Fonte: Metro Jornal |
A greve dos caminhoneiros no Brasil, que paralisa o país há mais de uma semana, teve repercussão internacional nos principais veículos de comunicação do mundo.
Na manhã desta segunda-feira, a Deutsch Welle, maior rede de comunicação alemã, informava, em sua página inicial, a notícia de que o presidente Michel Temer havia atendido as reivindicações dos caminhoneiros e que a paralisação estava no inicio de seu fim.
A BBC de Londres anunciou a medida de Temer apenas na sua página dedicada à América Latina. O jornal britânico destacou o pronunciamento do presidente brasileiro na noite de ontem, quando ele anunciou que o preço do diesel seria diminuído em R$ 0,46 e congelado por 60 dias.
A rede italiana Rai destacou que Temer teve que ceder em uma série de concessões aos caminhoneiros para conseguir acabar com a greve e o fim dos bloqueios das estradas.
Essa foi a mesma linha do jornal Le Monde da França, que ainda acrescentou que a greve dos caminhoneiros parou vários serviços públicos no Brasil. O jornal francês ainda citou que a gestão Temer é criticada por toda a classe política brasileira, da direita à esquerda.
A emissora americana de televisão CNN destacou em reportagem desta segunda-feira que o presidente Michel Temer cedeu às exigências dos caminhoneiros após uma semana de greve.
A rádio pública americana NPR convidou um engenheiro especialista e comentou o quanto o transporte por caminhões é importante no Brasil. A reportagem tem quase 4 minutos e diz que a situação "se aproxima do caos".
O jornal The Washington Post publicou uma reportagem no sábado (26) em que ressalta que a greve dos caminhoneiros interrompeu a economia brasileira.
Os argentinos do jornal Clarín falam do oitavo dia de greve nesta segunda-feira. O título diz que "a paciência terminou e começou o desespero". "Os especialistas afirmam que mesmo que as medidas sejam aceitas nesta segunda-feira, e a greve termine, demorará pelo menos um mês para que o abastecimento se normalize".
O telejornal Tagesschau, o principal da Alemanha, dedicou reportagem neste sábado aos caminhões parados nas estradas brasileiras e apontou que a greve "bloqueia as artérias econômicas dos país" num momento em que a situação econômica brasileira já não era das melhores. O programa apontou que o anúncio do presidente Michel Temer de acionar forças federais para liberar as rodovias era uma "política dura" a apenas 4 meses da eleição presidencial.
O Financial Times afirmou que o aumento dos preços do petróleo e depreciação do real aumentaram os custos da gasolina. A greve dos caminhoneiros, que começou na segunda-feira, é um sinal de como a recente turbulência global nas moedas dos mercados emergentes está atingindo a maior economia da América Latina.
O italiano Corriere Della Sera destacou que aeroportos estão fechados, transportes públicos paralisados nas grandes cidades, e hospitais afetados.
O francês Figaro destacou o canelamento de voos nacionais e internacionais nos aeroportos brasileiros.
O De Tijd da Bélgica informou que apesar do acordo anunciado na semana passada, caminhoneiros mantiveram o bloqueio de estradas em todo o país como protesto contra o aumento do preço do diesel.
Nos Estados Unidos, a agência Bloomberg reportou que chegou a faltar pães de sanduíche nos McDonald's do Rio de Janeiro devido à greve.
O britânico The Guardian informou que os bloqueios paralisaram boa parte da economia do país e levaram São Paulo, a maior cidade da América do Sul, a declarar estado de emergência devido à falta de gasolina.
A revista francesa LePoint também destacou que os caminhoneiros continuaram a greve mesmo após o acordo da última quinta.
O argentino La Nación sinalizou que "apesar das concessões do governo Temer, os caminhoneiros mantiveram a greve".
"Supermercados e postos de gasolina estão vazios, e toda a indústria automobilística brasileira teve de parar sua produção", diz reportagem da versão online do alemão Spiegel.
O jornal econômico Nikkan, do Japão, destacou que a "obstrução de vias arteriais do país afetou a exportação de produtos agrícolas".
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