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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Ácidos mais comuns na química do cotidiano


 

Ácidos se fazem muito presentes em nosso cotidiano, estão presentes até mesmo na nossa alimentação, como por exemplo, nas frutas cítricas encontramos os ácidos cítrico e ascórbico (vitamina C).

Vejamos as características e utilização dos ácidos mais comuns:



Ácido sulfúrico (H2SO4): ácido forte (altamente corrosivo) consumido em enormes quantidades na indústria petroquímica, na fabricação de papel, corantes e baterias de automóveis.



Ácido fosfórico (H3PO4): os sais (fosfatos e superfosfatos) derivados deste ácido têm grande aplicação como fertilizantes na agricultura.


Ácido fluorídrico (HF): esse ácido possui a capacidade de corroer o vidro, sendo por isso armazenado apenas em frascos de polietileno.

Em virtude de propriedade de corrosão, o ácido fluorídrico é usado para gravar sobre vidro. Os vidros de automóveis têm uma numeração na parte inferior, esta é gravada com o auxílio desse ácido.



Ácido nítrico (HNO3): um dos ácidos mais fabricados e consumidos pela indústria.

Utilização: fabricação de explosivos, como nitroglicerina (dinamite), trinitrotolueno (TNT), trinitrocelulose (algodão pólvora), salitre (NaNO3, KNO3) e da pólvora negra (salitre + carvão + enxofre).



Ácido clorídrico (HCl): reagente muito usado na indústria e no laboratório.

Na construção civil é usado para remover respingos de cal (após a caiação) de pisos e azulejos. Neste caso é mais conhecido como ácido muriático: agente de limpeza de alta potencialidade.

O HCl se faz presente em nosso próprio corpo. É encontrado no suco gástrico e tem o papel de auxiliar na digestão.


Ácido acético (CH3COOH): ácido componente do vinagre, tempero indispensável na cozinha, usado no preparo de saladas e maioneses.


Ácido carbônico (H2CO3): as águas e refrigerantes gaseificados têm seu diferencial (mais refrescante) graças a este ácido, ele é formado na reação do gás carbônico com a água:

CO2 + H2O → H2CO3

 

Fonte: Brasil Escola
Autora: Líria Alves - Graduada em Química

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segunda-feira, 27 de março de 2023

Qual a diferença entre Molaridade e Molalidade? 😨 (O que é isso?)

 


Calma! Não se assuste com esses nomes, muito menos com essas fórmulas!

Primeiramente saiba que esses são dois conceitos aprendidos na disciplina de QUÍMICA, dentro do bloco de FÍSICO-QUÍMICA. Geralmente é ensinado no 2° Ano do Ensino Médio. Por isso é importante para os alunos que farão VESTIBULAR e ENEM! (Então já marca nos comentários seus amigos ou familiares que farão essas provas neste ano!)

Molaridade e Molalidade são duas formas distintas de calcular a CONCENTRAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO!

 

MOLARIDADE (M) é a relação entre o número de mols do soluto e o volume total da solução. 

Molaridade = Mols do Soluto / Volume da Solução 

 

MOLALIDADE (W) é a relação entre o número de mols do soluto e a massa do solvente. 

Molalidade = Mols do Soluto / Massa do Solvente

 

MOLARIDADE (M)

A molaridade ou concentração molar é a forma usual de expressar a quantidade de matéria de uma substância em solução.

A concentração molar é a relação matemática entre a quantidade de matéria de um soluto (mol) em determinado volume de solução.

A molaridade é calculada pela reação M = n/V, sendo n o número de mols e V o volume de solução.

A concentração molar é expressa em mol/L.

A quantidade de matéria (n) pode ser encontrada pela razão entre massa (m) e massa molar (MM) de uma substância.

 

MOLALIDADE (W)

A molalidade, normalmente representada pela letra W, é outra grandeza usada pelos químicos para expressar a concentração de uma solução.

A molalidade (W) se difere da molaridade, pois é a relação entre a quantidade de matéria do soluto (mol) e a massa do solvente (kg).

Por isso, a molalidade também é chamada de concentração em quantidade de matéria por massa.

A unidade de molalidade é mols de soluto por kg de solvente (mol/kg ou mol . kg-1), mas ela é normalmente expressa pela palavra “molal” ou simplesmente “m”.

 

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quarta-feira, 10 de agosto de 2022

10 de Agosto: Dia Internacional do Biodiesel 🌱💚♻️


 

O biodiesel é um combustível renovável proveniente das plantas. Para sua produção podem ser utilizados óleos vegetais de algodão, amendoim, dendê, palma, girassol, milho, soja, mamona, dentre outros, associados a gorduras animais e até resíduos gordurosos de fritura e esgoto sanitário.

É menos poluente que o diesel obtido a partir do petróleo. Todavia, o biodiesel não pode ser considerado uma energia totalmente limpa, pois ele ainda emite poluentes para o meio ambiente.

A partir de Setembro de 2021, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou que o percentual de biodiesel a ser misturado ao diesel de petróleo seja elevado de 10% para 12%.

A data comemorativa faz referência a inauguração do motor a combustão de Rudolf Diesel, em 10 de Agosto de 1893, em Augsburg, Alemanha; quando colocou em funcionamento um cilindro de ferro de três metros com um volante em sua base, abastecido exclusivamente com óleo de amendoim.

  

Prós e contras na produção e no uso do biodiesel:
 

As vantagens do biodiesel

  • É energia renovável. As terras cultiváveis podem produzir uma enorme variedade de plantas oleaginosas como fonte de matéria-prima para o biodiesel.
  • É constituído por carbono neutro, ou seja, o combustível tem origem renovável ao invés do fóssil. Desta forma, sua obtenção e queima não contribuem para o aumento das emissões de CO2 na atmosfera, zerando assim o balanço de massa entre emissão de gases dos veículos e absorção dos mesmos pelas plantas.
  • Possui um alto ponto de fulgor e um manuseio e armazenamento mais seguros.
  • Apresenta excelente lubricidade, fato que vem ganhando importância com o advento do petróleo-diesel de baixo teor de enxofre, cuja lubricidade é parcialmente perdida durante o processo de produção.
  • Contribui para a geração de empregos no setor primário. Com isso, evita o êxodo do trabalhador no campo, reduzindo o inchaço das grandes cidades e favorecendo o ciclo da economia autossustentável essencial para a autonomia do país.
  • Com a incidência de petróleo em poços cada vez mais profundos, muito dinheiro está sendo gasto na sua prospecção e extração, o que torna cada vez mais onerosa a exploração e refino das riquezas naturais do subsolo, havendo então a necessidade de se explorar os recursos da superfície, abrindo assim um novo nicho de mercado, e uma nova oportunidade de uma aposta estratégica no setor primário.Nenhuma modificação nos atuais motores do tipo ciclo diesel faz-se necessária para misturas de biodiesel com diesel de até 20%, sendo que percentuais acima de 20% requerem avaliações mais elaboradas do desempenho do motor.


Desvantagens na utilização do biodiesel

  • Não se sabe ao certo como o mercado irá assimilar a grande quantidade de glicerina obtida como subproduto da produção do biodiesel (entre 5 e 10% do produto bruto). A queima parcial da glicerina gera acroleína, produto suspeito de ser cancerígeno.
  • No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais que são importantes bolsões de biodiversidade. Muitas espécies poderão deixar de existir em consequência do avanço das áreas agrícolas, entre as espécies, podemos citar o orangotango ou o rinoceronte-de-sumatra. Embora no Brasil, muitas lavouras não sejam ainda utilizadas para a produção de biodiesel, essa preocupação deve ser considerada. Tais efeitos nocivos poderão ser combatidos pela efetivação do zoneamento agro ecológico proposto pelo Governo Federal.
  • A produção intensiva da matéria-prima de origem vegetal leva a um esgotamento das capacidades do solo, o que pode ocasionar a destruição da fauna e flora, aumentando portanto o risco de erradicação de espécies e o possível aparecimento de novos parasitas, como o parasita causador da Malária.
  • O balanço de CO2 do biodiesel não é neutro, mesmo sendo inúmeras vezes menos emissor de CO2 que o diesel de petróleo, se for levado em conta a energia necessária à sua produção, mesmo que as plantas busquem o carbono à atmosfera: é preciso ter em conta a energia necessária para a produção de adubos, para a locomoção das máquinas agrícolas, para a irrigação, para o armazenamento e transporte dos produtos.
  • Cogita-se que poderá haver uma subida nos preços dos alimentos, ocasionada pelo aumento da demanda de matéria-prima para a produção de biodiesel. Como exemplo, pode-se citar alguns fatos ocorridos em Portugal, no início de Julho de 2007, quando o milho era vendido a 200 euros por tonelada (152 em Julho de 2006), a cevada a 187 (contra 127), o trigo a 202 (137 em Julho de 2006) e o bagaço de soja a 234 (contra 178). O uso de algas como fonte de matéria-prima para a produção do biodiesel poderia poupar as terras férteis e a água doce destinadas à produção de alimentos.

 

Fonte: Escola Verde e Repórter Brasil

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Isômeros ativos: dextrógiro e levógiro - O que é isso?


 

"Isômeros ativos ou isômeros opticamente ativos (IOA) são moléculas de uma determinada substância química que conseguem realizar a polarização e desvio do plano da luz para a direita ou para a esquerda. Para verificar se uma substância apresenta ou não isômeros ativos, basta verificar se há um carbono assimétrico em sua fórmula estrutural:


Analisando a cadeia representada na imagem acima, podemos observar que o carbono central apresenta quatro ligantes diferentes (OH, H, CH3 e Cl), o que o torna um carbono assimétrico, também chamado de carbono quiral. Dessa forma, sempre que uma cadeia apresentar um ou mais carbonos quirais, haverá isômeros ativos.

Os tipos de isômeros ativos (IOA) são:

  •     Dextrógiro: Isômero óptico ativo que desvia a luz polarizada para a direita;
  •     Levógiro: Isômero óptico ativo que desvia a luz polarizada para a esquerda.


Observação: A presença do carbono assimétrico em uma fórmula estrutural indica que a substância apresenta obrigatoriamente o isômero levógiro e o isômero dextrógiro. Não cabe a nós sabermos para qual lado a luz foi desviada, pois a presença do carbono quiral já evidencia esse fato. Sempre metade das moléculas existentes é levógira e a outra metade é dextrógira.

As moléculas levógiras e dextrógiras de qualquer substância orgânica apresentam sempre as mesmas propriedades físicas (ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade etc.), mas apresentam atividades químicas (comportamento no organismo) diferentes. Um exemplo é a adrenalina. Apenas a molécula levógira da adrenalina apresenta ação no organismo, enquanto a dextrógira não.

Veja agora a fórmula estrutural da substância butan-2-ol para verificar se ela apresenta ou não isômeros ativos:


Podemos observar, na estrutura do butan-2-ol, que o carbono 2 apresenta quatro ligantes diferentes (OH, H, CH3, CH2-CH3), logo, ele é um carbono quiral e apresenta um isômero ativo dextrogiro e outro isômero ativo levogiro.



Cálculo dos isômeros ativos (IOA)

O químico holandês Jacobus Henricus van't Hoff desenvolveu uma fórmula que permite o cálculo de quantos isômeros ativos (IOA) uma determinada substância pode apresentar. Veja:

IOA: 2 elevado a N
N: é o número de carbonos quirais da fórmula estrutural da substância.

Acompanhe dois exemplos de aplicação da fórmula de Vant't Hoff:

    Ácido 5-dicloro-2,3-dihidróxi-hexanodioico



Na fórmula estrutural do composto, existem três carbonos quirais ou assimétricos, logo:

IOA = 2 elevado a N

IOA = 2³

IOA = 8



    2,3,4,5-tetrahidroxi-hexanal




Na fórmula estrutural do composto, existem quatro carbonos quirais (setas vermelhas) ou assimétricos, logo:

IOA = 2 elevado a N

IOA = 2 elevado a 4

IOA = 16



Observação: Existe a possibilidade de uma fórmula estrutural apresentar dois carbonos assimétricos que possuam exatamente os mesmo ligantes. Caso isso ocorra, consideramos nos cálculos apenas 1 para o valor do N, e não 2. Veja um exemplo:



Como dois carbonos quirais são iguais, consideramos apenas um carbono no cálculo:

IOA = 2 elevado a N

IOA = 2¹

IOA = 2

FONTE:

DIAS, Diogo Lopes. "Isômeros ativos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/isomeros-ativos.htm. Acesso em 09 de agosto de 2022.



quinta-feira, 9 de junho de 2022

Química Orgânica: Isomeria geométrica ou cis-trans

A isomeria geométrica ou cis-trans ocorre em compostos de cadeia aberta com pelo menos uma ligação dupla entre carbonos que possuam os ligantes diferentes entre si.

 


A isomeria espacial ou estereoisomeria ocorre quando temos dois compostos com mesma fórmula molecular, mas que se diferenciam pelo arranjo espacial de seus átomos. Não é possível ver a diferença entre esses isômeros somente analisando a fórmula estrutural plana, porque eles possuem o mesmo tipo de cadeia carbônica, o mesmo grupo funcional, a mesma insaturação e o mesmo substituinte ou heteroátomo.

Esses isômeros, chamados de estereoisômeros, podem ser diastereoisômeros ou enantiômeros. A isomeria espacial do tipo geométrica, também chamada de cis-trans, ocorre com os diastereoisômeros, que são isômeros que não são a imagem especular um do outro.

A isomeria geométrica ocorre especialmente em compostos de cadeia aberta que possuem ligação dupla entre pelo menos dois átomos de carbono, sendo que cada átomo de carbono da dupla possui os seus grupos ligados diferentes entre si.

Vejamos um exemplo para entender como esse tipo de isomeria espacial ocorre: Considere os dois isômeros formados pelo but-2-eno:


 

Temos que:

  • Cis: Os grupos ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano espacial;

  • Trans: Os grupos ligantes iguais ficam de lados opostos do plano espacial.

A dupla ligação entre os carbonos é rígida, ou seja, não é passível de sofrer rotação e de ser a mesma molécula, mas sim corresponde a compostos diferentes. É por isso que a isomeria geométrica não ocorre em compostos de cadeia aberta que sejam saturados, isto é, que possuam somente ligações simples entre os carbonos, tendo em vista que essas ligações podem sofrer rotação e serem, na verdade, somente um composto orgânico.


Em compostos que possuem ligações triplas entre os carbonos, a isomeria geométrica também não ocorre, porque tais átomos só podem realizar mais uma ligação, visto que já possuem três.

Além disso, os dois grupos ligantes de cada carbono da insaturação devem ser diferentes, pois, conforme os exemplos abaixo mostram, se houver só um grupo diferenciado, a isomeria geométrica não ocorre:

Exemplos em que a isomeria geométrica não ocorre:



Os isômeros geométricos possuem diferentes propriedades químicas e físicas. Por exemplo, o ácido butenodioico possui dois isômeros (cis e trans), mostrados abaixo:

Conformações cis-trans do ácido maleico e do fumárico

Veja que o ácido maleico é o isômero cis porque os dois grupos hidroxila (OH) estão no mesmo plano. Em razão dessa conformação, esse ácido é capaz de sofrer desidratação intramolecular e é um composto tóxico.

Já o ácido fumárico possui os dois grupos hidroxila (OH) em planos opostos, não sendo capaz de fazê-los interagir e, em razão do impedimento espacial, ele não sofre desidratação intramolecular. Além disso, o ácido fumárico não é tóxico, mas é natural ao corpo humano e é usado em tratamentos de pele, tais como tratamentos contra acne. Ele está presente na planta fumária (Fumaria officinalis) mostrada no início do texto.

A isomeria geométrica (cis-trans) também ocorre em compostos de cadeia fechada, desde que existam no ciclo dois átomos de carbono com dois grupos diferentes, como mostrado a seguir:


Fórmula dos isômeros 1,2-dimetilciclobutano


 

Fonte: Manual da Química
Autora: Jennifer Rocha Vargas Fogaça -  Graduada em Química

 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Química Orgânica: Isomeria

Dois compostos de mesma fórmula molecular e estruturas diferentes são isômeros

A isomeria começou a ser considerada em 1823 quando os químicos Liebeg e Wohler criaram, respectivamente, o isocianato de prata (AgONC) e o cianato de prata (AgOCN). Quando o químico alemão Friedrich Wohler (discípulo do químico sueco Jons Jacob Berzelius) realizou a síntese da ureia a partir da amônia, a isomeria foi confirmada:

 


Com essa síntese, Wohler observou que tanto a ureia quanto o cianato de amônio apresentavam os mesmos constituintes químicos, ou seja, a mesma fórmula molecular. Com essa observação, surgiu a definição de isomeria:

Isomeria é um fenômeno natural em que duas ou mais substâncias diferentes apresentam a mesma fórmula molecular.”

 

O estudo da isomeria é dividido em duas grandes áreas:

  • Isomeria plana ou constitucional;

  • Isomeria espacial ou estereoisomeria.

 

a) Isomeria plana ou constitucional

É a isomeria em que os compostos apresentam a mesma fórmula molecular, mas fórmulas estruturais planas diferentes. Esse fenômeno origina substâncias completamente diferentes em relação às propriedades físicas e químicas. Os tipos de isomeria plana são:

  • Isomeria plana de função: os isômeros pertencem a diferentes funções;

  • Isomeria plana de cadeia: os isômeros pertencem à mesma função, mas apresentam cadeias planas com características diferentes;

  • Isomeria plana de posição: os isômeros pertencem à mesma função, a mesma caraterística de cadeia, mas diferem quanto à posição de algum grupo (ramificação, insaturação ou grupo funcional);

  • Isomeria plana por metameria: os isômeros pertencem à mesma função, possuem a mesma caraterística de cadeia, mas diferenciam-se quanto à posição de um heteroátomo;

  • Isomeria plana por tautomeria: tipo especial de isomeria que ocorre entre um enol e um aldeído ou entre um enol e uma cetona.

 

b) Isomeria Espacial ou Estereoisomeria

É a parte da isomeria que analisa as posições de cada um dos ligantes de um isômero no plano espacial. Assim, podemos ter duas moléculas da mesma substância, mas com ligantes em posições diferentes no espaço. Há dois tipos de isomeria espacial:

  • Isomeria geométrica: Ocorre em moléculas em que dois dos carbonos de uma cadeia aberta ou fechada não apresentam rotação em seus eixos. Assim, os seus ligantes sempre ocupam planos fixos no mesmo plano ou em planos diferentes. Essa isomeria é diferenciada por meio de dois sistemas de nomenclatura:

Cis-trans (os carbonos apresentam ligantes iguais)
E-Z os carbonos apresentam ligantes diferentes entre si)

  • Isomeria óptica: É a isomeria presente em moléculas que apresentam carbono assimétrico ou quiral. Por essa razão, não é possível dividir a estrutura em duas partes iguais. Os isômeros ópticos apresentam a capacidade de polarizar e desviar o plano da luz. Eles podem ser chamados de:

Isômeros ativos (antípodas ópticas)
Isômeros inativos (mistura racêmica)

Isômeros meso
Diastereoisômeros

 

Fonte: Mundo Educação

terça-feira, 10 de maio de 2022

Exercícios sobre Funções Inorgânicas: Ácidos, Bases, Sais e Óxidos

 

Questão 1

(Esal-MG) Uma solução aquosa de H3PO4 é ácida devido à presença de:
a) água.
b) hidrogênio.
c) fósforo.
d) hidrônio.
e) fosfato.

 

Questão 2

(PUC-MG) A tabela apresenta algumas características e aplicações de alguns ácidos:



Tabela com nome, aplicações e características de ácidos

As fórmulas dos ácidos da tabela são, respectivamente:

a) HCl, H3PO4, H2SO4, HNO3.

b) HClO, H3PO3, H2SO4, HNO2.

c) HCl, H3PO3, H2SO4, HNO2.

d) HClO2, H4P2O7, H2SO3, HNO2.

e) HClO, H3PO4, H2SO3, HNO3.

 

Questão 3

Os ácidos, segundo a teoria de dissociação de Arrhenius, são compostos moleculares que, ao ser dissolvidos em água, geram íons H+(aq). Como é chamado o processo de formação de íons que ocorre quando um ácido é dissolvido em água?

a) Dissociação iônica.

b) Ionização.

c) Eletrólise.

d) Hidratação.

e) Eletrolítica.

 

Questão 4

Qual das alternativas a seguir indica somente ácidos inorgânicos:

a) HCl, H2SO4, CH3CH2COOH.

b) H2S, CH3CH2OH, HMnO4.

c) CH3OH, H2SO3, H3BO3.

d) HI, HClO4, HCNS.

e) HF, HCN, H2CO3.

 Questão 5

Entre as bases a seguir, indique as fortes e as solúveis em água:

I. LiOH

II. Fe(OH)3

III. Ca(OH)2

IV. NaOH

V. AgOH

a) I e IV.

b) II e III.

c) III e V.

d) I, II e V.

e) III, IV e V.

 

Questão 6

Quais são as fórmulas das bases formadas pelos respectivos cátions Au3+, Fe2+, Pb2+, Na+ e Mn4+?

a) Au3OH, Fe2OH, Pb2OH, NaOH, Mn4OH.

b) Au2(OH)3, Fe(OH)2, Pb(OH)2, NaOH, Mn(OH)4.

c) Au(OH)3, Fe(OH)2, Pb(OH)2, Na(OH)2, Mn(OH)4.

d) AuOH, FeOH, PbOH, NaOH, MnOH.

e) Au(OH)3, Fe(OH)2, Pb(OH)2, NaOH, Mn(OH)4.

 

Questão 7

(Fuvest-SP) Identifique a alternativa que apresenta dois produtos caseiros com propriedades alcalinas básicas:

a) detergente e vinagre.
b) sal e coalhada.
c) leite de magnésia e sabão.
d) bicarbonato de açúcar.
e) Coca-cola e água de cal.

 

Questão 8

(FEEQ-CE) A formação de hidróxido de alumínio, resultante da reação de um sal desse metal com uma base, pode ser representada por:

a) Al+ + OH- → Al(OH)

b) Al2+ + 2 OH Al(OH)2

c) Al3+ + 3 OH-  Al(OH)3

d) Al4+ + 4 OH Al(OH)4

e) Al5+ + 5 OH-  Al(OH)5

 

Questão 9

(MACK-SP) Os nomes corretos das substâncias de fórmulas NaHCO3 e NH4NO3 são, respectivamente:

a) carbonato de sódio e nitrato de amônio.

b) bicarbonato de sódio e nitrato de amônio.

c) carbonato ácido de sódio e nitrito de amônio.

d) carbeto de sódio e nitrito de amônio.

e) bicarbonato de sódio e nitreto de amônio.

 

Questão 10

(UFPA) Entre os nutrientes inorgânicos indispensáveis aos vegetais, estão o Nitrogênio (para o crescimento das folhas), o Fósforo (para o desenvolvimento das raízes) e o Potássio (para a floração). Por isso, na fabricação de fertilizantes para o solo, são empregados, entre outros, os compostos KNO3, Ca3(PO4)2, e NH4Cl que são, respectivamente, denominados de:

a) nitrito de potássio, fosfito de cálcio e clorato de amônio.

b) nitrato de potássio, fosfito de cálcio e cloreto de amônio.

c) nitrito de potássio, fosfato de cálcio e cloreto de amônio.

d) nitrato de potássio, fosfito de cálcio e clorato de amônio.

e) nitrato de potássio, fosfato de cálcio e cloreto de amônio .

 

Questão 11

Considere os íons a seguir:

Cátions: Li+ (lítio), NH4+ (amônio), Mg2+ (magnésio) e Fe3+ (ferro III);
Ânions: NO3- (nitrato), SO42- (sulfato) e PO43- (fosfato).

Assinale a alternativa que indica corretamente os nomes e as fórmulas de sais formados com esses íons:

a) LiSO4 (sulfato de lítio), Mg(SO4)2 (sulfato de magnésio), Fe(NO3)3 (nitrato de ferro III).

b) Li2SO4 (sulfato de lítio), Mg(SO4)2 (sulfato de magnésio), Fe(NO3)3 (nitrato de ferro III).

c) Li2SO4 (sulfato de lítio), NH4NO3 (nitrato de amônio), FePO4 (fosfato de ferro III).

d) LiSO4 (sulfato de lítio), NH4NO3 (nitrato de amônio), Fe3PO4 (fosfato de ferro).

e) (NH4)2SO4 (sulfato de amônio), MgPO4 (fosfato de magnésio), LiNO3 (nitrato de lítio).

 

Questão 12

O sal de cozinha, o salitre do chile usado na produção de fertilizantes e a soda ou barrilha usada na produção de vidro são todos sais inorgânicos compostos pelo mesmo cátion, o sódio. Suas fórmulas são as seguintes: NaCl, NaNO3 e Na2CO3. Indique a alternativa que traz a nomenclatura correta desses sais, respectivamente:

a) cloreto de sódio, nitreto de sódio, carboneto de sódio.

b) clorato de sódio, nitreto de sódio, carboneto de sódio.

c) cloreto de sódio, nitrato de sódio, carbonito de sódio.

d) cloreto de sódio, nitrato de sódio, carbonato de sódio.

e) cloreto de sódio, nitrito de sódio, carbonato de sódio.

 

Questão 13

(CESGRANRIO) Dados os seguintes óxidos:

I. CO2

II. CaO

III. Na2O

IV. SO2

V. SrO

Assinale a opção que representa corretamente os óxidos ácidos e os óxidos básicos:

Óxido ácidos                     Óxidos básicos

a) I                                    II, III, IV e V

b) I e IV                             II, III e V

c) I, II e V                          III e IV

d) II, III e V                        I e IV

e) .............                        I, II, III, IV, e V

 

Questão 14

(CESGRANRIO) As indústrias de produção de vidro utilizam a areia como principal fonte de sílica (SiO2) para conferir o estado vítreo. Utilizam, ainda, com a finalidade de reduzir a temperatura de fusão da sílica, os fundentes Na2O, K2O e Li2O. A escolha dos óxidos de sódio, potássio e lítio para reagir com a sílica e dar origem a um produto vítreo de menor ponto de fusão deve-se ao fato de esses óxidos manifestarem caráter:

a) básico

b) neutro

c) ácido

d) misto

e) anfótero

 

Questão 15

Em relação aos óxidos Fe2O3, CaO, P2O5, ClO2, Al2O3 e ZnO, podemos afirmar que:

a) temos a presença de um óxido ácido.

b) P2O5 é um óxidos básico.

c) Fe2O3, Al2O3 e ZnO são óxidos neutros.

d) Fe2O3 e CaO são óxidos anfóteros.

e) P2O5e ClO2 são óxidos ácidos e Al2O3 e ZnO são óxidos anfóteros.

 

Questão16

O elemento que é capaz de formar um óxido neutro é o:

a) S

b) N

c) La

d) F

e) Cl

 

 RESPOSTAS

 

Resposta Questão 1

Alternativa “d”.

Os ácidos, segundo a teoria de eletrólitos de Arrhenius, são substâncias que reagem com a água, formando íons, dos quais o único cátion é o hidrônio, H3O+.

Observação: Pode surgir certa dúvida na alternativa “b”, pois alguns professores e autores dizem que um ácido é uma substância que se ioniza em meio aquoso e libera como único cátion o H+. Esse tipo de conceito é um modo de simplificar a explicação, mas essa alternativa está incorreta porque se trata de cátion hidrogênio, e não somente do hidrogênio, que poderia estar se referindo ao gás hidrogênio (H2).


Resposta Questão 2

Alternativa “a”.

Ácido muriático: Ácido clorídrico: HCl;

Ácido fosfórico: H3PO4;

Ácido sulfúrico: H2SO4;

Ácido nítrico: HNO3.


Resposta Questão 3

Alternativa “b”.

A palavra ionização refere-se ao fenômeno em que há formação de íon ou de íons.


Resposta Questão 4

Alternativa “e”.

a) O CH3CH2COOH é o ácido propanoico, um ácido carboxílico que é um composto orgânico.

b) O CH3CH2OH é o etanol, um álcool que é um composto orgânico.

c) CH3OH é o metanol, um álcool que é um composto orgânico.

d) O HCNS é o ácido tiociânico, que é um composto orgânico.

 

Resposta Questão 5

Alternativa “a”.

O LiOH e o NaOH são hidróxidos formados por metais alcalinos (grupo 1) que são fortes e bastante solúveis em água.


Resposta Questão 6

Alternativa “e”


Resposta Questão  7

Alternativa “c”.

O leite de magnésia é uma solução aquosa de hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), e o sabão é produzido por uma reação entre um ácido graxo (gorduras e óleos de origem vegetal ou animal) com um material alcalino, isto é, de caráter básico. Normalmente, a base é o hidróxido de sódio (NaOH), que é conhecida como soda cáustica.


Resposta Questão 8

Alternativa “c”.

 

Resposta Questão 9

Alternativa “b”.


Resposta Questão 10

Alternativa “e”.

A nomenclatura dos sais segue o seguinte esquema: Nome do ânion + de + nome do cátion. Os nomes dos ânions são formados pela mudança dos sufixos “ídrico”, “ico” e “oso”, que provêm do ácido que originou o ânion participante do sal, para os sufixos “eto”, “ato” e “ito”, respectivamente. Assim, temos para cada caso:

- KNO3 : originou-se no HNO3 (ácido nítrico)

Sufixo “ico” passa a ser “ato”: nitrato. Por isso, o nome desse sal é nitrato de potássio.

- Ca3(PO4)2: originou-se do H3PO4 (ácido fosfórico)

Sufixo “ico” passa a ser “ato”: fosfato. Por isso, o nome desse sal é fosfato de cálcio.

-NH4Cl: originou-se do HCl (ácido clorídrico)

Sufixo “ídrico” passa a ser “eto”: cloreto. Por isso, o nome desse sal é cloreto de amônio.


Resposta Questão 11

Alternativa “c”.

Os nomes desses sais são dados da seguinte forma: escreve-se o nome do ânion + de + o nome do cátion. A fórmula é feita escrevendo-se primeiro o cátion e depois o ânion, além de trocar os valores de suas cargas que se tornam os índices um do outro. Assim, temos:

Li+ + SO42- = Li2SO4 = sulfato de lítio;

NH4+ + NO3- = NH4NO3 = nitrato de amônio;

Fe3+ + PO43- = Fe3(PO4)3 = FePO4 (fosfato de ferro III).


Resposta Questão 12

Alternativa “d”.

A nomenclatura dos sais segue o seguinte esquema: Nome do ânion + de + nome do cátion.

Os nomes dos ânions são formados pela mudança dos sufixos “ídrico”, “ico” e “oso”, que provêm do ácido que originou o ânion participante do sal, para os sufixos “eto”, “ato” e “ito”, respectivamente. Assim, temos para cada caso:

- NaCl : originou-se do HCl (ácido clorídrico)

Sufixo “ídrico” passa a ser “eto”: cloreto. Por isso, o nome desse sal é cloreto de sódio.

- NaNO3: originou-se do HNO3 (ácido nítrico)

Sufixo “ico” passa a ser “ato”: nitrato. Por isso, o nome desse sal é nitrato de sódio.

-Na2CO3: originou-se do H2CO3 (ácido carbônico)

Sufixo “ico” passa a ser “ato”: carbonato. Por isso, o nome desse sal é carbonato de sódio.

 

Resposta Questão  13

Letra b). Para formar óxidos ácidos, é necessária a presença de ametal na fórmula do óxido, o que temos nos óxidos I e IV. Já para formar um óxido básico, é necessária a presença de metal na fórmula do óxido, o que temos nos óxidos II, III e V.


Resposta Questão 14

Letra a). Os óxidos do exercício apresentam metais na sua constituição, por isso são considerados básicos.


Resposta Questão 15

Letra e). A letra a) está errada porque os óxidos P2O5 e ClO2 são ácidos. A letra b) está errada porque o P2O5 é um óxido ácido. A letra c) está errada porque somente os elemento N (nitrogênio) e C (carbono) formam óxidos neutros. A letra d) está errada porque os elementos Al, Zn, Be, Sn, Pb e As formam óxidos anfóteros.


Resposta Questão 16

Letra b). Os únicos elementos químicos capazes de formar óxidos neutros são o Nitrogênio (N) e o Carbono (C).

 

 

 FONTE: MUNDO EDUCAÇÃO

 

 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

A Química no Nosso Cotidiano


A química pode ser definida como a ciência que estuda a natureza da matéria, suas propriedades e transformações. Ela está presente em no nosso dia a dia, em todos os materiais que nos cerca, e em todos os seres vivos.

O nosso corpo, por exemplo, é formado por diversas substâncias em constante transformação que possibilitam o ser humano continuar vivo. Sem essas reações não haveria vida. Ao consumirmos alimentos, água, entre outros, o nosso sistema digestivo produz substâncias químicas capazes de transformar esses materiais ingeridos em nutrientes necessários para diversas funções do organismo, como produção de energia, manutenção dos órgãos, tecidos, ossos, etc. Em todas as ações comandadas pelo nosso cérebro, como por exemplo, nossas emoções, o que ocorre é química.

Uma árvore, quando é exposta à luz do sol, começa o processo da fotossíntese, que é a absorção da energia luminosa e sua transformação em energia, indispensável para a vida das plantas. A fotossíntese é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio biológico nos diversos ecossistemas de nosso planeta. Tudo que ocorre durante este processo é química.


A equação da fotossíntese pode ser representada da seguinte maneira:


 

 

A água que é um elemento essencial à vida só torna-se potável através de muitos processos químicos, que tratam a água imprópria para o consumo garantindo o abastecimento à população.

Outros exemplos que provam como a química está presente em nosso cotidiano podem ser citados:
 

  • Nos alimentos: os alimentos naturais precisam dos produtos químicos que fertilizam a terra para sua produção. Os pesticidas também são de grande importância na tarefa de garantir a qualidade dos alimentos, pois sua ação combate as pragas impedindo a disseminação de doenças e destruição das plantações. 
  • No vestuário: a maioria das roupas que usamos apresenta fios artificiais (náilon, poliéster) misturados a fibras naturais (algodão, lã).
  • Na saúde: o desenvolvimento da indústria farmacêutica e da medicina fortalece a saúde humana, aumentando a expectativa de vida do homem.
  • No desenvolvimento econômico e tecnológico: a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. Desde a fabricação de bens como computadores e automóveis até itens como plásticos, vidros, papel e tintas são resultados de transformações químicas.


Muitas substâncias químicas são comuns no nosso dia a dia, por exemplo:

  • Acetona (propanona)
  • Sal de cozinha (cloreto de sódio)
  • Água oxigenada (peróxido de hidrogênio)
  • Álcool (etanol)
  • Formol (metanal)
  • Soda cáustica (hidróxido de sódio)
  • Ácido acético (componente do vinagre)


Apesar de todo progresso e bem estar proporcionado pela química, há uma insistente crítica sobre essa ciência, que ainda é responsabilizada por desastres ecológicos e poluição existente no planeta, quando na verdade é a inadequada atividade humana que faz uso da química produzindo efeito nocivo sobre o meio ambiente.

As agressões à atmosfera através da elevada quantidade de gases poluentes emitidos, agravando o efeito estufa, são consequências da ganância do homem. O conhecimento é o principal meio de conscientização, levando a sociedade a evitar o consumo excessivo de materiais e energia, e exigir meios que substituam o uso de combustíveis fósseis. A química deve ser compreendida de maneira que se promova uma qualidade de vida cada vez melhor.

 

Fonte: Globo Educação

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Oxirredução

As principais classes de reações estudadas no Ensino Médio são as de precipitação, ácido/base e oxirredução. Esta última abrange uma série de reações muito versáteis e importantes, como a combustão, a corrosão, a fotossíntese, a extração de minérios, entre outras. Reações de oxirredução são também chamadas de oxidorredução ou redox, pois trata-se da combinação de semirreações de oxidação (em que ocorre perda de elétrons) e de redução (em que há ganho de elétrons), assim, pode-se dizer que reações desse tipo tratam da migração de elétrons de uma espécie a outra.

Sempre que houver uma oxidação, haverá também uma redução, pois, como elétrons são partículas reais, que não podem ser simplesmente "perdidas" (já que na natureza "nada se perde, nem se cria", segundo Lavoisier), quando uma espécie perder elétrons, outra espécie necessariamente irá ganhá-los, assim, sempre que uma espécie oxidar, outra irá reduzir.


Por exemplo, em uma das etapas da formação da ferrugem, o ferro sólido é oxidado pelo ar úmido (O2 + H2O), e pode ser descrita da seguinte maneira:
Semirreação de oxidação: 2Fe(s) →  2Fe2+(s) + 4e-
Semirreação de redução: O2(g) + 2H2O(l) + 4e- → 4OH-(aq)
________________________________________________
Reação global: 2Fe(s) + O2(g) + 2H2O(l) → 2Fe(OH)2(s)

Neste caso, a espécie que está oxidando (perdendo elétrons) é o ferro, enquanto que quem está reduzindo (ganhando elétrons) é o oxigênio do O2. A espécie que oxida é chamada de agente redutor, pois é quem provoca a redução da outra espécie. Da mesma forma, quem sofre redução é chamado de agente oxidante. Assim, neste exemplo dado, o Fe(s) é agente redutor e O2(g) agente oxidante.

É daí que vem o termo "antioxidante", produtos antioxidantes são aqueles que possuem substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação de algum material e, portanto, podem ser agentes redutores. As reações de oxidação, embora sejam normais (e essenciais) nos organismos vivos, podem produzir radicais livres, potencialmente perigosos a estes organismos. Acredita-se que muitas doenças, como Alzheimer, Parkinson, diabetes, alguns tipos de câncer, dentre outras e até o envelhecimento da pele estejam atreladas a um "estresse oxidativo" (excesso de oxidação, por assim dizer) e por isso, remédios e alimentos antioxidantes, como uva, maçã, brócolis, linhaça, etc. são consumidos como formas de prevenção.

Para verificar se uma reação é do tipo redox, basta identificar se há variação no número de oxidação (NOx) das espécies envolvidas: se houver diminuição do NOx, significa que a espécie sofreu redução, se houver aumento, oxidação e, portanto, trata-se de uma oxirredução. A espécie que sofreu redução é o agente oxidante, e a que sofreu oxidação, agente redutor. A seguir, um fluxograma para resumir essas informações:


Fonte: InfoEscola

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Número de Oxidação - Nox

O número de oxidação (NOX) de um elemento é a carga elétrica que ele adquire quando faz uma ligação iônica ou o caráter parcial (δ) que ele adquire quando faz uma ligação predominantemente covalente.
Isso significa que corresponde à tendência de um átomo de atrair os elétrons envolvidos nas ligações que realiza. Por isso, a maioria dos elementos químicos apresenta diversos números de oxidação, dependendo do composto que ele está formando.
No entanto, existem alguns elementos, que normalmente são os mais eletropositivos ou mais eletronegativos, que apresentam o mesmo NOX em uma série de compostos diferentes. Esses elementos estão na tabela abaixo:
Principais Nox dos elementos em substâncias químicas comuns
Com base nesses valores e nas regras a seguir, é possível determinar qual será o NOX dos outros elementos presentes em diferentes substâncias:
  • NOX de substâncias simples é sempre igual a zero. Exemplos: N2, O2, H2, Na, Fe, Al.
  • NOX de íons é igual a sua carga. Exemplos:
Na1+: NOX= +1
O2-: NOX= -2
F1-: NOX= -1
  • A soma dos NOX dos elementos de um composto sempre dá igual a zero;
  • A soma dos NOX dos elementos em um íon composto é sempre igual à carga do íon.
Veja como usar essas informações para calcular o NOX de vários elementos:
1.      H2SO4:
  • O NOX do H é igual a +1;
  • O NOX do O é igual a -2;
  • A soma dos NOX desses compostos é igual a zero;
  • Precisamos saber apenas o NOX do enxofre (S), que chamaremos de x:
Cálculo do Nox do enxofre no ácido sulfúrico
2.      Na4P2O7:
  • O Na é um metal alcalino, então seu NOX é igual a +1;
  • O NOX do O é igual a -2;
  • A soma dos NOX desses compostos é igual a zero;
  • Precisamos saber apenas o NOX do fósforo (P), que chamaremos de x. Não se esquecendo de multiplicar pelo índice 2:
Cálculo do Nox do fósforo
3.      NH41+:
  • Nesse caso temos um íon composto, então a soma dos NOX será igual à carga, que é +1:
Cálculo do Nox do nitrogênio