Em 2002, segundo uma pesquisa GRAVAD (gravidez na adolescência) realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pelas federais do Rio Grande do Sul e Bahia, a iniciação sexual do brasileiro não tem ocorrido de maneira tão precoce como se pensa.
A pesquisa, na época, entrevistou 4.634 jovens de 18 a 24 anos das cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador. Em média, os homens nessa faixa etária iniciaram a vida sexual aos 16,2 anos e as mulheres aos 17,8 anos.
Segundo dados da pesquisa, 29% das mulheres disseram conhecer casos de gravidez na adolescência. A maioria dos jovens entrevistados disseram ser usuários de camisinha desde a primeira relação, mas o hábito no uso do preservativo cai conforme o relacionamento se estabiliza.
Entre as garotas, cerca de 70 % tiveram relações sexuais com parceiros fixos e entre os rapazes, 57% relataram ter experiências com mais de uma parceira. Além da camisinha, devido à falta de informação e imaturidade, somente 38% utilizaram método anticoncepcional.
Em 1986, somente 9% dos jovens usavam preservativo na primeira relação sexual. No ano de 2005, entre os jovens de 16 a 19 anos, essa taxa subiu para 65%, e 32,7% no grupo de faixa etária de 20 a 24 anos. Enquanto que as doenças sexualmente transmissíveis era mais comum entre os homens na década de 80, nos dias atuais o DST se apresenta em ambos os sexos.
Na questão referente a gravidez precoce, o Brasil ainda mantém o índice de 10% de adolescentes grávidas contra 1% de países como Holanda e França. A melhor maneira de educar a sexualidade dos jovens é implementar a educação sexual nas escolas. Meninas com menor grau de instrução e sem oportunidade profissional tendem a iniciar a vida sexual de modo arriscado e a engravidarem antes da hora planejada.
Acima do uso de álcool, drogas e da baixa informação, a desagregação familiar é um dos principais fatores da falta de prevenção sexual entre os mais jovens. Discute-se ainda na sociedade se o modismo e as interferências das mídias não têm desequilibrado o comportamento sexual do jovem brasileiro.
Fonte: InfoEscola
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