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Esportes Olímpicos: Vôlei de Praia

História
 
Variação natural do vôlei, a modalidade praticada na areia foi inventada em 1895, nos Estados Unidos. Dispostos a praticar o esporte na praia, nas areias da Califórnia, os pioneiros começaram a dar seus saques e cortadas em 1920. Aos poucos, a idéia foi ganhando adeptos dentro e fora dos Estados Unidos, até que, em 1947, foi realizado o primeiro torneio oficial de vôlei de praia. Três anos depois, veio o primeiro circuito, composto por etapas jogadas em cinco praias da Califórnia.

O sucesso da iniciativa motivou a fundação, em 1960, da California Beach Volleyball Association (CBVA), que impulsionou a prática, consolidando a modalidade mundialmente na década de 1980. Arrebatando diversos jogadores de quadra consagrados, o esporte ganhou, na Austrália, o primeiro circuito profissional. Em 1996, nos Jogos de Atlanta, a modalidade tornou-se oficialmente um esporte olímpico.
No Brasil, a modalidade passou a ser praticada na década de 1930, de forma amadora, nas praias de Copacabana e de Ipanema, no Rio de Janeiro. Durante as décadas seguintes, o vôlei de praia ganhou milhares de adeptos no país, mas era encarado como mera brincadeira de fim de semana.
Isso mudou a partir de 1986, quando se realizou o Hollywood Volley, em Copacabana e em Santos (SP), com a participação de atletas brasileiros e internacionais. Oficializado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) após o Hollywood Volley, o vôlei de praia teve o seu primeiro Campeonato Mundial disputado nas areias de Ipanema, em 1987. A dupla Sinjin Smith/Randy Stoklos, dos Estados Unidos, conquistou o título, enquanto dois astros da Geração de Prata do vôlei de quadra brasileiro,  Renan e Montanaro, foram os brasileiros ma is bem colocados, terminando em terceiro lugar. Estava aberta a porta para a evolução de uma modalidade que hoje ocupa posição de destaque no cenário esportivo brasileiro.

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Curiosidades

Difícil adaptação

Não são poucas as estrelas do vôlei de quadra que migram para o vôlei de praia. Entretanto, a adaptação à nova modalidade nem sempre é fácil. Até hoje, só um atleta campeão olímpico na quadra conseguiu a façanha de conquistar a medalha dourada também nas areias. Trata-se da lenda norte-americana Charles Frederick Kiraly, mais conhecido como Karch Kiraly. Campeão com a Seleção dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Los Angeles-1984 e Seul-1988, ele arrebatou o ouro nos Jogos de Atlanta-1996, ao lado do parceiro Kent Steffes. Kiraly é considerado por muitos o maior jogador de vôlei de todos os tempos.

Praia de nudismo

Na França, o vôlei de praia chegou de forma inusitada, pelas mãos de um empresário francês que se encantou com o esporte durante uma viagem à Califórnia. Em 1927, ele tratou de levar a novidade para a praia de nudismo que frequentava, em Francoville.


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Confederação Brasileira de Voleibol
Site: www.cbv.com.br 
Federação Internacional de Voleibol (FIVB): www.fivb.org

Esportes Olímpicos: Vôlei

História
O vôlei nasceu em 1895 – um ano antes da primeira edição das Olimpíadas – na Associação Cristã de Moços de Holyoke, no estado norte-americano de Massachussets. A ideia veio do pastor Lawrence Rider, que sugeriu ao professor William G. Morgan a criação de um esporte movimentado, mas de menor intensidade do que o basquete, outra modalidade recente que ganhava fama rapidamente.
Influenciado pelo tênis, Morgan decidiu colocar uma rede entre as duas equipes, evitando assim o contato físico característico do basquete. Inicialmente, a rede foi colocada a uma altura de 1,98m. O jogo foi batizado pelo professor Morgan de “mintonette”, mas a movimentação e o estilo de se praticar rapidamente o transformaram em “volley” – “torrente”, em inglês –, palavra que descreve também o “voleio”, jogada típica do tênis.
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Foto: FIVB
A expansão da modalidade foi algo impressionante. Apenas um ano depois de sua criação, nos Estados Unidos, já havia praticantes no outro lado do mundo, em países como o Japão. A disseminação ocorreu de uma forma tão rápida e eficiente que hoje o esporte detém uma marca grandiosa: a Federação Internacional de Vôlei (FIBV, em inglês) é a federação que mais possui países filiados entre todos os esportes, com 220.
A história da modalidade nas Olimpíadas tem um fato interessante e até incomum. Em Tóquio-1968, o vôlei entrou no programa olímpico simultaneamente no masculino e no feminino. Desde a estreia, quando a União Soviética, entre os homens, e o Japão, entre as mulheres, conquistaram as primeiras medalhas de ouro, a modalidade não deixou de ser olímpica.
No Brasil o vôlei virou um modelo de sucesso a ser seguido por outros esportes. Emplacando uma geração vencedora atrás da outra, de Atenas-2004 a Londres-2012, o Brasil não ficou de fora do pódio uma vez sequer. Nesse período, o país conquistou um ouro (2004) e duas pratas (2008 e 2012) no masculino, além de dois ouros (2008 e 2012) no feminino.
 
Curiosidades

Volta por cima

O técnico José Roberto Guimarães e a Seleção feminina de vôlei do Brasil podem dizer que já viveram o lado bom e o lado ruim de uma Olimpíada. Em Atenas-2004, a equipe chegou ao torneio com amplo favoritismo ao título, credenciada por resultados espetaculares e incontestáveis. Na semifinal, vencia a Rússia por 2 sets a 1, com 24/19 no placar. A um ponto da inédita final olímpica, as brasileiras viram o impossível se tornar pesadelo. Vitória russa por 3 sets a 2.
Muito criticados, treinador, comissão técnica e jogadoras viveram quatro anos sob os olhares de desconfiança tanto da torcida quanto da imprensa brasileira. Mas em Pequim-2008 veio a redenção. Depois de atropelar o Japão nas quartas e a China na semifinal, as meninas do Brasil finalmente chegaram à final olímpica. As adversárias eram as norte-americanas, que passaram com facilidade por Cuba — arquirrival do Brasil. Seguras, as comandadas de José Roberto Guimarães — campeão olímpico em Barcelona-1992 com os homens — venceram por 3 sets a 1 e conquistaram o inédito ouro olímpico.
Com a fama de perder as finais mais importantes exorcizada em Pequim, o Brasil quase pôs tudo a perder em Londres-2012. Com uma campanha irregular, a Seleção se classificou com dificuldades na primeira fase. Perdeu para a Coreia do Sul e para os Estados Unidos e encontrou as temidas russas logo nas quartas de final. A classificação para as semifinais foi suada: 3 sets a 2 na Rússia. Já a vaga para a final foi mais tranquila: 3 sets a 0 no Japão.
A decisão foi um drama à parte. Derrotadas pelas fortíssimas norte-americanas na primeira fase, as brasileiras perderam o primeiro set por inacreditáveis 25/11, em apenas 21 minutos. Mas o domínio dos Estados Unidos acabou ali. Com parciais de 25/17, 25/20 e 25/17, o Brasil virou a partida e conquistou o bicampeonato olímpico na Inglaterra.

Métodos rígidos

O vôlei tem alguns personagens inusitados que nem sempre estão dentro das quatro linhas. Observando do banco de reservas, alguns treinadores ganham notoriedade por suas atitudes à beira da quadra e, principalmente, durante os tempos técnicos.
O precursor desse “estilo” foi o japonês Hirofumi Daimatsu. Gerente do departamento de contabilidade de uma fábrica de tecelagem, da qual saíram 10 de suas 12 jogadoras, Daimatsu era um “general”. Além das rotinas massacrantes de treino, que duravam seis horas, sete dias por semana, o japonês insultava e chegava a bater em suas comandadas. Mesmo com os métodos nada louváveis, as japonesas, sob o comando de Daimatsu, foram campeãs olímpicas em Tóquio-1964, vencendo todas as partidas e cedendo apenas um set.
O “tirano” mais famoso, no entanto, é o russo Nikolay Karpol. Formado pela escola soviética, o comandante gritava tanto com suas jogadoras nos tempos técnicos que constrangia quem estivesse assistindo ao jogo. O comportamento de Karpol, bicampeão olímpico em 1980 e 1988, fez com que ele fosse vaiado por torcidas ao redor do mundo. Apesar do temperamento explosivo, o russo é um dos maiores vencedores do esporte e tem seu nome eternizado no Hall da Fama do vôlei.

Acesse também 

Confederação Brasileira de Voleibol
Site: www.cbv.com.br 
Federação Internacional de Voleibol (FIVB): www.fivb.org

Esportes Olímpicos: Vela

História

Embora as embarcações estejam presentes na história das civilizações há milênios, o uso de barcos a vela para competições é algo relativamente recente. A origem vem do século 17, quando surgiu, na Holanda, um tipo de embarcação chamado “jaghtstchip”. Esse novo barco rapidamente atendeu aos interesses comerciais holandeses e passou a ser adotado para pequenas viagens internas, no transporte de cargas entre cidades vizinhas e também para exercitar os jovens marinheiros.

Por ser uma embarcação prática e de fácil condução, o jaghtstchip atraiu a atenção do rei Carlos II, da Inglaterra, que, à época, encontrava-se exilado na Holanda. Quando finalmente pôde retornar a seu reino, Carlos II, após realizar melhorias no jaghtstchip, ajudou a elaborar outros tipos de barcos, tendo sido um dos grandes incentivadores do iatismo na Inglaterra, além de promover as primeiras regatas em águas britânicas.

O primeiro clube de vela conhecido, porém, não é inglês. O Royal Cork Yatch Club nasceu em 1720, na Irlanda. Em 1749, o clube realizou sua primeira grande regata, uma prova de Greenwich a Nore. Somente 50 anos depois é que nasceu, em Londres, o Royal Thames Yatch Club. A primeira regata internacional foi disputada em 1851, próximo à Ilha de Wight, e recebeu o nome de Hundred Guineas Cup.

A chegada da vela aos Estados Unidos e a fundação, em 1844, do New York Yatch Club impulsionaram o desenvolvimento da modalidade ao redor do mundo. Em 1907, nasceu a União Internacional de Corridas de Iates (IYUR), depois rebatizada de Federação Internacional de Vela (ISAF), que hoje administra o esporte em nível mundial.

No Brasil, a vela desembarcou no fim do século 19, trazida por descendentes de europeus. Em 1906, foi fundado o Iate Clube Brasileiro, primeiro clube dedicado ao esporte, no Rio de Janeiro. A primeira prova nacional foi disputada em 1935 e recebeu o nome de Troféu Marcílio Dias. Em 1941, foi fundada a Federação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), que controlou o esporte em nível nacional até 2007, quando, devido ao acúmulo de dívidas, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) interveio na entidade. Em 2013, foi criada a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), nova administradora  da modalidade no país.

Na história das Olimpíadas, a vela registra sua primeira participação nos Jogos de Paris-1900.  Depois disso, diversas categorias da vela saíram e entraram na programação olímpica.

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Curiosidades

Estreia adiada

A vela deveria ter sido um dos esportes disputados na primeira edição das Olimpíadas, em 1896, em Atenas. Entretanto, condições meteorológicas desfavoráveis impediram a realização das provas. Com isso, a modalidade só pôde estrear na edição seguinte, em 1900, em Paris.

Star fica de fora

Uma das classes mais tradicionais da vela em Olimpíadas, a Star não será disputada em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro. Em 2011, o conselho da Federação Internacional de Vela (ISAF) decidiu tirar a classe das Olimpíadas do Rio. O Brasil conquistou seis medalhas olímpicas na Star: duas de ouro, uma de prata de e três de bronze.



Acesse também 

Confederação Brasileira de Vela (CBVela)
Site: www.cbvela.org.br
E-mail: cbvela@cbvela.org.br
Federação Internacional de Vela (ISAF): www.sailing.org

Esportes Olímpicos: Triatlo

História
Apesar de muitos afirmarem que o triatlo surgiu no Havaí (onde nasceu, na verdade, a prova chamada de Iron Man), foi na cidade californiana de San Diego que o esporte foi idealizado, em 1974, em um clube de atletismo. No local, era hábito passar planilhas de treinamentos aos atletas antes do período de férias, com exercícios, em geral, de natação e de ciclismo para eles manterem a forma sem ter que, obrigatoriamente, praticar exercícios de atletismo.
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Foto: Getty Images
Quando os atletas retornavam das férias, os instrutores promoviam testes com a turma para avaliar quem, de fato, tinha se exercitado no período longe dos treinos. Esses testes consistiam em uma combinação de 500 metros de natação, seguido por 12 quilômetros de ciclismo e, finalmente, cinco quilômetros de corrida. Os atletas adoraram a tarefa e requisitaram que, no ano seguinte, o teste fosse promovido novamente, desta vez de forma mais organizada e contando com a presença dos salva-vidas de San Diego, que tinham fama de bons esportistas. A disputa reuniu 55 participantes, e os atletas “oficiais” levaram a melhor.
Para 1976, os salva-vidas propuseram modificações: cerca de 700 metros de natação no mar, 15 quilômetros de ciclismo na avenida da praia e arredores e corrida cross country de 4,5 quilômetros. Para essa disputa, 95 pessoas se inscreveram, e ela foi realizada nesse formato outras três vezes. A partir dali, o triatlo passou por várias modificações, ganhou força e atraiu adeptos ao redor do mundo, até que, em 2000, fez sua estreia em Olimpíadas, em Sydney.
Hoje, o triatlo olímpico consiste em uma disputa de 1.500 metros de natação, 40 quilômetros de ciclismo e 10 quilômetros de corrida. Existe uma variante, com distâncias bem mais longas e que também se tornou tradicional. Trata-se do Iron Man, disputado no Havaí, que tem distâncias de 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida.
A International Triathlon Union (ITU), entidade que administra o esporte em nível mundial, foi fundada em março de 1989, na cidade francesa de Avignon. No Brasil, a modalidade passou a ser praticada em 1981, e a primeira competição oficial foi realizada no Rio de Janeiro, em 1983. A Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) nasceu em 1991.

Curiosidades

Vácuo liberado

Para ser aceito como esporte olímpico, o triatlo teve que passar por várias modificações. Uma das principais se deu nas regras, que passaram a aceitar o uso do vácuo no ciclismo – o ciclista que segue logo atrás de um adversário consegue manter velocidade “sugando” a energia do que está à sua frente.
Acesse também
Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri)
Site: www.cbtri.org.br
E-mail: cbtri@cbtri.org.br
União Internacional de Triathlon: www.triathlon.org

Esportes Olímpicos: Tiro Esportivo

História
As armas de fogo, obviamente, não surgiram com propósito esportivo. Elas mudaram o rumo de guerras e batalhas, antes travadas com espadas, arcos e flechas e no combate corpo a corpo. Os primeiros registros do uso de armas de fogo em guerras surgem em 1346, durante confronto entre ingleses e franceses. A partir de então, os armamentos foram evoluindo, diminuindo de tamanho e ganhando cada vez mais importância nos combates.
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Foto: Getty Images
Como esporte, o tiro se misturou muito com a prática militar, que pode ser considerada a origem da modalidade. As linhas de tiro utilizadas nos combates serviram como modelo para as primeiras competições, com disputas nas posições deitado, de joelhos e em pé. Em 1867, surgiu o Campo de Instrução de Chalôns, na França, onde foi realizada uma prova de tiro ao alvo com fuzis.
Além dos militares, os clubes de caça também deram sua contribuição para a criação do tiro esportivo. A atividade dos caçadores inspirou inclusive algumas das provas que existem atualmente, como skeet e fosso.
O tiro esportivo esteve presente nos Jogos Olímpicos desde a primeira edição, em 1896, em Atenas. Até 1964, em Tóquio, somente os homens participavam. As primeiras mulheres competiram na Cidade do México-1968, nas provas com os homens. As primeiras disputas exclusivamente femininas surgiram em Los Angeles-1984, em duas categorias: pistola de ar e carabina de ar. Atualmente, o tiro esportivo é disputado em 15 categorias, sendo nove masculinas e seis femininas.

Curiosidades

Quase perfeito

O canadense Gerald Ouellette conquistou a medalha de ouro na prova de carabina deitado em Melbourne-1956 com um desempenho perfeito. Depois de acertar os 60 tiros no centro do alvo, Ouellette quebrou o recorde mundial da modalidade, com 600 pontos conquistados. Mas o desempenho histórico acabou rendendo ao canadense apenas a medalha de ouro, sem o reconhecimento da marca histórica.
Um erro dos organizadores australianos custou a Ouellette o recorde mundial. Na hora de montar o alvo, eles o posicionaram 1,5m mais perto do que deveria. Sem a distância correta, o atirador do Canadá não pôde ter seu desempenho reconhecido.

Primeira medalha feminina

Antes de disputarem os Jogos Olímpicos na categoria exclusivamente feminina, as mulheres disputavam as medalhas com os homens. E foi assim, em Montreal-1976, que a norte-americana Margaret Murdock se tornou a primeira mulher a subir ao pódio olímpico no tiro esportivo.
Em uma disputa acirradíssima com seu compatriota Lanny Bassham, Margaret teve de se contentar com a prata em razão dos critérios de desempate. Os dois terminaram a prova com 1.162 pontos, mas Bassham tinha três séries de 100 pontos contra apenas duas da rival. Mesmo com o ouro no pescoço, Bassham não concordava com a regra. Em uma atitude inesperada e emocionante, puxou a companheira de equipe para o lugar mais alto do pódio na hora da execução do hino nacional dos Estados Unidos.

Nove países com ouro

As Olimpíadas de Londres-2012 distribuíram medalhas de ouro para nove países diferentes nas 15 categorias do tiro esportivo. Os únicos que conseguiram repetir títulos foram os Estados Unidos, a Coreia do Sul, a Itália e a China. Os norte-americanos e os sul-coreanos foram os melhores, com três medalhas de ouro cada um. Italianos e chineses subiram ao topo do pódio duas vezes cada.
Além deles, também conquistaram medalhas de ouro atletas da Grã-Bretanha, da Croácia, de Cuba, da Bielorrússia e da Romênia.
 
Acesse também 
Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE)
Site: www.cbte.org.br
Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF): www.issf-sports.org

Esportes Olímpicos: Tiro com Arco

História
Na classificação das grandes invenções da humanidade, o arco e flecha ocupa posição de destaque. Com registros que remontam à Pré-História, essa ferramenta permitiu ao homem ampliar a capacidade de caça e, posteriormente, mudou a forma dos combates nas guerras, passando a ser utilizada como uma das principais armas durante séculos.
Com a descoberta da pólvora e o desenvolvimento de armas mais poderosas, o arqueirismo se transformou em esporte e passou a ser praticado em vários países. Em 1828, foi fundada, nos Estados Unidos, a Associação Nacional de Arquerismo, que, em 1879, organizou o primeiro Campeonato Americano da modalidade. Em 1884, realizou-se o 1º Campeonato Inglês de Tiro com Arco.
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Foto: worldarchery.org
Em 1930, foi fundada a Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA), que agiu rápido e organizou no ano seguinte o primeiro Campeonato Mundial, na Polônia.
Na trajetória dos Jogos Olímpicos, o arco e flecha foi incluído na disputa muito antes da fundação da FITA. Na edição de Paris, em 1900, houve competição da modalidade pela primeira vez, tendo se repetido nos Jogos de St. Louis-1904, Londres-1908, e Antuérpia-1920. Entre os anos de 1924 e 1968, o tiro com arco deixou de fazer parte do programa olímpico, tendo retornado apenas em 1972, em Munique, de forma permanente até os dias de hoje.
O tiro com arco chegou ao Brasil na década de 1950, pelas mãos de Adolpho Porta, um comissário de vôo da Panair do Brasil. À época, ele estava baseado em Lisboa, onde se encantou pelo esporte. Em 1955, quando retornou ao Brasil, desembarcou no Rio de Janeiro trazendo na bagagem alvos, arcos e flechas, além de um regulamento da Federação Internacional.
Em 19 de novembro de 1958, foi fundada a Federação Metropolitana de Arco e Flecha, no Rio de Janeiro. Em 1991, nasceu a Federação Brasileira de Tiro com Arco, mas a primeira participação do Brasil em Olimpíadas ocorreu bem antes disso, em 1980, nos Jogos de Moscou.
A disputa

O campo de competição deve ser plano e sem obstáculos para os arqueiros. Somente esse tipo de categoria (outdoor) e o arco recurvo ou olímpico fazem parte dos Jogos Olímpicos e Pan-Americanos. Nas Olimpíadas, ocorrem disputas apenas na prova FITA Olympic Round – 70m individual e por equipes, no masculino e no feminino.

Curiosidades

Robin Hood

O lendário herói da Idade Média empresta seu nome a uma das jogadas mais raras do tiro com arco: aquela em que o atleta consegue acertar a parte de trás de uma flecha que já está fincada no alvo e, assim, partir a flecha em questão. Quando isso ocorre, a jogada é chamada de Robin Hood e o atleta pode levar a flecha para casa para guardá-la como troféu de seu feito.
Recorde de medalhas
O belga Hubert Van Innis detém o recorde de medalhas conquistadas no tiro com arco em Olimpíadas. Nos Jogos de Paris-1900, ele faturou duas medalhas de ouro e uma da prata. Vinte anos depois, nas Olimpíadas da Antuérpia, em 1920, conquistou quatro medalhas de ouro e duas de prata.
Domínio coreano
Os atletas da Coreia do Sul dominam o tiro com arco no cenário internacional. Das quatro medalhas de ouro em disputa nas Olimpíadas de Londres-2012 (FITA Olympic Round – 70m individual e por equipe, masculino e feminino), os coreanos faturaram três.
 
Acesse também
Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco)
Site: www.cbtarco.org.br
E-mail: cbtarco@cbtarco.org.br 
Federação Internacional de Tiro com Arco: www.worldarchery.org

Esportes Olímpicos: Tênis de Mesa

História
A capacidade de adaptação e a criatividade foram fatores fundamentais para a criação do tênis de mesa. Como o irmão mais famoso depende de boas condições climáticas para ser praticado, um dia de chuva acabou resultando nos primeiros pequenos passos do tênis de mesa. Por volta de 1880, jogadores de um clube inglês improvisaram um novo jogo por causa do mau tempo. Sobre uma mesa de sinuca, com livros como raquetes, um barbante como rede e uma bola de tênis normal, surgiram as primeiras raquetadas do tênis de mesa.
Encarado como brincadeira no começo, o desenvolvimento da modalidade começou com regras bem similares às do tênis de quadra. O grande passo dado pelo esporte veio em 1890, com a introdução da bola de celulóide, perfeita para a prática do esporte. A partir dali, o tênis de mesa começou a dar passos mais largos rumo à modernização.
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Foto: CBTM
Em 1900, o esporte chegou à China, introduzido por ocidentais. Um marco importantíssimo, já que atualmente a China é a grande potência da modalidade. Ainda assim, foi na Europa que surgiu a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, em inglês), em 1926. A federação instituiu regras mais claras e realizou já naquele ano o primeiro Mundial. Nas décadas seguintes, a competição foi dominada pelos europeus, mas a história mudaria.
Com a evolução da tecnologia, as raquetes ganharam uma cobertura de esponja que alteraram de maneira fundamental a parte técnica da modalidade. Com o avanço, veio também o crescimento avassalador dos orientais no esporte. A superioridade é tamanha que a romena Angelica Rozeanu-Aldestein, campeã em 1955, foi a última não-asiática a vencer o Campeonato Mundial feminino no individual.
O reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional veio em 1977. Quatro anos mais tarde, o tênis de mesa foi aceito no programa das Olimpíadas. A estreia ocorreu em 1988, em Seul. Das 12 medalhas distribuídas naquela edição, nove ficaram com atletas asiáticos. A China dominou a disputa entre as mulheres, levando ouro, prata e bronze. No masculino, a Coreia do Sul, jogando em casa, ficou com ouro e prata, enquanto o sueco Erik Lindh faturou o bronze. Nas duplas, a China foi ouro, Iugoslávia prata e Coreia bronze entre os homens. Já entre as mulheres, as coreanas conquistaram a medalha de ouro. A China terminou com a prata e a Iugoslávia com o bronze.
A partir das Olimpíadas de Pequim-2008, os jogos de duplas foram substituídos pelas disputas por equipe. Os chineses conquistaram a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino, em simples e por equipes. O resultado se repetiu em Londres, quando os chineses dominaram os quatro eventos novamente. Além dos quatro ouros, a China ainda faturou duas pratas na Inglaterra, justificando o status de potência do tênis de mesa.

Curiosidades

O gigante chinês
Desde que entrou no programa olímpico, o tênis de mesa distribuiu 28 medalhas de ouro. A China ficou com nada menos do que 24 medalhas, um aproveitamento de mais de 85%. Além dos chineses, apenas outros dois países subiram ao lugar mais alto do pódio: Coreia do Sul (três vezes) e Suécia.
A última vez que um chinês não ficou com o ouro em um torneio olímpico de tênis de mesa foi em Atenas-2004. O sul-coreano Seungmin Ryu levou a melhor sobre o chinês Hao Wang na final de simples daquele ano. Além de Wang, o também chinês Liqin Wang completou o pódio no terceiro lugar.
Outro feito impressionante dos chineses é o domínio completo das medalhas de ouro em duas edições consecutivas dos Jogos. Em Atlanta-1996 e Sidney-2000, eles conquistaram todas as medalhas de ouro em disputa. O mesmo ocorreu em Pequim-2008 e Londres-2012. Caso isso se repita no Rio de Janeiro-2016, será a primeira vez que a China domina completamente três Olimpíadas seguidas no tênis de mesa.

A pequena campeã
A baixinha Deng Yaping precisou superar o preconceito  antes de se tornar uma verdadeira lenda da modalidade. Com apenas 1,50m de altura, Deng só conseguiu ser convocada para a Seleção Chinesa de tênis de mesa em 1988, quando tinha 15 anos. Isso poderia ter ocorrido antes, já que aos 13 Deng já era a campeã chinesa, mas acabou  preterida por causa da estatura.
O talento da mesatenista falou mais alto. De 1989 a 1997, Deng conquistou impressionantes nove títulos mundiais, entre simples e duplas. Nas Olimpíadas, foi igualmente impressionante. Tanto em Barcelona-1992 quanto em Atlanta-1996, a baixinha conquistou a medalha de ouro em simples e duplas. Em 1999, foi reconhecida como a personalidade esportiva do século na China, coroando a brilhante carreira.
 
Acesse também 
Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)Site: www.cbtm.org.br
E-mail: cbtm@cbtm.org.br
Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF): www.ittf.com

Esportes Olímpicos: Tênis

História

Antes de ser jogado com raquetes, o tênis tem suas origens em modalidades disputadas na Antiguidade apenas com a palma das mãos. Há registros de jogos disputados apenas com uma bola e as mãos desde o Egito Antigo até a Europa do século 5. Uma versão mais parecida com o tênis moderno surgiu no século 12, na Itália e na França, onde monges praticavam algo similar em pátios fechados, delimitando o espaço de jogo.

Até chegar às regras e às delimitações de quadra que possui hoje, o tênis passou por muitas mudanças. Adotado pelos aristocratas europeus, passou a dividir espaço com outra modalidade bastante praticada à época: o croquet. Tanto que um tradicional clube britânico, o All England Croquet, passou a ser chamado de All England Lawn Tennis and Croquet Club, onde até hoje é realizado o Torneio de Wimbledon.

Foi questão de tempo para a criação de entidades nacionais e da federação internacional. Com regras definidas, o primeiro torneio foi realizado em 1877, na Inglaterra. O primeiro jogador a dominar o circuito foi o britânico W. Ravenshaw, responsável por introduzir a técnica do voleio. Campeão pela primeira vez em 1881, ele colecionou troféus por sete anos.

O tênis estreou logo na primeira edição dos Jogos Olímpicos, em 1896, em Atenas. Até 1924, os títulos olímpicos foram basicamente dominados por britânicos, franceses e norte-americanos. Em Amsterdã-1928, a modalidade não fez parte do programa olímpico e só retornou em Seul-1988.

A partir dos Jogos de Sydney-2000, o tênis olímpico passou por uma alteração fundamental. O torneio começou a contar pontos para o ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), atraindo os principais nomes do esporte, que antes desdenhavam as Olimpíadas para priorizar a preparação para outros torneios. Nas últimas duas edições, tenistas consagrados entre os melhores do mundo conquistaram o ouro olímpico: o espanhol Rafael Nadal, em Pequim-2008, e o britânico Andy Murray, em Londres-2012.

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Curiosidades

Convite e fraternidade

A estreia do tênis nas Olimpíadas, em Atenas-1896, teve um campeão inusitado. A princípio, John Pius Boland viajou para a Grécia como um mero espectador. Lá ele acabou conhecendo o grego Dionysios Kasdaglis, que o convenceu a se inscrever no torneio de tênis. Boland aceitou o convite e, surpreendentemente, chegou à final justamente contra Kasdaglis. Deixando a amizade de lado, Boland venceu por 6/2 e 6/2 e conquistou o primeiro ouro da história dos Jogos no tênis.

Quatro anos depois, em Paris-1900, outra situação diferente chamou a atenção. Classificados para a semifinal do torneio de tênis, os irmãos H. Laurence Doherty e Reginald Doherty se enfrentariam por uma vaga na final. Mas o confronto não ocorreu. Reginald, o mais velho, recusou-se a jogar contra o irmão, permitindo que ele avançasse à final e conquistasse a medalha de ouro ao bater Harold Mahoney. Reginald ficou com o bronze. Juntos, os irmãos conquistaram um total de nove títulos de Wimbledon.

A alemã Steffi Graf tinha apenas 19 anos e já era a número um do mundo quando atingiu um feito até hoje inédito na história do tênis. Em 1988, Graf chegou às Olimpíadas de Seul como campeã dos quatro mais importantes torneios daquele ano, o chamado Grand Slam: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open. O que faltava para o ano perfeito da alemã? A medalha de ouro olímpica.

A incrível Steffi Graf

Com uma série de 35 vitórias – cinco meses – sem perder uma partida sequer, Graf chegou como favorita e entrou para a história do esporte. Na final, ela venceu a argentina Gabriela Sabatini por um duplo 6/3 e completou o ciclo de títulos no mesmo ano. Quatro anos antes, quando era uma adolescente de 15 anos, a alemã — então a mais nova do torneio — já tinha vencido a disputa olímpica do tênis, que à época era esporte de demonstração.

Acesse também 

Confederação Brasileira de Tênis (CBT)
Site: www.cbtenis.com.br
E-mail: pro@cbtenis.com.br
Federação Internacional de Tênis (ITF): www.itftennis.com

Esportes Olímpicos: Taekwondo

História
De origem coreana, taekwondo significa “a arte de usar os pés e as mãos na luta”. Há mais de dois mil anos, o rei Ching Heung, da 24ª dinastia Silla, formou uma tropa de elite com guerreiros especialistas em combates corporais. Batizado de Hwa Rang Do, o grupo funcionava como os samurais japoneses. Além de exímios lutadores usando armas como lança, arco e flecha e espada, os integrantes dessa tropa se especializaram em artes marciais, em especial o soo bak, que utilizava amplamente os pés e as mãos. No período da dinastia Koryo (924-1392), os mestres desenvolveram 25 posturas de luta, cujas técnicas formaram a base para o nascimento do taekwondo que se conhece hoje.
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Foto: Getty Images
Após a invasão japonesa na Coreia, que durou de 1909 a 1945, as artes marciais praticadas pelos coreanos foram proibidas. Eles só retomaram o hábito de treiná-las após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
O nome taekwondo só passou a ser adotado na metade da década de 1950, quando, ainda sob os efeitos da Guerra da Coreia, travada entre 1950 e 1953, o general Choi Hong-hi teve sucesso na empreitada de unir diversas escolas de diferentes estilos de arte marcial sob uma única luta, batizada de taekwondo. Em 1964, realizou-se o primeiro campeonato nacional na Coreia e, em 1965, foi fundada a Korea Taekwondo Federation.
No Brasil, a modalidade foi introduzida em 1970, com a chegada do mestre Song Min Cho a São Paulo. O primeiro Campeonato Brasileiro aconteceu em 1973, ano em que foi fundada, na Coreia do Sul, a World Taekwondo Federation (WTF), entidade que organizou, já em 1973, o primeiro Campeonato Mundial.
Nas Olimpíadas de Seul-1988 e de Barcelona-1992, o taekwondo participou como esporte de exibição. Ficou ausente dos Jogos de Atlanta-1996 e retornou em Sydney-2000, quando foi incluído no programa olímpico e passou a valer medalhas.

Curiosidades


Jackie Chan
Nas Olimpíadas de Sydney, a lutadora britânica Sarah Stevenson ficou famosa por ter um padrinho financeiro conhecido no mundo inteiro pelos filmes de luta: Jackie Chan. Sarah não chegou ao pódio, mas passou perto, ficando na quarta colocação.
Medalha para o Brasil
Nas Olimpíadas de Pequim-2008, a lutadora Natália Falavigna conquistou a medalha de bronze e se tornou a única atleta do taekwondo brasileiro até hoje a subir no pódio olímpico. 
Acesse também 
Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD)
Federação Mundial de Taekwondo (WTF): www.worldtaekwondofederation.net

Esportes Olímpicos: Saltos Ornamentais

História
Engana-se quem imagina que a arte de saltar de várias alturas rumo à água nasceu recentemente. A prática que deu origem aos saltos ornamentais está registrada em murais pintados há cerca de 4 mil anos. Essas pinturas mostram povos babilônicos, caldeus e os antigos egípcios mergulhando de pontos elevados, com o objetivo de alcançar comida ou buscar tesouros no fundo do mar.
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Foto: SSPress
Como esporte, as primeiras competições conhecidas datam de 1822 e foram realizadas em Tischy, na Alemanha. Entretanto, foi apenas em 1971 que pela primeira vez uma competição foi fotografada e documentada. Ela ocorreu na Inglaterra, e a ponte de Londres foi usada como plataforma. Anos depois, a capital inglesa ergueu uma torre de cinco metros que passou a ser usada como plataforma para saltos e, a partir daí, o esporte se difundiu até chegar aos Estados Unidos.
Mas foi apenas em 1973 que a Federação Internacional de Natação (Fina) realizou o primeiro Campeonato Mundial, em Belgrado, na então Iugoslávia. Nas Olimpíadas, a modalidade já fazia parte do programa de competições desde os Jogos de St. Louis, em 1904, com provas de plataforma exclusivas para homens.
 
Curiosidades

Em sincronia

Apesar de se tratar de uma modalidade disputada há mais de um século em Olimpíadas, foi apenas na edição de Sydney, em 2000, que as competições de saltos sincronizados passaram a fazer parte do programa olímpico. Nelas, os atletas saltam em duplas, com o desafio de executar os movimentos de forma idêntica e ao mesmo tempo.

Primeira vez no Brasil

A primeira competição de saltos ornamentais ocorrida no Brasil se deu no Rio de Janeiro, em 1913, na enseada de Botafogo. O vencedor foi Adolpho Wllisch, também o primeiro saltador do país a disputar uma Olimpíada, em 1920, na Antuérpia, edição que marcou a estréia do Brasil em Jogos Olímpicos.
Acesse também
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)
Site: www.cbda.org.br
Federação Internacional de Natação (FINA): www.fina.org

Esportes Olímpicos: Rúgbi

História

O surgimento do rúgbi tem duas vertentes a serem consideradas. A primeira remete à semelhança da modalidade com outras que já eram jogadas nas civilizações mais antigas, como entre os romanos, por exemplo. Ainda que alguns considerem o rúgbi uma simples evolução desses esportes, a criação em si é creditada ao estudante da Rugby School da Grã-Bretanha, William Webb, que durante uma partida de futebol, em 1823, pegou a bola com as mãos e correu até o gol.

Polêmicas a parte, foram alunos da própria Rugby School, com ajuda de outros de Cambridge, entre 1845 e 1848, que elaboraram de fato as primeiras regras da modalidade. O rúgbi viu sua primeira federação nacional — a Rugby Football Union, da Inglaterra — surgir em 1871, mesmo ano em que escoceses e ingleses disputaram a primeira partida internacional, vencida pela Escócia. Mais tarde, em 1886, surgiu a International Rugby Board, entidade que regulamenta o esporte até hoje.
Nos Jogos do Rio de Janeiro-2016, o rúgbi será uma das novidades, ao lado do golfe. Mas a modalidade já tem sua pequena história olímpica documentada. Foi disputada nos Jogos de Paris-1900, Londres-1908, Antuérpia-1920 e Paris-1924. Nas quatro participações, França, Austrália e Estados Unidos (duas vezes) sagraram-se campeões olímpicos.
Em 2016, no entanto, estará em disputa uma modalidade chamada de rúgbi 7, com partidas mais velozes e dinâmicas. Essa versão, em que cada equipe joga com sete atletas, em vez de 15, foi criada na Escócia, no fim do século 19, mas só começou a ganhar o mundo em 1921, quando se realizou o primeiro torneio fora da Escócia. A Copa do Mundo do rúgbi 7 foi criada em 1993, entre os homens, e em 2009, para as mulheres.

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Curiosidades

Sucesso de público

Embora ainda fosse relativamente novo, o rúgbi conquistou um feito e tanto nas Olimpíadas de Paris-1900, a primeira da história da modalidade: o maior público de todos os eventos daquela edição dos Jogos. No total, 6 mil pessoas assistiram à final entre França e Inglaterra, sendo 4.389 pagantes.
Na decisão, os franceses conquistaram a primeira medalha de ouro da história do rúgbi olímpico. A final foi vencida pelos donos da casa por 27 a 8.

Confusão na final

De volta a Paris em 1924, as Olimpíadas tiveram novamente um excelente público na decisão do rúgbi. Mais uma vez, os franceses fizeram a final diante de sua torcida. O adversário agora era o time dos Estados Unidos, que atropelou os donos da casa e venceu por 17 a 3.
Revoltado por conta de jogadas que provocaram lesões em dois atletas franceses, o público que lotava o estádio – quase 40 mil pessoas – provocou uma grande confusão. Além das brigas, os torcedores vaiaram e xingaram os norte-americanos, que tiveram de deixar a cerimônia da entrega da medalha sob escolta policial.
Acesse também 
Confederação Brasileira de Rugby
Site: www.brasilrugby.com.br
E-mail: office@brasilrugby.com.br
Conselho Internacional de Rugby (IRB): www.irb.com