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ALERTA: Aditivos alimentares - saiba por que essas substâncias fazem mal ao corpo

 


Você sabe qual é a grande diferença dos alimentos industrializados comparados aos naturais?

Os primeiros têm em sua composição ou preparo um grande número de substâncias químicas, que ajudam em sua conservação. “Os aditivos alimentares são substâncias adicionadas pela indústria aos alimentos com o objetivo de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades”, diz a nutricionista Fernanda de Campos Prudente Silva. O problema é que esses itens não agregam valor nutricional e ainda podem causar danos à saúde. Confira!

Mundo Químico

Essas substâncias não são poucas e estão realmente em quase tudo o que consumimos. “Dentre elas podemos citar, além dos aditivos alimentares, agrotóxicos, metais tóxicos, substâncias migrantes de embalagens plásticas, detergentes, poluentes, fumaça de carvão, etc. Tais substâncias são absorvidas pelo organismo, assim como princípios ativos químicos de medicamentos e nutrientes de alimentos”, afirma a nutricionista.

“Eles fazem mal porque são capazes e alterar a atividade hormonal ao se ligarem a receptores hormonais específicos e imitar suas funções. Com isso, podem estimular ou inibir a produção ou transporte de hormônios. Essas substâncias também potencializam a produção de radicais livres, que por si só atuam desregulando todo o organismo”, explica Fernanda.

Evite os aditivos alimentares

Desse modo, a grande questão é: como fugir ou administrar o teor de aditivos na alimentação? “O ideal é ingerir alimentos frescos, preparados em casa e não industrializados. Dar preferência a frutas, verduras e legumes orgânicos, sempre que possível, pois são isentos de agrotóxicos, e ficar atento às carnes consumidas, já que carnes vermelhas e frangos são ricas em hormônios. Além disso, é muito importante não usar embalagens plásticas e a base de alumínio para armazenar os alimentos, pois os plásticos contêm ftalatos e bisfenol A, substâncias que passam para os alimentos e agridem a saúde”, aconselha Fernanda.

Entenda os principais aditivos

Acidulantes: aumentam a acidez ou conferem sabor ácido. Dentre eles podemos citar o ácido cítrico (muito usado em refrigerantes de sabor laranja e limão), ácido tartárico (usado em geleias e sucos de uva), ácido fosfórico (usado em refrigerantes a base de cola), entre outros.

Corantes: substituem cores perdidas durante a preparação ou para tornar os alimentos mais atrativos visualmente.

Aromatizantes: fornecem sabores ou aromas particulares e podem ser naturais ou artificiais.

Conservantes: impedem ou retardam alterações dos alimentos provocadas por micro-organismos ou enzimas. Os mais usados costumam ter efeitos negativos na saúde, como o sorbato de sódio, nitrito e nitrato de sódio.

Edulcorantes: adoçam os alimentos sem fornecer açúcar e calorias, dentre eles destacam-se o aspartame, stévia, ciclamato monossódico, sacarina e sucralose.

 

Fonte: CLINONCO

Texto: Redação Alto Astral

Consultoria: Dra. Fernanda de Campos Prudente Silva, nutricionista da Clinonco – Clínica de Oncologia Médica

Acesse o link do Portal da Revista Alto Astral: https://www.altoastral.com.br/aditivos-alimentares-industrializados/

 

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Qual a diferença entre uma vitamina lipossolúvel e uma vitamina hidrossolúvel?

 


Todas as vitaminas são essenciais para o funcionamento adequado do organismo, mas essas substâncias se diferenciam em dois grandes grupos: As vitaminas hidrossolúveis, ou seja, solúveis em água; e as lipossolúveis, solúveis em gorduras. Cada grupo só consegue ser absorvido pelo organismo na presença dessas substâncias, seja água, ou gordura.

“Para as lipossolúveis serem absorvidas é necessário a presença também da bile e do sulco pancreático, além de lipídios. São elas as vitaminas A, D, E e K. Já as hidrossolúveis são todas as vitaminas do complexo B e a vitamina C. Estas são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório para os tecidos onde são utilizadas. Podem ser armazenadas no organismo em quantidades limitadas e a sua excreção é feita pela urina (com exceção da vitamina B12, que é retida no fígado)”, explica a nutricionista Ana Paula Moura.

Onde encontrar essas vitaminas na alimentação?

Ambos os grupos de vitaminas podem ser encontrados em alimentos de origem tanto animal quanto vegetal, de formas variadas. “As lipossolúveis são fornecidas, em geral, por alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos, leite e seus derivados. No entanto, existem exceções. A vitamina K também pode ser encontrada em abundância em vegetais folhosos (espinafre, brócolis, acelga); a vitamina E nas oleaginosas, como nozes, amêndoas e castanhas; e a vitamina A nos carotenoides (cenoura, abóbora, manga, mamão)”.

Já as hidrossolúveis são encontradas, em sua maioria, nos alimentos de origem vegetal. “É importante ressaltar uma exceção: a vitamina B12 só pode ser encontrada nos alimentos de origem animal, como carnes, ovos, leites”, pontua a nutricionista.

A vitamina C, por outro lado, é associada às frutas cítricas, mas não se limita a isso. “A vitamina C é encontrada em grande quantidade nas frutas cítricas, mas também em outras frutas e legumes, em menor quantidade. Vale destacar que o calor faz com que a vitamina C seja desnaturada, perdendo suas propriedades”, completa.


Riscos da falta e excesso de vitaminas no organismo

Tanto a falta quanto o excesso de vitaminas prejudicam reações metabólicas no organismo e, por isso, a ingestão destes nutrientes deve ser feita em moderação. Como as lipossolúveis são de mais difícil excreção, costumam trazer mais problemas relacionados à sobredose. A falta de vitaminas, por outro lado, é preocupante, pois leva a uma série de doenças que podem ser graves, dependendo do grau de deficiência. Por isso, é importante conversar com um nutricionista, que pode indicar uma dieta balanceada ou até mesmo a suplementação, caso necessário, de alguma vitamina.

“A deficiência de algumas vitaminas do complexo B pode levar à queda de cabelo, unhas fracas e rachadura nos lábios, por exemplo. A deficiência grave de vitamina A pode levar à cegueira noturna. A depressão pode ser causada por uma deficiência de vitamina B12, condição pouco explorada e investigada nos consultórios. A falta desta vitamina pode ainda levar à anemia, fraqueza muscular e formigamentos em pés e mãos”, conclui a nutricionista.

 

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Botânica: Principais grupos de plantas

Didaticamente, as plantas estão agrupadas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

 
Briófitas: plantas avasculares, ou seja, que não possuem vasos condutores de seiva. Elas não possuem raízes, caules e folhas verdadeiros e apresentam dependência da água para a reprodução. A fase do ciclo de vida dominante é o gametófito. Musgos, antóceros e hepáticas são exemplos de briófitas.

Pteridófitas: plantas vasculares sem sementes. Nesse grupo, observa-se ainda a dependência de água para a reprodução. A fase do ciclo de vida dominante é o esporófito. Samambaias e avencas são exemplos de pteridófitas.

Gimnospermas: plantas em que há o surgimento do grão de pólen e da semente. As sementes, no entanto, são nuas, ou seja, não são envolvidas por frutos. O surgimento do grão de pólen faz com que essas plantas não dependam mais da água para a reprodução. A fase do ciclo de vida dominante é o esporófito. São exemplos de gimnospermas os pinheiros e araucária.

Angiospermas: plantas que possuem flores e frutos. Essas duas características permitiram que esse grupo obtivesse um grande sucesso evolutivo e, hoje, representam cerca de 90% de todas as espécies vegetais. Assim como as gimnospermas, não dependem da água para a reprodução. A fase do ciclo de vida dominante é o esporófito. Mangueira, abacateiro, roseira, lírios, grama e arroz são exemplos de plantas angiospermas.

 

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Fonte: Brasil Escola

Alimentos energéticos: essenciais para a qualidade de vida


Alimentos energéticos: essenciais para a qualidade de vida


Os alimentos energéticos são indispensáveis para o fornecimento de energia para o organismo. Durante o processo de digestão, esses alimentos, ricos em carboidratos, são transformados em glicose e assim  fornecem energia para o corpo. 


Sem eles, uma simples caminhada seria inviável e até mesmo nossas funções neurais seriam prejudicadas. Batatas, arroz, aipim, pães e massas são exemplos de alimentos energéticos e que devem fazer parte da sua alimentação.


Embora os alimentos energéticos sejam frequentemente considerados prejudiciais à boa forma, não é preciso temê-los. Em uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, combinada com um estilo de vida ativo, esses alimentos podem ser consumidos sem culpa.


No entanto, é importante lembrar que o nutricionista é o profissional mais adequado para orientar sobre o plano alimentar ideal, personalizado para cada indivíduo e suas necessidades específicas, independentemente do objetivo desejado - perda de peso, ganho de massa muscular ou reeducação alimentar.

 

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Alimentos reguladores: fornecem disposição para o dia a dia


Alimentos reguladores: fornecem disposição para o dia a dia


Os alimentos reguladores são fontes de fibras, vitaminas e  minerais. Como o próprio nome revela, eles atuam na regulação das funções básicas do nosso organismo, como, por exemplo, o funcionamento do intestino, equilíbrio da microbiota intestinal  e até mesmo no fortalecimento da imunidade.


Frutas, legumes e hortaliças são os principais alimentos reguladores e não devem faltar na sua alimentação. Uma dieta com falta desses alimentos pode causar deficiências nutricionais, que podem causar desde o enfraquecimento dos cabelos e das unhas até mesmo problemas de memória.

 

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Alimentos construtores: atuam no fortalecimento e regeneração de tecidos




Alimentos construtores: atuam no fortalecimento e regeneração de tecidos


Os alimentos construtores são ricos em proteínas e atuam na regeneração e na formação de novos tecidos no corpo humano. 


Carnes animais, ovos, laticínios e leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, etc) se destacam entre os principais alimentos construtores. 


Esse grupo alimentar é fundamental para pessoas que querem manter ou aumentar a massa muscular, ou para quem está em algum processo de cicatrização da pele. . 


Além desses benefícios, os alimentos construtores ajudam no bom funcionamento da imunidade e trabalham também na formação de hormônios, ajudando a regular o metabolismo.


Você sabia que esses alimentos são indicados para atletas, crianças e até mesmo idosos? Nos casos dos atletas, os alimentos construtores ajudam na manutenção e ganho de massa muscular. 


Por sua vez, crianças e adolescentes necessitam desses alimentos para o processo de desenvolvimento e crescimento. Já no caso dos idosos, os alimentos construtores ajudam a prevenir e retardar a perda de massa muscular.

 

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Tantas lutas pelo comércio de especiarias e você usando tempero artificial!



Definição (o que são) e exemplos

As especiarias são temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas. Algumas especiarias também eram e ainda são utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As principais são: pimenta, gengibre, cravo, canela, noz-moscada, açafrão, cardamomo e ervas aromáticas.

 

As especiarias na História

Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima. O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na época, como, por exemplo, as especiarias.

No século XV, os comerciantes de Gênova e Veneza, cidades italianas, tinham o monopólio destas especiarias. Compravam no Oriente, principalmente na Índia e China, e vendiam com alta porcentagem de lucro no mercado europeu. Estas especiarias eram levadas para Europa através da rota do Mar Mediterrâneo, dominada pelos comerciantes italianos.

No século XVI, os portugueses descobriram uma rota alternativa para chegar ao oriente, através da navegação pela costa africana. Passaram a comprar as especiarias diretamente na fonte e tiraram o monopólio dos italianos. As caravelas portuguesas chegavam à Europa carregadas de especiarias, que eram vendidas com altas taxas de lucro. Portugal se tornou uma potência econômica da época.

 

Quais riscos os temperos industrializados representam à saúde?

Os temperos industrializados são um dos alimentos mais consumidos pelo brasileiro e representam uma forma prática e rápida para serem utilizados durante o preparo das refeições. Contudo, essa praticidade pode comprometer à saúde, como aponta a nutricionista  Caroline Gargantini. “Temperos industrializados são muito práticos, além de realçarem o sabor da comida, porém, os consumidores não sabem o que ingerem - quando consomem esse tipo de produto. Normalmente, eles contém excesso de sódio, glutamato monossódico (GSM), aromatizantes e conservantes artificiais. É muito comum as pessoas relatarem mal-estar depois de ingerirem uma comida com essa substância", afirma.

 De acordo com a nutricionista, ao longo dos anos, segundo o FDA (agência regulatória para alimentos, medicamentos e cosméticos dos Estados Unidos), alguns sintomas foram relacionados ao seu consumo como dores de cabeça, aceleração dos batimentos cardíacos, dores no peito, dormência ou formigamento no rosto e pescoço, asma, palpitações e sudorese. “ Por isso, é importante evitar o consumo desses caldos de legumes em cubos e temperos prontos em pó”, pontua.

O nutricionista Rubens Gomes também enfatiza que esses produtos estimulam “doenças silenciosas” ao organismo humano. “Quando se fala em glutamato monossódico, fala-se de uma substância que causa reações adversas como as alergias cutâneas, náuseas, vômitos, enxaquecas, asma, taquicardia, tonturas e depressão”, declara. 

Mas, contudo, será que isso significa optar por comida sem sal? A educadora física Dora Rodrigues discorda. Para ela, não é preciso preciso abolir o sal, mas tomar cuidado quanto ao exagero. “Claro que o excesso do sal não é bem-vindo, aumenta a retenção de líquidos no organismo e pode elevar a pressão arterial, mas o que a maioria das pessoas não leva em consideração é que o sal entrega todos os dias um mineral fundamental e essencial para a ativação do metabolismo,  que é o Iodo”, afirma. Dora destaca ainda que o equilíbrio entre o uso do sal, a variação e abundância de temperos naturais ressaltam os sabores dos alimentos e favorecem o fornecimento de micronutrientes fundamentais para a saúde. 

 

Alhos fritos vendidos em supermercados

Além dos temperos industrializados, alhos fritos encontrados em supermercados também devem ser evitados, de acordo com os especialistas. “A primeira vista, esses produtos parecem inocentes e muito práticos, mas ao verificar o rótulo, notamos que também tem sódio. Contudo, o mais preocupante, é perda do valor nutricional. Logo de início, 90% da alicina [agente antibacteriano, dentre outros benefícios] existente no alho cru, é perdida. E depois de 45 dias de armazenamento essa substância é inexistente”, pontua a nutricionista Caroline Gargantini.

A especialista ainda ressalta que todo tipo de preparação com o alho, leva a perdas nutricionais e funcionais, mas a situação se agrava, de fato, quando ocorre a fritura. “O mais recomendado é colocar o tempero junto com a comida para cozinhar”, complementa. 

 

Substituir o tempero industrializado por opções naturais 

O nutricionista Rubens Gomes orienta optar pelo sal (sem exageros), além de temperos naturais que incluem opções como: coentro, salsa, cebolinha, manjericão, cardamomo, orégano, alho, etc. “Essas alternativas conferem  sabor inigualável e podem fornecer micronutrientes importantes à saúde, ao contrário dos temperos industriais artificiais”, afirma. 

Já Carolina Gargantini também cita especiarias como alecrim, orégano, dentre outros. “Então, a dica é que sempre que possível, cozinhe com alimentos frescos, naturais e saudáveis. Planeje sua refeição. Invista na sua qualidade de vida e sua saúde agradecerá”, finaliza.

 

 

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Qual a diferença entre células procariontes e células eucariontes?


 

As células procariontes se distinguem das eucariontes por sua estrutura. Enquanto as células eucariontes têm estruturas complexas, formadas por membranas internas, citoesqueleto e um núcleo, as células procariontes não contém núcleo e outras organelas ligadas à membrana.

As células procariontes foram a única forma de vida na Terra por milhões de anos, até que as células eucarióticas mais complexas surgiram através do processo de evolução.

As células procariontes, ou procarióticas, são organismos sem um núcleo de célula ou qualquer outra organela ligada à membrana. Seu material genético fica disperso no citoplasma, e a maioria dos seres procariontes é unicelular, apesar de alguns procariotas serem multicelulares.

Algumas organelas encontradas nas células procariontes são:

- Cápsula
- Parede Celular
- Citoplasma
- Plasmídeo
- Membrana Celular
- Flagelo e Cílio
- Ribossomo
- Nucleoide


As células eucariontes, ou eucariotas, são organizadas em estruturas complexas por membranas internas e um citoesqueleto. A estrutura mais característica da membrana é o núcleo.

Algumas organelas encontradas nas células eucariontes são:
- Núcleo
- Retículo Endoplasmático
- Complexo de Golgi
- Lisossomos
- Peroxissomos
- Nucléolos
- Mitocôndrias
- Vacúolos
- Plastos

 

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10 de Agosto: Dia Mundial do Leão - Taxonomia, características, habitat, comportamento, alimentação e reprodução

 

"As fêmeas diferenciam-se dos machos por, geralmente, não apresentarem juba."

O leão é um mamífero pertencente à ordem Carnivora e família Felidae, sendo conhecido como “rei das selvas”. Ele se alimenta de outros animais, como gnus e zebras, e vive em grupos, que apresentam divisões bem marcadas, sendo o macho responsável pela defesa do grupo e a fêmea pela caça e cuidado com os filhotes.

Apesar de serem admirados por sua força, atualmente as populações de leões estão em declínio, sendo a espécie classificada como vulnerável pela IUCN (sigla em inglês para União Internacional para a Conservação da Natureza). Os leões costumam ser divididos em subpopulações asiáticas e subpopulações africanas. Neste texto falaremos mais a respeito do leão-africano.

Taxonomia do leão

Os leões são animais mamíferos que pertencem à família Felidae e gênero Panthera. Nesse gênero estão incluídos animais como a onça-pintada e o leopardo. Veja a seguir a taxonomia completa do leão.

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Felidae

Gênero: Panthera

Espécie: Panthera leo

Características gerais do leão

 
Segundo maior felino do mundo, o leão perde em tamanho apenas para o tigre. Os leões apresentam de 1,37 a 2 m de tamanho (corpo e cabeça), e sua cauda pode atingir até 100 cm de comprimento. O peso varia entre 120 e 190 quilos, mas vale destacar que já foram descritos indivíduos com mais de 250 kg. O maior leão já encontrado pesava 272 kg.

Os leões apresentam uma pelagem amarela dourada, a qual é importante para garantir a camuflagem em meio à vegetação da savana. Quando jovens, apresentam manchas claras em sua pelagem, as quais desaparecem à medida que se tornam mais velhos. Os machos se destacam pela presença de jubas, pelos longos localizados ao redor de sua cabeça. Algumas fêmeas podem apresentar jubas, mas não se sabe por que isso ocorre.
 

Habitat do leão

Os leões-africanos são encontrados vivendo em planícies ou savanas, habitando, atualmente, o leste e sul da África. As populações de leões tiveram grandes perdas nos últimos anos, não sendo encontradas em muitos países africanos. Uma das ameaças aos leões é o ser humano, que, muitas vezes, mata essa espécie como forma de proteger seus rebanhos ou ainda para exibi-los como troféus.
Comportamento do leão

Os leões se destacam por serem felinos que formam grupos sociais, sendo possível encontrar dentro desses grupos uma hierarquia bem definida. As fêmeas atuam garantindo a captura de alimento e o cuidado com os filhotes, enquanto os machos são responsáveis pela proteção do grupo contra o ataque de outros leões. Para proteger seu território, os machos eliminam urina como forma de marcar a área e emitem rugidos fortes, que alertam e afugentam animais que invadem a sua área.

Os grupos de leões podem ser pequenos ou formados por muitos indivíduos, existindo grupos com cerca de 40 leões. Geralmente, nesses grupos, encontram-se de três a quatro machos, e os demais são fêmeas e seus filhotes. Os filhotes fêmeas tendem a permanecer no grupo, enquanto os machos podem formar outros bandos, roubando a liderança de um leão que liderava outro grupo. Os leões vivem, em média, 25 anos em cativeiro e 15 anos em vida selvagem.
 

Alimentação do leão

Leões são carnívoros, ou seja, alimentam-se de outros animais. Entre os animais predados por leões, estão a zebra, girafa, antílope, gnu e outros animais da savana. A captura desses animais é feita pelas fêmeas, as quais, normalmente, trabalham em grupo. Os leões podem também roubar presas que foram capturadas por outros animais, como pelas hienas.

 

Leões podem roubar o alimento de outros animais.
"Leões podem roubar o alimento de outros animais."

Os leões ocasionalmente bebem água quando esta está disponível no ambiente, entretanto estão muito adaptados a sobreviver em ambientes áridos, retirando a água de que precisam de suas presas.

Reprodução dos leões

As leoas atingem a maturidade sexual por volta dos 4 anos de idade, enquanto o macho está apto para a reprodução com cerca de 5 anos. A reprodução atinge o pico durante a estação chuvosa. Geralmente a gestação dura cerca de 109 dias, e o número médio de filhotes por gestação é três.

 

"Filhotes de leão podem ser mortos por machos que invadem o grupo."

 Os filhotes ficam em esconderijos até que atinjam cerca de 8 semanas de idade. Eles são capazes de correr quando possuem por volta de 1 mês. A faixa de idade de desmame é de 7 a 10 meses; porém, esses filhotes ainda são dependentes do grupo até que atinjam pelo menos 16 meses de idade. As leoas criam seus filhotes de maneira comunitária. Quando as ninhadas são próximas, uma fêmea pode amamentar os filhotes de outra leoa.

As leoas tendem a ter filhotes a cada dois anos, entretanto esse período pode ser encurtado quando a fêmea perde seu filhote, o que pode acontecer, por exemplo, quando um macho intruso entra no bando e mata os filhotes.

FONTE:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Leão"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/leao.htm. Acesso em 10 de agosto de 2022.

10 de Agosto: Dia Internacional do Biodiesel 🌱💚♻️


 

O biodiesel é um combustível renovável proveniente das plantas. Para sua produção podem ser utilizados óleos vegetais de algodão, amendoim, dendê, palma, girassol, milho, soja, mamona, dentre outros, associados a gorduras animais e até resíduos gordurosos de fritura e esgoto sanitário.

É menos poluente que o diesel obtido a partir do petróleo. Todavia, o biodiesel não pode ser considerado uma energia totalmente limpa, pois ele ainda emite poluentes para o meio ambiente.

A partir de Setembro de 2021, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou que o percentual de biodiesel a ser misturado ao diesel de petróleo seja elevado de 10% para 12%.

A data comemorativa faz referência a inauguração do motor a combustão de Rudolf Diesel, em 10 de Agosto de 1893, em Augsburg, Alemanha; quando colocou em funcionamento um cilindro de ferro de três metros com um volante em sua base, abastecido exclusivamente com óleo de amendoim.

  

Prós e contras na produção e no uso do biodiesel:
 

As vantagens do biodiesel

  • É energia renovável. As terras cultiváveis podem produzir uma enorme variedade de plantas oleaginosas como fonte de matéria-prima para o biodiesel.
  • É constituído por carbono neutro, ou seja, o combustível tem origem renovável ao invés do fóssil. Desta forma, sua obtenção e queima não contribuem para o aumento das emissões de CO2 na atmosfera, zerando assim o balanço de massa entre emissão de gases dos veículos e absorção dos mesmos pelas plantas.
  • Possui um alto ponto de fulgor e um manuseio e armazenamento mais seguros.
  • Apresenta excelente lubricidade, fato que vem ganhando importância com o advento do petróleo-diesel de baixo teor de enxofre, cuja lubricidade é parcialmente perdida durante o processo de produção.
  • Contribui para a geração de empregos no setor primário. Com isso, evita o êxodo do trabalhador no campo, reduzindo o inchaço das grandes cidades e favorecendo o ciclo da economia autossustentável essencial para a autonomia do país.
  • Com a incidência de petróleo em poços cada vez mais profundos, muito dinheiro está sendo gasto na sua prospecção e extração, o que torna cada vez mais onerosa a exploração e refino das riquezas naturais do subsolo, havendo então a necessidade de se explorar os recursos da superfície, abrindo assim um novo nicho de mercado, e uma nova oportunidade de uma aposta estratégica no setor primário.Nenhuma modificação nos atuais motores do tipo ciclo diesel faz-se necessária para misturas de biodiesel com diesel de até 20%, sendo que percentuais acima de 20% requerem avaliações mais elaboradas do desempenho do motor.


Desvantagens na utilização do biodiesel

  • Não se sabe ao certo como o mercado irá assimilar a grande quantidade de glicerina obtida como subproduto da produção do biodiesel (entre 5 e 10% do produto bruto). A queima parcial da glicerina gera acroleína, produto suspeito de ser cancerígeno.
  • No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais que são importantes bolsões de biodiversidade. Muitas espécies poderão deixar de existir em consequência do avanço das áreas agrícolas, entre as espécies, podemos citar o orangotango ou o rinoceronte-de-sumatra. Embora no Brasil, muitas lavouras não sejam ainda utilizadas para a produção de biodiesel, essa preocupação deve ser considerada. Tais efeitos nocivos poderão ser combatidos pela efetivação do zoneamento agro ecológico proposto pelo Governo Federal.
  • A produção intensiva da matéria-prima de origem vegetal leva a um esgotamento das capacidades do solo, o que pode ocasionar a destruição da fauna e flora, aumentando portanto o risco de erradicação de espécies e o possível aparecimento de novos parasitas, como o parasita causador da Malária.
  • O balanço de CO2 do biodiesel não é neutro, mesmo sendo inúmeras vezes menos emissor de CO2 que o diesel de petróleo, se for levado em conta a energia necessária à sua produção, mesmo que as plantas busquem o carbono à atmosfera: é preciso ter em conta a energia necessária para a produção de adubos, para a locomoção das máquinas agrícolas, para a irrigação, para o armazenamento e transporte dos produtos.
  • Cogita-se que poderá haver uma subida nos preços dos alimentos, ocasionada pelo aumento da demanda de matéria-prima para a produção de biodiesel. Como exemplo, pode-se citar alguns fatos ocorridos em Portugal, no início de Julho de 2007, quando o milho era vendido a 200 euros por tonelada (152 em Julho de 2006), a cevada a 187 (contra 127), o trigo a 202 (137 em Julho de 2006) e o bagaço de soja a 234 (contra 178). O uso de algas como fonte de matéria-prima para a produção do biodiesel poderia poupar as terras férteis e a água doce destinadas à produção de alimentos.

 

Fonte: Escola Verde e Repórter Brasil

Sinalização celular: nossas células comunicam-se umas com as outras!

 

Esquema simplificado do processo de sinalização celular:
A sinalização celular é a forma como as células conseguem comunicar-se.
Durante esse processo, uma molécula sinalizadora é produzida e, então, liga-se à célula-alvo.

A sinalização celular é a forma como uma célula comunica-se com outra a partir de sinais por elas emitidos. São esses sinais que determinarão quando e como uma célula deverá agir. Por esse processo, torna-se possível a integração das células de um organismo multicelular.

→ Etapas da sinalização celular

Para que a sinalização celular ocorra, é importante a presença de alguns elementos: a célula sinalizadora, a molécula sinalizadora e a célula-alvo. A célula sinalizadora é aquela responsável pela produção da molécula sinalizadora, a qual, por sua vez, será responsável por levar informações entre as células. Já a célula-alvo receberá a molécula sinalizadora, que se ligará a receptores específicos. Esses receptores podem estar na membrana ou no interior da célula.

Algumas etapas da sinalização celular:

  1. As células sinalizadoras sintetizam e liberam a molécula sinalizadora;
  2. A molécula sinalizadora segue em direção à célula-alvo, a qual pode estar localizada próxima ou não à célula sinalizadora;
  3. A molécula sinalizadora liga-se a um receptor específico, localizado na célula-alvo;
  4. Um sinal é emitido;
  5. Modificações no metabolismo da célula garantem uma resposta celular.
     

→ Tipos de sinalização celular

Existem diferentes tipos de sinalização celular, que se diferenciam principalmente pela rota estabelecida pela molécula sinalizadora até alcançar a célula-alvo. Diante disso, temos:

Sinalização autócrina: a molécula sinalizadora é produzida por uma célula sinalizadora que também é a célula-alvo;

Sinalização parácrina: nessa sinalização, a molécula sinalizadora é liberada e atua em células que estão próximas a ela. Nesse processo, a molécula encontra a célula-alvo por processo de difusão;

Sinalização endócrina: nessa sinalização, as moléculas sinalizadoras, chamadas de hormônios, são lançadas na corrente sanguínea para atuar em células-alvo distantes;

Sinalização sináptica: nessa sinalização, observa-se que as moléculas sinalizadoras, denominadas de neurotransmissores, são lançadas em junções especializadas entre neurônios e células-alvo, chamadas de sinapses;

Sinalização neuroendócrina: esse tipo de sinalização ocorre em neurônios especializados, que liberam os neurormônios, os quais serão lançados na corrente sanguínea, desencadeando resposta em células-alvo distantes.

 

 FONTE:

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sinalizacao-celular.htm

AUTORA: Vanessa Sardinha dos Santos

Vírus Sincicial Respiratório (VSR): pouco conhecido, mas pode ser muito perigoso!

 


Ele é um vírus que pode ocasionar uma infecção aguda nas vias respiratórias e pulmões de bebês e crianças. É um vírus comum e ao longo da vida todas as pessoas serão infectadas ao menos uma vez por ele, mas requer atenção e cuidados especiais.


O VSR causa a bronquiolite, uma das doenças que mais provoca internações em bebês com menos de um ano.


Apesar das infecções respiratórias poderem ocorrer em qualquer período do ano, o início do outono e inverno devido às baixas temperaturas, tornam-se a época em que essas infecções são mais frequentes.


SINTOMAS

Começa com coriza e talvez febre baixa, como um início de gripe, e pode originar outros sintomas, sendo eles:

  • Dificuldade para respirar
  • Chiado no peito
  • Dificuldades para mamar
  • Dor de cabeça e garganta
  • Perda de apetite
  • Cansaço
  • Tons azulados na pele


QUEM ESTÁ SUJEITO?

As crianças, especialmente recém-nascidos são mais propensos a manifestar a infecção, pois ainda não possuem um sistema imunológico completamente desenvolvido.


A contaminação pode acontecer de um adulto com um quadro leve para uma criança, de uma criança para outra e assim por diante, é comum principalmente em crianças que já vão à escolinha.


SAZONALIDADE




DIAGNÓSTICO

O médico, quando suspeitar de infecção por VSR, deve fazer exame físico e, dependendo dos sintomas apresentados, pedir alguns exames laboratoriais ou de imagem.


PREVENÇÃO

É importante sempre manter cuidado com a saúde e higiene das crianças, principalmente em épocas mais frias. Alguns cuidados:

  • Lavar a mão sempre que for pegar bebês e crianças
  • Evitar aglomerações com crianças
  • Evitar contato com outras pessoas gripadas
  • Amamentar até, pelo menos, um ano devido à presença de anticorpos no leite materno


TRATAMENTO

O médico vai determinar o tratamento medicamentoso recomendado para cada criança, levando em consideração os sintomas apresentados.


Além disso é fundamental que a criança se hidrate e coma bem, fique em repouso e evite contato com outras crianças. Também é muito importante manter o ambiente em que a criança está sempre limpo, desinfetado e higienizado.

O que é TGO e TGP?

  




TGO é conhecido como transaminase oxalacética ou AST (aspartato aminotransferase).


TGP é conhecido como transaminase pirúvica ou ALT (alanina aminotransferase). 


Ambos são transaminases (enzimas que podem ser dosadas no sangue e refletem o status de funcionamento do fígado).


Quando a dosagem está normal, a maior parte destas enzimas se encontram dentro das células do fígado. Já quando a dosagem apresenta resultados incomuns, as enzimas são derramadas no sangue. 


A TGO é produzida no fígado e está presente também no coração, músculos, rim e cérebro, portanto não é específica para diagnóstico de problemas hepáticos.  


A TGP é produzida, em sua grande maioria, no fígado e é um marcador mais específico de doença hepática.


Com o exame de TGO e TGP, é possível identificar e acompanhar doenças presentes no fígado.


Ademais, realizar exames periodicamente pode fazer com que você diagnostique rapidamente uma possível doença e faça o tratamento adequado.


O QUE SIGNIFICA TER TGO E TGP ELEVADOS NO EXAME DE SANGUE?

A elevação dos níveis de TGO e TGP pode indicar lesão de células do fígado, por infecções, medicamentos, intoxicação, tumores, traumas, dentre outros fatores. A elevação de TGP é mais específica, enquanto a elevação de TGO pode indicar lesão em outros órgãos e tecidos como músculos, rins, cérebro e coração.


QUAIS OS SINTOMAS DE TGP E TGO ALTOS?

Não existe um sintoma específico para a elevação das transaminases. Os sintomas estão diretamente relacionados a causa da elevação das enzimas.


A dosagem de TGO e TGP é realizada no soro (parte líquida do sangue) e a faixa de normalidade pode variar de acordo com a metodologia utilizada.


VALORES DE REFERÊNCIA

A TGO pode variar em média entre 5 a 40 unidades por litro de soro


Já a TGP pode variar em média entre 7 a 56 unidades por litro de soro.


QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE NÍVEIS DE TRANSAMINASES DESREGULADAS

Hepatites agudas A ou B;

Medicamentos;

Fígado gorduroso (esteatose);

Diabete; 

Obesidade;

Hepatite C.


NEM SEMPRE ALTERAÇÕES NOS NIVEIS DE TGO E TGP PODEM INDICAR UMA DOENÇA. CONSULTE SEU MÉDICO!



Doença Mão-Pé-Boca



A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.




São sinais característicos da doença:

– febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
– aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
– erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
– mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
– por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.

Tratamento:

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Recomendações:

– nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes;
– alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir;
– bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
– lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada;
– evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
– cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
– manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
– não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
– afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);
– lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
– descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.


IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
 


Fonte: Ministério da Saúde

Animais Fantásticos #7: O fofo, mas mortal Lóris Lento (Snow Lóris)

O traçado no rosto do slow lóris da ilha de Java chama atenção para a parte mais perigosa—a boca.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark


Com os olhos de ursinho de pelúcia, focinho que lembra um botão e rosto que parece ter vindo do cruzamento de um panda-vermelho com um bicho-preguiça, o slow lóris da ilha de Java pode muito bem ser uma das criaturas mais fofas do planeta Terra. Mas o que parece ser bonitinho para nós, outros animais podem interpretar como um sinal de perigo.

Nycticebus é um gênero de primata da família Lorisidae, pertencente a infraordem lêmure (Lemuriformes), também conhecido como "Slow Loris" ou Lóris Lento em Português. É o único gênero de primatas venenosos e atualmente algumas especies correm o risco de entrar para a lista de animais em extinção, principalmente por conta do tráfico e venda ilegal. Pode ser encontrado no Subcontinente indiano, Sudeste asiático, China e no Arquipélago Malaio.

Trata-se de gênero constituído de varias espécies de primatas noturnos da subordem strepsirrhini. Encontrados no Sudoeste Asiático e áreas fronteiriças, seu habitat alcança desde Bangladesh e nordeste da Índia até o Arquipélago de Sulu nas Filipinas a leste, e da província de Yunnan na China ao norte até a ilha de Java ao sul. Existem ao menos oito espécies de slow loris validadas atualmente: o sunda slow loris (N. coucang), bengal slow loris (N. bengalensis), pigmeu slow loris (N. pygmaeus), slow loris de Java (N. javanicus), slow loris de Bornéu (N. menagensis), N. bancanus, N. borneanus, e N. kayan

 

Os lóris lentos de Javan são agora uma das seis espécies de mamíferos conhecidas por usar veneno contra indivíduos de sua própria espécie. (Aprisonsan via Wikimedia Commons sob CC BY-SA 4.0 International)


Os lóris são os únicos primatas venenosos do mundo. Esse bichinho minúsculo secreta toxinas na saliva e das glândulas na parte interna das patas dianteiras.

Quando as duas toxinas se misturam, ocorre um tipo de veneno duplo, diz Anna Nekaris, bióloga especializada em conservação da Universidade de Oxford Brookes, no Reino Unido.

O fato é que, embora a mordida dos lóris seja letal, eles são pequeninos e lentos. Isso significa que eles se beneficiariam se conseguissem demonstrar sua ameaça aos outros animais sem precisar entrar em um duelo trabalhoso.

Lóris macho adulto. Foto: Projeto Little Fireface.



“Muitos animais fazem isso,” diz Nekaris. “Eles usam a cor para sinalizar toda sua força e dominância.”

Cientistas chamam isso de coloração aposemática e ela se aplica a todas as espécies de animais, desde gambás e texugos a sapos flecha e joaninhas.

Em um estudo publicado em 2019 na revista científica Toxins, Nekaris e seus coautores usaram as provas reunidas ao longo de oito anos, provenientes de mais de 200 animais que foram capturados vivos e, depois, soltos para mostrar que os traços em forma de máscara no rosto do slow lóris de Java seguem os padrões da coloração aposemática. Ou seja, os padrões de traços chamam a atenção para as partes mais perigosas dos animais—suas bocas—e seriam altamente perceptíveis em meio a uma variedade de sistemas visuais, incluindo os pertencentes aos predadores conhecidos dos lóris, como por exemplo, águia-audaz australiana, pítons, lagartos-monitores e orangotangos.

As descobertas esclarecem para nós o que o resto do mundo animal aparentemente já sabe. O lóris é uma “linda, pequenina, minúscula e fofinha bola de pelo da morte,” diz Nekaris.
 

Pequenos terríveis

Vale notar que Nekaris e seus coautores também conseguiram provar outra suspeita—a de que lóris mais jovens são mais agressivos que os mais velhos.

Depois de estudar esses animais por 25 anos, Nekaris diz que sempre pareceu haver uma diferença entre as gerações. Adultos maduros (de dois anos ou mais) geralmente se acalmavam logo depois de serem capturados, conta ela. Porém, quando capturavam os jovens (entre um e dois anos de idade), era preciso ter cuidado.

“Os mais novos realmente tentam matar você,” afirma Nekaris. “Eles têm uma força incrível. Alguns deles gritam. E juntam saliva dentro da boca, que possui veneno.”

Às vezes, os animais lutam tanto que os cientistas nem conseguem terminar as medições— o que é impressionante para um animal que pesa tanto quanto um hamster.

Contudo, após documentar os níveis variáveis de agressão dos animais ao longo de oito anos, os cientistas comprovaram que eles apresentam essa fase mais violenta durante a juventude. Isso é o mais interessante de tudo porque o novo estudo também mostra que lóris jovens tendem a ter um contraste mais marcante em seus traços em forma de máscara.

Isso sugere que esses traços podem ter outra finalidade— comunicar-se com os outros lóris.

Os slow lóris de Java vivem em duplas formadas por um macho e uma fêmea e, juntos, vigiam um território de floresta do tamanho de um campo de futebol. Infelizmente, quase não resta mais habitat na ilha indonésia de Java devido à agricultura e ao desmatamento, então cada espaço disponível já tem dono. Um casal pode ficar no mesmo local por até oito anos. Isso significa que, quando os lóris jovens “deixam a casa dos pais”, precisam lutar por seu próprio território.

“Os animais mais jovens também são os que têm mais feridas,” afirma Nekaris. “Feridas horripilantes, fétidas e necróticas.”

Com tanta coisa em jogo no que diz respeito a ganhar esse território com tão pouca idade e mantê-lo até a vida adulta, Nekaris diz que a evolução parece estar privilegiando a enorme quantidade de energia gasta nesses sinais faciais para indicar a presença de veneno e valentia.

Um lóris lento e sua pose defensiva de veneno. Foto: Projeto Little Fireface.


 

“Um traço muito intrigante”

Ted Stankowich, um ecologista comportamental evolucionário da Universidade Estadual da Califórnia, em Long Beach, dedicou sua carreira ao estudo dos sinais aposemáticos em todos os seres vivos, desde gambás até pandas gigantes. Mas, em geral, os sinais que ele observa são utilizados estritamente como dispositivos antipredadores.

“Os lóris são realmente únicos, já que seu veneno não é útil apenas contra predadores, mas também contra seus coespecíficos, ou seja, outros lóris,” diz Stankowich. “Isso é um traço muito intrigante deste sinal.”

Embora Stankowich considere o estudo interessante e bem fundamentado, ele gostaria que os autores tivessem conseguido medir a toxicidade nos lóris para ver se eles também são mais venenosos durante a juventude, correspondendo à maior agressão e coloração contrastante.

Também é curioso o fato de o sinal se modificar à medida que os animais envelhecem, pois não vemos o mesmo em outros bichos com sinais aposemáticos clássicos. “Gambás nascem com as listras brancas que terão pelo resto de suas vidas e acredito que o mesmo vale para outros carnívoros,” diz ele.

É possível que os lóris jovens tenham mais motivos para sinalizar seu veneno e agressividade, seja porque são menores ou mais fáceis de serem capturados, seja porque ficam mais vulneráveis ao procurar por novos territórios.

“Raramente a evolução é algo simples,” diz Nekaris.


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Fonte: National Geographic Brasil