Inep divulga gabaritos do Enem; resultado final sairá em janeiro

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulga hoje (14) os gabaritos oficiais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na página do exame. Além dos gabaritos, o Inep vai divulgar os cadernos de questões aplicados nos últimos dias 4 e 11 a mais de 4 milhões de estudantes em todo o país.

Mesmo com o gabarito, os candidatos não conseguirão saber a nota que tiraram porque o sistema de correção do Enem usa a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que não estabelece previamente um valor fixo para cada questão. O valor varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.

Assim, se a questão tiver grande número de acertos será considerada fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. O estudante que acertar um item com alto índice de erros, por exemplo, ganhará mais pontos por ele. Dessa forma, o candidato só saberá a sua nota nas provas objetivas após a divulgação do resultado final, em janeiro.

Os resultados individuais do Enem serão divulgados no dia 18 de janeiro.

Segunda-feira (12), o Inep anulou uma das questões da prova de matemática por já ter sido usada em um vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2013, descumprindo os requisitos de ineditismo e sigilo do exame. A autarquia instaurou sindicância para apurar responsabilidades.

O Enem foi aplicado nos dias 4 e 11 de novembro. No primeiro domingo, os estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação. No segundo domingo, fizeram provas de ciências da natureza e matemática.

A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Entenda o que acontece com questões anuladas no Enem




Um dia após a anulação de uma questão da prova de Matemática e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dúvidas pairavam sobre a cabeça dos alunos: o que acontece com a pontuação dessa questão? Ela é dada para todos os alunos? Redistribuída para outras questões? O LeiaJa.com entrou em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para responder a esses questionamentos.

Segundo o Inep, a questão anulada deixa de ser considerada durante o cálculo da nota de todos os participantes do exame. Logo, é como se ela nunca tivesse existido. Como o exame não trabalha com uma pontuação específica para cada questão, e sim com o método de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que calcula o peso de cada pergunta de acordo com seu nível de dificuldade, a anulação da questão não deve preocupar os feras.

Questão anulada já foi aplicada em outro vestibular

Na noite da segunda-feira (12), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou que uma questão de matemática da prova aplicada no domingo (11) foi anulada. A questão, de número 150 do caderno amarelo, laranja e verde; 170 do caderno cinza; 163 do caderno azul e 180 do caderno rosa, teria sido aplicada em uma prova de vestibular 2013/2014 da Universidade Federal do Paraná.

“O Ministério da Educação (MEC) instaurou sindicância para apurar responsabilidades. O item da prova foi formulado por um professor que compõe o Banco de Elaboradores de Itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, em decorrência do descumprimento dos requisitos de ineditismo e sigilo, a questão está anulada”, informou o Inep em seu site oficial.

Fonte: 

Anulada questão de Matemática do Enem por ser repetida; MEC vai apurar

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou hoje (12) que uma das questões da prova de Matemática e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 foi anulada por já ter sido usada em um vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2013, descumprindo os requisitos de ineditismo e sigilo do exame.

“A questão foi elaborada em 2012 para o Inep, por um professor que, à época, estava vinculado à UFPR. No entanto, posteriormente, em 2013, a questão foi utilizada no vestibular da própria Universidade, para ingresso em 2014, o que não deveria ter ocorrido”, informou o órgão por meio de comunicado à imprensa.

Segundo o Inep após constatar a repetição, o Ministério da Educação (MEC) instaurou uma sindicância para apurar responsabilidades, que pode resultar em processos administrativo, cível e até criminal.

O reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, colocou a Instituição à disposição para colaborar com a apuração. A Universidade tem um Acordo de Cooperação Técnica assinado com o Inep para integrar o processo de elaboração e revisão de itens do Banco Nacional de Itens (BNI).

A questão anulada tem número diferente a depender do caderno de prova do Enem 2018. Nos cadernos amarelo, laranja e verde, é a número 150. No caderno Azul, 163, no Cinza, 170 e no Rosa, 180.

Fonte: 

Entenda como é a prova de língua estrangeira no Enem




As provas de língua estrangeira do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão realizadas no próximo domingo (5). Ao todo, são cinco questões que exigem e testam a capacidade de leitura e interpretação dos candidatos. Durante as inscrições, os fera escolhem se querem fazer inglês ou espanhol. 

"A prova de inglês do Enem vai testar as habilidades dos feras de compreender alguma informação de um texto de língua estrangeira. Os textos, geralmente, vêm abordando um conteúdo social ou cultural que tiveram repercussão mundial", explica o professor de inglês Matheus Camarotti. O docente ainda aponta alguns possíveis temas a serem discutidos na prova como, por exemplo, o Brexit - saída do Reino Unido da União Europeia - e as polêmicas envolvendo o presidente dos EUA, Donald Trump. "O Inep - organizador do Exame - se utiliza de material autêntico, como matérias de jornais e revistas. Poemas e músicas também são utilizados, nesses os candidatos devem prestar um pouco mais de atenção, pois são mais subjetivos", salienta.

Outros gêneros textuais recorrentes no exame são cartuns e charges. Segundo Camarotti, neles a abordagem é mais simples e pedem para que o fera identifique o humor presente. "As dicas para quem vai fazer a prova é estar ligado nos assuntos de impacto internacional, falsos cognatos e não deixar para resolvê-la no final, pois algumas questões vão demandar mais tempo", orienta o professor.

Escolhida por muitos feras por ser considerada fácil e semelhante ao português, a prova de espanhol aparece como a opção principal dos feras. No entanto, o professor Wenderson Lima atenta para os heterossemânticos e falsos amigos, que são palavras muito parecidas com a nossa língua materna, mas apresentam significados distintos. "A prova prioriza a interpretação e a gramática vem como suporte. Outra característica das questões de língua espanhola é a diversidade de gêneros como charges, jornalísticos, literários. Além disso, os aspectos culturais também estão presentes".

Para um desempenho, o docente comenta que o fera não pode deixar para fazê-la no final. O candidato também deve fazer a leitura inicial em espanhol, pois isso reflete no desempenho e na interpretação dos textos. Também é necessária a leitura de periódicos como o El País e o Clarín, disponíveis online, que auxiliam no conhecimento de temas atuais que podem aparecer no exame.

Fonte: Leia Já

Literatura no ENEM: Quais são os autores mais cobrados?




O ENEM cobra obras literárias?
Diferente dos vestibulares, que disponibilizam uma lista de obras literárias cobradas, o Enem não divulga uma lista de autores específicos e suas respectivas obras para a realização da prova. Porém, para mandar bem você precisa ficar por dentro de tudo sobre os maiores autores da literatura brasileira e suas obras de maior destaque.

No Exame Nacional do Ensino Médio o candidato poderá ler e analisar textos dos autores antes de responder ao que se pede, então todo o conhecimento extra sobre a obra ou sobre o autor ajudará você a resolver a questão mais facilmente.

Por isso, ATENÇÃO! A melhor maneira de se preparar para as questões de literatura do exame é a seguinte. Não estude só os principais autores da literatura brasileira, mas também relacione-os aos seus respectivos movimentos literários e o contexto histórico de publicação de suas obras.

Confira abaixo uma lista dos autores mais cobrados no Enem:

1- Machado de Assis
Principais obras cobradas: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro (1899).

Escolas literárias: romantismo e realismo.

No Enem: Normalmente encontramos questões que envolvem a originalidade de Machado de Assis, a partir do defunto-autor que narra a própria história depois de sua morte em Memórias Póstumas de Brás Cubas, e sobre a moralidade das relações da sociedade a partir de Dom Casmurro.

2 – Carlos Drummond de Andrade
Principais obras cobradas: Sentimentos do Mundo (1940), Alguma Poesia (1930) e A rosa do Povo (1945).

Escola Literária: Modernismo.

No Enem: Carlos Drummond de Andrade é o autor mais cobrado. Ele é tema de 16 questões ao longo de 15 anos, que envolvem muita interpretação de texto, o que é necessário uma atenção maior pela linguagem e recursos usados em suas obras.

O estilo do autor em sua Fase Social reflete mais um engajamento político e social pelo momento que o país vivia (Era Vargas). Sendo uma característica marcante de Machado de Assis e fundamental para análise de suas obras.

3- José de Alencar
Principais obras cobradas: Senhora (1875), O Guarani (1857) e Iracema (1865), que abordam temas nativistas, indianistas e históricos.

Escola literária: Romantismo

No Enem: as questões que envolvem o autor, em maioria estão relacionadas à uma de suas características mais fortes: o nacionalismo.

4- Oswald de Andrade
Principais obras cobradas: Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Manifesto Antropófago (1928), Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924).

Escola literária: Modernismo

No Enem: Seu nome e obras sempre apareceram acompanhados ou envolvidos em questões sobre a Semana de Arte Moderna. Ou mesmo à outros nomes de referência modernista como Tarsila do Amaral e Anita Maffalti. Lembre-se sempre da busca pela identidade nacional por parte do modernismo, isso te ajudará a responder às questões.

5- Clarice Lispector
Principais obras cobradas no: A Hora da Estrela (1977), Laços de Família (1960) e Felicidade Clandestina (1971)

Escola literária: Modernismo

No Enem: Provavelmente você encontrará trechos de suas obras e questões que envolvem exploração de metáforas, aliterações e a não linearidade da narrativa (sem começo, meio e fim).

6- Cecília Meireles
Principais obras cobradas no Enem: Romanceiro da Inconfidência (1953)

Escolas literárias: Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo

No Enem: A obra Romanceiro da Inconfidência aborda as relações humanas e suas condições, e é cobrada através de reflexões sobre o homem e sobre a linguagem usada na obra. As questões são em maioria de interpretação textual.

7 – Guimarães Rosa
Principais obras cobradas: Grande Sertão: Veredas (1956), Primeiras Estórias (1962) e Sagarana (1946), abordando temas como a vida sofrida do sertão brasileiro.

Escola literária: Modernismo.

No Enem: O autor é dono de uma linguagem inovadora ao qual sempre é avaliada em questões de vestibular. Principalmente se tratando do Enem, que exige do candidato uma boa análise e interpretação.

8 – Graciliano Ramos
Principais obras cobradas: Vidas Secas (1938).

Escola Literária: Modernismo

No Enem: A temática sobre a vida de retirantes e o sofrimento dos sertanejos no interior, são pauta para muitas discussões. Elas podem se relacionar com aspectos políticos e sociais. Fique atento a tais temáticas, pois normalmente são cobradas no vestibular.

Fonte: Kuadro

Enem: saiba quais termos não usar na hora da Redação




Equivalendo a 20% da nota total no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação é parte essencial para aqueles que almejam uma vaga na universidade. A prova exige que o fera tenha domínio da forma culta da língua portuguesa, a principal competência segundo a Cartilha do Participante na Redação. Com isso, o estudante precisa ficar atento ao uso da oralidade em seu texto, que pode levar à perda de pontos preciosos na composição da nota geral.

“Obviamente, como é esperado o uso da norma culta da língua portuguesa, avaliado na competência 1, os desvios do padrão serão penalizados, como ortografia, acentuação, concordância, colocação pronominal, pontuação, regência e crase”, alerta o professor Diogo Xavier. Ainda segundo ele, até quando o estudante corta uma palavra para continuar em outra linha, a divisão silábica correta será avaliada.

Para o educador, porém, há um erro que em hipótese alguma o fera deve cometer, correndo risco de custar todo um ano de estudo. “O principal a ser evitado é o uso de impropérios, os palavrões, e de palavras de cunho discriminatório. A primeira pode anular a prova; e a segunda, baixar significativamente a nota”, enfatiza Diogo. O docente alerta que o uso da primeira pessoa, mesmo que do plural, não é recomendável, pois é marca de subjetividade e o Exame cobra um texto dissertativo argumentativo, que tem como marca o afastamento do autor-leitor. Adjetivos e adverbiais muito pessoais também devem ser evitados.

Para o também professor especializado em redação, Diogo Didier, é importante fugir dos clichês. “Por serem muito recorrentes, sua utilização empobrece o texto. Existem diversos deles, como: hoje em dia, desde os primórdios, a cada dia que se passa, desde que o mundo era mundo”, indica. O docente ainda afirma que o ato de usar excessivos adjetivos em uma sentença, denominado de ‘adjetivos cristalizados’, é altamente descartável.

Os dois professores indicam o rebuscamento excessivo como outro erro grave que deve ser evitado. Segundo eles, vários candidatos buscam impressionar pelo uso de palavras complexas, sem dominá-las e saber o contexto de uso correto, frequentemente prejudicando a compreensão do texto. O ideal é ser objetivo e conciso, usando os termos que se adequam corretamente ao cenário exposto na redação.

Outro fator importante é ter atenção ao uso adequado de palavras e expressões usadas, como conectivos ou termos introdutórios, que levam candidatos a baixarem a nota pela má aplicação de tais métodos, destaca Diogo Xavier. “Muitos escrevem ‘é notório’ ou ‘é evidente’ com o sentido de ‘é necessário’, quando na verdade passam a ideia de algo perceptível. Assim está errada a construção: ‘É notório que o Mec promova projetos...’. O correto seria: ‘É preciso que o Mec promova...’”, explica.

Fonte: Leia Já

Cinco pensadores para revisar antes da prova de ciências humanas do Enem 2018

Da Grécia Antiga à pós-modernidade, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será aplicado neste domingo (4) pode trazer questões que abordam diversos pensadores históricos. Por isso, a pedido do G1, o professor José Maurício Fonzaghi Mazzucco, que dá aulas de filosofia no Curso e Colégio Objetivo, selecionou cinco filósofos ou autores que podem aparecer na prova de ciências humanas – e inclusive em linguagens, ou até exatas.

São eles:
  • Aristóteles
  • René Descartes
  • Immanuel Kant
  • Maquiavel
  • Karl Marx

Uma dica do professor para não cometer erros na prova objetiva, quando o assunto é sociologia ou filosofia, é driblar as possíveis pegadinhas do Enem. Segundo ele, só saber as frases ou conceitos do autor não garante a alternativa correta: é preciso prestar atenção na pergunta.

"O Enem cita uma frase de um autor, e ali ele vai propor uma pergunta. A resposta nem sempre é uma frase que parece representar o pensamento do autor. A resposta certa é aquela que responde à pergunta feita pela questão", explica Mazzucco

Para ele, a solução para evitar problemas nessa área é prestar atenção ao texto das alternativas, para encontrar a que se emenda melhor à pergunta e tenha ressonância no texto do enunciado. "Sabe aquela resposta que tem o sabor do texto, que usou as palavras semelhantes às do texto, e que responda à pergunta do texto? Essa é uma dica que eu dou sempre para os candidatos."

Veja abaixo as explicações do professor sobre os principais conceitos de cada pensador, e teste seus conhecimentos com questões sobre cada autor de edições anteriores do Enem:

1- Aristóteles
  • Filósofo que viveu na Grécia Antiga
  • É considerado o “pai da lógica”, conceito que nos acompanha até hoje
  • Foi discípulo de Platão, mas rompeu com conceitos de seu mentor, como o dualismo e a metafísica de Platão
  • Ele também acreditava na metafísica, mas era outra metafísica
  • Ao contrário de Platão, que não olhava muito para o mundo, Aristóteles olhou muito para a natureza

Segundo Mazzucco, Aristóteles é citado desde a Idade Média, desde o século XIII. "Ele é muito importante. Todo ano tem que estudar", alertou o professor.

Um dos conceitos de Aristóteles que tem chances de aparecer na prova é o silogismo, que, segundo o professor, é a ideia do pensamento dedutivo, indutivo, que trabalha com o raciocínio e a lógica.

Mazzucco deixa como palpite uma possível questão que dialogue com a filosofia e com a história da arte. Ele cita como exemplo o quadro “A escola de Atenas”, considerada a obra-prima do pintor renascentista Rafael.

Reprodução da obra 'Escola de Atenas', do renascentista Rafael — Foto: Reprodução
Reprodução da obra 'Escola de Atenas', do renascentista Rafael — Foto: Reprodução

"É uma obra belíssima”, afirmou o professor. “No centro dessa obra tem duas personagens. Um deles é Platão e o outro é Aristóteles. O Platão tinha ainda o rosto do Leonardo da Vinci, o amigo do Rafael. Mas o Platão está apontando para o céu, e o Aristóteles está com a mão apontando para baixo", explicou.

"E o que Rafael parece querer dizer é que precisa fazer um diálogo entre essas duas coisas. Uma filosofia que dialoga com o mundo, que está no mundo, e uma filosofia que é transcendente."

Mazzucco lembra que os demais personagens do quadro também são pensadores e que o corpo do filósofo retrata um pouco a sua filosofia. "Se está sentado, de pé... O aluno tem que prestar atenção nisso. Dá para fazer um curso inteiro só sobre esse quadro", disse ele.

QUESTÃO 1 - Veja se você sabe responder a essa questão sobre Aristóteles no Enem 2017 — Foto: Reprodução/Inep

2- RENÉ DESCARTES
  • Filósofo e matemático francês que viveu no século XVII
  • É o primeiro pensador da dualidade, ou seja, a ideia de que existe a realidade “pensante” e a realidade “material”
  • Considerado o “pai do pensamento moderno”
  • Sua frase mais famosa é “penso, logo existo”
  • Defende o “ceticismo metodológico”

A dualidade cartesiana, segundo o professor, está por trás da frase “penso, logo existo”, que se torno uma das mais célebres da história da filosofia. Mazzucco explica que ela significa uma defesa de Descartes à necessidade de as pessoas se identificarem com a “realidade pensante”, e não com a “realidade material”.

“Ele é um racionalista na área da epistemologia”, diz o professor. “Ele acha que o conhecimento está dentro do ser humano, dormente.” Por isso, segundo ele, as pessoas devem desconfiar de seus sentidos.

Ele dá como exemplo o céu. “Todo dia você olha para o céu e vê que o Sol nasce a leste e se põe a oeste. Aí você deduz que o Sol gira em torno da Terra. Mas não é verdade. Então, os sentidos enganam a gente.”

Já o conceito de ceticismo metodológico, segundo o professor, também está por trás da famosa frase. "Ele também é importante porque vai dizer que é preciso duvidar e libertar-se de tudo o que é ensinado", explicou Mazzucco. "Ele quer dizer: tenha um método de descrer antes de aceitar a verdade. Isso é importante para a ciência. Não existiria ciência sem Descartes."

QUESTÃO 2 - No Enem 2016, René Descartes foi um dos pensadores abordados na prova de ciências humanas — Foto: Reprodução/Inep

3- IMMANUEL KANT
  • Filósofo da Prússia que viveu no século XVIII
  • Fez o que se considera uma “revolução copérnica” na epistemologia (a área da filosofia que estuda a forma como o ser humano produz conhecimento)
  • Dois assuntos sobre o Kant costumam cair nos vestibulares: o imperativo categórico e o conceito epistemológico

Para o professor Mazzucco, Kant é o filósofo mais importante da área do pensamento.

Segundo ele, o imperativo categórico representa "a ideia de encontrar uma atitude moral do ser humano que tenha aplicação universal. E que seja um gesto gratuito, sem qualquer interesse religioso, pessoal, nada. O gesto desinteressado, ou seja, fazer a coisa certa porque é a coisa certa a fazer”.

Mazzucco dá um exemplo prático que costuma repetir aos alunos em sala de aula: "Pagar uma dívida para não ficar com o nome sujo não é imperativo categórico. Eu pagar meu irmão uma dívida porque não quero que ele pense mal de mim também não é. Mas se eu entrar nunca loja, comprar um livro, e eu percebi, ao sair da loja, que a pessoa me deu R$ 10 a mais, não é meu. Eu nunca mais vou entrar nessa livraria, mas vou lá e devolvo os R$ 10, eu só devolvi e saí sem pensar em prêmio ou castigo, isso é imperativo categórico."

Outro conceito importante de Kant e que, de acordo com o professor do Objetivo, também cai bastante nos vestibulares, é o conceito epistemológico. "Ele vai dizer, não vejo as coisas em si, eu vejo as coisas em mim", resumiu Mazzucco. "Hoje parece meio óbvio, mas ele é o primeiro cara que vai dizer: ‘cuidado, porque conhecimento é interpretação, não é um olhar objetivo’."

Para Mazzucco, "todo conhecimento é uma interpretação. Não quer dizer que não tenha valor. Mas ele vai dizer que nós não enxergamos as coisas exatamente como elas são. Temos sempre uma interpretação".

"Ele faz uma revolução na época e, a partir do Kant não dá para pensar mais da mesma forma que antes."

QUESTÃO 3 - O Enem 2017, além de Aristóteles, também cobrou Kant na prova do primeiro dia — Foto: Reprodução/Inep
4- MAQUIAVEL
  • Filósofo, historiador e diplomata italiano que viveu os séculos XV e XVI
  • Costuma cair muito no Enem, inclusive na prova de linguagens
  • É um pensador da política, considerado o pai da ciência política moderna
  • Seu conceito mais famoso, embora não seja uma frase dita de fato por ele, é que os fins justificam os meios.
  • Tem uma antropologia pessimista em relação ao ser humano, como Thomas Hobbes
  • Defensor do Estado laico
  • Considera-se que ele implantou a modernidade

O conceito de que os fins justificam os meios está o tempo todo na obra principal dele, “O príncipe”, afirma o professor.

Segundo Mazzucco, a “antropologia pessimista” de Maquiavel significa que ele acredita que o ser humano é egoísta. “Ele acha que o homem é voltado para o próprio umbigo, é a lei do esforço mínimo. Então é essa coisa de confiar no ser humano, ele bota a questão da misantropia um pouco”, diz o professor.

“É complicado confiar no ser humano, achar que o ser humano vai implantar a democracia e ser feliz para sempre. Ou que com o socialismo daqui em diante tudo vai funcionar. Não é bem assim, porque são modelos ainda tocados por essa espécie complicada que é o ser humano. Um ser humano que se embriaga pelo poder, por exemplo, ou que se afrouxa diante do poder.”

A dica do professor aos estudantes é compreender primeiro essa posição pessimista para depois entender o pensamento de Maquiavel.

QUESTÃO 4 - Treine seus conhecimentos sobre Maquiavel com essa questão do primeiro dia do Enem 2013 — Foto: Reprodução/Inep

5- KARL MARX
  • Filósofo e sociólogo socialista da Prússia que viveu no século XIX
  • Criou uma série de escolas, chamadas de marxismos
  • É o pensador da crítica ao capitalismo e anteviu a globalização
  • Tem uma visão dialética que é um pouco mecanicista, mas que percebe as contradições como parte da História
  • Defendeu os conceitos de materialismo dialético e da alienação
  • Para Marx, o motor da História é a evolução dos modos de produção

Mazzucco afirma que incluiu Marx na lista porque, apesar de ter aparecido apenas uma vez no Enem (veja na questão abaixo), existe chance de ser abordado novamente. "Por ser um pensador tão importante, e só ter caído uma vez, pode cair", disse ele, lembrando que os conceitos do autor conseguiram dividir o mundo.

O professor afirma não ser marxista (nome atribuído a pessoas que aplicam ou seguem os conceitos criados por Marx em sua atuação acadêmica ou social). "Nunca fui marxista. Mas jamais joguei na lata de lixo qualquer pensador. Todos disseram algo que me interessou, e o Marx é um pensador muito importante, muito interessante."

Ele alerta os alunos, porém que é preciso tomar cuidado na hora do vestibular para não confundir os conceitos do pensador prussiano.

Segundo o professor, o materialismo de Marx significa a ideia de que o pensamento dialético é percebido como o movimento da História, justamente com a questão da evolução dos modos de produção. "O aluno precisa entender isso, porque pode entender mal a palavra ‘materialismo’", explica o professor.

Outro conceito importante da obra de Marx é a alienação, diz Mazzucco.

"O Enem pode cobrar o tema abordando o trabalho em várias formas de alienação. Tem a alienação política, a alienação econômica, a alienação intelectual... Então, como o trabalho dentro do capitalismo produz alienação é um tema que pode cair."

Um terceiro tema trabalhado por Marx que, apesar de mais difícil, pode aparecer no Enem, é o conceito de "mais valia".

Segundo o professor, trata-se de um conceito matemático central na economia. "A ‘mais valia’ é quando o patrão se apropria de um valor que deveria estar no bolso do trabalhador. Que valor é esse? O valor que está na mercadoria. Por exemplo: fazer um apagador custa R$ 5 de mão-de-obra e R$ 5 de matéria-prima. Ele é vendido por R$ 15. Então, o que acontece? R$ 5 é lucro. Deveria ir para o bolso do trabalhador. Se o trabalhador ganhar mil apagadores, ele deveria ganhar R$ 5.000. Mas não, ele ganha R$ 800. Então, cadê o resto? Está no bolso do patrão", explica Mazzucco.

Ele afirma que esse conceito pode cair tanto na prova de sociologia ou geografia quando em uma questão de matemática.

QUESTÃO 5 - Karl Marx foi tema de apenas uma questão do Enem, na edição de 2013 — Foto: Reprodução/Inep


Respostas das questões:
Questão 1 - C
Questão 2 - C
Questão 3 - D
Questão 4 - C
Questão 5 - B

Horário de verão começa no 1º dia do Enem 2018: veja a hora local de fechamento dos portões em cada estado

Neste ano, o início do horário de verão coincide com o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o domingo de 4 de novembro. A decisão foi divulgada na noite de segunda-feira (15) pelo governo federal, depois do anúncio de que o horário de verão seria adiado por duas semanas para evitar confusões com os candidatos do Enem 2018.

Isso quer dizer que, à meia-noite de sábado (3) para o domingo (4), os moradores de dez estados e do Distrito Federal deverão adiantar o relógio em uma hora. Assim, os moradores dos demais estados do Brasil ficarão uma hora a menos em relação ao fuso horário anterior.

No total, o país terá quatro fusos horários diferentes, mas o horário de fechamento dos portões para o início da prova do Enem acontecerá na mesma hora, seguindo o horário de Brasília: 13h. Quem se confundir com o horário local e chegar atrasado perderá o exame.

Veja abaixo os detalhes sobre o horário de verão deste ano e os horários locais de fechamento dos portões do Enem em cada estado:

Quais estados precisam adiantar o relógio no dia 4?
Segundo o decreto, dez estados, além do Distrito Federal, precisarão adiantar o relógio em uma hora.
Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná
Região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais
Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal
Como o horário local em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul atualmente já está uma hora atrás de Brasília, essa diferença continua igual. Isso quer dizer que o fechamento dos portões nesses dois estados acontece às 12h do horário local.

Horário das provas (horário OFICIAL de Brasília)
Abertura dos portões: 12h (horário de Brasília)
Fechamento dos portões: 13h (horário de Brasília)
Início das provas: 13h30 (horário de Brasília)
Saída permitida a partir das 15h30 sem o caderno de provas.
Saída liberada com o cartão de provas: 18h30 (horário de Brasília)
Fim da prova: 19h (horário de Brasília)

Horários LOCAIS de fechamento dos portões

13h (fechamento dos portões no horário local)
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Minas Gerais
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo

12h (fechamento dos portões no horário local)
Alagoas
Amapá
Bahia
Ceará
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Pará
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Rio Grande do Norte
Sergipe
Tocantins

11h (fechamento dos portões no horário local)
Amazonas (com exceção de 13 municípios abaixo)
Rondônia
Roraima

10h (fechamento dos portões no horário local)
Acre
Amazonas (13 municípios da região sudoeste: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga)

Inep pode ter dado pistas sobre tema de redação do Enem


Novembro já está quase aí e, com isso, os estudantes correm atrás dos últimos detalhes para o Enem 2018. Além dos longos dias de estudo, a galerinha fica preocupada com qual será o tema da redação e se vão conseguir se dar bem.

Além de poder treinar em casa com vários assuntos atuais, o pessoal que vai fazer as provas esse ano pode estar recebendo algumas dicas. O perfil do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) no Instagram vem fazendo diversas publicações com variações linguísticas e muita gente entendeu isso como um conselho.

Para quem ainda tem algumas dúvidas sobre o assunto, nós vamos ajudar vocês: variação linguística nada mais é que o modo diferente que a língua é pronunciada de acordo com a região. O sotaque ou as gírias de cada estado, cultura e idade são exemplos.

Essa pluralidade tem vários níveis, separados entre diatópico (lugar onde a pessoa reside), diafásico (ocasião no qual a pessoa se encontra, por exemplo, diferença entre uma reunião séria e uma conversa entre amigos), diastrático (classificado como as gírias que determinados grupos usam) e histórico ou diacrônico (de acordo com a idade e o período histórico que a pessoa vive/viveu).

Muitos sites de estudos apontaram que esse seria o tema da redação do Enem 2018. Se é ou não, infelizmente não tem como saber, mas não custa nada estudar um pouco sobre o assunto e já ir treinando o texto.

Fonte: Terra

De Fascismo a Comunismo, entenda cada movimento

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Adolf Hitler e Josef Stalin (Foto: Arquivo Google)
Está formado um cenário de debates intensos, muitas vezes violentos. De um lado, políticos com ideologias divergentes se preparam para a disputar as urnas, aguerridos de propostas ou discursos que têm como alvo o eleitor brasileiro. Do outro, o povo, que tem nas redes sociais o seu campo de batalha e se travestem de soldados, saem a defender suas ideologias usando as palavras como arma.

No embate virtual, assim como no feito verbalmente, é possível observar a utilização de termos como Fascismo, Comunismo, Socialismo e até Nazismo em discursos polarizados pela política. Porém, ao se munir de expressões que evocam essas palavras, muitas pessoas esquecem, ou simplesmente não sabem, que elas vêm de movimentos políticos que surgiram ao longo da história mundial e que suas características reverberam até os dias de hoje.

Para evitar mais tiros no escuro e te ajudar a entender mais sobre cada onda governamental, conversamos como a historiadora e mestra em história política Elza Mariana de Mendonça, que explica em detalhes cada termo. Confira:

Fascismo

Criando em 1914, por Benito Mussolini, o Fascismo foi fundado na Itália e seu nome veio da palavra fascio. “O fascio era um instrumento, um machado revestido de muitas varas de madeira, que era utilizado para punições corporais. Quando nomearam o movimento de Fascismo, pensaram na autoridade e no medo que o fascio causava”, explica Elza.

Ela conta que o criador do Partido Nacional Fascista, Mussolini, era um líder autoritário. “A Itália passava por uma grave crise política fruto dos problemas de sua unificação tardia e com as consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Em 1919, foi publicado o primeiro manifesto fascista. O Fascismo surgiu, então, como o regime que iria resolver todos os problemas econômicos pós guerra, era por base um movimento nacionalista (de maneira exacerbada), imperialista (baseado na supremacia da nação italiana sobre os outros países), antiliberal e antidemocrático”, afirma.

Nazismo

O Nazismo despontou na Alemanha sobre o comando de Adolf Hitler e trouxe com ele algumas bases do movimento fascista italiano. A diferença entre os dois é que, no Nazismo, foi acrescentada uma conotação de raça baseada no darwinismo social e na pureza e superioridade da raça ariana.

“Em 1920, Hitler fundou o Partido Nazista e em 1924 escreveu o livro que é a única base teórica para estudar esse pensamento (Mein Kampf). Nesse livro, ele elege o Comunismo como verdadeiro inimigo a ser combatido”, diz a historiadora. Ela reforça que tanto o Fascismo, quanto o Nazismo, são regimes que desprezam a democracia. “Eles baseiam-se em uma política autoritária de massas com forte apelo emocional e apesar de fundarem-se no discurso da união para o crescimento e desenvolvimento das nações, representam pensamentos desagregadores”, destaca.

Comunismo

Há muitas lendas relacionadas ao Comunismo, principalmente durante a Ditadura Militar brasileira. Muito se temia que comunistas comessem criancinhas ou instaurassem um regime que cercearia liberdades individuais. Mas não era bem assim.

“No Manifesto Comunista, escrito em 1848, Marx defendia que a história de todas as sociedades existentes até então era a luta de classes. Para ele, esse era o motor da história. Essa trajetória de lutas e impasses só teria um fim quando os trabalhadores criassem consciência de classe, se reconhecessem como geradores de riquezas, estabelecendo uma luta política para coletivizar os meios de produção, sejam as máquinas ou as terras”, explica Elza. Porém, apesar das ideias amplamente difundidas, o Comunismo nunca foi implementado em nenhum lugar do mundo.

“Nas tentativas que existiram, o autoritarismo político e o personalismo partidário foram a marca dos que detinham a liderança das classes trabalhadoras e é preciso que a classe trabalhadora seja sua própria liderança”, assevera.

Socialismo

Existem vários tipos de Socialismo, que passam longe de ter ideias totalitários ou extremistas. De acordo com a historiadora, “o que norteia a ideia de uma regime socialista é tornar viável a igualdade de oportunidades e de produção". 

"Nesse sentido, o que adquire mais peso para nós hoje é a social democracia, adotada por muitos países da Europa”, explica a pesquisadora. Para ela, como a ideia de uma revolução comunista e do fim do capitalismo passa longe da nossa realidade, a população deve-se preocupar em lutar por justiça social. “O Socialismo como teoria, estudado e ancorado por estudiosos, é um fenômeno contemporâneo a revolução francesa, podemos considerá-lo um caminho reformista dentro do Comunismo”, completa.