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13 de janeiro de 1825: Há 200 anos Frei Caneca foi fuzilado no Forte das Cinco Pontas no Recife

 


Frei Caneca: O Mártir da Liberdade no Brasil

Frei Joaquim da Silva Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, foi um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil. Nascido em 1779, em Recife, Pernambuco, ele se destacou como padre, jornalista, escritor e militante político. Sua trajetória é marcada por sua luta incansável pela liberdade e justiça, culminando em seu trágico fuzilamento em 13 de janeiro de 1825.

Contexto Histórico

O início do século XIX foi um período de intensas transformações políticas e sociais no Brasil. A independência do Brasil, proclamada em 1822, não trouxe a paz e a estabilidade esperadas. Pelo contrário, o país enfrentava uma série de conflitos internos, com diversas províncias buscando maior autonomia em relação ao governo central.

A Revolução Pernambucana de 1817

Frei Caneca foi um dos principais líderes da Revolução Pernambucana de 1817, um movimento separatista que buscava a independência de Pernambuco em relação ao domínio português. Embora a revolução tenha sido rapidamente sufocada, ela deixou um legado de resistência e luta pela liberdade que continuaria a inspirar movimentos futuros.

A Confederação do Equador

Em 1824, Frei Caneca foi um dos mentores da Confederação do Equador, um movimento autonomista que pretendia criar um Estado independente no Nordeste do Brasil. A Confederação do Equador foi uma resposta à centralização do poder pelo imperador Dom Pedro I e à nomeação de governadores provinciais sem consulta às assembleias locais.

O Fuzilamento de Frei Caneca

Condenado à morte por uma comissão militar autorizada pelo imperador Dom Pedro I, Frei Caneca foi fuzilado diante do Forte das Cinco Pontas, em Recife, no dia 13 de janeiro de 1825. Sua sentença foi proferida em 20 de dezembro de 1824, e ele foi acusado de sedição e rebelião contra as ordens imperiais.

No momento da execução, Frei Caneca foi despojado de suas vestes religiosas e excomungado. Três carrascos incumbidos de enforcá-lo desistiram da tarefa, levando a comissão militar a ordenar seu fuzilamento.

Legado

Frei Caneca é lembrado como um mártir da liberdade e um símbolo de resistência contra a opressão. Sua obra escrita, biografia e atuação política foram recuperadas e realçadas em momentos de afirmação e mobilização política em Pernambuco e na região Nordeste. Ele é frequentemente comparado a Tiradentes, outro herói da luta pela independência no Brasil.

 

Fontes:

  1. Folha de São Paulo
  2. Ensinar História

 

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Explorando a História: O Tratado de Madri de 13 de janeiro de 1750 e seu Impacto no Brasil



O Tratado de Madri, assinado em 13 de janeiro de 1750, foi um marco significativo na história da América do Sul colonial. Este acordo entre Portugal e Espanha teve como principal objetivo redefinir as fronteiras dos territórios sul-americanos, pondo fim a décadas de disputas territoriais entre as duas potências coloniais. Vamos explorar mais detalhadamente como este tratado moldou a história e o território do Brasil.

Contexto Histórico

No início do século XVIII, as fronteiras coloniais na América do Sul eram nebulosas e frequentemente contestadas. As descobertas e explorações contínuas das expedições portuguesas e espanholas exacerbavam as tensões. A necessidade de um tratado formal que delimitasse claramente as possessões de cada império tornou-se imperativa.

Principais Disposições do Tratado

O Tratado de Madri baseou-se no princípio do uti possidetis, ou seja, "quem possui, detém". Em outras palavras, os territórios seriam atribuídos com base na ocupação e administração efetiva. Este princípio levou a um redesenho significativo das fronteiras coloniais, impactando diretamente o território brasileiro:

  • Portugal ganhou controle sobre a vasta região que mais tarde se tornaria o território brasileiro, estendendo suas fronteiras muito além da linha estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.

  • Em troca, a Espanha recebeu territórios na atual América do Sul, incluindo partes do que hoje são Argentina, Paraguai e Uruguai.

Impactos no Brasil

  1. Expansão Territorial: O Tratado de Madri permitiu que Portugal expandisse significativamente suas fronteiras na América do Sul. O Brasil, que era então uma colônia portuguesa, viu seu território quase dobrar de tamanho. As novas fronteiras incluíam a Amazônia, o Mato Grosso e o Sul do Brasil, regiões ricas em recursos naturais.

  2. Estabilidade Política: A redefinição das fronteiras trouxe uma certa estabilidade às relações entre Portugal e Espanha na América do Sul. Isso permitiu um desenvolvimento mais coeso e pacífico da colônia brasileira, sem as constantes ameaças de invasão e disputas territoriais.

  3. Influência Cultural e Econômica: Com a expansão territorial, o Brasil passou a incorporar uma maior diversidade de povos e culturas, incluindo diversas tribos indígenas. Essa integração teve um impacto profundo na formação da identidade cultural brasileira. Além disso, as novas regiões incorporadas contribuíram para o crescimento econômico da colônia, com a exploração de recursos como ouro, prata e madeira.

Desafios e Resistências

Apesar dos benefícios, o Tratado de Madri não foi aceito pacificamente por todos. Alguns grupos indígenas e colonos espanhóis se opuseram às novas demarcações. A redefinição das fronteiras também não eliminou todas as disputas, e conflitos territoriais continuaram a surgir nos anos seguintes. Um exemplo notável é a Guerra Guaranítica (1754-1756), onde os indígenas guaranis resistiram às mudanças impostas pelo tratado.

Legado

O Tratado de Madri é uma peça-chave para entender a formação das fronteiras modernas do Brasil. Ele exemplifica como os acordos diplomáticos entre potências coloniais moldaram a geografia política do continente. Hoje, o tratado é lembrado como um momento crucial em que a diplomacia e a negociação prevaleceram sobre a guerra e o conflito direto, permitindo a Portugal consolidar e expandir sua colônia brasileira de forma significativa.

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07 de janeiro de 1549: A criação do Governo-Geral no Brasil Colônia


O Governo-Geral no Brasil Colonial

A instituição do Governo-Geral em 1549 marcou uma importante mudança na administração do Brasil colonial. Este sistema centralizado foi uma resposta da Coroa Portuguesa aos desafios enfrentados nas capitanias hereditárias e buscava consolidar o controle sobre a colônia.

A Criação do Governo-Geral

Em 1549, o rei Dom João III decidiu estabelecer o Governo-Geral no Brasil, com o objetivo de fortalecer a administração e a defesa do território. Tomé de Sousa foi nomeado o primeiro governador-geral e chegou ao Brasil acompanhado de cerca de mil pessoas, incluindo soldados, funcionários, religiosos e artesãos. A cidade de Salvador, na Bahia, foi escolhida como sede do Governo-Geral e se tornou a primeira capital do Brasil.

A Estrutura do Governo-Geral

O Governo-Geral era composto por três principais autoridades:

  1. Governador-Geral: O chefe máximo da administração colonial, responsável pela defesa, justiça e administração geral da colônia.

  2. Ouvidor-Mor: Responsável pelo sistema judicial, supervisionava os tribunais e assegurava a aplicação das leis.

  3. Provedor-Mor: Encabeçava a administração financeira e fiscal da colônia, cuidando da arrecadação de impostos e gestão dos recursos.

  4. Capitão-Mor: Encarregado da defesa militar da colônia, comandava as forças armadas e coordenava as estratégias de defesa contra ataques indígenas e estrangeiros.

Os Primeiros Governadores-Gerais

  • Tomé de Sousa (1549-1553): Além de fundar Salvador, construiu a primeira cidade fortificada do Brasil e incentivou o desenvolvimento econômico e social. Também trouxe os primeiros jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, para evangelizar e educar os indígenas.

  • Duarte da Costa (1553-1558): Enfrentou conflitos com os indígenas e problemas internos de administração. Durante seu governo, os franceses estabeleceram uma colônia no Rio de Janeiro, conhecida como França Antártica.

  • Mem de Sá (1558-1572): Consolidou o controle português sobre o Brasil, expulsando os franceses e fortalecendo a defesa da colônia. Criou novas vilas e reorganizou a administração colonial.


Impactos do Governo-Geral

O estabelecimento do Governo-Geral trouxe maior centralização e eficiência à administração colonial. As principais realizações desse período incluem:

  • Fortificação e defesa: Construção de fortes e melhor organização das forças militares.

  • Administração pública: Criação de estruturas administrativas mais eficientes e centralizadas.

  • Religião e educação: Fortalecimento da presença jesuíta, com a fundação de colégios e missões para evangelizar os indígenas.

  • Desenvolvimento econômico: Incentivo à agricultura, especialmente ao cultivo da cana-de-açúcar, que se tornou a base da economia colonial.

Conclusão

O período do Governo-Geral foi crucial para a consolidação do domínio português no Brasil. Ao centralizar a administração e fortalecer a defesa da colônia, o Governo-Geral lançou as bases para o desenvolvimento econômico e social do Brasil colonial. A instituição do Governo-Geral marcou um importante passo na história do país, cujos impactos são sentidos até hoje.

 

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190 anos da Revolta da Cabanagem: Luta e Resistência no Pará



Introdução

A Revolta da Cabanagem foi um dos mais importantes e sangrentos movimentos populares da história do Brasil, ocorrida entre 1835 e 1840 na província do Grão-Pará. O movimento foi caracterizado pela intensa luta contra as desigualdades sociais, opressão e o descaso do governo central.

Contexto Histórico

No início do século XIX, a província do Grão-Pará enfrentava enormes desigualdades sociais e econômicas. A elite latifundiária e comerciantes concentravam poder e riquezas, enquanto a maioria da população, formada por indígenas, negros, mestiços e brancos pobres, vivia em condições precárias. A proclamação da independência do Brasil em 1822 não trouxe melhorias significativas para a região, perpetuando a insatisfação popular.

As Causas da Revolta

Diversos fatores contribuíram para o surgimento da Revolta da Cabanagem:

  1. Desigualdade Social: A extrema concentração de terras e riquezas nas mãos de poucos, enquanto a maioria vivia na miséria.

  2. Opressão Política: A falta de representação e participação política das camadas populares nas decisões da província.

  3. Fome e Pobreza: A população sofria com a escassez de alimentos e condições de vida degradantes.

  4. Descaso do Governo: O governo central demonstrava pouco interesse em resolver os problemas da região.

O Início da Revolta

A Revolta da Cabanagem teve início em janeiro de 1835, quando os cabanos, liderados por Antônio Vinagre, Francisco Vinagre e Eduardo Angelim, tomaram a cidade de Belém. A ocupação de Belém foi um marco significativo, demonstrando a força e a organização dos revoltosos.

Os Anos de Conflito

Durante os anos de conflito, os cabanos enfrentaram uma dura resistência das forças imperiais. A revolta foi marcada por violentas batalhas, mudanças constantes de liderança e uma série de reviravoltas. Em vários momentos, os cabanos conseguiram controlar a cidade de Belém e outras áreas da província.

Principais Lideranças

  • Antônio Vinagre: Um dos primeiros líderes da revolta, que liderou a tomada de Belém.

  • Francisco Vinagre: Irmão de Antônio, também desempenhou um papel crucial na liderança do movimento.

  • Eduardo Angelim: Tornou-se uma das figuras mais proeminentes da revolta, liderando os cabanos em vários momentos críticos.

A Repressão Imperial

A resposta do governo imperial foi implacável. Enviaram tropas e recursos para retomar o controle da província. A repressão foi brutal, resultando em muitas mortes e destruição. Os cabanos enfrentaram dificuldades crescentes à medida que a revolta avançava, culminando na derrota em 1840.

O Legado da Cabanagem

Apesar da derrota, a Revolta da Cabanagem deixou um legado importante. Ela evidenciou as profundas desigualdades sociais e a opressão que marcavam o Brasil imperial. O movimento mostrou a capacidade de organização e resistência das populações marginalizadas, deixando uma marca indelével na história do Pará e do Brasil.

Conclusão

A Revolta da Cabanagem é um capítulo crucial da história brasileira, lembrando-nos da importância da luta por justiça e igualdade social. O espírito de resistência dos cabanos continua a inspirar aqueles que buscam um mundo mais justo e igualitário.

 

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A Dezembrada: O Fim Decisivo da Guerra do Paraguai


 

A Dezembrada, ocorrida em dezembro de 1868, foi um conjunto de batalhas cruciais durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), envolvendo Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. Esses confrontos marcaram um ponto decisivo na guerra e pavimentaram o caminho para a queda do líder paraguaio, Solano López.

Contexto Histórico

A Guerra da Tríplice Aliança teve início em 1864, quando o Paraguai, liderado por Solano López, invadiu a província brasileira de Mato Grosso. Em resposta, Brasil, Argentina e Uruguai formaram uma coalizão para enfrentar as forças paraguaias. A guerra foi uma das mais sangrentas da história sul-americana e durou até 1870.

Batalhas Decisivas da Dezembrada

  1. Batalha de Itororó (6 de dezembro de 1868) A Dezembrada começou com a Batalha de Itororó, onde as forças aliadas, lideradas pelo Duque de Caxias, enfrentaram e venceram os paraguaios em uma passagem estreita sobre o rio Itororó. Esta vitória abriu o caminho para os aliados avançarem em direção ao coração do Paraguai.

  2. Batalha de Avaí (11 de dezembro de 1868) Apenas alguns dias depois, ocorreu a Batalha de Avaí. Este confronto foi marcado pela resistência feroz das tropas paraguaias, mas, eventualmente, os aliados prevaleceram, infligindo pesadas baixas ao inimigo e consolidando sua posição.

  3. Batalha de Lomas Valentinas (21-27 de dezembro de 1868) Esta série de batalhas foi uma das mais intensas da Dezembrada. As forças aliadas atacaram as fortificações paraguaias em Lomas Valentinas, enfrentando resistência obstinada. Após vários dias de combates, os aliados finalmente capturaram as posições paraguaias, forçando Solano López a fugir para o interior.

  4. Rendição de Angostura (30 de dezembro de 1868) A Dezembrada culminou com a rendição das tropas paraguaias em Angostura. Este evento marcou a derrota definitiva das forças de López na região e simbolizou o início do fim para o Paraguai na guerra.

Consequências da Dezembrada

As batalhas da Dezembrada foram decisivas para a queda de Solano López e a capitulação do Paraguai. A vitória dos aliados não apenas encerrou a resistência paraguaia organizada, mas também estabeleceu novos parâmetros geopolíticos na região. O Paraguai sofreu enormes perdas humanas e materiais, enquanto o Brasil, Argentina e Uruguai consolidaram suas posições como potências regionais.

Legado Histórico

A Dezembrada é lembrada como um dos momentos mais cruciais da Guerra da Tríplice Aliança. Essas batalhas finais demonstraram a tenacidade e a coordenação das forças aliadas e servem como um testemunho da brutalidade e complexidade do conflito.

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Hoje na História: 04/09/1875 - Saiba o que foi o Motim das Mulheres de Rio Grande do Norte

 


Em 04 de setembro de 1875, ocorria em Mossoró, no Rio Grande do Norte, O Motim das Mulheres. Cerca de 130 donas de casa saíram em passeata pelas ruas da cidade protestando contra a obrigatoriedade do alistamento militar.

A história começa com a regulamentação do recrutamento do Exército e Armada pelo gabinete do Visconde do Rio Branco, durante o reinado de Dom Pedro Segundo.

A decisão não foi bem recebida na Província do Rio Grande do Norte, onde várias comunidades se organizaram em sinal de protesto.

O povo dizia que a regulamentação seria usada pelos chefes políticos da época para recrutar os filhos dos adversários, como estava sendo feito em Mossoró.

O movimento foi liderado por Dona Anna Floriano, Dona Maria Filgueira e Dona Joaquina Maria de Góis, esposas de políticos e autoridades de Mossoró.

Revoltadas com as denúncias de manipulação política, elas iniciaram a manifestação e o motim tomou as ruas da cidade.

Munidas de utensílios domésticos como panelas, frigideiras, conchas e colheres de pau, as mulheres foram até a Igreja Matriz de Santa Luzia e rasgaram os editais fixados no quadro de avisos. Em seguida, se dirigiram à casa do escrivão do juiz de Paz e tomaram e rasgaram o livro e os papéis relativos ao alistamento.

Não satisfeitas, foram até a redação do Jornal “O Mossoroense” e destruíram os editais que seriam publicados no dia seguinte.

As mulheres partiram então para a Praça da Liberdade, onde entraram em choque corporal com um grupo de soldados da Força Pública que ali estava para dominar a rebelião.

Algumas mulheres ficaram feridas e o protesto não se agravou mais graças à interferência de populares que acabaram com a confusão.

Logo após o movimento, o juiz de Direito, João Antônio Rodrigues, comunicou o fato ao presidente da Província, João Bernardo Galvão Alcanforado Júnior, que mandou instaurar um inquérito para apurar o ocorrido. O processo desapareceu do arquivo do Departamento de Segurança Pública.

Segundo o historiador Vingt-un Rosado o episódio de Mossoró não foi um caso isolado, tendo ocorrido semelhante manifestação em outros pontos da Província.

O que diferenciou o movimento de Mossoró dos demais foi o fato de ter sido organizado e executado apenas por mulheres, por amor aos seus filhos.

 

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Hoje na História: 04/09/1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.

 


Há 173 anos foi criada a Lei Eusébio de Queirós, também conhecida como  ou Lei Ato Adicional. Uma legislação brasileira promulgada em 4 de setembro de 1850, que recebeu esse nome em homenagem ao seu autor, o deputado Eusébio de Queirós.

Essa lei teve como objetivo principal a proibição do tráfico negro no Brasil, ou seja, a importação de africanos como escravos. Ela representou um dos marcos da história do país, pois gradualmente contribuiu com o fim desse comércio, embora a escravidão tenha persistido no Brasil até mesmo após assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Uma das medidas tomadas no contexto do movimento abolicionista no Brasil, que buscava a libertação dos escravos e a abolição da escravidão no país. Ela teve como consequências a diminuição gradual da população escrava no Brasil, à medida que o tráfico negreiro foi desestimulado e reprimido.

Determinando a punição das pessoas envolvidas nesse crime e estabeleceu que os escravizados apreendidos devessem ser reexportados para os terminais de origem ou para qualquer outro ponto fora do Império.

Nos casos onde não fosse possível a reexportação, os africanos seriam empregados em trabalho sob a tutela do governo, não sendo em nenhum caso os seus serviços concedidos a particulares.

Com a extinção do tráfico, a solução encontrada para o problema da mão-de-obra foi o comércio interprovincial, que abastecia o sudeste produtor de café, num momento em que as tradicionais lavouras nordestinas encontravam-se em crise.

Além disso, o governo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas plantações, ao mesmo tempo em que reorganizou a política de acesso à terra, com a chamada Lei de Terras, de 1850.

É importante notar que a abolição da escravidão no Brasil foi um processo complexo que envolveu várias etapas, incluindo a Lei Eusébio de Queirós, a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885), antes da promulgação da Lei Áurea em 1888 , que decretou o fim oficial da escravidão no país.

Afinal, a Lei n.º 581/1850 foi de fato executada?

Historiadores criticam que a Lei Eusébio de Queirós n.º 581/1850, foi abertamente ignorada, e o tráfico negreiro continuou extremamente ativo no Brasil. Houve certa ação da lei contra o tráfico entre 1831 e 1832, mas, a partir de 1833, a atividade ganhou força e seguiu bastante ativa até 1845.

Essa lei tinha como objetivo garantir a proibição do tráfico negreiro ao mesmo tempo em que garantiria que os escravos que foram trazidos ao país entre 1831 e 1845 fossem mantidos como escravos, porém na pratica não ocorreu como planejado.

Nesse período também, houve até movimentação política para que a Lei Feijó fosse revogada. Além disso, o governo ignorava os navios negreiros que chegavam ao Brasil, carregados de africanos.

Vale dizer que Eusébio de Queirós (o idealizador da Lei)  era uma figura problemática, uma vez que, como chefe de polícia, cargo que ocupou entre 1833 e 1844, ficou conhecido por negligenciar os navios negreiros que desembarcavam no Rio de Janeiro.

A vida após a escravidão, não foi nada fácil, a transição da escravidão para a liberdade trouxe uma série de desafios econômicos, raciais, sociais e políticos.

Muitos ex-escravizados enfrentam dificuldades econômicas significativas após a emancipação. Eles frequentemente careciam de recursos e propriedades e não tinham acesso a empregos remunerados. Muitos acabaram trabalhando nas mesmas plantações ou em condições de trabalho semelhantes às da escravidão, mas agora como trabalhadores assalariados.

Ao longo do tempo, houve avanços inovadores na luta pela igualdade de direitos e oportunidades para os afrodescendentes em muitos países. No entanto, desafios persistentes, como o racismo institucional e a desigualdade econômica, continuam a ser questões importantes a serem enfrentadas.

Apesar das dificuldades, as comunidades negras continuaram a preservar e celebrar sua cultura e identidade. Isso incluía a música, a religião, a culinária e outras tradições que desempenharam um papel fundamental na formação da cultura afrodescendente.

Imagem: 
Título: Le diner. Les dèlassemens d’une aprés
Data: 1835 - 1835
Dimensões físicas: w31 x h49 cm
Designer; Lithographer: Jean Baptiste Debret (del.); Thierry Frères (lith.)
Procedência: Museu Imperial/Ibram/Minc
Tipo: litografia
Acervo: Museu Imperial/Ibram-MinC

 

FONTE: FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES / GOVERNO FEDERAL

 

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Quem foram os bandeirantes?

 


Entre os séculos 16 e 7, os bandeirantes atuaram na captura de escravos fugitivos, no aprisionamento de índios e na procura de pedras e metais preciosos.

Eles desbravaram o interior do Brasil, partindo, especialmente, das vilas de São Paulo e São Vicente. Estavam sempre armados e eram violentos: nas primeiras três décadas do século 17, mataram ou escravizaram cerca de 300 mil índios, destruindo mais de 50 missões organizadas por padres jesuítas.

Esses homens transformaram São Paulo em um dos maiores centros de escravagismo indígena de todo o continente. E escolheram a cidade paulista por dois motivos: ela ficava no centro das rotas para o sertão e perto dos índios carijós (do litoral) e guaranis (do Paraguai).

As expedições organizadas pelos bandeirantes eram chamadas de bandeiras — o nome nasceu do costume europeu de levantar uma bandeira em sinal de guerra. No início, tinham como objetivo apenas a captura de índios para que trabalhassem em plantações. Os homens seguiam o curso dos rios, abrindo trilhas. Somente após o século 17 é que as bandeiras passaram também a procurar ouro e pedras preciosas – mas, a essa altura, muitos índios já haviam morrido.

 

Saiba quem foram os principais bandeirantes brasileiros!

Antonio Raposo Tavares (1598-1658): foi o maior caçador de escravos no tempo em que viveu (capturou 117 pessoas). Natural de Alentejo (Portugal), chegou ao Brasil com 20 anos. Em 1627, organizou a primeira bandeira contra Guairá, na região sul do país.

Fernão Dias Pais (1608-1681): em busca de metais preciosos, comandou uma expedição, entre 1647 e 1681, pelo interior mineiro. O bandeirante encontrou apenas turmalinas (pedras preciosas de variadas cores) e morreu durante a viagem.

Domingos Jorge Velho (1641-1705): não falava português, mas era fluente em tupi-guarani. Foi contratado pelo governo para destruir o quilombo dos Palmares (saiba mais no capítulo 8), em uma bandeira que começou no início de 1694 e levou quase um ano para terminar.

 

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30 de Abril: Dia do Ferroviário

 


No dia 30 de abril se comemora o Dia do Ferroviário. Nesta data as empresas do setor costumam render homenagens aos seus funcionários e colaboradores.

Mas você sabe por que o dia 30 de abril foi escolhido para homenagear os ferroviários?

O Dia do Ferroviário é comemorado como memorial da inauguração da primeira ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Petropolis, também conhecida como Estrada de Ferro Mauá. A ferrovia foi inaugurada em 30 de abril de 1854 por Irineu Evangelista de Souza na época do Brasil Império. O país foi um dos primeiros no mundo a receber o sistema ferroviário.

A ferrovia pioneira não teve longo período de operação e logo foi vendida para outra empresa que realizou investimentos importantes como a subida da Serra de Petrópolis. Nos anos 60, após diversas mudanças operacionais, a empresa então operadora, Estrada de Ferro Leopoldina, resolveu suprimir o trecho pioneiro.

Entretanto, o sucesso do modo ferroviário no Brasil pode ser atestado não só por sua abrangência, mas pela formação de grandes e médias cidades no interior do país. No local da primeira estação ferroviária está construída uma edificação datada de 1896, mas que possui seu valor histórico.

O Dia do Ferroviário é, portanto, um memorial da primeira ferrovia operacional do Brasil. Apesar do primeiro trecho estar desativado, as diversas linhas espalhadas pelo Brasil que atuam no transporte de passageiros e cargas, demonstram o papel relevante dos trilhos na ligação entre várias regiões.

Apesar da importância do transporte ferroviário, o setor ainda enfrenta muitos desafios no Brasil. A infraestrutura ferroviária do país precisa ser modernizada e ampliada, para que mais empresas possam usar esse meio de transporte e aumentar a competitividade do país. Além disso, é preciso investir em tecnologia e capacitação dos ferroviários, para que eles possam operar os trens com mais segurança e eficiência.

Por isso, o dia do ferroviário é uma oportunidade para refletir sobre a importância do transporte ferroviário para o país e para a vida dos brasileiros. É também uma oportunidade para agradecer e homenagear os trabalhadores que se dedicam a esse setor tão importante. A dedicação, a coragem e o profissionalismo dos ferroviários merecem nosso reconhecimento e nossa admiração.

Parabéns aos Ferroviários pelo seu dia!

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Qual foi a primeira ferrovia brasileira?

 


No século XIX foi construída a primeira ferrovia do Brasil, enquanto o país ainda estava sob o regime imperial.

Um projeto de sucesso, responsável pela construção da Estrada de Mauá, que ficava no estado do Rio de Janeiro, capital do país na época.

O responsável por essa grande empreitada foi Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como o famoso Barão de Mauá. Ele era um grande empresário industrial, banqueiro e investidor brasileiro, e teve um papel muito importante para o investimento e exploração da ideia de construção da primeira ferrovia do Brasil, que posteriormente teve a alcunha concedida a ele, no nome da ferrovia.

Assim nasceu a primeira ferrovia do Brasil, inaugurada pelo Barão de Mauá e com o apoio do Imperador Dom Pedro II, no dia 30 de abril de 1854.

Motivos pelos quais nasceu a primeira ferrovia do Brasil

Muitos foram os motivos para construir a primeira ferrovia do Brasil. Logo após as várias nações do mundo construírem suas ferrovias, o Brasil sentiu a necessidade de se adaptar às grandes inovações que cresciam a cada dia, se alinhado aos países de primeiro mundo.

Lógico que um país como o Brasil, com uma dimensão imensa, precisava, na época, ligar os territórios nacionais, mas isso teria que acontecer de uma forma muito bem estudada e bem investida. O primeiro passo era o mais importante! Por isso a construção da Estrada de Ferro Mauá, a primeira ferrovia do Brasil, foi fundamental.

No século XIX, o regime imperial começava a perder forças importantes para o país – a exportação e importação eram a base do sistema e seria essencial que essa base fosse mantida, junto com o desenvolvimento produtivo interno.

Como na época o Brasil era um dos principais produtores de café, o meio utilizado para importar e exportar os grãos eram os navios, que viviam num fluxo constante e vinham, principalmente, de Portugal.

Esse foi um dos principais motivos pelo qual era tão essencial melhorar e explorar as produções cafeeiras, adaptando-se a modelos de modernidade, aperfeiçoando o abastecimento do produto e o fluxo entre municípios e pessoas. Assim nascia a Estrada de Ferro Mauá!

Essa foi a abertura para uma era de crescimento. Logo após sua construção, novas ferrovias foram ganhando forma, resultando num aumento significativo da produtividade e, principalmente, da comercialização do café e vários outros produtos.

Trajeto da Estrada de Ferro Mauá

A Estrada de Ferro de Mauá tinha uma extensão de aproximadamente 14,5 km, que ligava o Porto de Mauá a Fragoso (RJ), que nos dias de hoje corresponde a um bairro do município de Magé.

Sua principal função era abastecer os trens com as cargas que chegavam dos portos e garantir que chegassem aos municípios pela ferrovia. Com o passar do tempo, o trajeto aumentou, passando dos 15 km.

É sempre muito importante o surgimento de novidades, principalmente quando traz inovações que geram soluções pontuais, proporcionando crescimento e lucro – e com a construção da Estrada de Ferro de Mauá isso foi muito bem ilustrado.

A construção da primeira ferrovia do Brasil ampliou as formas de transportar as mercadorias, trouxe melhora na qualidade da entrega, tanto das exportações como no abastecimento, garantindo agilidade nas importações. Novas empresas e empresários começaram a investir, ajudando no crescimento das ferrovias.

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História das Ferrovias no Brasil


 

A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886. 

Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte. 

As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.

A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro. 

 

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Fonte: IPHAN

22 de abril de 1500: O Brasil foi descoberto ou conquistado?

 


O chamado Descobrimento do Brasil ocorreu oficialmente em 22 de abril de 1500, quando a esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral chegou às terras do atual Sul da Bahia. Entretanto, inúmeros historiadores questionam se o termo correto a ser utilizado é “descobrimento”. A pergunta que permeia esse questionamento é como pode o Brasil ter sido descoberto se antes da chegada dos portugueses, e durante milhares de anos, já havia pessoas habitando as terras brasileiras?

A utilização do termo descobrimento está ligada ao etnocentrismo dos portugueses, e também dos europeus. Por entenderem o mundo tendo por centro sua própria etnia, seu próprio povo, os portugueses desconsideraram que os indígenas já conheciam o território. Eles foram os primeiros europeus a conhecerem a localidade. O descobrimento refere-se, então, aos povos da Europa, e não aos povos que já habitavam o continente americano.

Pensando por esse prisma, a chegada de Cabral ao território brasileiro representou mais o início de uma conquista que um descobrimento. Conquista da terra, mas também domínio, exploração e aculturamento dos povos que habitavam o continente. Esse foi o sentido da colonização brasileira iniciada por Cabral. O que se desenhou a partir daí foi o conflito entre povos que partilhavam modos de viver e cultura distintos, no qual o europeu procurou cristianizar e escravizar os indígenas para colocar em andamento seu processo colonizador.

Portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Brasil?

Mesmo a afirmação de que foi a esquadra de Cabral a primeira a chegar ao Brasil é questionável. Historiadores apontam documentos da época que indicam que outros navegadores já conheciam as terras brasileiras. O navegador português Duarte Pacheco Pereira possivelmente chegou ao território brasileiro em 1498, a serviço do rei D. Manuel I. O italiano Américo Vespúcio em finais de 1499 e os espanhóis Vicente Yañez Pinzón e Diego de Lepe teriam navegado na costa brasileira meses antes de Cabral, em 1500.

A chegada de Cabral não teria ainda sido um acaso, um desvio fortuito decorrente de problemas climáticos no oceano Atlântico. Possivelmente, Vasco da Gama instruiu Cabral a desviar da costa africana para fugir das correntes marítimas contrárias no Golfo da Guiné. A passagem de Cabral pelo Brasil possivelmente serviu como uma ação para garantir a posse do território garantido aos portugueses através do que foi estipulado no Tratado de Tordesilhas. Nesse tratado, era estabelecida uma linha imaginária localizada a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, dividindo o mundo não europeu entre Portugal e Espanha. O primeiro ficaria com as terras localizadas a leste dessa linha imaginária.

A viagem de Cabral inseriu-se, então, nas diversas expedições de conquista da costa africana e dos territórios asiáticos ricos em especiarias. A esquadra que saiu de Lisboa em 9 de março de 1500 era composta por 13 embarcações (10 naus e três caravelas) e cerca de 1500 homens. O objetivo da missão de Cabral era utilizar as riquezas que levava para realizar alianças e lucrativos negócios em Calicute, na Índia.

Carta de Caminha e o registro da chegada dos portugueses

Em 22 de Abril, pouco mais de um mês após a partida de Lisboa, os homens da esquadra de Cabral avistaram um monte no litoral brasileiro, ao qual deram o nome de Monte Pascoal, em decorrência do período da Páscoa, e desembarcaram no local que chamaram de Porto Seguro, no sul do atual estado da Bahia. Hoje a localidade se chama Santa Cruz de Cabrália.

Pedro Álvares Cabral e sua esquadra permaneceram no litoral brasileiro por pouco mais de uma semana. Aqui realizaram duas missas, reabasteceram suas embarcações e fizeram registros da nova terra ainda por conquistar. O documento mais famoso dessa chegada foi a carta escrita por Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei português no dia 1º de maio de 1500, quando uma das embarcações retornou a Portugal. Antes de ser conhecido como Brasil, o território português nas Américas receberia alguns nomes, entre eles Pindorama, Ilha de Santa Cruz e Terra de Santa Cruz.

 

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Autor:  Tales dos Santos Pinto

Fonte: Mundo Educação 

Tiradentes: quem foi o 'herói sem rosto' e por que ele foi morto

Tiradentes em obra de Décio Villares

 A vida e a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, são celebradas hoje (21) em território nacional.

Por conta do seu envolvimento na Inconfidência Mineira, Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792. Séculos depois, o inconfidente ainda é lembrado por seu sacrifício.


Quem foi Tiradentes?

A maioria dos conspiradores da Inconfidência Mineira eram homens ricos e cultos como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

Pobre, somente Tiradentes, que era um simples alferes (cargo militar similar ao de tenente). O apelido veio por exercer também o ofício de dentista.

"Um herói nascido na região centro-sul do país, que morreu sem pegar em armas, traído por um amigo, o Silvério dos Reis, à semelhança da trágica histórica de Jesus Cristo."
André Figueiredo Rodrigues, historiador, à BBC.


O império condenou os inconfidentes. Todos os que tinham posses conseguiram escapar da pena máxima, trocando-a pela prisão ou pelo exílio. Tiradentes, em contrapartida, teve a forca como destino. Ele ainda teve o corpo esquartejado para que seus membros ficassem expostos ao público, de modo a desencorajar outras tentativas de rebelião.

"Não havia representação visual de Tiradentes e os artistas tiveram liberdade para desenhá-lo como desejaram. Um país católico, com um herói com traços nazarenos, inventados por artistas desde o nascimento da República: Tiradentes, iconograficamente, venceu. Sua escolha não foi aleatória", completou Figueiredo, que é autor do livro Em Busca de Um Rosto: a República e a Representação de Tiradentes.

Executado como um criminoso, Tiradentes se transformou no primeiro herói brasileiro, logo após a proclamação da Independência, em 1822.

Foi apenas em 9 de dezembro de 1965, porém, que o dia 21 de abril —data do enforcamento de Tiradentes— foi considerado feriado nacional. Isso foi instituído pelo presidente Castelo Branco, por meio da Lei N. 4.897. Na oportunidade, também foi concedido o título de "Patrono da Nação Brasileira" a Tiradentes.

 


 

O que motivou a Inconfidência Mineira?

No século 18, o Brasil era uma colônia portuguesa que gerava grandes lucros para sua metrópole, em função do ouro e dos diamantes que haviam sido descobertos em Minas Gerais. A região tornou-se o centro econômico e cultural do país. Nela, surgiram várias cidades ricas e importantes, como Vila Rica (atual Ouro Preto), São João Del Rei e Sabará.

Portugal explorava o ouro brasileiro, mas nem todas as pessoas ligadas ao garimpo pagavam os impostos que a metrópole cobrava. Também havia muito contrabando das riquezas minerais.

Além disso, essas riquezas não eram infinitas e começaram a se tornar escassas. O governo português, porém, acreditava que a diminuição no volume de seus lucros com a mineração se devia ao contrabando e à sonegação dos brasileiros. Por isso, começou a aumentar os impostos e a tomar medidas repressivas contra os naturais da terra.

Diante disto, os brasileiros se revoltaram contra a Coroa no que ficou conhecido como a Inconfidência Mineira. Não por coincidência, o movimento aconteceu quase na mesma época em que os Estados Unidos se tornaram independentes da Inglaterra. Na Europa, filósofos e pensadores criticavam a monarquia e o poder absoluto dos reis. Tudo isso influenciou as elites de Minas Gerais e as levou a conspirar em prol da Independência do Brasil.


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Fonte: UOL