Logo após o Dia D das invasões, no verão de 1944, um grupo de oficiais
alemães descontentes lançou uma campanha para assassinar Hitler no seu
posto de comando Wolfsschanze (Toca do Lobo, em português) na Prússia. O
cabeça do plano era Claus von Stauffenberg, um coronel que havia
perdido um olho e uma de suas mãos em um combate no norte da África. Ele
e seus co-conspiradores – que incluíam Tresckow, Friedrich Olbricht e
Ludwig Beck – planejaram assassinar o Führer com uma bomba escondida e,
depois, utilizar a Reserva do Exército alemão para derrubar o alto
escalão nazista. Se seu golpe fosse bem-sucedido, os rebeldes iriam
procurar negociar, imediatamente, a paz com os Aliados.
Claus Schenk Graf von Stauffenberg |
Stauffenberg colocou o plano em ação em 20 de julho de 1944, depois que ele e vários oficiais nazistas foram convocados para uma conferência com Hitler em Wolfsschanze. Ele chegou com uma pasta repleta de explosivos plásticos conectados a um fusível ácido. Após colocar sua pasta o mais perto possível de Hitler, Stauffenberg deixou o local com o pretexto de fazer um telefonema. Sua bomba detonou apenas alguns minutos depois, explodindo uma mesa de madeira e reduzindo grande parte da sala a escombros carbonizados. Quatro homens morreram, mas Hitler escapou sem ferimentos que colocassem sua vida em risco – um oficial havia colocado a pasta de Stauffenberg debaixo de umas das pernas de uma mesa apenas alguns segundos antes da explosão. A reviravolta do plano foi descoberta depois que notícias da sobrevivência do Führer chegaram à capital. Stauffenberg e os outros conspiradores foram, então, presos e executados, assim como centenas de dissidentes. Supostamente, Hitler teria se gabado de ser “imortal” depois que o Plano de Julho falhou, mas ele se tornou cada vez mais recluso nos meses seguintes e raramente foi visto em público até seu suicídio, em 30 de abril de 1945.
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