Homem leva tiro na testa, cai de moto e vai para casa dormir: neurocirurgião explica como isso é possível

 

Bala que atingiu a vítima na testa — Foto: PM/Divulgação


A história de um homem de 25 anos que levou um tiro enquanto conduzia uma moto, caiu do veículo e foi para casa dormir surpreendeu moradores de Araguaína, no norte do Tocantins. Isso porque a bala atingiu a testa da vítima, que só foi levada ao hospital depois que a mãe percebeu a lesão. A bala amassada foi encontrada na rua em que o jovem foi ferido.

Mas como isso é possível? Mesmo não aparentando, a situação é grave? É comum ficar consciente após uma lesão na cabeça?

 

O neurocirurgião Antônio Sérgio Guimarães explicou ao g1 que a lesão na cabeça provocada por arma de fogo pode não ser letal, a depender da área afetada, calibre utilizado, distância, posição do projétil e da vítima no momento do disparo.

"É comum, mas também é muita sorte. Se entra em ângulo reto, entra no crânio, mas se a bala entra meio de lado, bate e desvia. Pode ter lesado as partes moles, a pele, e o crânio. Se pega só a parte frontal, a pessoa pode sair andando", afirmou o especialista.

Antônio Sérgio Guimarães afirma que, para causar uma lesão, depende de alguns fatores.

"Primeiro do calibre, da energia do projétil, se está próximo ou muito longe e se o projétil entra no compartimento encefálico, se transfixa de um lado para o outro, o que é muito grave, ou se atinge um hemisfério só. A gravidade é menor mas também é grave. Depende muito do local que é atingido no crânio", disse o neurocirugião.

Depois do disparo o homem não procurou ajuda médica. Segundo a PM, ele tinha um ferimento na testa, de onde escorria algo que, segundo os agentes, parecia ser massa encefálica. Apesar disso o homem estava consciente e lúcido.

Risco de ferimento mais grave

Conforme o especialista, apesar de o homem ter ido para casa com ferimento que aparentava ser leve, a situação poderia ter causado graves consequências, se não fosse tratada.

"Pode ter fraturado o crânio. Toda fratura de crânio é potencialmente grave, então vai depender da intensidade, se é uma fratura cominutiva - quebra do osso em vários pedaços - uma fratura linear, fratura afundada. Tudo isso tem que avaliar. Ele pode sim ter complicações sérias em função de um trauma desses", explicou o médico.

O caso

O homem foi atingido na testa neste sábado (4) enquanto andava de moto por um bairro de Araguaína. O caso ocorreu na Rua Camboriú, no residencial Itaipú. A PM foi chamada pela mãe da vítima, que acordou e viu manchas de sangue nas roupas do filho.

A polícia informou que ao chegar na casa da família encontrou o jovem, que tem passagem pela polícia por envolvimento com entorpecente, sentado em uma cadeira com um ferimento na testa. O homem, lúcido, contou aos policiais quem havia feito o disparo. A PM fez buscas na região, mas não conseguiu localizar o suspeito.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado e levou a vítima para o Hospital Regional de Araguaína, que não deu detalhes sobre o estado de saúde dele nem informou sobre sua alta.

A moto que a vítima conduzia foi encontrada na rua Santa Inês, no setor Raizal. Ao lado do veículo, havia vestígios de sangue e o projétil que atingiu o jovem. A motocicleta, então, foi entregue ao pai da vítima.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que até a manhã desta terça-feira (7) a Polícia Civil não havia sido procurada pela vítima ou familiar para registrar a ocorrência. 

Homem levou tiro na testa e sobreviveu em Araguaína — Foto: Reprodução/Redes sociais

Homem levou tiro na testa e sobreviveu em Araguaína — Foto: Reprodução/Redes sociais


 Fonte: G1 TO

 

09 de junho - Dia Nacional da Imunização: com queda na cobertura vacinal, data reforça importância da prevenção

 


O Dia Nacional da Imunização é comemorado nesta quinta-feira (9). A data foi criada com o objetivo de lembrar do papel das vacinas na prevenção de doenças.

"O princípio de qualquer vacina é não deixar que o paciente morra em razão da doença. Mas existem vários tipos de vacina. Tem a vacina que impede que o paciente seja contaminado pela doença, e tem vacina que impede que você pegue uma doença da forma grave. Mas o princípio é evitar a morte", diz a infectologista Ana Helena Germóglio.

Com a queda na cobertura vacinal nos últimos anos, principalmente entre as crianças, o dia ganha ainda mais importância. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde mostra que o índice médio de vacinação no país está em 67%, abaixo do ideal, que é entre 90% e 95%.


A vacina é uma tecnologia antiga. Os primeiros imunizantes surgiram na China há mais de mil anos. No ocidente, as vacinas são mais recentes, com pouco mais de 200 anos e, no Brasil, elas começaram a ser adotadas na primeira metade do século XIX.

Após virarem política pública de saúde, o Brasil acumulou experiência e se tornou referência internacional pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que colocou o país no primeiro lugar do mundo, na oferta de vacinas gratuitas para toda a população.

Ao todo, 45 imunizantes diferentes são oferecidos para diversas faixas etárias no país.

Pesquisadores investigam motivos para queda na cobertura vacinal de crianças brasileiras

Pesquisadores investigam motivos para queda na cobertura vacinal de crianças brasileiras

Campanhas de vacinação

Atualmente, o Brasil conta com três campanhas de vacinação em andamento: gripe, sarampo e Covid-19 (veja mais abaixo).

Todas as crianças de seis meses até menos de 5 anos devem ser vacinadas contra o sarampo.

Já a vacinação contra gripe, protege contra as formas graves da infecção pelo vírus influenza.

Índice das vacinas obrigatórias nos primeiros 24 meses de crianças brasileiras — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Índice das vacinas obrigatórias nos primeiros 24 meses de crianças brasileiras — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Quem deve se vacinar?

Influenza

  • Pessoas com 60 anos ou mais
  • Trabalhadores da saúde
  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias)
  • Gestantes e puérperas
  • Povos indígenas
  • Professores
  • Pessoas com comorbidades
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas
  • Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema prisional
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade

Sarampo

  • Trabalhadores da saúde
  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos

Queda na cobertura vacinal
Milhares de crianças é vacinada contra sarampo no Dia D de vacinação  — Foto: NSC TV/Reprodução

Milhares de crianças é vacinada contra sarampo no Dia D de vacinação — Foto: NSC TV/Reprodução

Segundo dados do Ministério da Saúde, há seis anos a cobertura vacinal vem caindo no Brasil. Em 2019, pela primeira vez, o país não conseguiu alcançar a meta mínima de cobertura de vacinação de crianças de até um ano, que varia entre 90 e 95%, dependendo do imunizante.

Para especialistas, o cenário, que já era crítico, ficou ainda mais grave com a pandemia de Covid-19, que afastou as pessoas das unidades de vacinação. Em 2020, a tríplice viral, por exemplo, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, e tem meta de cobertura de 95%, imunizou menos de 56% das crianças.

De acordo com a infectologista Ana Helena Germóglio, isso faz com que doenças que já estavam sob controle voltem a nos incomodar. "A exemplo do sarampo, que em 2019 chegou novamente ao Brasil, e fez com que o país perdesse o certificado de erradicação da doença", afirma. "

"A vacinação é uma forma barata de lutar contra doenças. É muito mais fácil e mais barato vacinar do que medicar uma pessoa, quando ela já está doente. É preciso investir em entender o porquê da população não estar vacinando. Precisamos investir em divulgação e em busca ativa", diz a médica.

Para o infectologista José David Urbaez Brito, a vacinação é uma ação de saúde pública e pilar no cuidado geral da população. "A partir da implementação dos programas de vacinação, houve um aumento na expectativa de vida de toda a população mundial", afirma.

Segundo o médico, não há perigo quanto a segurança das vacinas.

"Antes de serem autorizadas para uso humano, as vacinas passam por uma série de etapas. Além disso, órgãos de vigilância sanitária de cada país ainda precisam aprovar as imunizações. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue uma série de critérios para garantir a eficácia da vacina e a segurança da população.


Fonte: G1 DF


Trabalho, potência: fórmulas, resumo e exercícios de Física

 


Quando somos alunos, uma forma de avaliação é a realização de um trabalho. A realização deste vai envolver tempo e “gasto” de energia. Conforme as características pessoais do aluno, ele poderá ser feito em um tempo mais rápido ou não. Associando essas ações aos conceitos físicos poderíamos dizer respectivamente trabalho, energia e potência.

É importante notar, por exemplo, que ao carregarmos uma mala bem “pesada”, fazemos um esforço muito grande, despendemos tempo e energia, mas fisicamente não houve a realização de trabalho.

Este módulo explicará o motivo desse fato, bem como os conceitos de trabalho, energia e potência.

 

Estudo do trabalho e da potência

Trabalho

Quando falamos em trabalho, qual a imagem que lhe vem à cabeça? Muito provavelmente a figura de algum tipo de trabalhador: operário, mecânico, motorista, lavrador, costureira, engenheiro, advogado, dentista…

Enfim, alguém executando algum tipo de tarefa, ou ainda a ideia de pesquisa escolar, que em geral, denominamos trabalho.

Na verdade, você está certo se pensou nessas coisas, mas com certeza você não sabia que a palavra trabalho tem origem em um termo latino (tripalium) que designava um instrumento de castigo, e por isso ela originalmente estava relacionada a sofrimento.

À medida que o tempo passou, deixou de ter esse significado e ganhou a conotação de esforçar-se, lutar e, finalmente, trabalhar como entendemos hoje. Portanto, como você imaginou, trabalho é uma tarefa a ser executada.

No entanto, esse é um texto de Física, e o que seria trabalho para essa Ciência?

Para entender o significado dado pela Física à palavra trabalho, precisamos lembrar das forças que já estudamos. Você lembra que uma força tem alguns componentes como direção, sentido e intensidade.

O carro, já meio velhinho, parece não querer ajudar, então algumas pessoas se dispuseram a empurrá-lo.

Para a Física, enquanto o carro não sair do lugar, não haverá trabalho, porém, no momento em que houver deslocamento do corpo (no caso, o carro), podemos dizer que o sistema de forças aplicado a ele está realizando trabalho.

Assim, para a Física,

há trabalho quando uma força provoca o deslocamento do corpo sobre o qual ela atua.

Esse trabalho pode ser positivo, como no exemplo anterior, em que o corpo é deslocado com o sentido de aplicação da força.

Mas o trabalho também pode ser negativo, quando a força aplicada tem sentido contrário ao deslocamento do corpo, dificultando esse movimento.

Se trabalho está relacionado aos efeitos das forças sobre o deslocamento dos corpos, uma relação simples nos permitirá calcular esse trabalho realizado.



Unidade de trabalho

Sabemos que no SI a força é medida em newtons (N), e a distância em metros. A unidade de trabalho então será:

1N . 1m = 1 unidade de trabalho, denominada joule (J).

Ou seja, quando é exercida uma força de 1N sobre um corpo, deslocando-o por 1m, dizemos que foi realizado um trabalho de 1J.

Atenção:

Se não houver deslocamento não há trabalho.

Usando os conceitos de trabalho da Física, enquanto a pessoa da ilustração permanecer parada segurando o caixote, não há a realização de trabalho, ainda que os músculos dela estejam gastando energia e aplicando uma força para sustentar o objeto.

 

Potência

Observe as duas situações ilustradas. Em ambas a moça está subindo a escada e, portanto, realizando trabalho (a força desloca o corpo).

Porém, em A, ela está de mãos vazias e sobe a escada em poucos segundos, em B, ela carrega uma certa quantidade de livros e gasta um tempo bem maior para subir. Portanto, as duas situações são diferentes.

Quando relacionamos o trabalho realizado ao tempo gasto para realizá-lo, dizemos que estamos avaliando a potência desenvolvida.

Para calcular potência, usamos uma relação bem simples:


 

Usando as unidades do SI, temos que a potência é dada em J/s (Joules por segundo). Essa unidade recebe o nome de watt (W).

Então, um trabalho de um joule em um segundo desenvolve uma potência de 1 watt.

Essa unidade de potência é usada nas lâmpadas, para indicar a potência desenvolvida por elas, transformando a energia elétrica em energia térmica e luminosa.

Além do watt, outra unidade de potência muito usada é o HP (horse po-wer) sigla na língua inglesa. Essa unidade foi criada por James Watt (17361819) quando ele testou a potência de um cavalo, comparando-o às máquinas a vapor.

Em suas experiências constatou que um cavalo forte suspendia uma massa de 4566 Kg a uma altura de 1 metro em 1 minuto. Essa potência equivale a 746W. Então, 1HP = 746W.

No sistema métrico, a potência é expressa em cavalo-vapor (CV).

1 CV = 0,98629HP = 735W.

 

Fonte:  REDU

Dia Mundial dos Oceanos: por que se celebra o 8 de junho?

 


Em 8 de junho se comemora o Dia Mundial dos Oceanos. A data foi designada pela Organização das Nações Unidas (ONU) oficialmente em 2008. Mas, segundo a Unesco, a ideia de separar um dia para os oceanos – cujo objetivo seria destacar o papel crucial desses corpos de água que cobrem grande parte do planeta – foi proposta pela primeira vez ainda em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro.

Para chamar a atenção sobre a preservação dos ecossistemas marinhos, a ONU aproveita a data para criar um evento global – o Dia Mundial dos Oceanos das Nações Unidas. Realizado anualmente, ele é organizado pela Divisão de Assuntos Oceânicos e Direito Marítimo (Escritório de Assuntos Jurídicos) da própria ONU e convida diversos setores para discutir ações conjuntas de preservação. 

Em 2022, o evento acontece pela primeira vez de forma híbrida – presencialmente na sede da ONU, em Nova York, e on-line, via transmissão ao vivo. O tema abordado é Revitalização: Ação Coletiva pelo Oceano, e durante o encontro serão destacadas ações e iniciativas coletivas globais para a conservação, restauração e exploração científica destinadas a revitalizar o oceano. 

“A data é um lembrete do quão importante os oceanos são para a nossa vida. Eles têm grande parte no controle climático, como grandes sumidouros de carbono, e são uma fonte essencial de alimento”, disse Angelo Fraga Bernardino, oceanógrafo, ecologista marinho e Explorador da National Geographic em entrevista à reportagem. “Por sermos terrestres, às vezes esquecemos sua importância.”

Para Cristian Lagger, biólogo marinho, pesquisador do Laboratório de Ecologia Marinha do Instituto de Diversidade e Ecologia Animal (Idea/Conicet) na Argentina e Explorador da National Geographic, a efeméride é essencial para ressaltar que um oceano vivo impacta diretamente nossa saúde e bem-estar econômico. “Esta é uma data muito especial para tentarmos transmitir isso às pessoas e para que entendam que, se não olhamos para o mar, estamos perdendo 70% do nosso planeta”, afirma Lagger.

 

Dia Mundial dos Oceanos: por que os mares são importantes?

Existem cinco oceanos no planeta: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e o Antártico – este último reconhecido oficialmente como oceano pelo comitê de políticas de mapas da National Geographic há exatamente um ano. Mas, apesar dessa divisão, para Bernardino é um engano pensar nos grandes corpos de água que rodeiam os continentes como coisas diferentes. “O oceano é um elo de ligação para a humanidade e todas suas partes estão conectadas", diz ele. "Não são vários oceanos, é um planeta oceano.”

Segundo Bernardino, o oceano é essencial para a vida humana por ser fonte de alimento, transporte, geração de energia, lazer e regulação climática, além de abrigar uma enorme biodiversidade. 

O oceano é a base de economias e meios de subsistência locais, nacionais e globais. De acordo com o Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima sob Mudança (SROCC, na sigla em inglês), produzido pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), cerca de 28% da população mundial vive em regiões costeiras, e mais de dois bilhões de pessoas dependem direta ou indiretamente dos ecossistemas marinhos. Como exemplo, o informe traz que os oceanos fornecem aproximadamente 170 milhões de toneladas de frutos do mar por ano, cerca de 15% de toda a proteína consumida pelos seres humanos.

Em relação à biodiversidade, os ecossistemas marinhos abrigam pelo menos 230 mil espécies de plantas, invertebrados, peixes e outros vertebrados, segundo o Censo da Vida Marinha, programa global de pesquisa, divulgado em 2010, que reuniu 2,7 mil cientistas de mais de 80 países sobre a vida nos mares. O censo estima que, para cada espécie marinha conhecida pela ciência, existam pelo menos quatro não descobertas. 

“O oceano pode ser ainda mais diverso do que as florestas terrestres, e o papel ecológico dessa diversidade toda é importante não só nos ecossistemas locais, já que também desempenham funções essenciais em nível global”, afirmou Cristian Lagger. Um exemplo é a relevância de organismos oceânicos para a produção do oxigênio na atmosfera. 

Segundo informações dos Centros Nacionais de Ciências do Oceano Costeiro, dos Estados Unidos, entre 50 a 80% da produção de oxigênio na Terra vem do processo de fotossíntese de espécies de plâncton oceânico.

Os oceanos também são essenciais para a regulamentação climática do planeta, absorvendo CO2 e calor da atmosfera. Por meio da circulação oceânica (correntes), o calor é absorvido e distribuído pelo globo, dos trópicos aos pólos e da superfície ao fundo do mar, “levando calor dos lugares mais quentes para os mais frios e vice e versa”, explicou Bernardino. “Esses são alguns exemplos de como os oceanos influenciam até regiões que não estão próximas à costa, ou seja, mesmo pessoas que nunca viram o mar precisam dele.”

 

Quais ameaças os oceanos enfrentam

Assim como outros ecossistemas do planeta, diversos estudos, como o artigo Orçamento Global de Carbono 2020, publicado no periódico científico Earth System Science Data, mostram que os ambientes marinhos estão sofrendo mudanças por conta de ações humanas degradantes. Entre os principais problemas, os exploradores procurados pela reportagem mencionaram a pesca excessiva, a poluição dos mares, principalmente a poluição plástica, e os efeitos das mudanças climáticas nos oceanos. “Pessoalmente, eu fico muito mais alarmado com as mudanças do clima em função da sua magnitude”, afirmou Bernardino. 

O relatório SCROCC do IPCC lista algumas das principais ameaças aos oceanos:

  1. aumento da temperatura das águas superficiais; 
  2. derretimento de gelo polar com consequente aumento do nível do mar, ameaçando populações costeiras; 
  3. alterações de temperatura de correntes marinhas com efeitos negativos no transporte de nutrientes e na produção de oxigênio; 
  4. acidificação dos oceanos, que afetam significativamente os recifes de corais; 
  5. mudanças nos ciclos oceânicos que potencializam fenômenos como o El Niño. 

Esse último, por ser um fenômeno importante para a estabilidade no clima em diversas regiões, pode causar o aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos, como furacões e tufões caso seja potencializado. Segundo Bernardino, isso acontece porque “a água é um condutor térmico, fazendo com que o oceano seja um enorme transportador de energia – em forma de calor – pelo planeta. Quando a água aquece demais e há excesso de energia liberada para a atmosfera, ocorrem anomalias capazes de gerar catástrofes, como grande tempestades e furacões".

Para Lagger, a perda da biodiversidade também é um motivo de preocupação. “É uma consequência direta de quase todos os problemas que vemos nos ambientes oceânicos na atualidade. O pior é que ainda hoje existem diversas espécies que não conhecemos. Podemos estar perdendo espécies muito mais rápido do que conseguimos encontrá-las”, relatou o pesquisador.

 

O que é a Década do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável?

A ONU também instituiu o período entre 2021 e 2030 como a Década do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável. A meta é mobilizar cientistas, políticos, empresas e sociedade civil para a pesquisa e inovação para promover a conservação dos recursos naturais marinhos. Segundo a ONU, a iniciativa deverá facilitar a comunicação e o aprendizado mútuo entre as comunidades de pesquisa e partes interessadas. 

Nos próximos dez anos, a Década do Oceano prevê uma “revolução na ciência oceânica que desencadeará uma mudança radical na relação da humanidade com o oceano”, informam documentos da ONU sobre o tema. Para tal, a ação reunirá cientistas, governos, empresas e indústrias, fundações filantrópicas, agências da Organização das Nações Unidas, entre outros interessados de diversos setores, para gerar conhecimento científico e desenvolver parcerias necessárias para um oceano saudável, produtivo, resistente e sustentável. 

Para Lagger, os incentivos da Década do Oceano e do Dia Mundial do Oceano também são meios para transmitir uma mensagem positiva sobre a conservação dos ecossistemas marinhos, o que pode servir de exemplo para as próximas gerações. “Os mais jovens estão, mais do que nunca, nos forçando a defender nosso planeta", diz ele. "Então, temos que dar o exemplo e deixar essa mensagem de união para a preservação como um legado.”

 

DENTRO DAS PRÓXIMAS PUBLICAÇÕES, VAMOS MOSTRAR UMA SÉRIE DE POSTAGENS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE CADA OCEANO!

 

Fonte: National Geographic

O que são Regiões Metropolitanas?

A princípio, uma região metropolitana consiste em uma área formada por um conjunto de municípios próximos. Dessa forma, as cidades estão interligadas e dependem de uma cidade central, neste caso a metrópole.

Todavia, no Brasil, as regiões metropolitanas são garantidas por lei e a criação destas regiões se originou como uma forma de complementar as estruturas que formam os municípios integrantes.

Em 08 de junho de 1973, o então Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici, sancionou a Lei Complementar nº 14 que criou as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza. Surgia, assim, as primeiras regiões metropolitanas do Brasil

Essas capitais se tornaram metrópoles e acolheram municípios próximos, trazendo progresso e oportunidades para a população em geral.

 



 

O que é região metropolitana?

Região metropolitana é uma zona com alta densidade populacional, formada por municípios vizinhos que estão interligados por uma cidade maior, chamada metrópole. Por sua vez, essa metrópole influencia todas as cidades-satélites, de maneira social, política e econômica.

Todavia, as cidades que integram determinada região metropolitana acabaram por se aglutinar de tal maneira que se tornaram uniformes visualmente, conceito esse disseminado e conhecido como conurbação.

Nesse sentido, o movimento responsável pela expansão das cidades transforma o espaço urbano, com mudanças de uma paisagem rural e menos desenvolvida, para uma paisagem com prédios, barulhos diversos, pessoas, carros e tudo o que uma grande cidade comporta.

 

Características e organização de uma região metropolitana

Com o objetivo de cumprir funções específicas, a criação de uma região metropolitana está garantida na Constituição, no artigo 25.  Nesse sentido, aos estados brasileiros cabe instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões formadas por municípios limítrofes agrupados.

A organização e estruturação de uma região metropolitana deve limitar uma porção do território brasileiro que seja definido por motivações políticas e econômicas em comum entre os municípios. Dessa forma, a gestão do território é definido por lei federal e estadual.

Por fim, a concentração populacional funciona como critério importante para a configuração de uma região metropolitana, entretanto não é o único. Todavia, em 2015, a presidente Dilma Rousseff promulgou a lei conhecida como Estatuto das Metrópoles (Lei 13.089).

Esta lei estabelece diretrizes gerais que definem o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas que são de interesse comum em regiões metropolitanas, além de estabelecer normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado.

De modo geral, uma região metropolitana se faz em ações de planejamento executadas em conjunto por legisladores municipais.

Dessa maneira, questões de interesse público como saúde, educação, transporte e segurança podem ser assegurados por meio de ações conjuntas envolvendo os responsáveis legais por cada território.

 

Regiões metropolitanas brasileiras

A criação das primeiras regiões metropolitanas no Brasil aconteceram na década de 1970 pelo governo federal.

Com a Constituição, os estados estavam incumbidos de criar futuras regiões metropolitanas. Atualmente, o país conta com 74 regiões metropolitanas (RM), dados atualizados pelo IBGE em 2020.

De acordo com dados oficiais, dez regiões metropolitanas se destacam por seu tamanho. A primeira do ranking é a região metropolitana de São Paulo, com 39 municípios e mais de 20 milhões de habitantes. Em seguida aparece a região do Rio de Janeiro, com pouco mais de 10 milhões de habitantes em cerca de 7 mil km².

Belo Horizonte, Porto Alegre e Distrito Federal – com a região de Brasília e o Entorno – completam o ranking das 5 maiores regiões metropolitanas do país, com população entre 4 e 6 milhões de habitantes.

Nestes grandes centros o fluxo intenso de pessoas gera procura e oferta de serviços e movimenta a estrutura econômica central. Nesse sentido, a maioria das regiões metropolitanas brasileiras são capitais estaduais.

Entretanto, cidades do interior também integram as regiões metropolitanas do Brasil, como a cidade de Campinas. Composta por 20 municípios, tem população de 3,2 milhões de habitantes em 3.791 km² de extensão e ocupa a décima posição em maiores regiões metropolitanas do país.

Londrina (PR) e a Baixada Santista (SP) são outros casos de regiões metropolitanas no interior. A baixada é a primeira região metropolitana brasileira sem status de cidade capital.

A região tem pouco mais de 2 milhões de habitantes, é integrada por nove municípios e a cidade de Santos abriga o Porto de Santos, principal zona portuária de escoamento de mercadorias.

 

Regiões metropolitanas no mundo

No mundo inteiro estima-se que 55% da população viva em áreas urbanas. A projeção para o ano de 2030 calcula que este número suba para 60%, o que significa que as cidades vão passar por um processo de expansão e alargamento, aumentando números populacionais no globo inteiro.

Atualmente, a região metropolitana mais populosa é a de Tóquio, que acumula impressionantes 37 milhões de habitantes distribuídos em pouco mais de 8 mil km².

Todavia, esta região é formada não por cidades limítrofes, mas sim por prefeituras. Completando a lista das três maiores, estão Jacarta, na Indonésia (31 milhões) e Déli, na Índia (23 milhões).

 

DENTRO DAS PRÓXIMAS PUBLICAÇÕES, VAMOS MOSTRAR UMA SÉRIE DE POSTAGENS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL!

 

Fonte: CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Sociologia no Enem: o que estudar

 


A matéria de Sociologia aparece dentro da prova de "Ciências humanas e suas tecnologias" que engloba também História, Geografia, e Filosofia.

Por isso, convém revisar os assuntos dessa área e fazer conexões com as demais disciplinas. Afinal, os pontos dessas questões podem garantir o acesso para a tão sonhada vaga na universidade.

O site Toda Matéria preparou uma lista com os tópicos que são mais cobrados em Sociologia para você se preparar para a prova.

 

1 - Cultura

As diferenças culturais entre os povos e o respeito entre as múltiplas culturas do planeta são temas que costumam ser cobrados no Enem.

Outro tópico abordado é a influência midiática da Indústria Cultural e as consequências para as diferentes tradições que existem na sociedade.

Dentro deste tópico, existe também a reflexão sobre como, por vezes, nos apropriamos indevidamente de objetos, festas ou expressões de uma cultura.

 

 2 - Cidadania

O tema cidadania engloba diversos pontos. Atualmente, o cidadão deve ser ativo na sociedade e por isso tem que conhecer seus direitos e deveres.

Desta maneira, temas como a importância do voto, da participação política através de associação de moradores são importantes para você fazer uma revisão.

Vale a pena sempre fazer uma conexão com a matéria de História que aborda esta questão ao longo das diferentes épocas da formação da sociedade brasileira.

 

3 - Movimentos Sociais

Existem movimentos sociais desde que o mundo é mundo. No entanto, os mais cobrados são aqueles que se iniciaram no século XX como o movimento agrário, o negro, LGBT, ambientalista, feminista, etc.

Lembre-se que sua opinião deve ser muito bem embasada, caso você concorde ou discorde de alguma das pautas que sejam defendidas por essas organizações.

Leia jornais e revistas para se informar das principais lutas sobre os movimentos sociais brasileiros.

 

4 - Política, Estado e Governo

Este campo do conhecimento é muito vasto e é o que mais influencia em nossa vida cotidiana.

As questões de Sociologia focam no contexto histórico e por isso, nas mudanças que os vários conceitos sociológicos sofreram ao longo do tempo. Por exemplo: na Antiga Grécia, a democracia era entendida de uma forma, enquanto no século XX este conceito tem outra interpretação.

Assim, temas como Direitos Humanos, Governo, Estado e Sociedade, foram se transformando. Identificar como estes conceitos eram entendidos é de vital importância para se fazer uma boa prova.

 

5 -  Revolução Científica e Industrial

As mudanças de paradigma de uma sociedade que privilegiava a religião, para outra que passa a acreditar a ciência tem seu lugar no Enem.

Para isso, entenda como as mudanças científicas vão atingir todos os setores sociais. Desde os trabalhadores até os governos, passando pela forma de encarar o mundo.

Esteja atento às aulas de História e Geografia, e também à realidade. Afinal, também nós estamos vivendo uma revolução na comunicação, nos direitos dos trabalhadores e no modo de produção econômico.

 

6 - Sociedade Contemporânea

Formação de identidade, comportamento nas redes sociais, individualidade x coletividade, relações líquidas (efêmeras) são os mais pedidos dentro do tópico sociedade contemporânea.

Para isto, preste atenção às aulas de Geografia que abordam as mudanças sociais dentro do território e também às discussões para se fazer uma boa redação.

Lembre-se que você pode utilizar argumentos sociológicos para valorizar ainda mais o seu texto dissertativo.

 

7 - Teorias Sociológicas

Nomes como Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber devem ser familiares para quem, como você, deseja passar no Enem. As teorias sociológicas destes pensadores são cobradas para serem identificadas e comparadas.

Por isso, é importante que o candidato saiba um pouco sobre a biografia desses intelectuais que estudaram temas como a sociedade, o Estado e a própria disciplina sociológica.

 

CLIQUE E CONFIRA: Fique Atento! Sociólogos que podem estar na prova do ENEM.

 Fonte: Toda Matéria

Química Orgânica: Isomeria

Dois compostos de mesma fórmula molecular e estruturas diferentes são isômeros

A isomeria começou a ser considerada em 1823 quando os químicos Liebeg e Wohler criaram, respectivamente, o isocianato de prata (AgONC) e o cianato de prata (AgOCN). Quando o químico alemão Friedrich Wohler (discípulo do químico sueco Jons Jacob Berzelius) realizou a síntese da ureia a partir da amônia, a isomeria foi confirmada:

 


Com essa síntese, Wohler observou que tanto a ureia quanto o cianato de amônio apresentavam os mesmos constituintes químicos, ou seja, a mesma fórmula molecular. Com essa observação, surgiu a definição de isomeria:

Isomeria é um fenômeno natural em que duas ou mais substâncias diferentes apresentam a mesma fórmula molecular.”

 

O estudo da isomeria é dividido em duas grandes áreas:

  • Isomeria plana ou constitucional;

  • Isomeria espacial ou estereoisomeria.

 

a) Isomeria plana ou constitucional

É a isomeria em que os compostos apresentam a mesma fórmula molecular, mas fórmulas estruturais planas diferentes. Esse fenômeno origina substâncias completamente diferentes em relação às propriedades físicas e químicas. Os tipos de isomeria plana são:

  • Isomeria plana de função: os isômeros pertencem a diferentes funções;

  • Isomeria plana de cadeia: os isômeros pertencem à mesma função, mas apresentam cadeias planas com características diferentes;

  • Isomeria plana de posição: os isômeros pertencem à mesma função, a mesma caraterística de cadeia, mas diferem quanto à posição de algum grupo (ramificação, insaturação ou grupo funcional);

  • Isomeria plana por metameria: os isômeros pertencem à mesma função, possuem a mesma caraterística de cadeia, mas diferenciam-se quanto à posição de um heteroátomo;

  • Isomeria plana por tautomeria: tipo especial de isomeria que ocorre entre um enol e um aldeído ou entre um enol e uma cetona.

 

b) Isomeria Espacial ou Estereoisomeria

É a parte da isomeria que analisa as posições de cada um dos ligantes de um isômero no plano espacial. Assim, podemos ter duas moléculas da mesma substância, mas com ligantes em posições diferentes no espaço. Há dois tipos de isomeria espacial:

  • Isomeria geométrica: Ocorre em moléculas em que dois dos carbonos de uma cadeia aberta ou fechada não apresentam rotação em seus eixos. Assim, os seus ligantes sempre ocupam planos fixos no mesmo plano ou em planos diferentes. Essa isomeria é diferenciada por meio de dois sistemas de nomenclatura:

Cis-trans (os carbonos apresentam ligantes iguais)
E-Z os carbonos apresentam ligantes diferentes entre si)

  • Isomeria óptica: É a isomeria presente em moléculas que apresentam carbono assimétrico ou quiral. Por essa razão, não é possível dividir a estrutura em duas partes iguais. Os isômeros ópticos apresentam a capacidade de polarizar e desviar o plano da luz. Eles podem ser chamados de:

Isômeros ativos (antípodas ópticas)
Isômeros inativos (mistura racêmica)

Isômeros meso
Diastereoisômeros

 

Fonte: Mundo Educação

Hoje na História: 08 de junho de 632 - Morte de Maomé, responsável pelo surgimento do islamismo, no século VII. Conheça a história e a vida do profeta islâmico.


 

 Maomé

"Muhammad, mais conhecido em português como Maomé, foi o profeta que recebeu a mensagem de Alá, dando início a pregações que resultaram no surgimento do islamismo, no século VII. Muhammad recebeu a primeira revelação em 610, quando o anjo Gabriel supostamente lhe trouxe a mensagem de Deus."


"Primeiros anos"

Maomé, mais chamado pelos muçulmanos de Muhammad, nasceu em Meca, atual Arábia Saudita, no ano de 570. Os muçulmanos afirmam que ele nasceu no mês de Rabi al-Awwal, o terceiro mês do calendário islâmico, e acredita-se que isso tenha sido no mês de abril do ano de 570. Muhammad pertencia ao clã dos haxemitas, que fizeram parte da tribo dos coraixitas."

"A tribo de que Muhammad fazia parte era a predominante na cidade de Meca, assumindo um papel muito importante na conservação da Caaba, um local sagrado na Arábia pré-islâmica (os muçulmanos também o consideram sagrado). Os coraixitas também cumpriam papel importante em garantir a segurança dos peregrinos que visitavam a cidade.

O pai de Muhammad, Abd-Allah ibn Abd al-Muttalib, faleceu antes de ver seu filho nascer. A mãe se chamava Amina bint Wahab, e faleceu por volta de 576, quando Muhammad tinha apenas seis anos de idade. Passou então a ser criado por seu avó paterno, Abdul Mutalib, que, no entanto, faleceu quando ele tinha oito anos de idade.


Ofício e casamento

Após o falecimento de seu avô, Muhammad passou para os cuidados do seu tio Abu Talib. O tio foi uma forte influência na vida do jovem Muhammad, ensinando-lhe o ofício por meio do qual o profeta do Islã sobreviveu durante muito tempo. Muhammad era um comerciante e tinha reputação de ser um dos mais honestos de Meca, participando de caravanas que foram até a Síria.

A reputação de Muhammad era tamanha que ele recebeu alcunhas como Al-Amin, que significa “digno de confiança”. Essa imagem fez com que seus serviços atraíssem o interesse de Khadija, uma viúva que tinha prósperos negócios. Depois de trabalhar para Khadija e demonstrar ser um homem de confiança, Muhammad recebeu uma proposta de casamento.

Khadija propôs a Muhammad o casamento quando ele tinha por volta de 25 anos. Muhammad aceitou e casou-se com ela, 15 anos mais velha que ele. Do casamento nasceram seis filhos, dois homens e quatro mulheres. Os dois filhos morreram na infância, e suas quatro filhas morreram na adolescência ou juventude."


"Profeta do Islã"

"Muhammad é conhecido por ter sido o profeta do islamismo, uma das maiores religiões da atualidade. Os muçulmanos acreditam que ele foi o escolhido para receber e pregar a mensagem de Alá. Isso fez de Muhammad um dos homens mais poderosos de toda a Península Arábica.

Sua trajetória como profeta do Islã se iniciou em 610, quando ele estava retirado de Meca. Na ocasião, Muhammad estava em uma gruta, no monte Jabl al-Mour, quando teve uma visão sobrenatural. Nesse momento, ele foi questionado a recitar um texto sagrado, e assim ele fez [1]:


Em nome de Deus, Muito Bom e Misericordioso:

Recita em nome do teu Senhor que criou:

Que criou o homem de um grumo de sangue coagulado.

Recita: Teu Senhor é Muito Generoso

que ensinou graças ao junco para escrever,

que ensinou ao homem o que este não sabia.


A tradição islâmica afirma que o evento deixou Muhammad atônito e temeroso. Ele compartilhou o acontecimento com sua esposa, que o levou à presença de Waraqah ibn Nawfal, considerado um sacerdote cristão. Nawfal teria dito a Muhammad que ele tivera a visão de um anjo enviado por Deus. O anjo que apareceu para Muhammad teria sido Gabriel, e, nessa revelação, o que estava sendo revelado para o profeta era o Alcorão.

Muhammad seguiu por um período sem que novos episódios do tipo tivessem acontecido, mas eventualmente as visões retornaram. Isso aconteceu em 613, e, a partir daí, Muhammad deu início às pregações da mensagem de Alá. As pessoas mais próximas dele, como sua esposa e seu primo Ali (filho de Abu Talib), converteram-se.


Fuga para Medina

Entretanto, Muhammad encontrou muita resistência durante as suas pregações. A cidade de Meca era um centro de peregrinação que lucrava consideravelmente com o fluxo de pessoas atraídas pela fé pagã e politeísta que existia naquela cidade. Sendo assim, o surgimento de uma nova fé, que prejudicaria esse fluxo de peregrinos, não foi bem-aceito pelos comerciantes locais.

Aos poucos, Muhammad conquistou alguns adeptos na cidade de Meca, e isso, somado às críticas que ele fazia aos ídolos adorados na cidade, começou a irritar os comerciantes. Eles, então, decidiram convencer o profeta a apostatar, mas Muhammad rejeitava tudo que lhe era oferecido. Assim, os seus seguidores começaram a ser perseguidos."


"Em 615, alguns adeptos do islamismo decidiram fugir de Meca devido à perseguição e foram para Aksum, um reino cristão que havia se estabelecido no território da atual Etiópia. A perseguição se voltou contra Muhammad, uma vez que seu clã passou a ser boicotado por outros clãs de Meca. O objetivo do boicote era forçar haxemitas a expulsarem Muhammad.

Entretanto, isso aconteceu somente a partir de 619, quando Abu Talib faleceu, e o clã foi assumido por Abu Lahab, forte opositor do profeta. Com isso, Muhammad foi expulso do clã dos haxemitas, encontrando-se em uma situação muito delicada. Assim, ele estava exposto e qualquer um poderia assassiná-lo sem que ninguém pudesse reivindicar vingança por ele. Outro duro golpe que o profeta sofreu nesse período foi a morte de sua esposa.

Isso o forçou a partir à procura de proteção em outras cidades árabes. Eventualmente, a cidade de Yathrib (futuramente conhecida como Medina) tornou-se o novo lar do profeta. Nela havia uma grande comunidade de judeus, e acreditava-se que o apoio a Muhammad contribuiria para o enfraquecimento de Meca, cidade rival de Yathrib.

A fuga de Muhammad para Medina se deu em 622 e ficou conhecida como Hégira, evento que inaugura a contagem do calendário islâmico. Sendo assim, o ano de 622 do calendário gregoriano corresponde ao ano 1 do calendário islâmico. A fuga também se deu porque ele soube que um plano para assassiná-lo estava em curso.


Auge do poder

Em Medina, Muhammad encontrou pessoas dispostas a ouvirem e converterem-se à nova fé que ele trazia. Logo ele se tornou uma grande autoridade na cidade de Medina, e usou de seu poder para lançar-se em guerra contra Meca. A ida do profeta para Medina também fez com que inúmeros de seus seguidores se mudassem para lá.

Em Medina, Muhammad instruiu seus seguidores sobre a necessidade da oração ritual. Isso foi ensinado ao profeta em 620, quando o anjo Gabriel supostamente apareceu para ele e o transportou para Jerusalém. Depois disso, Muhammad foi transportado para o céu, onde encontrou outros profetas, como Moisés e Jesus.

Além disso, Muhammad aproveitou de sua posição para promover reformas nas leis de Medina e para mobilizar as forças da cidade para a guerra. Medina começou a atacar caravanas que saíam de Meca. Os comerciantes de Meca uniram forças para resistir ao assédio de Medina, o que resultou em uma grande batalha no ano de 624.

Essa foi a Batalha de Badr, quando 1000 guerreiros de Meca foram derrotados por cerca de 300 soldados muçulmanos enviados por Medina. Esse embate aumentou a reputação de Muhammad e, até hoje, é bastante lembrado pelos muçulmanos. Uma celebração à vitória acontece no dia 17 do mês de Ramadã, data em que a luta ocorreu no calendário islâmico.

Em 627, a cidade de Meca uniu forças com outras tribos árabes e com os judeus expulsos de Medina para lutar contra Muhammad. Isso resultou na formação de um exército de cerca de 10 mil soldados, que foram enviados para lutar contra os três mil soldados que protegiam Medina. Essa luta recebeu o nome de Batalha do Fosso ou Batalha da Trincheira.

As forças que cercaram Medina foram derrotadas, e Muhammad vingou-se dos judeus que haviam se voltado contra ele. Os judeus que se converteram ao islamismo foram poupados, mas todos os homens que tomaram parte na luta foram executados, e as mulheres e crianças, vendidas à escravidão.

Em 629, Muhammad assinou um acordo de paz com Meca, mas o acordo foi rompido quando Meca apoiou um ataque contra aliados de Medina. Em 630, Muhammad formou um exército de milhares de soldados e marchou na direção de Meca. A cidade não ofereceu resistência, e Muhammad entrou nela, oferecendo anistia a todos que se convertessem ao islamismo. Meca havia sido conquistada.

Depois disso, Muhammad procedeu com a destruição dos ídolos de Meca, consolidando a cidade como adepta do islamismo. A Caaba continuou sendo um centro de peregrinação, mas foi convertida à fé islâmica.


Morte

Depois disso, Muhammad procurou expandir seu poder por outras regiões da Península Arábica. Ele estava no auge da sua atuação, quando contraiu uma doença que resultou no seu falecimento, em 8 de junho de 632. Depois da morte do profeta, o poder foi transmitido para Abu Bakr, amigo de Muhammad, fazendo dele o primeiro califa. A partir daí, o islamismo seria expandido pela Ásia, África e Europa.

Nota

|1| JOMIER, Jacques. Islamismo: história e doutrina. Rio de Janeiro: Vozes, 1992. p. 19."

Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maome.htm

Fonte: Brasil Escola

Autor: "Daniel Neves - Professor de História"

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Maomé"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/maome.htm. Acesso em 08 de junho de 2022.



Casos de puberdade precoce aumentam e chamam atenção de pediatras



Puberdade é período em que ocorre a passagem da infância para a vida adulta. Há alterações psicológicas para sustentar a maturidade emocional que precisa vir dali em diante e as físicas, que têm como finalidade o estabelecimento da capacidade reprodutiva dos indivíduos. Por isso, há o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Nos meninos, despontam pelos no corpo e no rosto, o testículo cresce e a voz engrossa. Nas meninas, acontece o desenvolvimento dos seios, surgem pelos nas axilas e virilha e ocorre a primeira menstruação. É uma travessia difícil em que quase sempre a criança não entende o que acontece no seu corpo ou na sua cabeça. Quando começa antes da hora, então, dá-se uma confusão que pode deixar marcas.

A puberdade precoce, como o fenômeno é chamado, é um distúrbio até muito recentemente desdenhado e que agora chama atenção de pediatras, dado o crescimento do número de casos. Em geral, o início do período não é esperado antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 nos meninos. Contudo investigações científicas demonstram redução nas idades especialmente entre as meninas. De acordo com um levantamento da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, desde 1977 há uma queda de três meses por década para o início do período entre elas. Estima-se, aliás, que a puberdade antes da hora seja vinte vezes mais prevalente no gênero feminino. O problema é que 95% dos episódios têm causa desconhecida. Sabe-se que existe predisposição genética, como demonstra o trabalho do grupo da endocrinologista Ana Claudia Latronico, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ela pesquisa a associação do distúrbio com mutações em um gene, hipótese reforçada depois que a análise do DNA de 716 crianças de diferentes nacionalidades também apontou a relação.

Variáveis no estilo de vida, no cotidiano e nas relações sociais, no entanto, também podem acelerar o processo. O combo envolve obesidade, sedentarismo, excesso de exposição às telas e até o consumo de conteúdo sexual ou erótico inadequado para a faixa etária. Não surpreende, portanto, que o excesso de horas passadas em frente ao celular ou computador na pandemia tenha contribuído para elevar o aparecimento de ocorrências. É o que mostra um estudo italiano com 490 crianças. Os cientistas analisaram o total identificado entre março e setembro de 2020, primeiro ano da crise sanitária, e o comparou ao mesmo período de 2019. O crescimento de diagnósticos foi de 122%, principalmente entre as meninas. “Uma das causas é que as crianças ficaram expostas às telas nas aulas on-line, nos joguinhos”, explica Durval Damiani, do Instituto da Criança e do Adolescente da FMUSP. A luminosidade inibe a liberação da melatonina, hormônio cuja deficiência estimula a entrada na puberdade. Entre os meninos, tudo isso conta, mas cerca de 60% dos casos têm relação com tumores no sistema nervoso central.

É fundamental tratar as crianças e o acompanhamento psicológico é sempre recomendável. A disfunção pode ter impacto nas interações em sociedade, bem como na relação dos pequenos com o próprio corpo. Outro problema é o crescimento. Primeiro, a criança cresce demais, mas, depois, a evolução para e a estatura fica abaixo da esperada. Isso pode significar uma perda de altura entre 10 e 20 centímetros em relação ao potencial genético do indivíduo. É possível interromper a antecipação por meio de terapia hormonal. Mas é preciso que pais e pediatras sejam rápidos na identificação de que algo está errado, indo mais depressa do que manda a natureza.


FONTE:  

VEJA (https://veja.abril.com.br/saude/casos-de-puberdade-precoce-aumentam-e-chamam-atencao-de-pediatras/)

Permutação com elementos repetidos

Permutação de elementos repetidos deve seguir uma forma diferente da permutação, pois elementos repetidos permutam entre si. Para compreender como isso acontece veja o exemplo abaixo:

A permutação da palavra MATEMÁTICA ficaria da seguinte forma: 

Sem levar em consideração as letras (elementos) repetidas, a permutação ficaria assim:

P10 = 10! = 3.628.800

Agora, como a palavra MATEMÁTICA possui elementos que repetem, como a letra A que repete 3 vezes, a letra T repete 2 vezes e a letra M repete 2 vezes, assim a permutação entre si dessas repetições seria 3! . 2! . 2!. Portanto, a permutação da palavra MATEMÁTICA será:



Portanto, com a palavra MATEMÁTICA podemos montar 151200 anagramas.

Seguindo esse raciocínio podemos concluir que, de uma maneira geral, a permutação com elementos repetidos é calculada utilizando a seguinte fórmula:

Dada a permutação de um conjunto com n elementos, alguns elementos repetem n1 vezes, n2 vezes e nn vezes. Então, a permutação é calculada:



Exemplo 1:
Quantos anagramas podem ser formados com a palavra MARAJOARA, aplicando a permutação teremos:


Portanto, com a palavra MARAJOARA podemos formar 7560 anagramas.

Exemplo 2:
Quantos anagramas podem ser formados com a palavra ITALIANA, aplicando a permutação teremos:


Portanto, com a palavra ITALIANA podemos formar 3360 anagramas.

Exemplo 3:
Quantos anagramas com a palavra BARREIRA podem ser formados, sendo que deverá começar com a letra B?

B ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___
↓                          ↓
1                       P2,37

1 . P2,37 =   7!    = 420
                  2! . 3!

Portanto, com a palavra BARREIRA podemos formar 420 anagramas.

Autora: Danielle de Miranda
Fonte: Brasil Escola