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União Europeia: Um Exemplo de Integração e Cooperação Supranacional

 


A União Europeia (UE) é um dos blocos econômicos e políticos mais bem-sucedidos do mundo, representando um modelo de integração regional que une 27 países em torno de objetivos comuns. Desde sua criação, a UE tem promovido paz, estabilidade e desenvolvimento econômico em um continente historicamente marcado por conflitos. Neste artigo, vamos explorar como a UE surgiu, seus principais objetivos, desafios, sua importância no cenário global e os países que a integram.

 

O Que é a União Europeia? 

A UE é uma união política e econômica criada para promover a integração entre seus membros. Seu embrião foi formado no pós-Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de evitar novos conflitos por meio da cooperação econômica. O Tratado de Roma, em 1957, estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE), que evoluiu para a União Europeia em 1993 com o Tratado de Maastricht.

Hoje, a UE é composta por 27 países-membros e abriga mais de 447 milhões de pessoas, formando uma das maiores economias do mundo.

 

Países-Membros da União Europeia 

Atualmente, a União Europeia é composta pelos seguintes 27 países:

  • Alemanha

  • Áustria

  • Bélgica

  • Bulgária

  • Chipre

  • Croácia

  • Dinamarca

  • Eslováquia

  • Eslovênia

  • Espanha

  • Estônia

  • Finlândia

  • França

  • Grécia

  • Hungria

  • Irlanda

  • Itália

  • Letônia

  • Lituânia

  • Luxemburgo

  • Malta

  • Países Baixos (Holanda)

  • Polônia

  • Portugal

  • República Tcheca

  • Romênia

  • Suécia

Esses países se uniram para compartilhar objetivos econômicos, sociais e políticos, mantendo sua soberania nacional, mas colaborando em diversas áreas.

 

Principais Objetivos da União Europeia

  • Integração Econômica: Promover o livre comércio de bens, serviços, capitais e pessoas entre os países-membros.

  • Paz e Estabilidade: Garantir a cooperação entre as nações europeias, consolidando a paz no continente.

  • Desenvolvimento Sustentável: Implementar políticas que equilibrem o progresso econômico, social e ambiental.

  • Justiça e Segurança: Proteger os direitos humanos e fortalecer a democracia entre os membros.

 

Instituições da União Europeia 

A UE opera por meio de uma estrutura única de governança, composta por instituições-chave:

  • Parlamento Europeu: Representa os cidadãos da UE e participa na formulação de leis.

  • Conselho da União Europeia: Representa os governos dos países-membros e coordena políticas.

  • Comissão Europeia: Executa as decisões da UE e administra o orçamento.

  • Tribunal de Justiça da União Europeia: Garante que as leis da UE sejam aplicadas de forma uniforme.

     

Benefícios da União Europeia

  • Mercado Único: O mercado interno da UE permite a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, impulsionando o crescimento econômico.

  • Moeda Comum: O euro, adotado por 20 países-membros, facilita transações comerciais e financeiras entre eles.

  • Programas Sociais: A UE promove direitos trabalhistas, igualdade de gênero, proteção ambiental e acesso a educação de qualidade.

  • Inovação e Tecnologia: Investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento colocam a região na vanguarda de diversas áreas tecnológicas.

 

Desafios da União Europeia 

Apesar de seu sucesso, a UE enfrenta desafios consideráveis:

  • Brexit: A saída do Reino Unido em 2020 levantou questões sobre o futuro da unidade europeia.

  • Diferenças Econômicas: A disparidade entre economias mais desenvolvidas e menos desenvolvidas gera tensões.

  • Crises Migratórias: A gestão de fluxos migratórios é um tema sensível que exige soluções compartilhadas.

  • Mudanças Climáticas: A UE tem um papel de liderança na luta contra o aquecimento global, mas isso requer investimentos significativos.

 

O Papel da União Europeia no Cenário Global 

A UE desempenha um papel essencial nas negociações comerciais internacionais, nas discussões sobre mudanças climáticas e na promoção da paz em regiões em conflito. Além disso, suas políticas de auxílio humanitário e cooperação para o desenvolvimento têm impacto global.

 

Conclusão 

A União Europeia é um exemplo de como a cooperação e a integração podem promover prosperidade e estabilidade em uma região tão diversa. Apesar dos desafios, o bloco permanece um ator crucial no cenário global, com um impacto significativo nas questões econômicas, sociais e ambientais.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus leitores e deixe suas opiniões nos comentários! Vamos debater sobre o futuro da União Europeia e o que podemos aprender com sua história. 🌍🚀

 

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Mercosul: Integração Econômica e Sua Importância no Cenário Sul-Americano


 

O Mercado Comum do Sul, conhecido como Mercosul, é um dos blocos econômicos mais relevantes da América do Sul. Criado para promover a integração entre seus membros, ele desempenha um papel fundamental no fortalecimento das relações comerciais e políticas na região. Neste artigo, vamos explorar o que é o Mercosul, como ele surgiu, seus principais objetivos, desafios e sua importância no contexto global.

 

O Que é o Mercosul? 

O Mercosul é um bloco econômico formado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, fundado em 1991 com o Tratado de Assunção. Mais tarde, a Venezuela também se juntou ao bloco, embora atualmente esteja suspensa. Outros países, como Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e Suriname, participam como Estados Associados, o que permite certa integração comercial, mas sem participação plena.

 

Objetivos do Mercosul 

O Mercosul foi criado com o intuito de promover a integração regional e o desenvolvimento econômico sustentável. Seus principais objetivos incluem:

  • Livre Comércio: Reduzir tarifas alfandegárias e facilitar o trânsito de bens e serviços entre os países-membros.

  • Cooperação Econômica: Estabelecer políticas econômicas coordenadas para ampliar a competitividade global da região.

  • Unificação Aduaneira: Implementar uma Tarifa Externa Comum (TEC) para negociar com países e blocos fora do Mercosul.

  • Integração Social e Cultural: Promover a cooperação em áreas como educação, cultura, direitos humanos e meio ambiente.

     

Resultados e Benefícios do Mercosul

  • Aumento do Comércio Regional: Desde sua criação, o comércio entre os países-membros cresceu significativamente, beneficiando setores como automotivo, agropecuário e de energia.

  • Força Negociadora: O Mercosul permitiu que seus membros negociem com grandes potências e blocos comerciais, como União Europeia e China, com mais força coletiva.

  • Integração Econômica: Empresas têm se beneficiado da redução de custos e do acesso a novos mercados dentro do bloco.

     

Desafios e Críticas Apesar dos avanços, o Mercosul enfrenta desafios importantes:

  • Desigualdade Econômica: Diferenças no tamanho e na força das economias dos países-membros podem criar tensões.

  • Burocracia e Divergências Políticas: Nem sempre os países conseguem alinhar interesses, o que pode dificultar a tomada de decisões conjuntas.

  • Integração Incompleta: Áreas como transporte e infraestrutura ainda apresentam gargalos que afetam a competitividade do bloco.

     

O Futuro do Mercosul 

O Mercosul continua sendo uma peça-chave na integração sul-americana, mas precisa evoluir para se adaptar às demandas do comércio global moderno. Reformas que aumentem a eficiência, a inclusão de novas áreas de cooperação e o fortalecimento da união política podem definir o futuro do bloco.

 

Conclusão 

O Mercosul é mais do que um acordo comercial: é um símbolo da busca por cooperação e desenvolvimento entre nações vizinhas. Seu sucesso depende do equilíbrio entre as necessidades individuais de seus membros e o compromisso com objetivos comuns. Acompanhar os avanços e desafios do Mercosul é essencial para compreender o cenário econômico da América do Sul e sua posição no mundo.

Gostou deste artigo? Compartilhe nas redes sociais e deixe seu comentário! Vamos juntos discutir o papel do Mercosul no desenvolvimento da nossa região! 🚀

 

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O NAFTA e Seus Impactos no Comércio e na Economia das Américas

 



 

O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, conhecido como NAFTA (North American Free Trade Agreement), foi um marco na integração econômica entre Estados Unidos, Canadá e México. Desde sua implementação em 1994, ele transformou o comércio entre esses países, gerando debates acalorados sobre seus benefícios e desafios. Neste artigo, vamos explorar o que foi o NAFTA, seus objetivos, suas controvérsias e como ele moldou as economias das três nações envolvidas.

 

O Que é o NAFTA? 

O NAFTA foi um tratado criado para reduzir barreiras comerciais entre os três países signatários. Ele focou na eliminação de tarifas alfandegárias, fomentando a circulação de bens, serviços e investimentos. A intenção era criar um mercado integrado para fortalecer as economias locais e aumentar a competitividade global da região.

 

Objetivos Principais do NAFTA:

  • Eliminação de Tarifas: Reduzir ou remover taxas de importação sobre a maioria dos produtos.

  • Aumento do Comércio: Facilitar o fluxo de bens e serviços entre os países.

  • Proteção a Investimentos: Garantir segurança jurídica para investidores dos países membros.

  • Promoção de Competitividade: Tornar a região da América do Norte mais competitiva no mercado global.

     

Benefícios e Resultados do NAFTA

  • Expansão Comercial: O comércio entre os países cresceu exponencialmente, beneficiando especialmente setores como automotivo, agrícola e de tecnologia.

  • Investimentos Estrangeiros: México, em particular, atraiu grandes investimentos, com muitas indústrias estabelecendo suas fábricas no país.

  • Preços Mais Baixos: Consumidores passaram a ter acesso a produtos mais baratos graças à redução de custos de importação.

     

Controvérsias e Críticas 

Apesar de seus avanços, o NAFTA também enfrentou muitas críticas:

  • Perda de Empregos: Indústrias em países como os Estados Unidos alegaram perda de postos de trabalho devido à transferência de fábricas para o México, onde a mão de obra é mais barata.

  • Desigualdade Econômica: Pequenos agricultores no México, por exemplo, tiveram dificuldade em competir com produtos agrícolas subsidiados pelos EUA.

  • Impacto Ambiental: O aumento na atividade industrial gerou preocupações quanto à degradação ambiental.

     

A Evolução: Do NAFTA ao USMCA 

Em 2020, o NAFTA foi substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), que trouxe atualizações importantes para os desafios modernos. Questões como propriedade intelectual, comércio digital e normas trabalhistas receberam maior atenção. O USMCA buscou equilibrar algumas das falhas apontadas no NAFTA, ao mesmo tempo em que reforçou a cooperação entre os três países.

 

Conclusão 

O NAFTA foi um marco no comércio internacional, criando uma das áreas de livre comércio mais importantes do mundo. Apesar das controvérsias, ele ajudou a redefinir as relações econômicas entre Estados Unidos, Canadá e México, influenciando as discussões sobre acordos comerciais globais até hoje. Com a transição para o USMCA, fica evidente que a integração comercial entre os países da América do Norte continua sendo crucial para a economia global.

 

Se você gostou deste artigo, compartilhe em suas redes sociais e deixe seu comentário. Vamos debater sobre como os acordos comerciais impactam nossas vidas e o futuro das economias globais! 🚀

 

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Entenda Tudo Sobre a ALCA e Seu Impacto no Comércio Internacional

 



A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi uma das maiores propostas de integração econômica e comercial entre os países do continente americano. Mas você sabe exatamente do que se tratava e por que gerou tanto debate? Neste artigo, vamos explorar a história, os objetivos, os desafios e os impactos dessa iniciativa. Prepare-se para entender os principais pontos que tornaram a ALCA um tema tão relevante no cenário global.

 

O Que é a ALCA? 

A ALCA, ou Área de Livre Comércio das Américas, foi uma proposta de acordo comercial que visava integrar economicamente 34 países do continente americano, com exceção de Cuba. A iniciativa buscava eliminar barreiras alfandegárias e facilitar o comércio entre os membros, formando um dos maiores blocos comerciais do mundo.

 

Objetivos da ALCA:

  • Redução de Tarifas: Estimular o comércio ao reduzir ou eliminar tarifas alfandegárias.

  • Harmonização de Regras: Criar um ambiente de negócios mais uniforme, facilitando investimentos estrangeiros.

  • Acesso a Mercados: Ampliar o acesso dos países-membros aos mercados uns dos outros, fortalecendo as economias locais.

 

História e Negociações 

O conceito da ALCA começou a ganhar força na Cúpula das Américas, realizada em Miami, em 1994. Liderado pelos Estados Unidos, o plano teve como objetivo inicial sua implementação até 2005. No entanto, as negociações enfrentaram diversos impasses, com países como o Brasil e a Venezuela questionando os possíveis desequilíbrios nas condições comerciais que favoreciam economias mais desenvolvidas, como a dos EUA.

 

Desafios e Críticas 

Apesar da promessa de crescimento econômico, a ALCA enfrentou muitas críticas e desafios:

  • Desequilíbrios Econômicos: Países menores temiam não conseguir competir de forma justa com economias mais robustas.

  • Soberania Nacional: Críticos apontaram que o acordo poderia enfraquecer políticas econômicas locais em favor de interesses estrangeiros.

  • Resistência de Movimentos Sociais: Movimentos sociais e organizações sindicais se posicionaram contra a ALCA, preocupados com impactos negativos no emprego e na proteção ambiental.

 

O Legado da ALCA 

Embora as negociações tenham sido suspensas sem a implementação da ALCA, sua proposta gerou reflexões profundas sobre integração econômica e desigualdades regionais. O Mercosul, a Aliança do Pacífico e outros blocos comerciais continuam sendo exemplos de como os países da região buscam alternativas de cooperação econômica.

Conclusão 

A ALCA foi muito mais do que um simples acordo comercial: foi um divisor de águas nos debates sobre integração regional e globalização. Ao mesmo tempo em que apresentou oportunidades, também levantou questões críticas sobre soberania e equidade. Entender o contexto e as consequências dessa proposta é essencial para analisar como a economia global e o comércio internacional continuam a evoluir.

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Hoje na História: 28 de fevereiro de 1986 - O Plano Cruzado é lançado pelo presidente Sarney.

 

Plano Cruzado: anúncio do presidente José Sarney, 1986.



Plano Cruzado: A Revolução Econômica dos Anos 80 no Brasil

O Contexto Histórico

Nos anos 80, o Brasil enfrentava uma crise econômica severa, marcada por uma hiperinflação galopante que corroía o poder de compra da população e desestabilizava a economia. Em meio a esse cenário caótico, o governo do presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado em 28 de fevereiro de 1986, com o objetivo de controlar a inflação e estabilizar a economia.

As Medidas do Plano Cruzado

O Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas inovadoras e ousadas, que incluíam:

  1. Reforma Monetária: A moeda nacional, o Cruzeiro, foi substituída pelo Cruzado, com a conversão de 1.000 Cruzeiros para 1 Cruzado.

  2. Congelamento de Preços: Os preços de bens e serviços foram congelados nos níveis de 27 de fevereiro de 1986, para evitar aumentos especulativos.

  3. Congelamento de Salários: Os salários foram congelados, mas com a garantia de reajustes automáticos sempre que a inflação acumulada atingisse 20%.

  4. Congelamento da Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio foi fixada para estabilizar o valor da moeda nacional.

  5. Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND): Este fundo foi criado para financiar projetos de infraestrutura e insumos básicos, impulsionando o desenvolvimento econômico.

Os Primeiros Resultados

Inicialmente, o Plano Cruzado foi um sucesso. A inflação, que havia atingido 14,36% em fevereiro de 1986, caiu para -0,11% em março do mesmo ano. A população, aliviada pela estabilização dos preços, apoiou amplamente o plano, e o governo Sarney viu sua popularidade disparar.

Os Desafios e a Queda

No entanto, o sucesso inicial do Plano Cruzado não foi sustentável a longo prazo. O congelamento de preços levou à escassez de produtos, pois os produtores não conseguiam ajustar os preços para cobrir os custos de produção. Além disso, o aumento do consumo, impulsionado pela estabilidade inicial, não foi acompanhado por um aumento correspondente na oferta de bens, resultando em desequilíbrios econômicos.

Em janeiro de 1987, o governo lançou o Plano Cruzado II, que tentou corrigir algumas das falhas do plano original, mas não conseguiu restaurar a confiança da população e dos mercados. Eventualmente, o Plano Cruzado foi substituído pelo Plano Bresser em 1987 e pelo Plano Verão em 1989.

O Legado do Plano Cruzado

Apesar de suas falhas, o Plano Cruzado deixou um legado importante na história econômica do Brasil. Ele mostrou a necessidade de reformas estruturais profundas para combater a inflação e estabilizar a economia. Além disso, o plano destacou a importância de políticas econômicas bem planejadas e executadas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Conclusão

O Plano Cruzado foi uma tentativa audaciosa de controlar a hiperinflação e estabilizar a economia brasileira nos anos 80. Embora tenha falhado em alcançar seus objetivos a longo prazo, ele deixou lições valiosas para futuras políticas econômicas. A história do Plano Cruzado é um lembrete de que, em tempos de crise, a inovação e a coragem são essenciais, mas devem ser acompanhadas por planejamento e execução cuidadosos.

 

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Cliente Oi: veja se a sua operadora será Tim, Vivo ou Claro



Se você é cliente Oi, já pode saber qual será a sua nova operadora. Com a aprovação da venda da empresa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), os clientes serão migrados para a Claro, TIM ou Telefônica (dona da Vivo).


Confira abaixo mais detalhes sobre quais os critérios e qual será a sua nova operadora!

A venda da Oi

A venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Telefônica (Vivo) foi realizada em dezembro de 2020, mas foi só em 2022 que o negócio de R$ 16,5 bilhões foi aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


No negócio, a TIM ficou com 14,5 milhões de linhas de 29 diferentes DDDs; A Claro, com 11,7 milhões de clientes e 27 DDDs; Já a Vivo, ficou com 10,5 milhões de clientes e 11 DDDs.

 

Critérios para a divisão por DDD


Basicamente, o principal critério para a divisão dos DDDs utiliza como base a operadora com menor atuação. Por exemplo: em um DDD em que a Claro possui menos clientes que a TIM e a Vivo, a Claro é quem ficará com esse DDD.


As três empresas têm 18 meses para incorporar as linhas da Oi, mas de antemão a Anatel já estabeleceu algumas regras:


  •     Todos os clientes da Oi podem fazer portabilidade para outra operadora de sua escolha;
  •     Os clientes podem cancelar o plano ou mudar de operadora sem ter que pagar multa de fidelização por quebra de contrato;
  •     Aqueles que possuem combos com serviços móveis ou fixos (Oi Total, Oi Conta Total e afins) devem ter a segregação transparente dos contratos e receber a devida comunicação.


Sendo assim, se você é cliente Oi, pode continuar usando os serviços normalmente. Todas as mudanças e detalhes devem ser comunicadas com antecedência e os direitos do consumidor devem ser preservados.


Saiba qual será a sua nova operadora

Abaixo, você pode conferir a lista completa de DDDs, divida por região e estado. Para facilitar a consulta, os DDDs estão dispostos em ordem crescente:


Sudeste
São Paulo (SP)

  •     DDD 11: TIM;
  •     DDD 12: Vivo;
  •     DDD 13: Claro;
  •     DDD 14: Claro;
  •     DDD 15: Claro;
  •     DDD 16: TIM;
  •     DDD 17: Claro;
  •     DDD 18: Claro;
  •     DDD 19: TIM.


Rio de Janeiro (RJ)

  •     DDD 21: TIM;
  •     DDD 22: TIM;
  •     DDD 24: TIM.


Espírito Santo (ES)

  •     DDD 27: Claro;
  •     DDD 28: Claro.


Minas Gerais (MG)

  •     DDD 31: Claro;
  •     DDD 32: TIM;
  •     DDD 33: Claro;
  •     DDD 34: Claro;
  •     DDD 35: Claro;
  •     DDD 37: Claro;
  •     DDD 38: Claro.


Sul
Paraná (PR)

  •     DDD 41: Vivo;
  •     DDD 42: Vivo;
  •     DDD 43: Claro;
  •     DDD 44: Claro;
  •     DDD 45: Claro;
  •     DDD 46: Claro.


Santa Catarina (SC)

  •     DDD 47: Claro;
  •     DDD 48: Claro;
  •     DDD 49: Claro.


Rio Grande do Sul – RS

  •     DDD 51: TIM;
  •     DDD 53: TIM;
  •     DDD 54: TIM;
  •     DDD 55: TIM;


Centro-Oeste
Distrito Federal (DF)

  •     DDD 61: TIM.


Goiás (GO)

  •     DDD 62: TIM;
  •     DDD 64: TIM.


Mato Grosso (MT)

  •     DDD 65: TIM;
  •     DDD 66: TIM.


Mato Grosso do Sul (MS)

  •     DDD 67: TIM.


Nordeste
Bahia (BA)

  •     DDD 71: Claro;
  •     DDD 73: TIM;
  •     DDD 74: Claro;
  •     DDD 75: TIM;
  •     DDD 77: Claro.


Sergipe (SE)

  •     DDD 79: Claro.


Pernambuco (PE)

  •     DDD 81: Vivo;
  •     DDD 87: Claro.


Alagoas (AL)

  •     DDD 82: Vivo.


Paraíba (PB)

  •     DDD 83: Vivo.


Rio Grande do Norte (RN)

  •     DDD 84: Vivo.


Ceará (CE)

  •     DDD 85: Vivo;
  •     DDD 88: Vivo.


Piauí (PI)

  •     DDD 86: Vivo;
  •     DDD 89: TIM.


Maranhão (MA)

  •     DDD 98: Vivo;
  •     DDD 99: TIM.


Norte
Tocantins (TO)

  •     DDD 63: TIM.


Acre (AC)

  •     DDD 68: TIM.


Rondônia (RO)

  •     DDD 69: TIM.


Pará (PA)

  •     DDD 91: Claro;
  •     DDD 93: TIM;
  •     DDD 94: TIM.


Roraima (RR)

  •     DDD 95: TIM.


Amapá (AP)

  •     DDD 96: TIM.


Amazonas (AM)

  •     DDD 92: Claro;
  •     DDD 97: TIM;


A partir de agora, se você era cliente da Oi, já sabe qual será a sua operadora e quais os critérios utilizados na partilha.

Entenda o que está por trás da elevação do preço da gasolina e do diesel

Em julho de 2017, a política de preços da Petrobras foi alterada. Até então, a Petrobras tinha certo poder de determinar o preço que seria cobrado por litro de combustível.
A partir dessa alteração, o preço da gasolina e do diesel no Brasil passam a ser determinados pelo preço do barril de petróleo no mercado internacional e pela variação do dólar.
Essa mudança teve como principal consequência a perda do controle de parte do preço do combustível internamente e a situação se agravou com a alta do dólar e do petróleo, causando insatisfações no mercado brasileiro, como a greve, que causou o desabastecimento de combustível em grande parte das cidades brasileiras e por consequência afetou serviços públicos e privados, o abastecimento dos comércios e o transporte público, por exemplo.

CERTO, MAS E COMO É FORMADO O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS?

O preço da gasolina e do diesel é dado por uma soma de fatores: além do preço do combustível quando sai da refinaria, são adicionados impostos, outros componentes e o valor relacionado à comercialização. Que tal conferir cada uma das partes de formação do preço final?
1) Realização da Petrobras:
Refere-se ao valor pago pelas distribuidoras para a Petrobras quando o combustível sai da refinaria. Nesse valor estão inclusos os custos de produção e lucros da Petrobras.
2) Custo do etanol anidro e do biodiesel:
A gasolina e o diesel que compramos no posto não são os mesmos que a Petrobras vende às distribuidoras, pois antes de chegar aos postos, o etanol e o biodiesel são adicionados à fórmula. A gasolina que vendem nos postos é uma mistura da gasolina que vem da refinaria com o etanol anidro; e o diesel é uma mistura do diesel que sai da refinaria com o biodiesel.
O valor adicionado nessa etapa é o valor pago pelas distribuidoras por essas substâncias.
3) Impostos:
Os impostos que incidem sobre o valor da gasolina são: ICMS, CIDE e PIS PASEP e COFINS. Vamos ver o que significa cada um deles?
ICMS: é um imposto recolhido pelos estados e incide sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços.
CIDE: é um imposto de competência da União e foi criado para assegurar recursos para investimento em infraestrutura de transporte, projetos ambientais relacionados à indústria do petróleo e do gás e subsídios.
PIS PASEP e COFINS: são tributos destinados ao pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.
4) Custos e margens de distribuição e revenda:
Os postos compram o combustível já misturado (como explicado no item 2) e definem o preço que será repassado ao consumidor com base no valor de compra e nos custos associados à comercialização. Este é o valor final do combustível na bomba.

QUAL A PROPORÇÃO DE CADA UM DESSES COMPONENTES NA FORMAÇÃO DO PREÇO?

Agora que você já sabe o que compõe o preço do combustível, vamos entender um pouco a proporção de cada um desses fatores na formação do preço da gasolina, que é o combustível mais utilizado pelos carros de passeio no Brasil, e do diesel, utilizado em caminhões.
Gráfico da formação do preço da gasolina:
 (Reprodução/Politize!)
Os 32% de “realização da Petrobras” referem-se ao valor do combustível pago pelas distribuidoras à Petrobras assim que sai da refinaria.
A política de preços implementada desde julho de 2017 incide sobre essa parcela do valor, pois o preço que a empresa cobra para a venda do combustível está atrelado ao valor do barril de petróleo e à variação do dólar.
Abaixo temos o gráfico da formação de preços do diesel. Como podemos ver, ele se assemelha bastante ao gráfico da gasolina.
A principal diferença, no entanto, é a proporção do valor cobrado pela Petrobras, que nesse caso representa 56% do total do valor combustível. Por essa razão, o preço do diesel é mais suscetível que o preço da gasolina às variações no mercado internacional.
Gráfico da formação do preço do diesel:

E COMO O PREÇO DO COMBUSTÍVEL ERA DETERMINADO ANTES E QUAIS AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES?

Anteriormente, as variações do preço do barril de petróleo eram repassadas com uma certa defasagem para a população, ou seja, a Petrobras subsidiava o preço para segurar as variações e os ajustes nos preços ocorriam algumas vezes ao ano, e não diariamente. O objetivo dessa política era frear o avanço da inflação.
Uma das possíveis soluções seria voltar à política de preços anterior e permitir a interferência política na formação do preço do combustível, em vez de este ser determinado pelo mercado internacional.
No entanto, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que não é possível alterar a política, pois a empresa poderia se endividar.
A outra opção seria reduzir os impostos e algumas medidas adotadas já apontam para essa direção, como a proposta do governo de retirar o imposto CIDE para que a Petrobras possa reduzir o valor do diesel em 10% durante 30 dias.
O Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, no entanto, afirma que com a crise fiscal nas contas públicas, o espaço para reduzir impostos é pequeno. Veja aqui esses posicionamentos.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DA GREVE DOS CAMINHONEIROS, ENTÃO?

A greve, que se iniciou dia 21 de maio de 2018, afetou a rotina de diversos brasileiros: diversas cidades estão sem combustível, muitos serviços públicos e privados tiveram suas atividades reduzidas ou interrompidas e o abastecimento dos comércios foi prejudicado.
A paralisação, está relacionada aos aumentos sucessivos no preço do diesel, que assim como a gasolina, tem seu preço determinado pelo valor do barril de petróleo e a variação do dólar. Como houve uma valorização dessas variáveis, o valor do diesel teve mais uma elevação.

PARA REFLETIR:

O impacto desta greve dos caminhoneiros no dia a dia de cada cidadão deixa evidente a nossa dependência em relação ao transporte rodoviário.
Hoje, no Brasil, cerca de 90% de passageiros e 60% da carga movimentados no país se deslocam por rodovias. Países com territórios grandes, como Estados Unidos, China e Rússia, possuem grandes malhas ferroviárias para escoar a produção.

Quem são e o que querem os caminhoneiros que estão parando o país?

Caminhão parado em rodovia no Rio de Janeiro
Foto: FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL

Linhas de ônibus suspensas no Rio de Janeiro, ameaça de falta de querosene de aviação em aeroportos de cinco capitais, falta de combustíveis nos postos de Recife (PE) e possibilidade de caos no transporte público de São Paulo. São três dias de paralisação de caminhoneiros, e efeitos como estes são sentidos em vários Estados brasileiros.

No começo de quarta-feira, ministros deram declarações afirmando que os efeitos da greve não eram tão profundos. À tarde, no entanto, Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Valter Casimiro (Transportes) receberam organizações ligadas à categoria. Antes do encontro, o próprio presidente Michel Temer discutiu o assunto com Padilha e com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, além do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e os instruiu a pedir uma trégua de três dias aos caminhoneiros para que pudesse ser encontrada uma solução.

O pedido de Temer não foi atendido, e as entidades reafirmaram que a greve continua nesta quinta.

No início da noite, mais uma tentativa de conter o estrago que se espalhava pelo país. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou que a estatal fará uma redução de 10% no preço do óleo diesel - e que manterá este preço durante as próximas duas semanas. Trata-se de uma tentativa de dar algum tempo ao governo para negociar com os caminhoneiros - a medida significa uma redução de R$ 0,25 no preço do combustível (que, antes do anúncio, custava R$ 2,3 nas refinarias). Parente disse esperar que os caminhoneiros reajam com "boa vontade" ao aceno da empresa.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou na última terça-feira um acordo com o governo para zerar um dos impostos cobrados sobre os combustíveis, a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). A medida não debelou o ânimo dos caminhoneiros, já que o impacto no preço final do combustível é considerado pouco significativo (R$ 0,10 por litro de gasolina e R$ 0,05 no litro do diesel). Pré-candidato à presidência pelo DEM, Maia defende agora que o governo reduza a alíquota de outro imposto, o PIS/Cofins, para tentar baixar o preço do diesel na bomba.

Abaixo, a BBC Brasil responde as principais dúvidas sobre o assunto:

Quem está organizando as manifestações?
Não existe uma organização que possa ser apontada como líder da paralisação - na verdade, a proposta de greve começou a circular de forma espontânea em redes sociais e grupos de WhatsApp de caminhoneiros. Mas uma das principais entidades envolvidas é a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que congrega a maioria dos sindicatos de motoristas autônomos.

Outros sindicatos de caminhoneiros se juntaram aos protestos ao longo dos dias, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam). O movimento acabou engrossado pelos caminhoneiros de frota também - isto é, por aqueles que são contratados, com carteira assinada, por transportadoras.

"Começou com os autônomos. Mas como a situação está ruim para todos, as empresas (e os motoristas contratados por elas) também aderiram. E aí surgem várias associações, várias pessoas querendo representar. Tem também alguns que são pré-candidatos (às eleições de 2018)", diz o caminhoneiro Ivar Schmidt, um dos principais líderes dos protestos de caminhoneiros de 2015, que afirma não estar à frente das movimentações atuais.

O último balanço dos grevistas, do começo da noite de quarta, mencionava 253 pontos de protestos, atingindo 23 Estados brasileiros e o Distrito Federal.

Como começou a paralisação? O governo foi alertado?
Sim, o governo recebeu avisos de entidades sindicais dos caminhoneiros sobre a possibilidade de uma paralisação.

No dia 16 de maio, a CNTA apresentou um ofício ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações, mas foi ignorada. No dia 18 (última sexta-feira), a organização lançou um comunicado em que mencionava a possibilidade de paralisação a partir de segunda-feira, o que de fato ocorreu.

Segundo a CNTA, a paralisação estava sendo discutida "pelos caminhoneiros e sindicatos da categoria, nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas".

Um vídeo publicado na página do Facebook Transporte FORTE Digital, no último sábado, já convocava os motoristas para a greve.

À BBC Brasil, a entidade sindical disse que, apesar da reunião com o governo na quarta-feira, a paralisação foi mantida e não há data prevista para o fim do movimento.

Quais setores da economia já foram atingidos?
Após 72 horas de paralisação, os efeitos da greve de caminhoneiros foram sentidos em várias partes do país e em vários setores econômicos.

Houve relatos de falta de combustíveis em alguns postos de gasolina na Baixada Santista, no litoral paulista, e em cidades do interior de São Paulo como São José dos Campos, Taubaté e Jacareí. Em Recife (PE) e no Rio de Janeiro (RJ) também houve desabastecimento.

Quem está com o tanque do carro vazio também pode ter problemas ao tentar pegar um ônibus: as empresas de São Paulo já avisaram que terão dificuldade para retirar os veículos das garagens nesta quinta, por falta de combustível. A Prefeitura da capital paulista anunciou a suspensão do rodízio municipal de veículos, afirmando que a previsão era de que 40% da frota de ônibus ficasse fora de circulação.

Alerta semelhante foi feito pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro. Em Recife, já houve redução na frota de ônibus, para evitar a falta de combustíveis.

Na alimentação, o impacto também já era sentido. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as lojas de alguns Estados do país já começam a sofrer com o desabastecimento de alimentos, especialmente de produtos menos duráveis como frutas, verduras e legumes.

A Ceagesp, maior distribuidora de alimentos frescos da América Latina, informou que o saco da batatas passou de cerca de R$ 70 para R$ 200 - o mesmo aconteceu em centros de distribuição de alimentos de outros Estados. Do lado da produção, frigoríficos estimam que os prejuízos já superam os R$ 200 milhões com as exportações de carne suína e de frango, que deixaram de ser feitas.

Em outro desdobramento, os Correios informaram que suspenderam alguns tipos de entregas rápidas (como algumas modalidades do serviço Sedex). O aeroporto de Brasília informou que ficará sem querosene de aviação para reabastecer as máquinas a partir de quinta-feira. O mesmo foi dito nos aeroportos de Congonhas (SP), Recife (PE), Palmas (TO), Maceió (AL) e Aracaju (SE).

Além disso, é possível que trabalhadores de outros setores da economia cruzem os braços: o Sindicato dos Estivadores do Porto de Santos (SP), o maior do Brasil, anunciou paralisação em solidariedade aos caminhoneiros. Dificuldades de escoamento fizeram com que montadoras de automóveis no Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo interrompessem a produção nas fábricas.

Quais são as reivindicações dos caminhoneiros?
A principal exigência é a queda no preço do óleo diesel: segundo os representantes dos transportadores, o custo atual do óleo torna inviável o transporte de mercadorias no país.

"Hoje, um caminhão grande usa até R$ 2 mil de óleo diesel por dia. Isso aí no fim do mês é um rio de dinheiro", afirma Ivar Schmidt. A margem de lucro da atividade é tão baixa, diz Schmidt, que hoje os caminhoneiros trabalham "só para cumprir tabela (sem ganhar nada)", diz ele.

Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto - hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.

Além disso, há outras reivindicações na pauta dos caminhoneiros, diz Ariovaldo de Almeida Silva Júnior, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) de Ourinhos (SP). "Queremos também a isenção do pagamento de pedágio dos eixos que estiverem suspensos (quando o caminhão está vazio e passa a rodar com um dos eixos fora do chão). Defendemos a aprovação do projeto de lei 528 de 2015, que cria a política de preços mínimos para o frete, e a criação de um marco regulatório para os caminhoneiros", lista ele.

"O caminhoneiro faz um cálculo do custo do frete (antes de partir). Agora, o caminhoneiro às vezes viaja durante cinco dias. Teve semana que o diesel subiu todos os dias (invalidando a estimativa de custo)", diz ele.

Por que é tão fácil para os caminhoneiros jogarem o Brasil no caos?
Basicamente, porque o país depende fortemente do transporte rodoviário para transportar bens, pessoas e produtos - inclusive matérias-primas e insumos como os combustíveis.

Diferentemente de outros países com território de tamanho parecido, o Brasil tem poucas linhas de trens para escoar a produção - são 29 mil quilômetros de ferrovias, contra 86 mil km na China, 87 mil km na Rússia e 225 mil nos EUA. Os dados são da consultoria de logística Ilos.

O resultado é que, hoje, 90% dos passageiros e 60% da carga que se deslocam pelo país são movimentados em rodovias, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade sindical das empresas do setor.

Ao longo dos últimos dias, os caminhoneiros grevistas também fizeram bloqueios em pontos estratégicos, como a saída de refinarias da Petrobras e a entrada do porto de Santos, em SP, dificultando ainda mais o escoamento das mercadorias.

Há saída à vista para o problema?
Em teoria, há duas outras medidas que o governo poderia tomar para tentar baixar o preço dos combustíveis na bomba: anunciar um novo corte de impostos (além da Cide, poderia diminuir o valor do PIS-Cofins) ou mudar a política de preços da Petrobras.

Ambas teriam reflexos negativos: cortar impostos significaria aumentar ainda mais o endividamento público; e uma nova mudança na Petrobras colocaria em risco as contas da companhia (que se endividou durante o governo de Dilma Rousseff, quando os preços eram controlados).

Apesar da redução anunciada no começo da noite de quarta-feira, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que "a política (de preços) da companhia não muda". Ou seja, após este prazo, o diesel voltará a flutuar de acordo com o preço do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio (valor do real frente ao dólar).

No curto prazo, o governo apela também para a via judicial: ao longo do dia de ontem, a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu nove decisões liminares (provisórias), na primeira instância da Justiça, determinando a liberação das vias obstruídas nos Estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Rondônia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

No começo da noite de quarta-feira, ao dizer que pediu trégua "de uns dois ou três dias" aos representantes dos caminhoneiros, Temer agregou que "desde domingo estamos trabalhando neste tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida dos caminhoneiros".

Fonte: BBC

Estados Unidos e China iniciaram negociações para evitar Guerra Comercial


A China e os Estados Unidos entraram em um acordo na última sexta-feira (4) para estabelecer um "mecanismo de trabalho para estreitar a sua comunicação sobre suas disputas comerciais", informou a agência "Xinhua". 

De acordo com a publicação, os dois países reconheceram que possuem "grandes diferenças" entre eles, mas que isso não impossibilitará de "continuar trabalhando" para resolvê-las. 

Este novo mecanismo foi anunciado no segundo dia das negociações entre uma delegação norte-americana, liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e as autoridades chinesas, em Pequim. 

O objetivo dos Estados Unidos é apresentar aos chineses algumas reclamações comerciais, principalmente sobre equilibrar a balança de pagamentos e solicitar maior proteção aos direitos da propriedade intelectual. 

Por sua vez, os chineses consideraram as ofertas dos norte-americanos "injustas". 

Pequim e Washington estão há meses travando uma grande guerra comercial. Tudo começou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobretaxar a importação de aço e alumínio, dois dos principais produtos de exportação do país asiático.

(Fonte: Terra)

Entenda a Guerra Comercial entre China e Estados Unidos
Os Estados Unidos anunciaram tarifas sobre a importação de 1.300 produtos chineses no valor de 50 bilhões de dólares e a China contra-atacou anunciando sua própria lista, com um valor similar. A Bolsa se ressentiu e as indústrias afetadas de cada lado do Pacífico estão em suspense, mas as consequências do enfrentamento das duas maiores economias do mundo são globais. Nas brigas de elefantes, dizem, quem mais sofre é a grama que está embaixo.


A relação entre Washington e Pequim é complexa. Donald Trump, que tem uma queda por líderes autoritários, já expressou simpatia por Xi Jinping e elogiou sua decisão de perpetuar-se no poder mediante uma reforma constitucional. Ambos os líderes conseguiram coordenar-se em uma questão complicada como a norte-coreana, tendo a China concordado em aumentar a pressão sobre Pyongyang e abrindo a porta para uma possível cúpula histórica entre o presidente norte-americano e Kim Jong-un a fim de negociar a desnuclearização de seu hermético país. Mas a promessa trumpista de reduzir o déficit comercial segue um caminho diferente e o republicano não está disposto a ceder.

“Não estamos em uma guerra comercial com a China, essa guerra foi perdida há muitos anos por pessoas estúpidas ou incompetentes que representavam os EUA”, disse Trump no Twitter. “Agora temos um déficit comercial de 500 bilhões por ano, com roubo de propriedade intelectual na ordem de 300 bilhões. Não podemos permitir que isso continue!”, acrescentou. O regime chinês limita rigorosamente os setores em que os estrangeiros podem investir no país e impõe a associação com uma empresa local em outros. Os EUA asseguram que as empresas norte-americanas são forçadas a entregar sua tecnologia aos rivais locais para ter acesso ao poderoso mercado, algo que Pequim nega. Washington, UE e Japão somaram forças contra a China na cúpula da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Buenos Aires em dezembro passado.

“Nenhuma tentativa de pôr a China de joelhos por meio de ameaças e intimidação jamais teve sucesso e não o terá desta vez”, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Geng Shuang, segundo informa a AFP. A China, disse, está disposta a dialogar em matéria comercial, “mas a oportunidade de consultas e negociação foi omitida pelos EUA diversas vezes”, em referência aos vários pedidos recentes que o país enviou a Washington através da OMC.
(Fonte: El País)