Copa do Mundo 2010 - África do Sul

ESCOLHA DA SEDE
Dentro da ideia de rodízio entre continentes estabelecida pela Fifa, era a vez de a África sediar o Mundial pela primeira vez. Diferentes países se candidataram, mas estava claro que havia um favorito. Marrocos, Egito e Líbia até tentaram, sem sucesso, vencer a principal potência econômica da região, a África do Sul, que ganhou, em 2004, o direito de receber o Mundial de 2010. Na escolha, pesou a diversidade cultural do país, sua história política, seus atrativos turísticos e a figura histórica do ex-presidente Nelson Mandela. 

ESTÁDIOS
Foram nove cidades-sede e dez estádios, já que Joanesburgo ofereceu dois palcos, o Soccer City, local da decisão, e o Ellis Park. Também houve jogos na Cidade do Cabo, em Durban, em Port Elizabeth, em Nelspruit, em Polokwane, em Pretória, em Bloemfontain e em Rustenburg.

AS ELIMINATÓRIAS  
Todas as campeãs do mundo garantiram vaga na Copa. Algumas delas tiveram dificuldades - caso da Argentina, que só avançou na última rodada das eliminatórias, ao bater o Uruguai no Centenário por 1 a 0. A Eslováquia foi a única das classificadas a estrear em Copas na África. Outras sete só tinham uma edição no currículo - incluindo Coreia do Norte e Honduras, equipe de pouca presença no cenário mundial. 

O MASCOTE

O mascote Zakumi apresenta os ônibus das seleções (Foto: Zé Gonzalez  / GLOBOESPORTE.COM)
Zakumi, um leopardo, foi o mascote da Copa do Mundo de 2010 (Foto: Zé Gonzalez / GLOBOESPORTE.COM)


O CAMPEÃO  
A Espanha ganhou pela primeira vez uma Copa do Mundo. A Fúria chegou ao Mundial com a certeza de ter uma geração talentosa, responsável por conquistar a Euro de 2008, mas trazia na memória a lembrança de outras expectivas frustradas no passado. A estreia em 2010 foi um susto: derrota de 1 a 0 para a Suíça em Durban. Depois, porém, a Roja engrenou, com um futebol que tinha muito da mecânica do Barcelona: enorme posse de bola, troca de posições constantes e defesa sólida. Todos seus jogos nas etapas eliminatórias foram vencidos por 1 a 0: contra Portugal, Paraguai, Alemanha e, na final, Holanda. 

O ARTILHEIRO  
Quatro jogadores dividiram a artilharia, todos com cinco gols: David Villa, da Espanha, Diego Forlán, do Uruguai, Wesley Sneijder, da Holanda, e Thomas Müller, da Alemanha. 

O CRAQUE
O uruguaio Diego Forlán foi eleito o craque da Copa. Com talento e gols decisivos, ele comandou a Celeste na campanha que resultou na quarta colocação. Fez cinco gols, incluindo um nas quartas de final, contra Gana, e outro nas semifinais, na derrota para a Holanda. 

A DECEPÇÃO
A campeã da Copa anterior não passou da primeira fase e foi a grande decepção na África do Sul. Em três jogos, a Itália não conseguiu uma vitória sequer. Empatou duas vezes, com Paraguai (1 a 1) e Nova Zelândia (1 a 1), e acabou derrotada pela Eslováquia (3 a 2). O curioso é que a França, vice em 2006, também morreu na fase de grupos, com um empate e duas derrotas. 

PARA A HISTÓRIA  
A classificação do Uruguai nos pênaltis nas quartas de final, contra Gana, a equipe africana remascente no torneio, foi o episódio mais dramático da Copa de 2010. O tempo normal teve empate por 1 a 1. No último minuto da prorrogação, Gana teve um pênalti a seu favor - o atacante Suárez cortou bola com a mão sobre a linha e foi expulso. Asamoah Gyan, porém, desperdiçou a cobrança. Na disputa final, os sul-americanos ganharam por 4 a 2. 

A DECISÃO
Três seleções se sobressaíram no Mundial: Espanha, Holanda e Alemanha. As duas primeiras chegaram à final. A Fúria alcançou a decisão depois de eliminar justamente os alemães. Já a equipe laranja tinha a credencial de bater o Brasil nas quartas de final e depois passar pelo Uruguai. Em campo, deu Espanha, em jogo disputado, com vitória por 1 a 0, gol de Iniesta. 

Iniesta, chutando para o gol da espanha contra holanda (Foto: Reuters)
Iniesta chuta para fazer o gol da Espanha contra Holanda (Foto: Reuters)

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