terça-feira, 24 de outubro de 2017

Humanidade e Ambiente: confira o assunto mais cobrado na prova de Biologia do ENEM

Meio Ambiente
Meio ambiente é o conjunto de elementos abióticos (energia solar, solo, água e ar) e bióticos (organismos vivos) que integram a fina camada da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar dos seres vivos. A atmosfera, que protege a Terra do excesso de radiações ultravioleta e permite a existência de vida, é uma mistura gasosa de nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, dióxido de carbono, vapor de água, outros elementos e compostos e partículas de pó. Aquecida pelo sol e pela energia radiante da Terra, a atmosfera circula em torno do planeta e modifica as diferenças térmicas. No que se refere à água, 97% se encontra nos oceanos, 2% está em forma de gelo e o 1% restante é a água doce dos rios, lagos, águas subterrâneas, umidade atmosférica e do solo. O solo é a fina cobertura de matéria que sustenta a vida terrestre. É produto do clima, da rocha-mãe (através do lodo arrastado pelas geleiras e das rochas sedimentares), e da vegetação. De todos eles dependem os organismos vivos, incluindo o homem. As plantas se servem da água, do dióxido de carbono e da luz solar para converter matérias primas em carboidratos, através da fotossíntese; a vida animal, por seu lado, depende das plantas numa seqüência de vínculos interconectados conhecida como cadeia trófica. 

Poluição ambiental
Podemos definir poluição ambiental como a ação de contaminar as águas, solos e ar. Esta poluição pode ocorrer com a liberação no meio ambiente de lixo orgânico, industrial, gases poluentes, objetos materiais, elementos químicos, entre outros. 
A poluição ambiental prejudica o funcionamento dos ecossistemas, chegando a matar várias espécies animais e vegetais. O homem também é prejudicado com este tipo de ação, pois depende muito dos recursos hídricos, do ar e do solo para sobreviver com qualidade de vida e saúde.
Os principais poluentes ambientais são: chumbo, mercúrio, benzeno, enxofre, monóxido de carbono, pesticidas, dioxinas e gás carbônico.

Poluição atmosférica
A poluição atmosférica refere-se a mudanças da atmosfera susceptíveis de causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por gases,partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. A adição dos contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde humana ou no ecossistema, podendo estes danos ser causados diretamente pelos contaminantes, ou por elementos resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis. Esta poluição causa ainda mais impactes no campo ambiental, tendo ação direta no aquecimento global, sendo responsável por degradação de ecossistemas e potenciadora de chuvas ácidas.

Inversão térmica
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É uma camada atmosférica de espessura de uma centena de metros que ocorre no topo da camada limite planetária (CLP), a uma altitude da ordem de 1 km sobre áreas continentais, e onde o gradiente térmico (gradiente vertical da temperatura do ar) decresce com a altura, numa razão inferior a 10 graus por km (gradiente adiabático).

Aumento do efeito estufa
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O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
efeito estufa

Poluição das águas e do solo
Uma forma comum de poluição das águas é causada pelo lançamento de dejetos humanos nos rios, lagos e mares. Sendo constituídos de matéria orgânica, esses resíduos levam ao aumento da quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente, fenômeno denominado eutrofização (do grego eu, bem, bom, e trofos, nutrição). A eutrofização permite grande proliferação de bactérias aeróbicas, que consomem rapidamente todo o oxigênio existente na água. Como conseqüência, a maioria das formas de vida acaba por morrer, inclusive as próprias bactérias. Devido à eutrofização por esgotos humanos, os rios que banham as grandes cidades do mundo tiveram sua flora e fauna destruídas, tornando-se esgotos a céu aberto. O lançamento de esgotos nos rios acarreta, ainda, a propagação de doenças causadas por vermes, bactérias e vírus.

Marés Vermelhas
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Em alguns casos, a eutrofização pode levar à grande proliferação de dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), causando o fenômeno conhecido como maré vermelha, devido à coloração que os dinoflagelados conferem à água. As marés vermelhas causam a morte de milhares de peixes, principalmente porque os dinoflagelados competem com eles pelo oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na água.

Concentração de poluentes ao longo das cadeias alimentares
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O que tornam os metais pesados e os compostos orgânicos sintéticos não biodegradáveis tão perigosos é a sua tendência para se acumularem nos organismos. Quantidades reduzidas, e aparentemente inofensivas, podem ser absorvidas durante um longo período de tempo, alcançando níveis tóxicos - bioacumulação.
Os metais pesados e os compostos orgânicos sintéticos qando não eliminados pelos organismo, vão-se acumulando ao longo das cadeias alimentares - bioampliação.

Poluição por mercúrio
O mercúrio é um elemento altamente venenoso para o organismo humano. Devido ao seu uso crescente nos últimos séculos, a concentração de mercúrio no ar, água e solo tem aumentado continuamente, atingindo níveis críticos em muitas situações, causando nosso envenenamento. O acúmulo de mercúrio em nosso corpo leva a uma série de doenças graves, como o autismo e doenças relacionadas ao cérebro e sistema neurológico, como doenças de Alzheimer e Parkinson.

O problema do lixo urbano
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O lixo além de ser um problema ambiental no Brasil também pode ser considerado um problema econômico (gastos para remoção de 240 toneladas diárias). Um simples ato de jogar um papel na rua acarreta a contratação de milhares de garis, produção de milhões de quilos de lixo e riscos a saúde humana.
Algumas cidades estão adotando fornos de incineração de lixo, permitindo reduzir o volume desse material (porém há a poluição do ar que essa queima do material gera. Outra forma de tratar o lixo é criar aterros sanitários, que diminuem o contato urbano com o lixo. Nos aterros o lixo é lançado no solo e compactado através de tratores (pode gerar problemas de contaminação do solo e lençóis freáticos).
O lixo urbano  parece ser um problema sem solução. Todas as formas de tratamento atuais geram algum outro problema. Os aterros apesar das vantagens de desvantagens apresentadas são caros. A melhor forma de auxiliar com o lixo é a diminuição do mesmo.

Interferência humana em ecossistema naturais
Habitando sobre a Terra há poucos milhares de anos, um instante apenas da história do planeta, o homem é o animal que mais profundamente vem transformando o ambiente que o rodeia. Tudo começou há cerca de 9000 anos, quando ergueu as primeiras construções. Daí até ao momento presente, mudou o mundo. Começou a praticar a agricultura, selecionando espécies e combatendo outras; desenvolveu métodos para modificar as plantas segundo as suas conveniências; domesticou animais e transformou-os, por necessidade ou prazer. Introduziu novos animais e plantas em locais em que não existiam, provocando profundas transformações nos ecossistemas. Provocou o desaparecimento de espécies em vastas regiões, e favoreceu o surgimento de outras. Criou habitats artificiais (como as monoculturas e as cidades) onde se instalaram e a que se adaptaram uma enorme diversidade de animais. Espalhou inseticidas por toda a Terra, com isso alterando os ecossistemas. Produziu inúmeros detritos, desde os lixos urbanos, aos gases fabris que foi despejando na Natureza, julgando que o mundo é tão grande que, de alguma maneira, todos os venenos gerados pela sua atividade desaparecerão. Capturou espécies animais precisas em tal quantidade que desequilibrou as populações, quebrando ciclos naturais. E está destruindo as florestas tropicais.
Mas se o poder do homem para mudar a face da Terra é hoje imenso, amanhã será, por certo, ainda maior?

Desmatamento

O desmatamento das florestas brasileiras, em especial da Amazônia, é motivo de preocupação entre os ambientalistas mundiais, não só pela área envolvida como pela biodiversidade local.
Entretanto, é na Mata Atlântica que a devastação demonstrou sua maior eficiência, pois dos 1,1 milhão de quilômetros quadrados que percorriam o litoral brasileiro de norte a sul, restam hoje apenas 7%. A ocupação desordenada da faixa costeira, iniciada logo após o descobrimento, reduziu a mata a pequenas manchas verdes em poucos Estados, notadamente no Sul do País. Apesar de alguns avanços na criação de áreas protegidas e ainda que cada região tenha causas diferentes de desmatamento, a Mata Atlântica continua, de uma forma geral, a sofrer com o assédio de madeireiras, culturas agrícolas, pecuária, especulação imobiliária, palmiteiros, queimadas e com uma técnica ultrapassada de secagem de fumo com lenha retirada da floresta.

Introdução de espécie exótica
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É uma planta infestante de sistemas fluviais e lagunares urbanos. É, por isso, considerada uma planta daninha e aparece frequentemente em canais de irrigação,represas, rios e lagoas.
Nos rios da Amazônia, é comida por peixes e mamíferos aquáticos herbívoros. Na ausência destes animais, e em corpos de água eutrofizados, reproduz-se com muita facilidade, entupindo-os rapidamente.
A sua introdução nos sistemas de água das cidades brasileiras deve-se justamente a sua característica de absorver e acumular poluentes, "filtrando" a água. Porém, quando em abundância, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos.

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