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Hoje na História: 04/09/1875 - Saiba o que foi o Motim das Mulheres de Rio Grande do Norte

 


Em 04 de setembro de 1875, ocorria em Mossoró, no Rio Grande do Norte, O Motim das Mulheres. Cerca de 130 donas de casa saíram em passeata pelas ruas da cidade protestando contra a obrigatoriedade do alistamento militar.

A história começa com a regulamentação do recrutamento do Exército e Armada pelo gabinete do Visconde do Rio Branco, durante o reinado de Dom Pedro Segundo.

A decisão não foi bem recebida na Província do Rio Grande do Norte, onde várias comunidades se organizaram em sinal de protesto.

O povo dizia que a regulamentação seria usada pelos chefes políticos da época para recrutar os filhos dos adversários, como estava sendo feito em Mossoró.

O movimento foi liderado por Dona Anna Floriano, Dona Maria Filgueira e Dona Joaquina Maria de Góis, esposas de políticos e autoridades de Mossoró.

Revoltadas com as denúncias de manipulação política, elas iniciaram a manifestação e o motim tomou as ruas da cidade.

Munidas de utensílios domésticos como panelas, frigideiras, conchas e colheres de pau, as mulheres foram até a Igreja Matriz de Santa Luzia e rasgaram os editais fixados no quadro de avisos. Em seguida, se dirigiram à casa do escrivão do juiz de Paz e tomaram e rasgaram o livro e os papéis relativos ao alistamento.

Não satisfeitas, foram até a redação do Jornal “O Mossoroense” e destruíram os editais que seriam publicados no dia seguinte.

As mulheres partiram então para a Praça da Liberdade, onde entraram em choque corporal com um grupo de soldados da Força Pública que ali estava para dominar a rebelião.

Algumas mulheres ficaram feridas e o protesto não se agravou mais graças à interferência de populares que acabaram com a confusão.

Logo após o movimento, o juiz de Direito, João Antônio Rodrigues, comunicou o fato ao presidente da Província, João Bernardo Galvão Alcanforado Júnior, que mandou instaurar um inquérito para apurar o ocorrido. O processo desapareceu do arquivo do Departamento de Segurança Pública.

Segundo o historiador Vingt-un Rosado o episódio de Mossoró não foi um caso isolado, tendo ocorrido semelhante manifestação em outros pontos da Província.

O que diferenciou o movimento de Mossoró dos demais foi o fato de ter sido organizado e executado apenas por mulheres, por amor aos seus filhos.

 

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Hoje na História: 04/09/1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.

 


Há 173 anos foi criada a Lei Eusébio de Queirós, também conhecida como  ou Lei Ato Adicional. Uma legislação brasileira promulgada em 4 de setembro de 1850, que recebeu esse nome em homenagem ao seu autor, o deputado Eusébio de Queirós.

Essa lei teve como objetivo principal a proibição do tráfico negro no Brasil, ou seja, a importação de africanos como escravos. Ela representou um dos marcos da história do país, pois gradualmente contribuiu com o fim desse comércio, embora a escravidão tenha persistido no Brasil até mesmo após assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Uma das medidas tomadas no contexto do movimento abolicionista no Brasil, que buscava a libertação dos escravos e a abolição da escravidão no país. Ela teve como consequências a diminuição gradual da população escrava no Brasil, à medida que o tráfico negreiro foi desestimulado e reprimido.

Determinando a punição das pessoas envolvidas nesse crime e estabeleceu que os escravizados apreendidos devessem ser reexportados para os terminais de origem ou para qualquer outro ponto fora do Império.

Nos casos onde não fosse possível a reexportação, os africanos seriam empregados em trabalho sob a tutela do governo, não sendo em nenhum caso os seus serviços concedidos a particulares.

Com a extinção do tráfico, a solução encontrada para o problema da mão-de-obra foi o comércio interprovincial, que abastecia o sudeste produtor de café, num momento em que as tradicionais lavouras nordestinas encontravam-se em crise.

Além disso, o governo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas plantações, ao mesmo tempo em que reorganizou a política de acesso à terra, com a chamada Lei de Terras, de 1850.

É importante notar que a abolição da escravidão no Brasil foi um processo complexo que envolveu várias etapas, incluindo a Lei Eusébio de Queirós, a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885), antes da promulgação da Lei Áurea em 1888 , que decretou o fim oficial da escravidão no país.

Afinal, a Lei n.º 581/1850 foi de fato executada?

Historiadores criticam que a Lei Eusébio de Queirós n.º 581/1850, foi abertamente ignorada, e o tráfico negreiro continuou extremamente ativo no Brasil. Houve certa ação da lei contra o tráfico entre 1831 e 1832, mas, a partir de 1833, a atividade ganhou força e seguiu bastante ativa até 1845.

Essa lei tinha como objetivo garantir a proibição do tráfico negreiro ao mesmo tempo em que garantiria que os escravos que foram trazidos ao país entre 1831 e 1845 fossem mantidos como escravos, porém na pratica não ocorreu como planejado.

Nesse período também, houve até movimentação política para que a Lei Feijó fosse revogada. Além disso, o governo ignorava os navios negreiros que chegavam ao Brasil, carregados de africanos.

Vale dizer que Eusébio de Queirós (o idealizador da Lei)  era uma figura problemática, uma vez que, como chefe de polícia, cargo que ocupou entre 1833 e 1844, ficou conhecido por negligenciar os navios negreiros que desembarcavam no Rio de Janeiro.

A vida após a escravidão, não foi nada fácil, a transição da escravidão para a liberdade trouxe uma série de desafios econômicos, raciais, sociais e políticos.

Muitos ex-escravizados enfrentam dificuldades econômicas significativas após a emancipação. Eles frequentemente careciam de recursos e propriedades e não tinham acesso a empregos remunerados. Muitos acabaram trabalhando nas mesmas plantações ou em condições de trabalho semelhantes às da escravidão, mas agora como trabalhadores assalariados.

Ao longo do tempo, houve avanços inovadores na luta pela igualdade de direitos e oportunidades para os afrodescendentes em muitos países. No entanto, desafios persistentes, como o racismo institucional e a desigualdade econômica, continuam a ser questões importantes a serem enfrentadas.

Apesar das dificuldades, as comunidades negras continuaram a preservar e celebrar sua cultura e identidade. Isso incluía a música, a religião, a culinária e outras tradições que desempenharam um papel fundamental na formação da cultura afrodescendente.

Imagem: 
Título: Le diner. Les dèlassemens d’une aprés
Data: 1835 - 1835
Dimensões físicas: w31 x h49 cm
Designer; Lithographer: Jean Baptiste Debret (del.); Thierry Frères (lith.)
Procedência: Museu Imperial/Ibram/Minc
Tipo: litografia
Acervo: Museu Imperial/Ibram-MinC

 

FONTE: FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES / GOVERNO FEDERAL

 

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Quem foram os bandeirantes?

 


Entre os séculos 16 e 7, os bandeirantes atuaram na captura de escravos fugitivos, no aprisionamento de índios e na procura de pedras e metais preciosos.

Eles desbravaram o interior do Brasil, partindo, especialmente, das vilas de São Paulo e São Vicente. Estavam sempre armados e eram violentos: nas primeiras três décadas do século 17, mataram ou escravizaram cerca de 300 mil índios, destruindo mais de 50 missões organizadas por padres jesuítas.

Esses homens transformaram São Paulo em um dos maiores centros de escravagismo indígena de todo o continente. E escolheram a cidade paulista por dois motivos: ela ficava no centro das rotas para o sertão e perto dos índios carijós (do litoral) e guaranis (do Paraguai).

As expedições organizadas pelos bandeirantes eram chamadas de bandeiras — o nome nasceu do costume europeu de levantar uma bandeira em sinal de guerra. No início, tinham como objetivo apenas a captura de índios para que trabalhassem em plantações. Os homens seguiam o curso dos rios, abrindo trilhas. Somente após o século 17 é que as bandeiras passaram também a procurar ouro e pedras preciosas – mas, a essa altura, muitos índios já haviam morrido.

 

Saiba quem foram os principais bandeirantes brasileiros!

Antonio Raposo Tavares (1598-1658): foi o maior caçador de escravos no tempo em que viveu (capturou 117 pessoas). Natural de Alentejo (Portugal), chegou ao Brasil com 20 anos. Em 1627, organizou a primeira bandeira contra Guairá, na região sul do país.

Fernão Dias Pais (1608-1681): em busca de metais preciosos, comandou uma expedição, entre 1647 e 1681, pelo interior mineiro. O bandeirante encontrou apenas turmalinas (pedras preciosas de variadas cores) e morreu durante a viagem.

Domingos Jorge Velho (1641-1705): não falava português, mas era fluente em tupi-guarani. Foi contratado pelo governo para destruir o quilombo dos Palmares (saiba mais no capítulo 8), em uma bandeira que começou no início de 1694 e levou quase um ano para terminar.

 

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A Divisão Clássica da História


Periodização da história é um método cronológico usado para contar e separar o tempo histórico da humanidade em segmentos denominados época, era, idade ou período. A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade, que costuma dividir a história humana por convenção; e exclusivamente para fins didáticos.

Em cinco períodos, épocas ou idades — ao que se denomina periodização clássica da história — como a Pré-história, a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. As ocorrências significativas para a História Geral, tomando como referência a Europa, e que delimitaram essa divisão são, cronologicamente: a invenção da escrita (c. 4000 a.C.); a queda do Império Romano (476 d.C.); a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim da Guerra dos Cem Anos na Europa (1453); e a Revolução Francesa (1789).

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra; e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e atividades de caça e coleta. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e à criação das primeiras cidades. É dividida entre Idade da pedra e Idade dos metais, sendo a primeira subdividida em Paleolítico e Neolítico, enquanto a segunda em Idade do Cobre, Idade do bronze e Idade do ferro.

Foram feitas grandes descobertas, sem as quais hoje seria muito difícil viver:

  •     No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
  •     No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais; e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
  •     Na Idade dos Metais: fundição dos metais; e utilização destes no fabrico de instrumentos. O último período da Pré-História demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia;
  •     Após o homem pré-histórico descobrir a existência de outros povos (civilizações), eles começam a disputar entre si, para determinar quem era o mais forte, onde o grupo perdedor serviria como escravo. Nasce, então, o primeiro método de escravidão.


Após a invenção da escrita, foram estabelecidas quatro idades:

  •     Idade Antiga ou Antiguidade — compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina, Mesopotâmia, Irã e Fenícia. Abrange também as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma;
  •     Idade Média — Compreende-se do ano 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos; e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa;
  •     Idade Moderna — considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista;
  •     Idade Contemporânea — compreende de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.


Críticas à periodização clássica

Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:

  •     O advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-colombianas;
  •     As mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente; e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo o fim de um modo de produção como o feudalismo;
  •     Mesmo nesta periodização, há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..."

 

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Fontes:
  • O Tempo na História. Zahar, 1993. pp. 97. ISBN 8571102090
  •  de Vargas Gil, Carmem Zeli. A docência em História: reflexões e propostas para ações. Edelbra Editora Ltda. pp. 48. ISBN 8536011149
  • B. Buchaul, Ricardo. Gênese da Maçonaria no Brasil: a história antes do Grande Oriente do Brasil. Clube de Autores, 2011. pp. 41.
  • SILVA, Joaquim e PENNA, J. B. Damasco, op. cit.
  • SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral, ed. Ática, São Paulo, 6ª ed., 1972

Hidrografia: Tipos de rios quanto à forma de escoamento da água

 


Rios intermitentes ou temporários – são aqueles que correm em apenas um período do ano, ou seja, secam nas épocas de estiagem. Existem casos em que essa dinâmica é natural, sobretudo em regiões de grande variação climática anual. Todavia, há outros casos em que a manifestação desse tipo de rio é fruto da ação humana. Vale lembrar que os rios que congelam durante uma parte do ano e, por isso, deixam de apresentar os movimentos de suas águas também são classificados como intermitentes.


Rios perenes – são aqueles que correm o ano inteiro, ou seja, não apresentam interrupção no fluxo de suas águas sobre nenhum período, seja ele de seca, seja de cheia. Esses rios são alimentados por uma fonte contínua que faz com que o nível de suas águas nunca fique abaixo da superfície terrestre.


Rios efêmeros – são aqueles que se manifestam apenas em ocasiões de grandes chuvas, sendo do tipo pouco comum e de previsão pouco efetiva. Em alguns casos, eles levam décadas para manifestar-se e podem acarretar enchentes, principalmente quando há ocupação humana das áreas de ocorrência desses rios em seu período de seca.


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Qual foi a primeira ferrovia brasileira?

 


No século XIX foi construída a primeira ferrovia do Brasil, enquanto o país ainda estava sob o regime imperial.

Um projeto de sucesso, responsável pela construção da Estrada de Mauá, que ficava no estado do Rio de Janeiro, capital do país na época.

O responsável por essa grande empreitada foi Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como o famoso Barão de Mauá. Ele era um grande empresário industrial, banqueiro e investidor brasileiro, e teve um papel muito importante para o investimento e exploração da ideia de construção da primeira ferrovia do Brasil, que posteriormente teve a alcunha concedida a ele, no nome da ferrovia.

Assim nasceu a primeira ferrovia do Brasil, inaugurada pelo Barão de Mauá e com o apoio do Imperador Dom Pedro II, no dia 30 de abril de 1854.

Motivos pelos quais nasceu a primeira ferrovia do Brasil

Muitos foram os motivos para construir a primeira ferrovia do Brasil. Logo após as várias nações do mundo construírem suas ferrovias, o Brasil sentiu a necessidade de se adaptar às grandes inovações que cresciam a cada dia, se alinhado aos países de primeiro mundo.

Lógico que um país como o Brasil, com uma dimensão imensa, precisava, na época, ligar os territórios nacionais, mas isso teria que acontecer de uma forma muito bem estudada e bem investida. O primeiro passo era o mais importante! Por isso a construção da Estrada de Ferro Mauá, a primeira ferrovia do Brasil, foi fundamental.

No século XIX, o regime imperial começava a perder forças importantes para o país – a exportação e importação eram a base do sistema e seria essencial que essa base fosse mantida, junto com o desenvolvimento produtivo interno.

Como na época o Brasil era um dos principais produtores de café, o meio utilizado para importar e exportar os grãos eram os navios, que viviam num fluxo constante e vinham, principalmente, de Portugal.

Esse foi um dos principais motivos pelo qual era tão essencial melhorar e explorar as produções cafeeiras, adaptando-se a modelos de modernidade, aperfeiçoando o abastecimento do produto e o fluxo entre municípios e pessoas. Assim nascia a Estrada de Ferro Mauá!

Essa foi a abertura para uma era de crescimento. Logo após sua construção, novas ferrovias foram ganhando forma, resultando num aumento significativo da produtividade e, principalmente, da comercialização do café e vários outros produtos.

Trajeto da Estrada de Ferro Mauá

A Estrada de Ferro de Mauá tinha uma extensão de aproximadamente 14,5 km, que ligava o Porto de Mauá a Fragoso (RJ), que nos dias de hoje corresponde a um bairro do município de Magé.

Sua principal função era abastecer os trens com as cargas que chegavam dos portos e garantir que chegassem aos municípios pela ferrovia. Com o passar do tempo, o trajeto aumentou, passando dos 15 km.

É sempre muito importante o surgimento de novidades, principalmente quando traz inovações que geram soluções pontuais, proporcionando crescimento e lucro – e com a construção da Estrada de Ferro de Mauá isso foi muito bem ilustrado.

A construção da primeira ferrovia do Brasil ampliou as formas de transportar as mercadorias, trouxe melhora na qualidade da entrega, tanto das exportações como no abastecimento, garantindo agilidade nas importações. Novas empresas e empresários começaram a investir, ajudando no crescimento das ferrovias.

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História das Ferrovias no Brasil


 

A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886. 

Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte. 

As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.

A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro. 

 

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Fonte: IPHAN

Pedro da Silva Pedroso, o Pardo do Recife: Soldado valente que tentou fazer do Brasil um país só de negros e mulatos

 


Em maio de 1817, no comando do Forte de Cinco Pontas, no Recife, o coronel Pedro Pedroso aguardava a chegada de um exército inimigo, que vinha da Bahia para botar abaixo a república proclamada em Pernambuco, dois meses atrás. Porém, o general Domingos Teotônio — então, à frente das tropas pernambucanas — decretou a retirada do Recife e ele não chegou a entrar em combate.

Em setembro de 1824, a situação se repetiu: Pedroso estava novamente pronto a lutar pelo Recife. Dessa vez, contudo, do lado oposto, marchando na armada despachada do Rio de Janeiro pelo imperador Pedro I contra mais um movimento libertário, lançado por antigos revolucionários de 1817: a Confederação do Equador. Mas ele não se achava um traidor, pois o seu projeto político era outro, acima e além da pendenga entre monarquistas e republicanos…

O PARTEIRO

“Negro, em festa de branco, é o primeiro que apanha e o último que come”. Nesse ditado popular se resumia toda a ideologia do “Pardo do Recife”, como Pedro Pedroso apelidara a si mesmo. A causa pela qual lutava era, em primeiro lugar, a sua gente, os pretos e mulatos escravizados ou livres, mas sempre desvalidos. E, em segundo lugar, os seus interesses pessoais, é claro, que ele também estava longe de ser santo — um São Benedito, se fosse o caso; mas, seguramente, santidade não era o seu forte.

Pobre, semiletrado, porém muito inteligente, enérgico e valente, ele abriu caminho na vida à custa do próprio esforço. Alistou-se como praça no regimento de Artilharia e chegou a capitão, o posto máximo que um mulato brasileiro podia aspirar no exército português. Tornou-se conhecido, respeitado, amado e temido no meio do povo. E, além de ser o xodó das escurinhas, também arrancava suspiros de muitas brancas “de família” que, por trás das gelosias, o viam passar pelas ruas, alto, bonito, elegante, com suas longas costelas e fartos bigodes, sempre montando cavalos magníficos.

No dia seis de março de 1817, Pedroso serviu de “parteiro” da Revolução. Quando o capitão José de Barros Lima — o “Leão Coroado” — recusou a ordem de prisão dada pelo brigadeiro português Manoel Barbosa e o matou, foi ele que tirou a espada ensanguentada das mãos do camarada para, empunhando-a, assumir o comando do Regimento de Artilharia do Recife. E, em seguida, proclamou o início do levante, logo apoiado pelos recifenses e depois por todo Pernambuco, pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte. Além disso, foi ele que, naquele dia, sem titubear, mandou fuzilar o coronel Tomás de Aquino, enviado pelo governador português Caetano Pinto para parlamentar com os militares rebelados, assim acabando com qualquer possibilidade de recuo do movimento.

DISCRIMINAÇÃO

Também foi Pedroso que, dias depois, já instalado o Governo Provisório de Pernambuco, invadiu a sala onde os cinco governadores estavam reunidos e ameaçou de morte um deles, o advogado José Luís Mendonça. Assim, forçou Mendonça a retirar uma proposta de buscar acordo com o príncipe D. João, que estava prestes a ser aprovada. Foi ele, ainda, que, com muita luta, conseguiu arrancar daquele governo o primeiro ato abolicionista já decretado no Brasil, concedendo alforria aos escravos que se alistassem no exército. E foi ele que, pessoalmente, treinou a primeira tropa de cativos assim libertos.

Finalmente, foi Pedroso que mais insistiu para que os inimigos da Revolução fossem tratados com rigor. Para dar exemplo ele até mandou, por conta própria, fuzilar três desertores da tropa em praça pública. Mas os governadores não o escutaram — foram frouxos, em sua opinião —, o movimento foi derrotado e o seu desencanto começou.

Com dezenas de outros patriotas, Pedroso foi preso e despachado para a Bahia, e lá sentiu a discriminação doer ainda mais, porque partia dos seus próprios companheiros. Os negros eram, de fato, os primeiros a apanhar e os últimos a comer, e não apenas nas festas dos brancos, mas até na cadeia, junto com eles!

Então ele perdeu o pouco respeito que ainda tinha pelos republicanos. Estes seriam até piores que os outros brancos, porque iludiam os pretos com falsas promessas. Ora, se eles praticassem a liberdade, a igualdade e a fraternidade que pregavam, a escravidão não teria cessado nos Estados Unidos quando aquele país ficou independente, em 1776? E por que ela não fora extinta nas colônias francesas, após a Revolução de 1789? Certos, para ele, estavam os negros do Haiti que, em 1804, mataram ou expulsaram todos os “caiados” daquela ilha!

Pela República em 1817 e contra ela em 1824

Após a anistia de 1821, mais segregação. Pedroso não foi libertado com os outros e sim enviado para Portugal, acusado de mandar matar o coronel Aquino. Mas foi perdoado e voltou para sua terra. E aqui estava, em fevereiro de 1822, quando foi procurado por Antônio de Menezes Drummond, agente do ministro José Bonifácio, que andava às turras com Gervásio Pires, então presidente de Pernambuco. Na época, Bonifácio defendia que o Brasil proclamasse a independência de Portugal e se tornasse um império, regido pelo príncipe D. Pedro. Mas Gervásio temia que, indo por esse caminho, o resto do país continuasse sendo oprimido e explorado pela corte do Rio de Janeiro, e vacilava em apoiar essa proposta.

Drummond não teve dificuldade em ganhar Pedroso para a sua causa com promessas de melhorias de vida para o povo e aumento de soldo para os militares. Então, com o prestígio popular que tinha, o Pardo agitou as tropas e as massas. E, em setembro, derrubou o governo de Gervásio, sendo premiado com o comando das tropas de Pernambuco.

Mas o novo governo, a “Junta dos Matutos”, formado por senhores de terras e escravos, também não nutria grande simpatia pelas causas abolicionistas e populares. E o Pardo, achando que as circunstâncias lhe eram favoráveis, resolveu dar um passo à frente. Ele sublevou o 3º e 4º regimentos, os “Bravos da Pátria” e os “Montabrechas”, formados por negros e mulatos, respectivamente, e no dia 21 de fevereiro de 1823 o Recife foi tomado pela malta de pele escura, dando vivas ao Haiti e recitando uma quadrinha que anunciava o fim de todos “marinheiros” (portugueses) e “caiados” (brancos) no Brasil.

A “Pedrosada”, porém, foi abafada, e Pedroso despachado para o Rio de Janeiro. E lá estava preso quando os pernambucanos rebelaram-se mais uma vez, em 1824, na Confederação do Equador. Então, sabendo da liderança que ele exercia sobre o povo pobre daquela província, D. Pedro I lhe ofereceu anistia e o comando das tropas de volta, em troca do seu apoio. E o Pardo do Recife aceitou participar de mais uma “festa de brancos”, ainda com a esperança de que um dia, no Brasil, os pretos e mulatos fossem os últimos a apanhar e os primeiros a comer. E nessa expectativa viveu até morrer de velhice, no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Blog Diário de Pernambuco

 

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Herança afrodescendente em Pernambuco

O texto encontrado no site da Secretaria de Cultura de Recife, Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, resume bem o aspecto da herança em questão: “a herança africana, trazida por milhões de negros e negras vítimas do tráfico transatlântico, com uma enorme diversidade de grupos étnicos, fez do Brasil a segunda maior população de negros do mundo fora da África. Vivendo em condições desfavoráveis, essa população negra brasileira, ao longo de sua história, utilizou-se de mecanismos diversos para resistir à escravidão, que mesmo depois de um século abolida, faz amargar frutos que geram a necessidade de uma resistência permanente. Essa herança de luta está representada nas formas singulares de manifestações culturais, artísticas e religiosas. O sonho de liberdade e dignidade do povo negro expressa-se de forma marcante na dança, na música, nas artes plásticas, que tanto ajudou a preservar a memória ancestral do povo negro brasileiro. No Recife, as diversas manifestações culturais afro-brasileiras têm papel fundamental na rica cultura local. São de matrizes africanas, em sua grande maioria, as manifestações populares que colorem os quatro cantos desta cidade. (...)” 

Em oposição ao legado negativo da escravidão, existe uma herança afrodescendente positiva e riquíssima no estado de Pernambuco, que se manifesta sobretudo na cultura: música, dança, comida, etc. Nota-se, também, a influência afrodescendente na oralidade da fala pernambucana, recheada de vocábulos provenientes da africanidade linguística (banda, cachimbo, fubá e moloque, como exemplos), assim como alguns fenômenos linguísticos da oralidade e do português popular que são atribuídos à influência africana, como o apagamento do /r/ no final das palavras e a falta de concordância nominal, no português não padrão. Essas influências também ocorrem em outras regiões do Brasil, mas de forma diferenciadas localmente, muitas vezes. 

Muito dessa herança sobreviveu às perseguições e às discriminações, adaptando-se. Os terreiros de candomblé de Recife, para esquivarem-se da política de repressão do estado, transformaram- -se em sociedades carnavalescas, como o maracatu. Os negros, disfarçados de nobres, reverenciavam a "Corte Real", mas na verdade evocavam os seus deuses. E assim continuaram por décadas, resistindo e sendo discriminados. O Maracatu (Rural ou Urbano), que atualmente faz parte do carnaval de Pernambuco, é propriamente um desfile carnavalesco, remanescente das cerimônias de coroação dos reis africanos. A tradição teve início pela necessidade dos chefes tribais, vindos do Congo e de Angola, de expor sua força e seu poder, mesmo com a escravidão.

Outro exemplo é o Frevo (Frevo de Rua, Frevo Canção ou Frevo de Bloco), que teve origem na capoeira, cujos movimentos foram estilizados para evitar a repressão policial. O nome vem da ideia de fervura (pronunciada incorretamente como “frevura”). É uma dança coletiva, executada com uma sombrinha, que seve para manter o equilíbrio e embelezar a coreografia. Atualmente, é símbolo do carnaval pernambucano.

Além desses ritmos, podemos citar o forró (com influências também indígenas e europeias; baião, xote, xaxado e côco, que fazem parte do forró), o manguebeat (movimento de contracultura surgido em Recife, que mistura outros ritmos regionais, como maracatu, com hip hop, música eletrônica, etc) e a ciranda (um tipo de música e dança típica da Ilha de Itamaracá).





A Capoeira, trazida pelos negros de Angola, inicialmente, não era praticada como luta, mas como dança religiosa. Mas, no século XVI, para resistir às expedições que pretendiam exterminar Palmares (quilombo localizado na Capitania de Pernambuco, no território do atual estado de Alagoas), os escravos foragidos aplicavam os movimentos da capoeira como recurso de ataque e defesa. Em 1928, um livro estabeleceu as regras para o jogo desportivo de capoeira e ilustrou seus principais golpes e contragolpes. O capoeirista era considerado um marginal, um delinquente. O Decreto-lei 487 acabou temporariamente com a capoeira, mas os negros resistiram até a sua legalização. E em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como Bem Cultural de Natureza Imaterial.

Na culinária pernambucana, o legado africano é encontrado em muitos pratos e temperos, com destaque para alguns produtos que de lá vieram e que hoje são elementos fundamentais na alimentação: a banana, o amendoim, o azeite de dendê, a manga, a jaca, o arroz, a cana de açúcar, o coqueiro e o leite de coco, o quiabo, o caruru, o inhame, a erva-doce, o gengibre, o açafrão, o gergelim, a melancia, a pimenta malagueta, a galinha d’angola entre outros. Com a escassez da alimentação do escravo, os negros inventaram o pirão escaldado (massapê) e o mungunzá, por exemplo.

Tantas lutas pelo comércio de especiarias e você usando tempero artificial!



Definição (o que são) e exemplos

As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram e ainda são utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz-moscada, açafrão, cardamomo e ervas aromáticas.

 

As especiarias na História

Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima. O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na época, como, por exemplo, as especiarias.

No século XV, os comerciantes de Gênova e Veneza, cidades italianas, tinham o monopólio destas especiarias. Compravam no Oriente, principalmente na Índia e China, e vendiam com alta porcentagem de lucro no mercado europeu. Estas especiarias eram levadas para Europa através da rota do Mar Mediterrâneo, dominada pelos comerciantes italianos.

No século XVI, os portugueses descobriram uma rota alternativa para chegar ao oriente, através da navegação pela costa africana. Passaram a comprar as especiarias diretamente na fonte e tiraram o monopólio dos italianos. As caravelas portuguesas chegavam à Europa carregadas de especiarias, que eram vendidas com altas taxas de lucro. Portugal se tornou uma potência econômica da época.

 

Quais riscos os temperos industrializados representam à saúde?

Os temperos industrializados são um dos alimentos mais consumidos pelo brasileiro e representam uma forma prática e rápida para serem utilizados durante o preparo das refeições. Contudo, essa praticidade pode comprometer à saúde, como aponta a nutricionista  Caroline Gargantini. “Temperos industrializados são muito práticos, além de realçarem o sabor da comida, porém, os consumidores não sabem o que ingerem - quando consomem esse tipo de produto. Normalmente, eles contém excesso de sódio, glutamato monossódico (GSM), aromatizantes e conservantes artificiais. É muito comum as pessoas relatarem mal-estar depois de ingerirem uma comida com essa substância", afirma.

 De acordo com a nutricionista, ao longo dos anos, segundo o FDA (agência regulatória para alimentos, medicamentos e cosméticos dos Estados Unidos), alguns sintomas foram relacionados ao seu consumo como dores de cabeça, aceleração dos batimentos cardíacos, dores no peito, dormência ou formigamento no rosto e pescoço, asma, palpitações e sudorese. “ Por isso, é importante evitar o consumo desses caldos de legumes em cubos e temperos prontos em pó”, pontua.

O nutricionista Rubens Gomes também enfatiza que esses produtos estimulam “doenças silenciosas” ao organismo humano. “Quando se fala em glutamato monossódico, fala-se de uma substância que causa reações adversas como as alergias cutâneas, náuseas, vômitos, enxaquecas, asma, taquicardia, tonturas e depressão”, declara. 

Mas, contudo, será que isso significa optar por comida sem sal? A educadora física Dora Rodrigues discorda. Para ela, não é preciso preciso abolir o sal, mas tomar cuidado quanto ao exagero. “Claro que o excesso do sal não é bem-vindo, aumenta a retenção de líquidos no organismo e pode elevar a pressão arterial, mas o que a maioria das pessoas não leva em consideração é que o sal entrega todos os dias um mineral fundamental e essencial para a ativação do metabolismo,  que é o Iodo”, afirma. Dora destaca ainda que o equilíbrio entre o uso do sal, a variação e abundância de temperos naturais ressaltam os sabores dos alimentos e favorecem o fornecimento de micronutrientes fundamentais para a saúde. 

 

Alhos fritos vendidos em supermercados

Além dos temperos industrializados, alhos fritos encontrados em supermercados também devem ser evitados, de acordo com os especialistas. “A primeira vista, esses produtos parecem inocentes e muito práticos, mas ao verificar o rótulo, notamos que também tem sódio. Contudo, o mais preocupante, é perda do valor nutricional. Logo de início, 90% da alicina [agente antibacteriano, dentre outros benefícios] existente no alho cru, é perdida. E depois de 45 dias de armazenamento essa substância é inexistente”, pontua a nutricionista Caroline Gargantini.

A especialista ainda ressalta que todo tipo de preparação com o alho, leva a perdas nutricionais e funcionais, mas a situação se agrava, de fato, quando ocorre a fritura. “O mais recomendado é colocar o tempero junto com a comida para cozinhar”, complementa. 

 

Substituir o tempero industrializado por opções naturais 

O nutricionista Rubens Gomes orienta optar pelo sal (sem exageros), além de temperos naturais que incluem opções como: coentro, salsa, cebolinha, manjericão, cardamomo, orégano, alho, etc. “Essas alternativas conferem  sabor inigualável e podem fornecer micronutrientes importantes à saúde, ao contrário dos temperos industriais artificiais”, afirma. 

Já Carolina Gargantini também cita especiarias como alecrim, orégano, dentre outros. “Então, a dica é que sempre que possível, cozinhe com alimentos frescos, naturais e saudáveis. Planeje sua refeição. Invista na sua qualidade de vida e sua saúde agradecerá”, finaliza.

 

 

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A Primeira Guerra Mundial



 "A Primeira Guerra Mundial foi um marco na história da humanidade. Foi a primeira guerra do século XX e o primeiro conflito em estado de guerra total – aquele em que uma nação mobiliza todos os seus recursos para viabilizar o combate. Estendeu-se de 1914 a 1918 e foi resultado das transformações que aconteciam na Europa, as quais fizeram diferentes nações entrar em choque.

O resultado da Primeira Guerra Mundial foi um trauma drástico. Uma geração de jovens cresceu traumatizada com os horrores da guerra. A frente de batalha, sobretudo a Ocidental, ficou marcada pela carnificina vivida nas trincheiras e um saldo de 10 milhões de mortos. Os desacertos da Primeira Guerra Mundial contribuíram para que, em 1939, uma nova guerra acontecesse."



CAUSAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

As causas da Primeira Guerra Mundial são extremamente complexas e envolvem uma série de acontecimentos não resolvidos que se arrastavam desde o século XIX: rivalidades econômicas, tensões nacionalistas, alianças militares etc.

De maneira geral, os principais fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial foram:

  •     disputas imperialistas;
  •     nacionalismos;
  •     alianças militares;
  •     corrida armamentista.

"Na questão imperialista, o enfoque pode ser dado ao temor que a ascensão da Alemanha gerou em nações como Rússia, França e Grã-Bretanha. Os alemães haviam passado pelo processo de unificação na segunda metade do século XIX e, após isso, lançaram-se à busca de colônias para seu país. Isso prontamente chamou a atenção da França, por exemplo, que via seus interesses serem prejudicados com o fortalecimento alemão.

A questão dos nacionalismos envolveu diferentes nações. A Alemanha encabeçava um movimento conhecido como pangermanismo. Esse movimento nacionalista servia como suporte ideológico para o Império Alemão defender os seus interesses de expansão territorial no começo do século XX. O pangermanismo ainda se expressava nas questões econômicas, pois os alemães pretendiam colocar-se como a força econômica e militar hegemônica da Europa.

Na questão nacionalista, havia também o revanchismo francês. Essa questão envolvia os ressentimentos que existiam na França a respeito do desfecho da Guerra Franco-Prussiana, conflito travado entre Prússia e França em 1870 e 1871. A derrota francesa foi considerada humilhante, principalmente por dois fatores: a rendição ter sido assinada na Galeria dos Espelhos, no Palácio de Versalhes, e pela perda da Alsácia-Lorena. Após o fim desse conflito, a Prússia autoproclamou-se como Império Alemão.

A questão nacionalista mais complexa envolvia os Bálcãs, região no sudeste do continente europeu. No começo do século XX, os Bálcãs eram quase inteiramente dominados pelo Império Áustro-Húngaro, que estava em ruínas por causa da multiplicidade de nacionalidades e movimentos separatistas que existiam em seu território.

A grande tensão nos Bálcãs envolvia a Sérvia e a Áustria-Hungria na questão referente ao controle da Bósnia. Os sérvios lutavam pela formação da Grande Sérvia e, por isso, desejavam anexar a Bósnia ao seu território (a Bósnia era parte da Áustria-Hungria desde 1908 oficialmente). Esse movimento nacionalista de sérvios era apoiado pela Rússia por meio do pan-eslavismo, ideal em que todos os eslavos estariam unidos em uma nação liderada pelo czar russo.

Tendo em vista todo esse quadro de tensão e rivalidades, as nações europeias meteram-se em um labirinto de alianças militares, que acabou sendo definido da seguinte maneira:

  •     Tríplice Entente (Potências Unidas): formada por Rússia, Grã-Bretanha e França.
  •     Tríplice Aliança (Potências Centrais): formada por Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Itália.


Esses acordos militares incluíam cláusulas secretas de cooperação militar caso uma nação fosse atacada por outra nação adversária. Por fim, toda essa hostilidade deu a garantia para todas as potências e chefes de Estado na Europa de que a guerra era apenas questão de tempo. Por essa razão, as nações europeias iniciaram uma corrida armamentista com o objetivo de se fortalecer para o conflito que ocorreria.

DEFLAGRAÇÃO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial iniciou o primeiro grande conflito internacional do século vinte. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, e de sua esposa, a arquiduquesa Sofia, em Saraievo, no dia 28 de junho de 1914, desencadeou as hostilidades que começaram em agosto de 1914 e se prolongaram por várias frentes durante os quatro anos seguintes.

 

Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, a arquiduquesa Sofia.

Para fins de estudo, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é dividida em 3 fases:

  1. Guerra de Movimento (1914)
  2. Guerra de Posição ou de Trincheiras (1915-1917)
  3. Segunda Guerra de Movimento/Fase Final (1918)

 

1ª Fase: Guerra de Movimento (1914)


 

Nos primeiros meses da guerra, a estratégia de movimentação de tropas foi amplamente utilizada para tomada de posições no front.

Os alemães se movimentaram rapidamente e em poucas semanas estão a menos de 50 km de Paris. Por sua parte, o general francês Joffre, consegue rechaçar o avanço na sangrenta batalha do Marne, em 1914.

A estratégia da guerra seguia os moldes do século XIX: um ataque da carga de cavalaria, acompanhada pela infantaria. No entanto, os tempos haviam mudado e não se mostrou eficiente diante das posições defendidas por metralhadoras pela cobertura da artilharia.

Aos poucos, os exércitos adotaram o mecanismo de trincheiras cavadas ao longo de toda a frente de combate.

 

2ª Fase: Guerra de Posição ou de Trincheiras (1915-1917)


 

A segunda fase da guerra foi marcada pela Guerra de Trincheiras ou de Posição.

Sem conseguir romper as linhas de defesa inimigas, os beligerantes desejam conservar a qualquer preço as posições conquistadas.

As trincheiras são, portanto, uma estratégia defensiva, inicialmente adotada pelos exércitos alemães, foi utilizada também pelos aliados.

As trincheiras eram verdadeiros complexos defensivos compostos por túneis e valas. Ali, durante meses, milhares de soldados lutavam, comiam e dormiam, abrigados dos tiros.

Contudo, estavam expostos aos projéteis de artilharia, armas químicas e ataques aéreos, além das intempéries e doenças causadas pelo ambiente insalubre. A cada duas semanas os soldados que ficavam nas trincheiras eram trocados pelos da retaguarda.

À frente das trincheiras, o terreno era coberto com estacas e uma proteção de arame farpado. Poucas centenas de metros separavam as linhas inimigas formando entre elas um terreno acidentado.

Deste modo, muitos soldados sucumbiram presos às cercas de arame, alvejados por metralhadoras ou tiros de canhões. Os feridos só podiam ser resgatados à noite e, mesmo assim, era uma operação muito perigosa.

Foi o período mais sangrento da guerra, onde as batalhas duravam semanas ou até meses, com a perda e retomada de posições e um saldo grande de baixas para ambas as partes. Igualmente, não se verificou conquistas de posições significativos para os beligerantes.

Essa estratégia manteve-se eficaz até a utilização de tanques de guerra, pelos ingleses, em 1916, quando conseguiram romper as defesas das trincheiras.

 

1917


 

O ano de 1917 é um marco na guerra.

Ocorre a Revolução Russa onde o Imperador Nicolau II e sua família são presos. O novo governo, de orientação socialista, decide-se retirar-se do campo de batalha assinando o Tratado de Brest-Litovski com os alemães.

Igualmente é o ano que os Estados Unidos entra na guerra ao lado das Potências Aliadas.

 

3ª Fase: Segunda Guerra de Movimento/Fase Final (1918)


 

Com a ajuda dos Estados Unidos, os Aliados voltam a ter a iniciativa da guerra. Mesmo assim, os exércitos ainda enfrentam batalhas duríssimas onde as baixas de ambos lados são enormes.

Apesar das conquistas alemãs, que tiraram a Rússia bolchevique da Guerra no final de 1918 e cujas tropas chegaram aos portões de Paris em meados do ano seguinte, os exércitos dos Poderes Unidos conseguiram vencer o exército alemão no rio Marne. A partir de então, eles avançaram persistentemente em direção às linhas alemãs na Frente Ocidental, de 8 de agosto a 11 de novembro de 1918, operação que ficou conhecida como “A Ofensiva dos Cem Dias".

As Potências Centrais começaram a se render, iniciando-se pela Bulgária e pelo Império Otomano [atual Turquia e Oriente Médio], em setembro e outubro, respectivamente. Em 3 de novembro, as forças austro-húngaras assinaram uma trégua próximo a Pádua, na Itália. Na Alemanha, em Kiel, a rebelião dos marinheiros da marinha daquele país desencadeou uma grande revolta nas cidades costeiras alemãs e nas principais áreas municipais de Hannover, Frankfurt em Main e Munique. Conselhos de trabalhadores e soldados, baseados no modelo soviético, incitaram a eclosão da chamada "revolução alemã"; foi estabelecida a primeira "república de conselhos" (Räterrepublik) sob a liderança do Social-Democrata Independente (USPD), Kurt Eisner, na Bavária. O forte Partido Social-Democrata (SPD) Alemão, sob a direção de Friedrich Ebert, viu aqueles novos conselhos como elementos desestabilizadores e defendeu a opinião popular alemã que clamava por uma reforma parlamentar e pela paz.

 

ARMISTÍCIO


 

Em 9 de novembro de 1918, em meio à agitação difundida entre a população e abandonado pelos comandantes do seu exército, o Imperador (Kaiser) Guilherme II abdicou do trono alemão. No mesmo dia, Philipp Scheidemann, representante do SPD, proclamou a república na Alemanha, com um governo provisório liderado por Friedrich Ebert. Dois dias depois, os representantes alemães, liderados pelo representante do Partido Católico Central (Zentrum), Matthias Erzberger, se reuniram, em um trem na Floresta de Compiègne, com uma delegação das vitoriosas Potências Unidas, lideradas pelo Marechal-de-Campo francês Ferdinand Foch, o comandante geral das forças unidas, e a Alemanha aceitou os termos do armistício.

Às 11 horas do dia 11 de novembro (11/11) de 1918, os combates na Frente Ocidental cessaram. A "Grande Guerra", como seus contemporâneos a denominavam, havia terminado mas o enorme impacto do conflito nas esferas internacionais, políticas, econômicas e sociais ainda seria sentido por décadas.

 

PERDAS DURANTE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


 

A Primeira Guerra Mundial foi uma das guerras mais destrutivas da história moderna. Quase dez milhões de soldados morreram como resultado das lutas, um número que excedeu, em muito, as perdas militares de todas as guerras dos cem anos anteriores em conjunto. Embora seja difícil fazer uma estimativa precisa do número de baixas, calcula-se que aproximadamente 21 milhões de homens foram feridos em combate.

O grande número de perdas para todos os participantes do conflito deveu-se, em parte, à introdução de novos armamentos, como a metralhadora e o emprego de gás, e também à incapacidade dos líderes militares de ajustarem suas táticas à natureza cada vez mais mecanizada da guerra. A política de atritos, especialmente na Frente Ocidental, custou a vida de centenas de milhares de soldados. No dia 1º de julho de 1916, a data em que houve o maior número de baixas em um único dia, só o exército britânico ,no rio Somme, perdeu cerca de 57.000 soldados. A Alemanha e a Rússia tiveram o maior número de baixas militares: cerca de 1.773.700 e 1.700.000 mortos, respectivamente. A França perdeu dezesseis por cento de suas forças mobilizadas, a mais alta taxa de mortalidade em relação ao número de tropas em combate.

Nenhum órgão oficial manteve registros cuidadosos das perdas civis durante os anos de guerra, mas estudiosos garantem que pelo menos 13.000.000 de não-combatentes também morreram como resultado direto ou indireto das hostilidades. Houve também um enorme aumento na mortalidade de militares e civis no fim da Guerra com a chegada da "Gripe Espanhola", a epidemia de gripe mais letal da história. Milhões de pessoas foram expulsas ou deslocadas de suas residencias na Europa e na Ásia Menor como resultado do conflito. As perdas de propriedades e de indústrias foram catastróficas, principalmente na França e na Bélgica, areas onde os combates foram os mais intensos.

Sem conseguir o apoio popular e dos seus próprio oficiais, o Kaiser Wilhelm II teve que aceitar os termos de rendição. Diante da revolta Espartaquista, que eclodiu em Berlim, o Kaiser renuncia e se retira à Holanda.

A paz foi assinada em 11 de novembro de 1918 pondo fim a quatro anos de sangrentos conflitos.

 

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Referências:

SILVA, Daniel Neves. "Primeira Guerra Mundial"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm. Acesso em 02 de junho de 2023. 

United States Holocaust Memorial Museum. “Introduction to the Holocaust.” Holocaust Encyclopedia. https://encyclopedia.ushmm.org/content/en/article/introduction-to-the-holocaust. Accessed on June 02, 2023.

BEZERRA, Juliana. Fases da Primeira Guerra Mundial. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fases-da-primeira-guerra-mundial/. Acesso em: 2 jun. 2023