.

  3. Influência Cultural e Econômica: Com a expansão territorial, o Brasil passou a incorporar uma maior diversidade de povos e culturas, incluindo diversas tribos indígenas. Essa integração teve um impacto profundo na formação da identidade cultural brasileira. Além disso, as novas regiões incorporadas contribuíram para o crescimento econômico da colônia, com a exploração de recursos como ouro, prata e madeira.

Desafios e Resistências

Apesar dos benefícios, o Tratado de Madri não foi aceito pacificamente por todos. Alguns grupos indígenas e colonos espanhóis se opuseram às novas demarcações. A redefinição das fronteiras também não eliminou todas as disputas, e conflitos territoriais continuaram a surgir nos anos seguintes. Um exemplo notável é a Guerra Guaranítica (1754-1756), onde os indígenas guaranis resistiram às mudanças impostas pelo tratado.

Legado

O Tratado de Madri é uma peça-chave para entender a formação das fronteiras modernas do Brasil. Ele exemplifica como os acordos diplomáticos entre potências coloniais moldaram a geografia política do continente. Hoje, o tratado é lembrado como um momento crucial em que a diplomacia e a negociação prevaleceram sobre a guerra e o conflito direto, permitindo a Portugal consolidar e expandir sua colônia brasileira de forma significativa.

PARA SABER MAIS, ACESSE NOSSAS REDES SOCIAIS, SIGA O SUPER REFORÇO E FALE CONOSCO!

Siga-nos no Instagram!Siga o @superreforco no Instagram e compartilhe com seus amigos!
Curta a nossa Fan Page!Curta nossa Fan Page no Facebook: https://www.facebook.com/SuperReforco

 

O Marco da Paz: 10 de Janeiro de 1920 e o Tratado de Versalhes

 



O dia 10 de janeiro de 1920 marca um momento crucial na história mundial. Foi nesta data que o Tratado de Versalhes entrou oficialmente em vigor, simbolizando o fim formal da Primeira Guerra Mundial e trazendo consigo uma nova era de esperança e desafios.

Contexto Histórico

A Primeira Guerra Mundial, também conhecida como a Grande Guerra, foi um conflito devastador que durou de 1914 a 1918. Envolvendo as maiores potências mundiais da época, a guerra resultou em milhões de mortos e feridos, além de vastas destruições em todo o continente europeu. O fim dos combates foi marcado pelo Armistício de Compiègne, assinado em 11 de novembro de 1918, mas a paz definitiva só seria alcançada com a entrada em vigor do Tratado de Versalhes.

O Tratado de Versalhes

Assinado em 28 de junho de 1919, no Palácio de Versalhes, na França, o tratado foi elaborado pelas potências vencedoras da guerra – principalmente França, Reino Unido e Estados Unidos. O tratado impôs uma série de condições rigorosas à Alemanha, nação derrotada, com o objetivo de prevenir futuros conflitos e punir os responsáveis pela guerra. Alguns dos principais pontos do tratado incluem:

  • Perdas Territoriais: A Alemanha perdeu territórios significativos, incluindo Alsácia-Lorena para a França e a criação de novos estados na Europa Oriental.

  • Reparações: A Alemanha foi obrigada a pagar enormes indenizações financeiras aos países vencedores.

  • Desmilitarização: Limitações severas foram impostas ao exército alemão, incluindo a proibição de certas armas e a redução do efetivo militar.

  • Culpa de Guerra: O Artigo 231, conhecido como "Artigo da Culpa de Guerra", responsabilizou a Alemanha e seus aliados por todas as perdas e danos causados pela guerra.

Consequências Imediatas

A entrada em vigor do Tratado de Versalhes em 10 de janeiro de 1920 foi um momento de alívio e esperança para muitos, mas também trouxe desafios significativos. A Alemanha enfrentou uma crise econômica e social profunda, exacerbada pelas pesadas reparações e pela perda de território. As duras condições do tratado alimentaram ressentimentos que mais tarde contribuiriam para a ascensão do nazismo e o início da Segunda Guerra Mundial.

A Liga das Nações

Uma das realizações mais notáveis do Tratado de Versalhes foi a criação da Liga das Nações, uma organização internacional dedicada a promover a paz e a cooperação entre os países. Embora a Liga das Nações tenha enfrentado dificuldades e eventualmente sido substituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) após a Segunda Guerra Mundial, ela representou um esforço importante para construir um mundo mais estável e pacífico.

Reflexão

O Tratado de Versalhes é um lembrete poderoso das complexidades de se construir a paz após um conflito tão devastador. Embora tenha buscado criar um novo equilíbrio de poder na Europa, suas falhas e consequências não intencionais mostram a importância de abordagens mais inclusivas e justas na resolução de conflitos.

 

PARA SABER MAIS, ACESSE NOSSAS REDES SOCIAIS, SIGA O SUPER REFORÇO E FALE CONOSCO!

Siga-nos no Instagram!Siga o @superreforco no Instagram e compartilhe com seus amigos!
Curta a nossa Fan Page!Curta nossa Fan Page no Facebook: https://www.facebook.com/SuperReforco

 

Hoje na História: 16 de Julho de 1934 - Promulgada a Constituição da República Nova



A Constituição Brasileira de 1934, promulgada em 16 de julho pela Assembleia Nacional Constituinte (com 187 artigos), foi redigida "para organizar um regime democrático, que assegure à Nação, a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico", segundo o próprio preâmbulo. Ela foi a que menos durou em toda a História Brasileira: vigorou por apenas três anos (1934-1937), mas vigorou oficialmente apenas um ano (suspensa pela Lei de Segurança Nacional). Ainda assim, ela foi importante por institucionalizar a reforma da organização político-social brasileira, estabelecendo a democracia brasileira — não com a exclusão das oligarquias rurais, mas com a inclusão dos militares, classe média urbana, operários e industriais no jogo de poder.


A chamada Revolução de 1930, liderada pelos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, aconteceu após a vitória do paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais de 1930.A candidatura de Prestes só foi possível porque as lideranças políticas do estado de São Paulo romperam a aliança que mantinham com as lideranças do estado de Minas Gerais.


Conhecida como política do “Café-com-leite”, essa aliança era um combinado de que os dois estados iriam se revezar, um de cada vez, na Presidência da República.


E é aí que tudo deu errado: Prestes seria o segundo Presidente consecutivo de São Paulo!


Minas Gerais, não aceitando a “traição” paulista, se uniu a outros estados em apoio ao candidato da oposição, o gaúcho Getúlio Vargas. A revolta derrubou o governo e impediu a posse de Prestes como Presidente.Foi nesse contexto que foi proposta a promulgação de um novo texto constitucional, que ficou conhecido como a Constituição da República Nova.


Dentre suas principais inovações, destacam-se a ampliação do direito de voto às mulheres, a instituição do voto secreto e a criação de diversos direitos trabalhistas, como o salário mínimo e a jornada diária de 8 horas.

Hoje na História: 14 de julho de 1789 - Tomada da Bastilha (Revolução Francesa)



A Tomada da Bastilha, também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão, contivesse apenas sete prisioneiros na época, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Festa da Federação, conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como no resto da Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.


Durante o reinado de Luís XVI, a França passava por uma grande crise financeira, desencadeada pelo custo da intervenção do país na Guerra Revolucionária Americana, e exacerbada por um sistema desigual de taxação. Em 5 de maio os Estados Gerais de 1789 se reuniram para lidar com o problema, porém foram impedidos de agir por protocolos arcaicos, e pelo conservadorismo do Segundo Estado, que consistia da nobreza - 1,5% da população do país na época. Em 17 de junho o Terceiro Estado, com seus representantes vindos da classe média, ou bourgeoisie (burguesia), se reorganizou na forma da Assembleia Nacional, uma entidade cujo propósito era a criação de uma constituição francesa. O rei inicialmente opôs-se a este acontecimento, porém acabou sendo obrigado a reconhecer a autoridade da assembleia, que passou a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte.


A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Péla.


A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.


Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por se negarem a disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.

Hoje na História: 28 de junho de 1914 - Assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando e sua esposa foi o estopim da Primeira Guerra Mundial

 

Arquiduque Francisco Fernando da Áustria-Hungria e sua esposa Sofia

Em 28 de junho de 1914, um domingo, por volta de 10h45, Francisco Ferdinando e sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, à época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que desencadearam a Primeira Guerra Mundial.



Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914,
momentos antes do atentado que os matou.


O casal já havia sido atacado um pouco antes, quando uma granada foi atirada em seu carro. Ferdinando desviou-se do artefato e a granada explodiu atrás deles. Encolerizado, ele teria gritado às autoridades locais: "Então vocês recebem seus convidados com bombas?" Ferdinando e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam sendo atendidos. Ao saírem de lá, seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar em uma rua secundária, os ocupantes foram avistados por Princip. Quando o motorista fazia uma manobra, o jovem aproximou-se e disparou contra o casal, atingindo Sofia no abdome e Francisco Ferdinando na jugular. O arquiduque ainda estava vivo quando testemunhas chegaram para socorrê-lo, mas expirou pouco depois, dirigindo suas últimas palavras à esposa: "Não morra, querida, viva para nossos filhos". Assessores ainda tentaram abrir sua farda, mas perceberam que teriam que cortá-la com uma tesoura. Sofia morreu a caminho do hospital. Princip utilizou-se de uma 7,65 x 17 mm Browning, de potência relativamente baixa, e de uma pistola FN Model 1910 para cometer os assassinatos.


Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, são levados de carro
após deixarem a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914

 

Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak no livro Sarajevo:

“Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Ferdinando, enquanto a outra perfurou o abdome de Sofia (...) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: "Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você?" e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido.”

“Harrach e Potoriek (...) acharam que ela havia desmaiado (...) só o marido parecia ter ideia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala em seu pescoço, Francisco Ferdinando implorou: "Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!" ("Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!"). Dito isto, ele curvou-se para a frente. Seu chapéu de plumas (...) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o assoalho do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: "Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?" ("Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?") "Es ist nichts..." ("Não é nada..."), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais.”

“Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto sua amada esposa morreu de hemorragia interna antes da comitiva chegar ao Konak.”

 

O terrorista sérvio Gavrilo Princip, à direita, é preso
momentos após matar a tiros Francisco Ferdinando, em Sarajevo

 

Os assassinatos, juntamente com a corrida armamentista, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Ferdinando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia. O assassinato do arquiduque é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial. 

 

Arquiduque Francisco Fernando, sua esposa Duquesa Sofia, e seus filhos:
Sofia de Hohenberg, Maximiliano de Hohenberg e Ernesto de Hohenberg

 


Imagens: Acervo Sue Woolmans, Reuters/JU Muzej Sarajevo e AP

Fontes: G1 e Wiki

O Assassinato do Arquiduque (Cultrix, 2014), os autores Greg King e Sue Woolmans