Filosofia, escolas filosóficas e filósofos

 


Origem da Filosofia


A palavra filosofia é de origem grega (philosophia) e significa "amor à sabedoria". Ela surge desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma solução para as grandes questões da existência humana. Os pensadores, inseridos num contexto histórico de sua época, buscaram diversos temas para reflexão. A Grécia Antiga é conhecida como o berço dos pensadores, sendo que os sophos (sábios em grego) buscaram formular, no século VI a.C., explicações racionais para tudo aquilo que era explicado, até então, através da mitologia.


Os principais períodos ou escolas filosóficas e suas características:



1. A Filosofia grega Pré-Socrática

 

Podemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a ideia de que tudo preexiste a alma, já que esta é imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas, a partir da existência dos átomos.

 

2. Período Clássico Grego

 

Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento. É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates.

 

Os sofistas, entre eles Górgias, Leontinos, Protágoras, Pródico e Abdera, defendiam uma educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica, os jovens deveriam ser preparados para falar bem (retórica), pensar e manifestar suas qualidades artísticas.

 

Sócrates começa a pensar e refletir sobre o homem, buscando entender o funcionamento do Universo dentro de uma concepção científica. Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano. Ele não deixou textos ou outros documentos, desta forma, só podemos conhecer as ideias de Sócrates através dos relatos deixados por Platão. 

 

Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as ideias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências. 

 

Outro grande sábio desta época foi Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e Sócrates. Foi Aristóteles quem desenvolveu a lógica dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico. A sistematização e os métodos devem ser desenvolvidos para se chegar ao conhecimento pretendido, partindo sempre dos conceitos gerais para os específicos.

 

Busto do filósofo grego Aristóteles

Aristóteles: um dos principais filósofos da Grécia Antiga.

 

 

3. Período Pós-Socrático

 

Está época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar da Grécia.

 

Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de forma exata e segura.

 

Epicurismo: os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer. Além de Epicuro, podemos citar os seguintes filósofos desta corrente filosófica: Hermarco (filósofo grego), Filonides (filósofo grego) e Lucrécio (filósofo e poeta romano).

 

Estoicismo: os sábios estoicos como, por exemplo, Marco Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o prazer e o sofrimento. Outros filósofos representantes desta corrente filosófica são: Zenão de Cítio (fundador do estoicismo), Cleantro e Epicteto.

 

Retrato do filósofo Epicteto

Epicteto: um dos principais representantes do Estoicismo.

 

 

4. Pensamento Medieval

 

O pensamento na Idade Média foi muito influenciado pela Igreja Católica Desta forma, o teocentrismo acabou por definir as formas de sentir, ver e também pensar durante o período medieval. De acordo com Santo Agostinho, importante teólogo romano, o conhecimento e as ideias eram de origem divina. As verdades sobre o mundo e sobre todas as coisas deviam ser buscadas nas palavras de Deus.

 

A partir do século XI até o século XV, uma nova linha de pensamento ganha importância na Europa. Surge a escolástica, conjunto de ideias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e Aristóteles. O principal representante desta linha de pensamento foi São Tomás de Aquino, que criou o Tomismo (filosofia tomista).

 

Pintura de Tomás de Aquino

Tomás de Aquino: um dos grandes representantes da filosofia medieval.

 


5. Pensamento Filosófico Moderno (do século XVII ao XIX)

 

Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo (homem no centro do Universo). Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razão e considerando-a  base de todo conhecimento. 

 

A burguesia, camada social em crescimento econômico e político, tem seus ideais representados no empirismo e no idealismo.

 

No século XVII, o pesquisador e sábio inglês Francis Bacon cria um método experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido, desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke. 

 

Conhecido como o percursor do pensamento filosófico moderno, o filósofo e matemático francês René Descartes dá uma grande contribuição para a Filosofia no século XVII ao desenvolver o Método Cartesiano. De acordo com este método, só existe aquilo que pode ter sua existência comprovada.

 

O Iluminismo surge em pleno século das Luzes, o século XVIII. A experiência, a razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do conhecimento. Este, a única forma de tirar o homem das trevas da ignorância. Podemos citar, nesta época, os pensadores Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rosseau.

 

Retrato de Jean Jacques Rousseau

Rousseau: importante filósofo iluminista francês.



O século XIX é marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir sobre as coisas. O fato histórico deve falar por si próprio e o método científico, controlado e medido, deve ser a única forma de se chegar ao conhecimento.

 

Neste mesmo século, Karl Marx utiliza o método dialético para desenvolver sua teoria marxista. Através do materialismo histórico, Marx propõe entender o funcionamento da sociedade para poder modificá-la. Através de uma revolução proletária, a burguesia seria retirada do controle dos bens de produção que seriam controlados pelos trabalhadores.

 

Ainda neste contexto, Friedrich Nietzsche, faz duras críticas aos valores tradicionais da sociedade, representados pelo cristianismo e pela cultura ocidental. O pensamento, para libertar, deve ser livre de qualquer forma de controle moral ou cultural.

 

6. Filosofia Contemporânea

 

Durante o século XX várias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo. As releituras do marxismo e novas propostas surgem a partir de Antonio Gramsci, Henri Lefebvre, Michel Foucault, Louis Althusser e Gyorgy Lukács. A Antropologia ganha importância e influencia o pensamento do período, graças aos estudos do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, um dos principais nomes do Estruturalismo.


A fenomenologia, descrição das coisas percebidas pela consciência humana, tem seu maior representante em Edmund Husserl. A existência humana ganha importância nas reflexões de Jean-Paul Sartre, o criador do Existencialismo.

 

É importante citarmos também o surgimento, no começo da década de 1920 na Alemanha, da Escola de Frankfurt. De base marxista, teve como principais representantes os filósofos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jürgen Habermas.

 

Podemos destacar também a filósofa alemã Hannah Arendt e seu importante trabalho de análise e crítica dos regimes totalitários, presentes na obra Origens do Totalitarismo (1951).

 

 

Movimentos filosóficos, abordagens, áreas e escolas filosóficas contemporâneas e principais filósofos representantes:

 

Existencialismo

Principais filósofos: Frantz Fanon e Jean-Paul Sartre.


Pós-estruturalismo

Principais filósofos: Michel Focault, Gilles Deleuze e Jean-François Lyotard.


Escola de Frankfurt

Principais filósofos: Jürgen Habermas, Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse.


Desconstrução

Principais filósofos: Jacques Derrida.


Semiologia

Principais filósofos: Roland Barthes.


Filosofia Analítica

Principais filósofos: Mari Midgley, Richard Wollheim e Paul Feyerabend.


Teoria do Contrato Social

Principais filósofos: John Rawls.


Filosofia da Ciência

Principais filósofos: Thomas Kuhn e Isabele Stengers.


Pós-modernismo

Principais filósofos: Jean-François Lyotard.


Universalismo

Principais filósofos: Noam Chomsky.


Pragmatismo

Principais filósofos: Richard Rorty.


Feminismo

Principais filósofos: Luce Irigaray, Hélène Cixous e Júlia Kristeva.


Pós-colonialismo

Principais filósofos: Edward Said.


Etnografia

Principais filósofos: Henry Odera Oruka.


Marxismo

Principais filósofos: Slavoj Zizek.



Utilitarismo

Principais filósofos: Peter Singer e Richard Brandt.



Você sabia?

 

É comemorado em 15 de novembro o Dia Mundial da Filosofia.

 

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O que foi o Antigo Regime?


 

Você já está estudando os conteúdos de história para o Enem? Saiba que o Antigo Regime é uma das matérias mais cobradas na prova de Ciências Humanas, então merece sua atenção nos estudos.

O termo Antigo Regime é utilizado para denominar o sistema político e social da França anterior à Revolução Francesa.

Nessa época, o governo era aristocrático, com o controle centralizado nas mãos dos reis.

Além da França, outros países da Europa também viviam sob esse regime, mas ele é comumente utilizado para identificar o estado francês.

Quer descobrir mais sobre esse período da história e como ele pode ser abordado no Enem? Continue conosco que explicaremos tudo neste artigo.

 

O contexto histórico do Antigo Regime

O conceito de Antigo Regime refere-se ao sistema social e político que foi estabelecido na França entre os séculos XV e XVI. Foi um período em que o poder era centralizado e absolutista, concentrado nas mãos do rei.

Esse sistema se estabeleceu na França depois da Guerra dos Cem Anos, que começou em 1337 e só terminou em 1453. Na época, França e Inglaterra brigavam pelo trono da França.

Mesmo em maior número, os franceses perderam importantes confrontos nessa guerra. E, além da devastação causada pelos conflitos, não só a França mas boa parte da Europa sofreu com a chamada Peste Negra

Assim, mesmo saindo vitoriosa da guerra, a França ainda tinha que lidar com diversos problemas internos do seu reino, surgindo a necessidade de se reorganizar politicamente.

Nesse contexto, crescia também em toda a Europa uma tendência de enfraquecimento do poder dos nobres e fortalecimento do poder dos reis, que durante o período medieval tinham autoridade quase nula.

Em alguns países, como na França, os monarcas contaram com o importante apoio da burguesia nascente, que tinha forte interesse na centralização política. Afinal, a padronização de pesos, medidas e moedas e a unificação da justiça e da tributação favoreciam o desenvolvimento do comércio.

Com esse movimento, a nobreza, sem forças para se impor, acabou por aceitar a dominação real.

A partir disso, os reis puderam obter para si todo o controle político, econômico e militar da França e de outros países europeus.

No auge desse processo de centralização, estabeleceu-se o absolutismo, um dos principais aspectos do Antigo Regime.

A seguir, falaremos mais dessa e outras características desse período histórico.


As 3 principais características do Antigo Regime

1. Absolutismo

A política do Antigo Regime se caracterizava pelo absolutismo.

Esse regime concentrava a autoridade política na figura do rei, apoiando-se na teoria do direito divino, desenvolvida pelo filósofo Jean Bodin.

Nesse sistema, o rei centralizava as decisões do executivo, legislativo e judiciário. Para isso, ele era apoiado pela Igreja Católica.

O último rei a governar a França durante o Antigo Regime foi Luís XVI (1754 - 1793), da dinastia Bourbon, que morreu na guilhotina.

Além da França, esse sistema político e administrativo também chegou a outros países europeus, como Espanha e Inglaterra, durante os séculos XVI ao XVIII.

2. Mercantilismo

Durante o Antigo Regime, as ideias do mercantilismo norteavam a economia da França.

O mercantilismo foi um conjunto de normas econômicas em que a riqueza de um país se baseava no monopólio, na acumulação de metais e na regulação da economia pelo Estado.

Segundo esse regime econômico, a fonte de riqueza de uma nação deveria se amparar no comércio com o mercado exterior e no acúmulo de metais preciosos.

Na França, o mercantilismo estava voltado para o desenvolvimento de manufaturas de luxo para atender a nobreza e o mercado espanhol. Da mesma forma, o país também procurou expandir suas companhias de comércio, bem como a construção naval.

Essa política econômica francesa ficou conhecida como mercantilismo industrial ou colbertismo, referência ao ministro Colbert, quem mais a incentivou.

Além da França, o mercantilismo foi aplicado em diversos países europeus. Nessas nações, é possível encontrar algumas características econômicas em comum, são elas:

  • Controle estatal da economia
  • Balança comercial favorável
  • Monopólio
  • Protecionismo
  • Metalismo


3. Sociedade estamental

Por fim, outra característica importante do Antigo Regime é a sociedade estamental.

A sociedade estamental ou de estados é aquela que dividia a população em grupos sociais. Neles, quase não existe mobilidade social, ou seja, a posição do indivíduo na sociedade dependerá de sua origem familiar, por exemplo: nasceu servo, morrerá servo.

No Antigo Regime, os estamentos dividiam-se em clero, nobreza e burguesia e camponeses. O clero e a nobreza eram livres de impostos que recaíam sobre burgueses e camponeses.

Conheça mais sobre cada um dos grupos sociais:

  • Clero – Também conhecido como Primeiro Estado, era formado por: abades, bispos, padres, frades e monges. Esse grupo representava 1% da população. Possuíam muita força política e econômica.
  • Nobreza – Também chamada de Segundo Estado. Os nobres eram membros da família real ou tinham adquirido títulos através da compra. Essa categoria representava 2% da população.
  • Burguesia – Conhecida como Terceiro Estado. A burguesia, da qual faziam parte os comerciantes, trabalhadores do campo e profissionais liberais, representava todo o restante da população.

 

A Revolução Francesa e o fim do Antigo Regime

Durante o século XVII, o Antigo Regime começou a entrar em declínio. Um dos principais motivos foi o advento do iluminismo na França.

Essa corrente de pensamento defendia ideais do liberalismo, como:

  • a instituição de um gestor subordinado a uma carta magna (constituição);
  • fim do intervencionismo, tanto político quanto econômico;
  • voto universal;
  • e a democracia.

Ou seja, valores completamente antagônicos ao absolutismo que vigorava na época.

Além disso, com a Revolução Industrial, que aconteceu durante o século XVIII, a burguesia assumiu uma posição social extremamente elevada e desejava ter um representante de seus interesses à frente do governo, o que enfraqueceu ainda mais o sistema absolutista.

Assim, aos poucos, os monarcas foram caindo.

Um dos primeiros países em que o Antigo Regime começou a ruir foi a Inglaterra — pioneira graças aos avanços político-sociais gerados pela Revolução Industrial.

Na França, especificamente, o fim do Antigo Regime também esteve associado à crise financeira na qual o país mergulhou após o fracasso das colheitas de trigo nos anos de 1787 e 1788 e aos gastos militares na Guerra de Independência dos Estados Unidos.

Com os problemas financeiros, nas colheitas e o aumento populacional, a falta de alimentos começou a se agravar em todo o país. Além disso, o excesso de impostos sobre o terceiro estado aumentou ainda mais o descontentamento e a situação precária da população.

Na época, foi convocada a Assembleia dos Estados Gerais para encontrar uma solução para a crise. Contudo, tanto o primeiro como o segundo estado não aceitavam abdicar dos seus privilégios e integrar o regime de recolhimento de tributos.

A partir disso, começou a se desenhar uma revolução, que ocorria com a organização da burguesia e do baixo clero: a Revolução Francesa.

A Revolução Francesa é o nome dado ao ciclo revolucionário que aconteceu na França entre 1789 e 1799. Ela marcou o fim do absolutismo nesse país.

Essa revolução teve uma grande participação popular e atingiu um alto grau de radicalismo.

A Revolução Francesa foi um marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Ela também abriu caminho para a consolidação de um sistema republicano pautado pela representatividade popular, hoje chamado de democracia representativa.

Assim, a Revolução Francesa provocou o fim do Antigo Regime na França e, posteriormente, na Europa.

Esses processos revolucionários, sobretudo a Revolução Francesa, foram influenciados pelas ideias iluministas. Hoje, a maioria dos historiadores considera que eles marcaram o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea.


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Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido: entenda qual é a diferença entre eles




No dia a dia, algumas pessoas usam Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido como se todas esses nomes se referissem ao mesmo lugar. No entanto, isso não é verdade: cada um deles se refere a uma região ou unidade política diferente. E é importante que você saiba o significado de cada um deles para não cometer nenhum deslize com relação aos países do Reino Unido.

Para entender o que é cada um desses nomes, é importante ter em mente que todos eles se referem a regiões das Ilhas Britânicas. Essas ilhas são um arquipélago que fica um pouco para fora do noroeste da Europa (separadas do continente principal pelo Canal da Mancha).



E dentro desse arquipélago, há duas ilhas maiores. Uma à direita, de formato mais comprido, que é a Grã-Bretanha. E outra, menor, à esquerda, que é a ilha da Irlanda. Isso deve ajudar a entender a questão, mas não encerra o assunto. Então, vamos lá:

Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido

Reino Unido

O Reino Unido é um conjunto de países que, em algumas situações, é tratado também como um país único. O nome completo dele já ajuda a entender o que ele é: ele se chama Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Ou seja: o Reino Unido é composto por Grã-Bretanha (a ilha grande à direita na imagem acima) e Irlanda do Norte, que é um pedaço ao norte da ilha da Irlanda.

No total, o Reino Unido é composto por quatro países: a Inglaterra (em inglês, England), a Escócia (Scotland), o País de Gales (Wales) e a Irlanda do Norte (Northern Ireland). Os três primeiros ficam na ilha da Grã-Bretanha e o último na ilha vizinha. Suas capitais são, respectivamente, Londres, Edimburgo, Cardiff e Belfast. Londres, aliás, além de ser a capital da Inglaterra, é também a capital do Reino Unido.

A Rainha Elizabeth II, além de ser rainha da Inglaterra, também era chefe de estado do Reino Unido. Esse papel agora cabe ao seu filho Rei Charles. Cada um dos países também tem seus governos, mas o poder desses governos é delegado pelo parlamento do Reino Unido, que também tem o poder de legislar sobre esses territórios. A relação é semelhante à do governo federal dos Estados Unidos com os governos dos estados individuais.

O Reino Unido tem cerca de 66 milhões de habitantes e o sexto maior PIB do mundo. E toda essa região foi afetada pelo Brexit: ou seja, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte sairam da União Europeia. Mas como a Irlanda do Norte faz fronteira com a República da Irlanda (o país que a gente está acostumado a chamar só de Irlanda mesmo), que ainda é da União Europeia, os cidadãos da Irlanda do Norte vão continuar podendo entrar na Europa sem precisar pegar um barco.

Grã-Bretanha

No mapa acima há duas ilhas principais. A da esquerda é a da Irlanda, onde estão a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido) e a República da Irlanda (um país independente). A outra ilha é a Grã-Bretanha. Nessa ilha ficam a Inglaterra (England, ao sul), a Escócia (Scotland, ao norte) e o país de Gales (Wales, a oeste).

A Inglaterra faz fronteira com os dois outros países, mas eles não fazem fronteira entre si. O mapa abaixo mostra essas regiões:



Ou seja: se você pegar o Reino Unido e tirar a Irlanda do Norte, o que sobra é a Grã-Bretanha, chamada, em inglês, de “Great Britain”. Isso leva a entender que deve haver um pedaço dessa ilha que se chame apenas “Bretanha” (ou “Britain”), mas não é o caso.

Acontece que, em algumas situações, a palavra “Britain” é usada para se referir a outras coisas. O jornal Guardian, por exemplo, usa a palavra “Britain” para se referir ao Reino Unido como um todo. E o próprio governo do Reino Unido usa “Britain” como abreviação de “Great Britain”.



Inglaterra

A Inglaterra é um dos países que compõem o Reino Unido, localizado na Grã-Bretanha. Sua capital é Londres (cidade que também é a capital do Reino Unido). A Inglaterra também faz fronteira com a Escócia (que fica ao norte) e o País de Gales (que fica a oeste).

Diferente dos outros países do Reino Unido, a Inglaterra não tem um governo próprio. Ela é governada diretamente pelo parlamento do Reino Unido. País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, além de responder a esse parlamento, também têm governos locais subordinados a ele.

No entanto, vale apontar que a Inglaterra tem enorme maioria nesse parlamento. De um total de 650 cadeiras na Câmara dos Comuns, 532 são reservadas a representantes da Inglaterra. Ou seja: o país tem tanta influência sobre o parlamento que sequer é necessário que ele tenha um governo só dele.

Bônus: Irlanda

Como você deve ter percebido, a gente só falou, lá em cima, da Irlanda do Norte. É bom deixar claro: a Irlanda da qual você ouve falar com mais frequência, cuja capital é Dublin, não é a Irlanda do Norte, mas sim um país independente, localizado na mesma ilha da Irlanda do Norte. Esse país normalmente é chamado de República da Irlanda (ou Republic of Ireland) para se diferenciar da Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido.

A divisão tem origens históricas. A Irlanda como um todo era uma colônia do Reino Unido até 1922 quando, depois de um período de guerra, conquistou sua independência. No entanto, os distritos do norte da Irlanda ainda tinha influência mais forte do Reino Unido e optaram por continuar no reino. Isso deu origem à República da Irlanda (no sul da ilha) e à Irlanda do Norte, ligada ao Reino Unido.

Resumindo: quais são os países do Reino Unido?

Os países que compõem o Reino Unido são: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. A Irlanda é um país separado, que também fica nas ilhas britânicas. Mais específicamente, ela fica na ilha a oeste de Grã-Bretanha que também se chama Irlanda (e na qual também está a Irlanda do Norte).

Com isso, a distinção entre Inglaterra, Irlanda, Grã-Bretanha e Reino Unido deve ficar bem mais clara para você! Então lembre-se de que as universidades da Irlanda não são britânicas, que a Universidade de Edimburgo não fica na Inglaterra e que Londres é, sim, a capital de mais de um lugar (da Inglaterra e do Reino Unido)!

Morre a Rainha Elizabeth II

 


A rainha Elizabeth II, monarca do Reino Unido e chefe da Commonwealth, morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos. Ela estava sob cuidados médicos na Escócia, onde faleceu, cercada por membros da Família Real.











Uma equipe médica foi destacada para supervisionar a soberana e expressou preocupação com sua saúde.


Familiares próximos foram convocados para o palácio de Balmoral, na Escócia, residência de férias da Família Real e onde Elizabeth repousava.


A saúde da rainha já preocupava nos últimos meses devido a ausência em eventos ou adaptações em cerimônias, como a nomeação da nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. Ao invés da solenidade no palácio de Buckingham, a nomeação ocorreu no palácio de Balmoral.


Entre os familiares que viajaram até a Escócia estão o herdeiro do trono, o príncipe Charles, os filhos Andrew, Anne e Edward, e seu neto príncipe William. Camila, mulher de Charles, também viajou. O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, também viajaram até a Escócia.


Há anos, assessores da Família Real preparam um plano, o London Bridge, com os passos a serem dados após a morte da Rainha. De acordo com o jornal 'The Guardian', o primeiro a ser notificado da morte, após a família, será o secretário particular da monarca. Após o secretário, o primeiro-ministro será avisado da morte da monarca, para então avisar aos 53 chefes de Estado da comunidade britânica. 


Após a declaração da morte da rainha, automaticamente Charles, que ocupa o posto de Príncipe de Gales, se tornará o novo rei da Inglaterra. Sem demoras, o rei Charles precisará escolher seu novo nome. Entre as opções estão Charles III, Phillip, Arthur ou George.


Na mesma noite da morte de Elizabeth, Charles deverá fazer um discurso na TV. A programação prevê que às 11h do dia seguinte ele seja proclamado rei pelo parlamento. Camila, esposa de Charles, teoricamente se tornaria rainha. No entanto, a pedido de Elizabeth por ela ser divorciada, deve se tornar princesa consorte.


Segundo a tradição, a Inglaterra deverá ficar de luto por 12 dias. No fim deste período, Elizabeth II será enterrada no Castelo de Windsor.


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200 Anos de Independência do Brasil - Parte 4: O Dia do Fico e a Proclamação da Independência do Brasil

 



O 9 de janeiro de 1822 entrou para a história como o dia em que Dom Pedro I publicamente declarou que ficaria no Brasil e não retornaria para Portugal. Ele, então, disse a famosa frase:


“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico.”


Dentro do processo de independência do Brasil, o Dia do Fico foi muito importante porque significava que as ordens vindas de Portugal não seriam mais cumpridas na colônia. Além disso, esse processo ganhava um líder, o príncipe regente Dom Pedro I, que estava determinado a não cumprir essas ordens e permanecer no Brasil.


Em maio de 1822, foi decretada uma ordem, conhecida como “Cumpra-se”, que determinava que todas as ordens emitidas em Portugal só teriam validade no Brasil se fossem legitimadas pelo príncipe regente. Em junho de 1822, foi decretada a convocação para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil. Essas duas medidas reforçaram a visão de que D. Pedro possuía apoio interno suficiente para desafiar as cortes portuguesas.


A postura das cortes portugueses permaneceu irreconciliável e intolerante com os interesses brasileiros. No dia 28 de agosto, novas ordens de Lisboa chegaram ao país: D. Pedro deveria retornar imediatamente a Portugal, os privilégios da abertura do país seriam revogados e os ministros de D. Pedro, presos por traição.


A ordem convenceu Maria Leopoldina de que a ruptura entre Brasil e Portugal deveria acontecer de imediato e, em 2 de setembro, ela assinou o decreto de independência para, logo em seguida, despachá-lo com urgência para D. Pedro, que estava em viagem a São Paulo. O príncipe regente foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga.


Esse não é o fim... É o começo de um novo capítulo da HISTÓRIA DO BRASIL!


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200 Anos de Independência do Brasil - Parte 3: Revolução Liberal do Porto de 1820

A Revolução Liberal do Porto exigiu que as Cortes portuguesas se reunissem.

A chamada Revolução Liberal do Porto foi uma revolta de caráter civil e militar que teve seu epicentro na cidade de Porto, em Portugal, no dia 24 de agosto de 1820. Como o próprio nome indica, tal revolução possuía um viés liberal, isto é, estava orientada segundo princípios do liberalismo político, que se opunha à tradição absolutista que ainda vigorava à época nos países ibéricos (Portugal e Espanha). Para compreendermos o impacto que essa revolução teve na história de Portugal (e também do Brasil), precisamos nos ater a seu contexto.

Para entender a Revolução do Porto e os objetivos que ela almejava, é necessário sabermos que, com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, e a sua posterior sagração como imperador, em 1804, diversas guerras por conquista de território foram desencadeadas pelo exército francês. Portugal, que não se alinhou com a política de Napoleão, foi uma das nações diretamente afetadas por tais guerras. O território português foi invadido pela primeira vez pelo exército francês em 1807, o que provocou a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil.

O principal aliado político, econômico e, sobretudo, militar de Portugal nessa época era a Inglaterra. Foram navios ingleses que escoltaram a família de D. João VI no oceano Atlântico e foi o exército britânico que entrou em guerra contra os franceses, em 1808, em solo português, em virtude da ocupação realizada por esses últimos. Entre 1807 e 1811, Portugal sofreu três invasões francesas, fatos que sempre geravam nova tensão social e novos conflitos armados. Essa situação desgastante passou a afetar o tecido social civil e militar português, haja vista que, em meio a todos os problemas enfrentados, o príncipe regente (D. João VI) não se encontrava em solo pátrio.

Em 1815, Napoleão foi preso e exilado na ilha de Santa Helena. A ameaça francesa acabou e os rumos da política da Europa mudaram novamente. Muitos aristocratas queriam o restabelecimento do Antigo Regime absolutista, tal como vigorava antes da Revolução Francesa de 1789. Entre os portugueses, a situação complicava-se ainda mais, haja vista que o país nesse período passou a ser tutelado por um inglês chamado William Beresford, com a anuência do príncipe regente D. João VI.

Em 1817, um general chamado Gomes Freire de Andrade tentou organizar uma conspiração de matiz liberal, mas não obteve nenhum sucesso. Esse acontecimento, entretanto, foi um prenúncio do que viria depois. O fato é que esse general foi executado a mando de Beresfod, no Forte de S. Julião da Barra, o que gerou uma indignação profunda entre os portugueses. No ano seguinte, uma sociedade secreta conspiracionista foi criada com o nome de Sinédrio e era liderada por Manuel Fernandes Tomás. Foi essa sociedade secreta que gestou a Revolução de 1820, isto é, preparou-a cuidadosamente ao longo de dois anos.

Em 24 de agosto de 1820, de madrugada, os membros do “Sinédrio”, entre eles muitos militares, marcharam sobre a cidade do Porto a fim de demonstrarem a sua disposição em levar a cabo uma revolução de grandes proporções, haja vista que o grupo contava com um apoio massivo da população. Em sua exposição geral, a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, nome adotado pelos líderes do movimento, declarou-se como o governo oficial provisório de Portugal e exigia uma ação principal: o retorno de D. João VI para Portugal e convocação das Cortes gerais para que uma Constituição fosse elaborada para o país. Essa Constituição deveria ter grandes influências do pensamento liberal.

O fato é que a Revolução do Porto não teve um caráter de transformação radical das estruturas de poder em Portugal, tal como ocorrera na França, em 1789, mas um caráter reformador. O que os revolucionários queriam era uma Monarquia Constitucional. D. João VI acatou o pedido dos revolucionários e regressou a Portugal em 1821. Esse acontecimento foi decisivo para a história do Brasil também, uma vez que determinou a permanência entre nós do filho de D. João VI, D. Pedro, que tornou nosso país independente um ano após o início da reunião das Cortes.

 

Mas essa HISTÓRIA de Dom Pedro ficar no Brasil a gente verá no próximo post!

 

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200 Anos de Independência do Brasil - Parte 2: Revolução Pernambucana de 1817


A Revolução Pernambucana foi um movimento revolucionário de caráter separatista e republicano que se iniciou em Recife em 1817. Essa rebelião manifestava a insatisfação das elites locais com os altos impostos cobrados pela Coroa portuguesa e também das classes populares com a desigualdade existente. Esse movimento, que se estendeu por pouco mais de dois meses, foi violentamente reprimido pelas autoridades portuguesas.



Contexto

A Revolução Pernambucana foi resultado da insatisfação local, tanto das elites quanto das camadas populares, com as medidas implantadas por ordem de D. João VI, rei de Portugal. Esse descontentamento foi intensificado com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808. A família real e a aristocracia portuguesa mudaram-se para o Brasil fugindo da invasão francesa em Portugal.

A chegada de D. João VI ao Brasil causou uma série de transformações que desagradaram, principalmente, as elites locais. O rei português impôs novos impostos sobre a Capitania de Pernambuco para financiar os luxos da Corte portuguesa no Rio de Janeiro e para custear as campanhas militares promovidas por D. João VI no sul do Brasil.

Outros impostos também foram criados, como a taxação sobre o açúcar e o algodão, principais produtos da economia local. Além disso, os habitantes de Recife pagavam um imposto que era utilizado para financiar a iluminação pública do Rio de Janeiro. Essa pesada carga de impostos ampliou a insatisfação, principalmente porque a economia de Pernambuco estava em crise pela baixa produção de açúcar e algodão, resultado de uma forte seca que ocorreu em 1816.

Para intensificar esse clima político nessa região, houve também a forte influência dos ideais iluministas e das revoluções liberais que tinham acontecido na França e nos Estados Unidos. A divulgação dos ideais iluministas em Pernambuco foi feita por uma loja maçônica chamada Areópago de Itambé, que reunia as elites locais. O Seminário de Olinda também foi um importante centro irradiador desses ideais.

Além disso, é importante destacar que a presença da família real no Brasil desagradou as elites no sentido que D. João passou a distribuir cargos e privilégios para portugueses em Pernambuco. Essa ação do rei prejudicou as elites locais e contribuiu para fortalecer o antilusitanismo na região.

Por fim, havia ainda um histórico de rebeliões na região de Pernambuco, como a Insurreição Pernambucana e a Guerra dos Mascates. No século XIX, a insatisfação pernambucana com as medidas da Coroa levou também a uma conspiração conhecida como Conspiração dos Suassunas que, no entanto, foi denunciada e desmontada pelas autoridades em 1801.

 

Bênção das bandeiras da Revolução de 1817, óleo sobre tela de Antônio Parreiras.



Revolução Pernambucana


Diferentemente da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana foi o único movimento de caráter separatista e republicano que conseguiu superar a fase conspiratória. Os revolucionários pernambucanos conseguiram tomar o poder local e mantê-lo durante um período de pouco mais de dois meses.

A Revolução Pernambucana foi elaborada e organizada por membros das elites locais, mas, assim que o movimento foi iniciado, contou com a adesão das classes populares. Os historiadores apontam que pequenos comerciantes, artesãos, padres, membros do exército, além de grandes proprietários e ilustres, participaram desse movimento.

A revolta foi deflagrada em 6 de março de 1817, quando o capitão José de Barros Lima assassinou o brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro. Barros Lima reagiu ao receber voz de prisão do brigadeiro por estar envolvido em uma conspiração contra as autoridades portuguesas.

Revolução Pernambucana – Wikipédia, a enciclopédia livre


Depois disso, a rebelião espalhou-se por Recife, e os revolucionários conseguiram conquistar a cidade. O governador local, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, assim que o movimento estourou, escondeu-se no Forte do Brum e logo em seguida embarcou para a cidade do Rio de Janeiro.

Os revolucionários, vitoriosos, implantaram um Governo Provisório que realizou diversas mudanças na Capitania de Pernambuco:

  •     Foi proclamada a República na Capitania;
  •     Implantada a liberdade de imprensa;
  •     Implantada a liberdade de credo;
  •     Aumento no soldo dos soldados;
  •     Mantida a escravidão africana.


Essas foram algumas das medidas implantadas com o início da Revolução Pernambucana, que também elaborou um projeto constitucional e uma nova bandeira para Pernambuco – bandeira essa que, com pequenas diferenças, é até hoje utilizada para representar esse estado. Com o movimento vitorioso, os revolucionários procuraram expandir a revolta e buscar apoio. Com isso, eles buscaram estender a revolta para as localidades vizinhas como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Assim, foram enviados emissários pernambucanos para diferentes partes do Brasil e também do exterior. Os emissários enviados para a Bahia foram aprisionados e executados pelas autoridades locais, e um emissário chamado Cruz Cabugá foi enviado para os EUA com 800 mil dólares para comprar armas, contratar soldados e conseguir o apoio do governo americano para o movimento pernambucano.

A repressão da Coroa portuguesa foi intensa e, por ordem de D. João VI, uma frota foi encaminhada para bloquear o porto do Recife. Além disso, soldados foram enviados por terra da Bahia para atacar essa cidade. O cerco à capital pernambucana fez com que os revolucionários fossem rendidos no dia 20 de maio de 1807.

Os líderes do movimento tiveram punições exemplares e muitos foram enforcados ou arcabuzados – correspondente da época para fuzilamento. Um dos líderes do movimento, Domingos José Martins, foi arcabuzado, e outros envolvidos, além de mortos, foram martirizados. Vigário Tenório, por exemplo, foi enforcado, teve as mãos e cabeça arrancados e o corpo arrastado pelas ruas de Recife.


 

Três anos depois, os problemas vieram de Portugal quando estourou a Revolução Liberal do Porto, em 1820. Os acontecimentos dessa última é que precipitaram o processo de independência aqui. Mas esse é um assunto para nossa próxima publicação!

 

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200 Anos de Independência do Brasil - Parte 1: A Chegada da Família Real ao Brasil

 



A independência do Brasil foi declarada em 1822, mas esse acontecimento tem relação direta com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. A vinda da corte portuguesa para a colônia aconteceu devido à invasão de Portugal realizada pelas tropas napoleônicas, em 1807. À época, Portugal tinha D. Maria como rainha e D. João como príncipe regente.


A vinda da família real para o Brasil resultou em transformações profundas nas áreas cultural, comercial e econômica, e deu abertura para um processo político que resultou na independência da colônia. A primeira grande medida decretada por D. João VI (ele só se tornou de fato D. João VI em 1816) foi a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas, e isso permitiu que os comerciantes brasileiros negociassem diretamente com comerciantes ingleses.


D. João VI também tomou uma série de medidas que incentivaram o desenvolvimento cultural e a modernização do Brasil, demonstrando o intuito de torná-lo uma parte integrante do reino português e não apenas uma colônia. Isso aconteceu em 16 de dezembro de 1815, quando o Brasil foi elevado à condição de reino. A partir daí, Portugal passou a chamar-se Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.


O grande objetivo disso era manter os colonos satisfeitos com Portugal e evitar que o Brasil seguisse o caminho da revolução — como havia acontecido na relação EUA e Inglaterra. Apesar dos avanços, a presença portuguesa no Brasil gerou atritos, e o caso simbólico desses foi a Revolução Pernambucana de 1817. Mas isso é um história para a próxima postagem!


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Candidatos ao Governo de Pernambuco se enfrentam nesta quinta (1/9) em primeiro debate na TV aberta. Saiba onde e como assistir!




DEBATE GOVERNADOR DE PERNAMBUCO: TV Nova (Canal 22.1) , Diário de Pernambuco, Rádio Cultura de Caruaru e Rádio Clube AM promovem debate entre candidatos ao Governo de Pernambuco e Senado. COMPARTILHE! DIVULGUE!

Em uma parceria entre o Grupo Diario de Pernambuco, Rádio Clube AM (720 AM), Rádio Cultura FM (96,5 FM) e TV Nova (Canal 22.1), serão realizados os primeiros debates entre os disputantes das eleições majoritárias em Pernambuco.

No dia primeiro de setembro, os cinco primeiros colocados nas pesquisas para Governo do Estado participarão do evento, que será sediado em Caruaru, com transmissão na Rádio Cultura FM 96,5 (Caruaru), TV Nova, canal 22.1 Enas redes sociais do DP. No dia 15 de setembro, será a vez dos postulantes ao Senado participarem do embate de ideias.

Os candidatos @raquellyraoficial, @miguelcoelhope, @danilocabralpe, @andersonferreira.22, @joaoarnaldopsol e @pastorwellington14 já confirmaram participação no debate na NOVA!

Então você já sabe: 1° de Setembro às 21h30min no canal 22.1 @tvnovanordeste

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