Atualmente, com a crescente expansão das novas tecnologias virtuais, intensifica-se também um novo fenômeno, o da compulsão ou dependência à Internet. Casos como este já constam do rol de enfermidades psíquicas que exigem um tratamento psiquiátrico. Muitos estudiosos já consideram este vício tão nocivo quanto o das substâncias entorpecentes, do tabaco, do álcool e do jogo.
Ficar tempo demais em frente a um computador traz implicações muitas vezes inimagináveis, pois o ciberviciado pode até mesmo ser levado à morte por seu comportamento compulsivo. Isto porque ele normalmente desenvolve graves doenças, como a Trombose Venal Profunda, que pode desencadear uma Embolia Pulmonar, distúrbio geralmente fatal.
Além disso, o internauta fanático pela Web tem, comumente, sua vida seriamente atingida, especialmente nas esferas familiar, afetiva e profissional, pois ele se torna obsessivo pela rede. A cada instante, novidades fascinantes e tentadoras surgem na Internet, enredando ainda mais neste universo sedutor os antigos navegadores, e atraindo novos integrantes da teia virtual. Isto provoca o surgimento de um número cada vez maior de ciberviciados.
Vários psiquiatras consideram que ficar muito tempo diante da máquina virtual transmitindo e recebendo e-mails, intercambiando ações, conversando virtualmente ou trabalhando, pode configurar dependência à Internet. Com certeza esta pessoa necessita de tratamento psiquiátrico.
Mas quais os sinais que demonstram a presença deste quadro? Pode-se afirmar que a incessante fixação em estar interligado à rede, minimizar o tempo que se fica conectado à Web, a tentativa de ocultar o que se está buscando na Internet, ficar distante do convívio social, sentir dores nas costas e ganhar peso são alguns sintomas deste fenômeno.
Nos Estados Unidos esta questão já se tornou uma preocupação para os especialistas em Psiquiatria, pois o índice de internautas compulsivos está crescendo muito. De 189 milhões de usuários, 6% a 10% foram diagnosticados como portadores deste vício. Esta dependência crescente gera as ‘ciberviúvas’, ou seja, aquelas que perderam maridos ou namorados vítimas das consequências orgânicas ou emocionais desta dependência; e o ‘ciberadultério’, fenômeno que permite a manutenção de amantes virtuais.
Em uma cultura que defende a superficialidade e a generalidade de tudo, as interações afetivas também se tornam fugazes e passageiras, substituindo as conexões mais entranhadas e estreitas. Nesta roda viva, as pessoas acabam rebaixando o amor próprio e, inseguras, se escondem cada vez mais nos bastidores virtuais, longe do enfrentamento concreto que a vida demanda.
Além dos riscos da infidelidade na Web, um dos casos mais críticos de compulsão na Internet, outros atrativos procurados pelos compulsivos são os famosos ‘bate-papos, as mensagens instantâneas, os videogames, os sítios de apostas, leilões e compras. Diversos estudiosos já listam esta dependência no mesmo estágio de gravidade em que se encontra o consumo de substâncias como a heroína, o crack, a cocaína, entre outros. Estes dependentes apresentam, na maior parte das vezes, incidências de depressão e ansiedade, além de vivenciarem problemas intensos no ambiente familiar.
Fonte: InfoEscola
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