Proposta de Redação para o ENEM - Tema 1: O PATRIOTISMO EM QUESTÃO NO BRASIL

TEMA 1: O PATRIOTISMO EM QUESTÃO NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O patriotismo em questão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Patriotismo: Identificação com a Pátria

“A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do cidadão. Sem essa identificação o indivíduo não exerce a cidadania sequer no seu lar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade e no seu estado, quanto mais na defesa do País.” Assim relaciona Antônio Fernando Pinheiro Pedro cidadania com sentimento de identificação, do indivíduo com o meio em que vive. Para o advogado e consultor ambiental, sem esse “sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania”. Para o advogado e consultor ambiental, Pinheiro Pedro, sem esse “sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania”. Para o advogado e consultor ambiental, Pinheiro Pedro, é preciso resgatar o patriotismo desde a educação básica. ”Grande parte dos problemas relacionados à educação e ao civismo, está justamente na falta de ambientação dos jovens no bairro onde moram. O avanço da conurbação urbana, desacompanhada da presença efetiva do governo na melhoria das condições de vida da população, sem infraestrutura, educação, e sem criação de espaços de lazer, arborização e segurança, faz com que imensos espaços sejam destinados à marginalidade, relegados a bairros-dormitórios, destinados ao desprezo dos próprios ocupantes”.

“Pergunto, que sentimento podem os jovens nutrir pelo pedaço de chão onde vivem, se não se sentem queridos ali, pelo Estado que os gerencia?” “De toda forma”, alerta o advogado, “devemos resgatar o patriotismo a partir da educação básica, pois, se o governo, hoje, nada entende desse assunto, a geração educada com esses valores poderá mudar a situação e reivindicar, com amor à pátria, as mudanças necessárias para dignificar a Nação.”

Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/patriotismo-um-sentimento-em-extincao/. Acessado em 08/10/2019.



TEXTO II

O valor do patriotismo

O Brasil, hoje, enfrenta um perigosíssimo processo de extinção do sentimento patriótico. Estamos nos tornando um país desprovido de sentimentos nobres. Nossa nobreza de sentidos está sucumbindo pela deformidade cognitiva do que seja patriotismo, moral e civismo. Essa ausência de valores é observada na ação iconoclasta de instituições públicas, na corrupção gerada pela política, na ausência de uma educação moralmente identificada, na falta de méritos na atividade privada e na falência cultural da sociedade. Assim, é preciso restabelecer os conceitos mais básicos sobre os valores que identificam a nação, a pátria, a soberania e a cidadania, para, então, identificar o que há de errado em nosso país. Esse é o sentido deste artigo.

 Identificação com a Pátria

O patriota é aquele que ama seu país e procura servi-lo da melhor forma possível. Patriotismo é um sentimento voluntário, unilateral, de amor e pertencimento. Revela a disposição de entrega à causa da pátria. O patriota (do grego patriotes – patrício), não apenas respeita; ele ama os símbolos da pátria, a bandeira, o hino, o brasão. Nutre identidade com os vultos históricos e as riquezas naturais. Ele serve ao seu país e é solidário aos que devotam o mesmo sentimento de patriotismo. O Professor Paulo Nogueira Neto lecionava que “homem é território”. Ele queria com isso dizer que toda atividade antrópica se refletia territorialmente. Levando em conta esse pressuposto, a pátria é o território e o reflexo do homem – o conjunto de elementos que identificam o ser humano com sua terra natal, seus costumes, seus símbolos e seus ancestrais. A pátria soma elementos tangíveis (terra, água, ar, clima, paisagem, fauna, flora e símbolos nacionais), e elementos intangíveis (amor, identidade, apreço e respeito). Patriotismo é sentimento que acomete todo tipo de indivíduo predisposto a amar a causa da pátria. Crianças e velhos, cidadãos natos e estrangeiros (que aprenderam a amar o país), criminosos circunstanciais e encarcerados habituais… todos podem nutrir esse sentimento de pertencimento. Sentem-se dignos, porque o patriotismo é sinônimo de dignidade. Essa predisposição a sentir é epistemológica. Pressupõe uma ambiência, uma percepção social, uma cultura de identificação com os símbolos nacionais, um sentimento disseminado de amor á terra e engajamento com seus valores.

Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/o-valor-do-patriotismo/. Acessado em 08/10/2019.

TEXTO III
Fonte: http://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/unb/ Acessado em 08/10/2019.

PROPOSTA DE REDAÇÃO RETIRADA DO SITE: IMAGINIE

Embriologia IV - Organogênese

Já vimos que apesar de termos uma enorme quantidade de células formando nossos organismos, todas elas descendem de uma única célula – o zigoto. Para formar estas células, o zigoto passará por uma série de clivagens e transformações durante o desenvolvimento embrionário. Este processo inicia-se com a formação da mórula, estrutura maciça formada por células chamadas de blastômeros.

Em seguida, há a formação de uma cavidade no interior da mórula e ela passa a ser chamada de blástula. Por sua vez, as células que formam a blástula migram e alteram a forma do embrião formando a gástrula.

Logo os folhetos embrionários que formam a gástrula começam a se diferenciar formando o tubo neural e a notocorda. Nesta fase o embrião se chama nêurula.

A partir dessa fase, cada folheto embrionário continuará sua diferenciação, formando os órgãos do nosso organismo em um processo que chamamos de organogênese.

 A terceira fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, que se caracteriza pela diferenciação de órgãos a partir dos folhetos embrionários formados na gastrulação. O esquema seguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.


Do ectoderma diferencia-se o tubo neural, que apresenta no seu interior o canal neural. O endoderma dá origem ao tubo digestório. O mesoderma dá origem aos somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares dispostos lateralmente no dorso do embrião, e a notocorda é uma estrutura maciça localizada logo abaixo do tubo neural.

O mesoderma delimita cavidades denominadas celomas.
  
Animais celomados, acelomados e pseudocelomados

Os animais que apresentam celoma são chamados celomados

Todos os cordados são celomados, assim como os moluscos (lesmas, ostras), os anelídeos (minhocas) e os equinodermos (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar).

Há animais triblásticos em que a mesoderma delimita uma parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada pela endoderma. Esses animais são chamados de pseudocelomados, pois o celoma só é verdadeiro quando é completamente revestido pelo mesoderma. É o caso dos nematódeos, cujo representante mais conhecido é a lombriga (Ascaris lumbricoides), um parasita do intestino humano.

Em alguns animais a única cavidade que se forma no embrião é o arquêntero, pelo que são designados acelomados.

O esquema a seguir mostra cortes transversais esquemáticos em organismos acelomados, pseudocelomados e celomados:


Embriogênese humana:

É importante salientar que a organogênese discutida aqui é aquela que ocorre nos seres humanos. Em geral, os demais mamíferos terão desenvolvimento semelhante ao nosso.

Ectoderme:

O folheto embrionário mais externo do embrião é chamado de ectoderme. Esse folheto embrionário dará origem à epiderme e seus anexos (como unhas e pelos), assim como as mucosas, sistema nervoso (afinal este deriva da placa neural, formada a partir de um achatamento na ectoderme localizada no dorso do embrião), esmalte dos dentes, hipófise, olhos, entre outros.

Mesoderme:

A mesoderme é o folheto embrionário intermediário da gástrula. A mesoderme dá origem à cavidade celomática. Sendo assim, formará três serosas 9tecidos que revestem e protegem órgãos e estruturas internas): peritônio (abdômen), pericárdio (coração) e pleura (pulmões). O folheto mesodérmico dá origem também aos músculos, tecidos conjuntivos (como o ósseo, o sanguíneo, a derme e as cartilagens), sistema cardiovascular e linfático, sistema urinário e genital, marfim dos dentes e região cortical das glândulas suprarrenais.

Endoderme:

A endoderme é o folheto embrionário mais interno da gástrula. É este folheto que forma o arquêntero – cavidade embrionária primitiva que dará origem ao sistema digestório. Dessa maneira, a endoderme forma os órgãos do sistema digestório e o seu revestimento epitelial, o sistema respiratório, glândulas como o fígado, pâncreas, timo, tireoide e paratireoides, assim como o revestimento da bexiga urinária.

A Organogênese nos seres humanos

Nos seres humanos, a organogênese tem início por volta da quarta semana de gestação até o final da oitava semana. No final deste período, o embrião terá a aparência de um “mini ser humano”, quando passa a ser chamado de feto.

Este período de desenvolvimento é extremamente delicado e requer que a mãe tenha atenção redobrada ao que ingere, como medicamentos, álcool e outras drogas que devem ser evitadas. Algumas substâncias podem influenciar na diferenciação celular, acarretando em más-formações.

 O Blog do Super Reforço vai apresentar a partir das próximas semanas e durante os próximos meses uma série de postagens especiais, mostrando semana a semana o desenvolvimento dos bebês! Acompanhe!   




Embriologia III - Gastrulação

Para falarmos da gastrulação, vamos tomar como exemplo o que ocorre em animais cordados, representados pelo anfioxo e pelas rãs.

Os cordados são animais que possuem notocorda, um bastonete flexível que fica no dorso do embrião. A notocorda persiste no adulto de alguns animais cordados, como é o caso do anfioxo. Nos animais vertebrados, excluindo alguns peixes, a notocorda regride totalmente ou quase totalmente e a coluna vertebral se desenvolve a partir da mesoderma.

O anfioxo é um animal de cerca de 6 cm de comprimento que vive enterrado na areia em águas rasas do ambiente marinho, deixando para fora apenas a região anterior do corpo. Esses animais têm sexos separados e a fecundação é externa.
O ovo do anfioxo é oligolécito e a sua segmentação é total subigual. A gastrulação ocorre por um processo denominado invaginação dos blastômeros para o interior da blastocele, como se um dedo empurrasse a parede de uma bexiga. A blastocele se reduz e chega a desaparecer. No ponto de invaginação surge um orifício denominado blastóporo; a cavidade interna que se forma é o intestino primitivo ou arquêntero. 

Na gastrulação, diferenciam-se os folhetos germinativos ou embrionários, que darão origem a todos os tecidos e órgãos. Esses folhetos são: ectoderma (o mais externo), mesoderma (o intermediário) e endoderma (o mais interno).


Os animais que possuem três folhetos germinativos são chamados triblásticos ou triploblásticos, como é o caso dos cordados. Existem entretanto, animais que possuem apenas dois folhetos germinativos: o ectoderma e o endoderma. Esses animais são chamados diblásticos ou diploblásticos, como e o caso dos cnidários.

O esquema acima descreve de forma simplificada a gastrulação em anfioxo. Neste caso, a camada interna que reveste diretamente o arquêntero é chamada mesentoderma e dará origem, logo a seguir ao mesoderma e ao endoderma. (Há quem considere o mesentoderma como endoderma e o mesoderma formado a partir do endoderma.)

Nas rãs a fecundação é externa, os óvulos são heterolécitos e a segmentação é total desigual. Os óvulos possuem um envoltório gelatinoso que desseca em contato com o ar. Assim, todo o desenvolvimento embrionário ocorre na água. Forma-se uma larva aquática, o girino que sofre metamorfose, originando o adulto. Fala-se, nesses casos, em desenvolvimento indireto, pois há uma fase larval. Quando a fase larval não está presente, fala-se em desenvolvimento direto.


A gastrulação das rãs ocorre por invaginação e também por epibolia. Por invaginação forma-se uma fenda: o blastóporo. Por epibolia os micrômeros passam a se dividir rapidamente e acabam por recobrir os macrômeros. Os micrômeros insinuam-se primeiramente pelo lábio ventral. O blastóporo adquire o aspecto de um círculo. Os micrômeros insinuam-se para dentro da blastocele, delimitando o arquêntero. Ocorre também a diferenciação dos três folhetos germinativos: o ectoderma, o mesoderma e o endoderma.


Assim, na gastrulação das rãs, além de o embrião aumentar de volume, três outras características são fundamentais:
  • formação dos folhetos embrionários ou germinativos, que darão origem a todos os tecidos e órgãos;
  • formação do arquêntero ou intestino primitivo;
  • formação do blastóporo, orifício de comunicação do arquêntero com o exterior. 

Protostomados e deuterostomados

O blastóporo pode dar origem à boca ou ao ânus. Quando dá origem apenas à boca ou tanto à boca quanto ao ânus, os animais são chamados de protostômios (proto = primeiro). É o caso dos vermes, dos moluscos e dos artrópodes.

Quando o blastóporo dá origem ao ânus os animais são chamados de deuterostômios (deutero = posterior). É o caso dos equinodermos e dos cordados. 


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Fonte: Só Biologia

Embriologia II - Segmentação

As divisões que ocorrem durante a segmentação denominam-se clivagens, e as células que se formam são chamadas blastômeros.

No Reino Animal, a diferença na quantidade e na distribuição do vitelo no ovo determina diferenças na segmentação, menor a velocidade de divisão. Em função disso, podemos considerar dois tipos básicos de segmentação:
  • holoblástica ou total que ocorre no zigoto todo;
  • meroblástica ou parcial, que ocorre só em parte do ovo.

 

Segmentação holoblástica

A segmentação holoblástica ocorre nos alécitos, nos isolécitos (ou oligolécitos) e nos heterolécitos, e pode ser subdividida em três tipos, com base no tamanho das células que se formam a partir da terceira clivagem (quando muda o plano de divisão celular):
  • holoblástica igual, na qual se formam, com a terceira clivagem, oito blastômeros iguais; ocorre nos ovos alécitos e em alguns oligolécitos;
  • holoblástica desigual, na qual se formam, com a terceira clivagem, blastômeros de tamanhos diferentes (quatro menores: micrômeros; e quatro maiores: macrômeros); Ocorre em todos os ovos heterolécitos e em alguns oligolécitos;
  • holoblásticas subigual, um tipo de segmentação desigual em que os blastômeros não diferem muito entre si quanto ao tamanho, ocorre em alguns ovos isolécitos.
 

Segmentação meroblástica

Devido à diferença na distribuição do vitelo, existem dois tipos básicos de segmentação meroblástica: a discoidal e a superficial.

Na segmentação meroblástica discoidal, as divisões ocorrem apenas na região da cicatrícula (região da célula sem vitelo), formando-se um disco de células sobre a massa do vitelo. Esse tipo de segmentação ocorre nos ovos telolécitos.

A segmentação meroblástica superficial ocorre nos ovos centrolécitos. As células embrionárias ficam dispostas na superfície do ovo.

Fases da segmentação

Embora existam diferentes tipos de segmentação, eles normalmente se realizam segundo duas fases:
  • mórula, em que se forma um maciço celular com poucas células;
  • blástula, em que é aumentado o número de células e se forma uma cavidade interna cheia de líquido.
A cavidade central que se observa na blástula recebe o nome de blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido sintetizado pelas células que formam os seus limites.

Nos ovos isolécitos e nos heterolécitos a blastocele é bem desenvolvida.

Na blástula originada da segmentação de ovos telolécitos, não se observa a verdadeira blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido sintetizado pelas células que formam os seus limites.

Nos ovos isolécitos e nos heterolécitos a blastocele é bem desenvolvida.

Na blástula originada da segmentação de ovos telolécitos, não se observa a verdadeira blastocele, pois a cavidade formada não é inteiramente delimitada pelos blastômeros. Essa cavidade é delimitada em parte pelos blastômeros e em parte pelo vitelo. Nesse caso, a cavidade formada recebe o nome de cavidade subgerminal, que também é preenchida por líquido sintetizado pelas células. A blástula que se forma a partir da segmentação dos ovos telolécitos recebe o nome de discoblástula.

 
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Fonte: Só Biologia

Embriologia I - O desenvolvimento embrionário

O zigoto é portador do material genético fornecido pelo espermatozoide e pelo óvulo. Um vez formado o zigoto irá se dividir muitas vezes por mitose até originar um novo indivíduo. Assim, todas as células que formam o corpo de um indivíduo possuem o mesmo patrimônio genético que existia no zigoto.

Apesar disso, ao longo do desenvolvimento embrionário as células passam por um processo de diferenciação celular em que alguns genes são “ativados” e outros são “desativados”, sendo que somente os “ativados” coordenam as funções das células.

Surgem dessa maneira tipos celulares com formatos e funções distintos, que se organizam em tecidos. Conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos. Os grupos de órgãos formam os sistemas que, por sua vez, formam o organismo. 

Células – tecidos – órgãos – sistemas – organismos 

A ciência que estuda esse processo de desenvolvimento do indivíduo a partir do zigoto é a Embriologia.

Fases do desenvolvimento embrionário

Os animais apresentam grande diversidade de desenvolvimento embrionário, mas, de modo geral, em praticamente todos ocorrem três fases consecutivas: segmentação, gastrulação e organogênese.

Na segmentação, mesmo com o aumento do número de células, praticamente não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer.

Na fase seguinte, que é a gastrulação, o aumento do número de células é acompanhada do aumento do volume total. Inicia-se nessa fase a diferenciação celular, ocorrendo a formação dos folhetos germinativos ou folhetos embrionários, que darão origem aos tecidos do indivíduo.

No estágio seguinte, que é a organogênese, ocorre a diferenciação dos órgãos.

Nas próximas postagens vamos analisar cada uma dessas fases para os animais em geral e depois comentar o desenvolvimento embrionário humano.

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Nidação: o que é e quando ocorre?

Se o óvulo for fertilizado, começa a descer pela trompa de Falópio a caminho do útero, onde se irá fixar (nidação) e desenvolver ao longo da gravidez.


Nidação: o que é e quando ocorre?
Num ciclo menstrual regular de 28 dias, a ovulação ocorre por volta do dia 14, ou seja, a meio do ciclo. Se o óvulo for fertilizado, começa a descer pela trompa de Falópio a caminho do útero, onde se irá fixar (processo conhecido como nidação) e desenvolver ao longo da gravidez.


Nidação: o que é e quando ocorre

Para se desenvolver e receber os nutrientes necessários ao seu crescimento, o pequeno embrião precisa de encontrar um local seguro e previamente preparado para se alojar. Esse local é o útero materno. Poucas horas após a fecundação, o ovo começa a multiplicar-se e a descer ao longo da trompa de Falópio a caminho do seu novo lar.

O que é a nidação?

A nidação é o processo pelo qual o ovo se fixa na mucosa do útero para dar início ao desenvolvimento embrionário.
A qualidade da implantação condiciona o futuro da gravidez uma vez que esta etapa é, também, crucial para o normal desenvolvimento de todas as estruturas de suporte de vida (placenta, cavidade amniótica, saco vitelino e cordão umbilical).
Se a implantação não ocorrer como deve, as trocas entre a mãe e o bebê, via placenta, são alteradas.

Da fecundação à nidação

  1. Fecundação: um espermatozoide alcança e penetra no citoplasma do óvulo maduro. O núcleo do espermatozoide incha e funde-se com o núcleo do óvulo para formar o ovo (óvulo fecundado). O material genético de ambos os progenitores está agora reunido para dar origem a um novo bebê.
  2. Migração: no 2º dia após a fecundação, o ovo divide-se ao mesmo tempo que avança pela trompa de Falópio em direção ao útero.
  3. Nidação: por volta do 4º – 5º dia após a fecundação o ovo (agora designado mórula e constituído por 64 células) chega ao útero onde se fixa entre o 7º e o 10º dia após a fecundação.

Quando ocorre a nidação?

Por volta do 4º – 5ª dia após a fecundação, o ovo é composto por 64 células e de “zigoto” passa a chama-se “mórula”. Nesta altura, entra no útero e entre o 5º e o 10º dia fixa-se na sua mucosa. O processo de nidação termina por volta do 12º dia, ou seja, no momento em que falta a primeira menstruação. Assim:
  • 4º – 5ª dia após a fecundação: o ovo entra no útero;
  • 5º e o 9º dia após a fecundação: o ovo fixa-se na mucosa uterina;
  • 12º dia após a fecundação: termina o processo de nidação e o embrião está firmemente implantado na mucosa uterina.
As células do zigoto vão engrossar e formar o botão embrionário (o futuro embrião), as do exterior vão constituir o invólucro (o “córion”), formando uma cavidade cheia de líquido (o líquido amniótico).

No interior do ovo, as células continuam a multiplicar-se e a diferenciar-se para dar origem ao embrião e à placenta. O diâmetro do ovo é de cerca de um milímetro.

O aumento das produção dos hormônios ovarianos – estrogênio e progesterona – induz o espessamento da mucosa uterina após a ovulação. A mucosa é irrigada por numerosos vasos sanguíneos e enriquecida com substâncias nutritivas.

Assim que penetra nesta mucosa, o ovo consolida a sua implementação e prossegue ai o seu desenvolvimento durante toda a gestação.

Nidação e cálculo da idade gestacional

A gravidez efetiva tem início a partir do momento em que ocorre a nidação, ou seja, quando o ovo se fixa à mucosa uterina após a fecundação.

A gravidez dura, em média, 268 dias desde o momento da concepção ou 280 dias desde o primeiro dia da última menstruação (o que corresponde a 10 meses lunares).

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Fonte: Mãe Me Quer

Fecundação: a volta à diploidia

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Para que surja um novo indivíduo, os gametas fundem-se aos pares, um masculino e outro feminino, que possuem papéis diferentes na formação do descendente. Essa fusão é a fecundação ou fertilização.

Ambos trazem a mesma quantidade haploide de cromossomos, mas apenas os gametas femininos possuem nutrientes, que alimentam o embrião durante o seu desenvolvimento. Por sua vez, apenas os gametas masculinos são móveis, responsáveis pelo encontro que pode acontecer no meio externo (fecundação externa) ou dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). Excetuando-se muitos dos artrópodes, os répteis, as aves e os mamíferos, todos os outros animais possuem fecundação externa, que só acontece em meio aquático.


Quando a fecundação é externa, tanto os machos quanto as fêmeas produzem gametas em grande quantidade, para compensar a perda que esse ambiente ocasiona. Muitos gametas são levados pelas águas ou servem de alimentos para outros animais. Nos animais dotados de fecundação interna, as fêmeas produzem apenas um ou alguns gametas por vez, e eles encontram-se protegidos dentro do sistema reprodutor.

Além da membrana plasmática, o óvulo possui outro revestimento mais externo, a membrana vitelínica. Quando um espermatozoide faz contato com a membrana vitelínica, a membrana do acrossomo funde-se à membrana do espermatozoide (reação acrossômica), liberando as enzimas presentes no acrossomo.

As enzimas do acrossomo dissolvem a membrana vitelínica e abrem caminho para a penetração do espermatozoide. Com a fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do óvulo, o núcleo do espermatozoide penetra no óvulo. Nesse instante, a membrana do óvulo sofre alterações químicas e elétricas, transformando-se na membrana de fertilização, que impede a penetração de outros espermatozoides.


No interior do óvulo, o núcleo do espermatozoide, agora chamado pró-núcleo masculino, funde-se com o núcleo do óvulo, o pró-núcleo feminino. Cada pró-núcleo traz um lote haploide de cromossomos, e a fusão resulta em um lote diploide, o zigoto. Nessa célula, metade dos cromossomos tem origem paterna e metade, origem materna.

A Ovogênese

Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Nas mulheres, apenas um folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual, período compreendido entre duas menstruações consecutivas e que dura, em média, 28 dias. Isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no sistema reprodutor da mulher.

Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo menstrual, a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.


A ovogênese é dividida em três etapas:
 
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em substâncias nutritivas.

Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito II, pois é ele que se funde com o espermatozoide. 

A Espermatogênese

Processo que ocorre nos testículos, as gônadas masculinas. Secretam a testosterona, hormônio sexual responsável pelo aparecimento das características sexuais masculinas: aparecimento da barba e dos pêlos corporais em maior quantidade, massa muscular mais desenvolvida, timbre grave da voz, etc.

As células dos testículos estão organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides são produzidos. A testosterona é secretada pelas células intersticiais. Ao redor dos túbulos seminíferos, estão as células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e pela sustentação das células da linhagem germinativa, ou seja, as que irão gerar os espermatozoides.


Nos mamíferos, geralmente os testículos ficam fora da cavidade abdominal, em uma bolsa de pele chamada bolsa escrotal. Dessa forma, a temperatura dos testículos permanece aproximadamente 1° C inferior à temperatura corporal, o que é ideal para a espermatogênese.

A espermatogênese divide-se em quatro fases:

Fase de proliferação ou de multiplicação: inicia-se na puberdade e ocorre de modo contínuo, durante toda a vida do indivíduo. As células primordiais dos testículos, diploides, aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias.

Fase de crescimento: Um pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos de primeira ordem, também chamados espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diploides.

Fase de maturação: Também é rápida, nos machos, e corresponde ao período de ocorrência da meiose. Depois da primeira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira ordem origina dois espermatócitos de segunda ordem (espermatócitos secundários ou espermatócitos II). Como resultam da primeira divisão da meiose, já são haploides, embora possuam cromossomos duplicados. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois espermatócitos de segunda ordem originam quatro espermátides haploides.

Espermiogênese: É o processo que converte as espermátides em espermatozoides, perdendo quase todo o citoplasma. As vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossomo, localizado na extremidade anterior dos espermatozoides. O acrossomo contém enzimas que perfuram as membranas do óvulo, na fecundação.

Os centríolos migram para a região imediatamente posterior ao núcleo da espermátide e participam da formação do flagelo, estrutura responsável pela movimentação dos espermatozoides. grande quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e pela produção de ATP, concentram-se na região entre a cabeça e o flagelo, conhecida como peça intermediária.
 

Gametogênese

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Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.

O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos das células, originando células haploides. Na fecundação, a fusão de dois gametas haploides reconstitui o número diploide característico de cada espécie.

Em alguns raros casos, não acontece meiose durante a formação dos gametas. Um exemplo bastante conhecido é o das abelhas: se um óvulo não for fecundado por nenhum espermatozoide, irá se desenvolver por mitoses consecutivas, originando um embrião em que todas as células são haploides. Esse embrião haploide formará um indivíduo do sexo masculino. 

O desenvolvimento de um gameta sem que haja fecundação chama-se partenogênese. Se o óvulo for fecundado, o embrião 2n irá originar uma fêmea.

Em linhas gerais, a gametogênese masculina (ou espermatogênese) e a gametogênese feminina (ovogênese ou ovulogênese) seguem as mesmas etapas. Estudaremos a seguir cada uma delas.

Fonte: Só Biologia