Somos diferentes dos demais animais, seus atos ( da espécie) são sempre os mesmos, não mudam com o tempo. Ex.: uma tartaruga quando sai do ovo (sozinha, sem ter seus pais por perto) instintivamente procuram a direção do mar e nele se lança. Um recém nascido é totalmente dependente dos adultos, sem estes, não sobreviveria. Muitos são os exemplos, é consenso entre psicólogos, sociólogos, antropólogos e filósofos que as crianças precisam do contato com seus semelhantes, longe deles, permanecem como animais.
O comportamento animal é regido pelos instintos, possuindo níveis diferentes de inteligência. Diga-se aqui que todos os animais possuem inteligência concreta, já os seres humanos possuem inteligência abstrata, permitindo ir além na intervenção sobre o mundo. Produzimos cultura, transformamos a natureza adaptando-a à nossa realidade, já os animais, vivem em harmonia com a natureza, seus instintos são regidos por leis biológicas. Nós seres humanos trazemos conosco o mundo simbólico e a possibilidade de considerarmos o contingente, superamos expectativas. No mundo do humano podemos ir além do ritual, do metódico. Encontramos saídas quando o ordem do cosmo é atingida.
O processo que possibilita o desenvolvimento da individualidade se encontra em íntima relação com a socialização, onde nos apropriamos da experiência pessoal e histórica da sociedade em que nascemos.
Em 1969 foi lançado o filme O Menino Selvagem (L’Enfant Sauvage).
“Em 1797, um menino foi encontrado floresta de Aveyron, o qual vivia como selvagem sem saber andar, falar ou se expressar como nós. Ele então fica sob os cuidados do médico Jean Itard, que acredita poder sociabilizá-lo. Itard conta com a ajuda de Madame Guérin, sua governanta, para educar o menino e ajudá-lo a se comunicar através de sinais. O menino tenta escapar, mas acaba se envolvendo numa relação filial com o jovem doutor. História baseada em fatos reais que ocorreram nos fins do século XVIII.” (fonte: Web Cine) .
“Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas.” (Lucien Malson)
Fonte: Blog Filosofia e Vida
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