ESCOLHA DA SEDE
Em 3 de junho de 2003, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) havia anunciado que Argentina, Brasil e Colômbia se candidataram à sede do evento. Em 17 de março de 2006, as confederações da CONMEBOL votaram de forma unânime pela inscrição do Brasil como seu único candidato.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, disse em 4 de julho de 2006 que, nesse caso, a Copa do Mundo de 2014 provavelmente seria sediada no país. Em 28 de setembro do mesmo ano, ele se encontrou com o então presidente Lula e disse que queria que o país provasse sua capacidade antes de tomar uma decisão. O dia 7 de fevereiro de 2007 seria a data final para as inscrições, mas a FIFA antecipou o prazo para 18 de dezembro de 2006. No último dia para as inscrições, a Colômbia também se candidatou a sediar a Copa de 2014; mas Blatter não apoiou a candidatura do país, e assim a Colômbia acabou por desistir de sediar o evento.
Em 30 de outubro de 2007 a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014. A escolha das cidades-sede ficou para o fim de 2008, mas acabou acontecendo em 31 de maio de 2009, nas Bahamas.
ESTÁDIOS
Dezoito cidades candidataram-se para sediar as partidas da Copa, porém Maceió desistiu, restando dezessete cidades, todas capitais de estados. A FIFA limita o número de cidades-sedes entre oito e dez, entretanto, dada a dimensão continental do país sede, a organização cedeu aos pedidos da CBF e concedeu permissão para que se utilizem 12 sedes no mundial.
Após sucessivos adiamentos, finalmente no dia 31 de maio de 2009 foram anunciadas as sedes oficiais da Copa. A lista eliminou as candidaturas de Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. Dentre as 12 cidades escolhidas, seis delas receberam também a Copa das Confederações 2013, "evento teste" para a Copa. Uma das sedes, o Recife, construiu um estádio novo para seus jogos em outra cidade de sua região metropolitana, o município de São Lourenço da Mata.
Originalmente, o Estádio do Morumbi em São Paulo estava no projeto, mas por incompatibilidade financeira do projeto, a FIFA retirou o estádio como uma das sedes. O comitê organizador da copa em São Paulo estudava a construção de um novo estádio em Pirituba, zona noroeste da cidade de São Paulo, mas esta opção foi descartada devido ao tempo insuficiente, então o comitê organizador da Copa juntamente com a Prefeitura e o Governo de São Paulo decidiram que o estádio sede em São Paulo fosse o novo estádio do Corinthians em Itaquera. Posteriormente, Salvador anunciou estar na disputa para abrigar o jogo de abertura do evento, além de Brasília e Belo Horizonte.
Em 20 de outubro de 2011, enfim, a FIFA anunciou oficialmente que o estádio de São Paulo seria o palco da abertura do Mundial de 2014. Também conhecido como Itaquerão, o nome oficial do estádio é Arena Corinthians, embora na Copa tenha sido referido pela FIFA como Arena de São Paulo.
O primeiro estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo foi o Castelão, em Fortaleza, sendo reinaugurado em 16 de dezembro de 2012. Em seguida foi entregue o Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, em 21 de dezembro de 2012. No dia 5 de abril de 2013, foi a vez da Arena Fonte Nova, em Salvador, ser reinaugurada, seguida pelo Maracanã, no Rio de Janeiro, em 27 de abril, e pelo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em Brasília, em 18 de maio. Finalmente, em 20 de maio de 2013, foi inaugurada a Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Os seis primeiros estádios entregues foram palco da Copa das Confederações FIFA de 2013. Nas cerimônias de reabertura desses estádios estiveram presentes diversas autoridades governamentais, entre elas a presidente Dilma Rousseff. Em maio de 2014, três dos estádios se encontravam incompletos: a Arena Corinthians, entregue para a FIFA ainda em obras; a Arena da Baixada, que teve sua data de entrega postergada após uma greve dos operários; e a Arena Pantanal, usada em um jogo inaugural com apenas metade das cadeiras instalada.
AS ELIMINATÓRIAS
Trinta e duas seleções participam na competição, e a brasileira não precisou disputar eliminatórias por ser a anfitriã. A distribuição das vagas pelas confederações continentais foi divulgada pelo Comitê Executivo da FIFA em março de 2011, sem alterações em relação à edição anterior. Assim continuaram treze vagas para a UEFA, cinco para a CAF, quatro para a CONMEBOL (sem incluir a vaga brasileira de anfitrião), quatro também para a AFC e três para a CONCACAF. Além disso, a repescagem intercontinental ocorreu entre uma seleção da AFC e da CONMEBOL e outra entre uma da CONCACAF e da OFC, que não possui vaga garantida direta ao mundial.
O MASCOTE
Fuleco, nosso mascote! |
A seleção do mascote da Copa do Mundo FIFA de 2014 ocorreu em março de 2012 com uma decisão da própria FIFA. Na disputa para ser mascote da Copa, estavam as seguintes opções: a Arara, o Saci Pererê, a Onça Pintada e o Tatu-bola. O tatu-bola, vencedor da disputa, foi apresentado ao público como mascote da Copa do Mundo de 2014 em 16 de setembro de 2012.
A ideia de candidatar o animal surgiu da ONG cearense Associação Caatinga. A campanha ganhou repercussão nas redes sociais e, em 29 de fevereiro de 2012, um dossiê foi entregue aos representantes do Ministério dos Esportes. O tatu-bola-da-caatinga é uma espécie endêmica do Brasil e, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), encontra-se ameaçada de extinção, com estado de conservação vulnerável.
A questão da preservação ambiental, simbolizada nos mascotes, começou a ser uma preocupação das comissões organizadoras dos torneios desde a Copa do Mundo FIFA de 2010, quando um leopardo (espécie que sofre com a caça predatória na África do Sul) batizado de Zakumi, foi o mascote da competição.
Na época da apresentação do mascote, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, disse que o tatu-bola era "perfeito" como mascote. "Um dos objetivos principais é usar a Copa como plataforma para comunicar a importância do meio ambiente e da ecologia. Todos esperavam por uma arara. Mas o tatu-bola significa mais. Não é somente o símbolo de uma competição. Representa o legado, que é proteger a natureza."
A identidade visual do mascote compõe-se do tatu-bola em amarelo, com a carapaça em azul, trajando um calção verde e uma camiseta branca na qual está grafado "Brasil 2014". Uma votação pública foi aberta para a decisão do nome. "Amijubi" (palavra formada pela fusão de amizade e júbilo), "Fuleco" (junção de futebol e ecologia) e "Zuzeco" (uma mistura de azul e ecologia) são os nomes postulantes. Com 48% dos 1,7 milhão de votos pela internet no Brasil e no mundo, "Fuleco" foi escolhido como nome oficial do mascote e anunciado em 25 de novembro de 2012. Zuzeco obteve 31% e Amijubi 21% dos votos.
O CAMPEÃO
A Alemanha conquistou o título pela quarta vez, a primeira após a reunificação, após vencer o jogo por 1–0 na prorrogação. Foi a primeira conquista de uma equipe europeia no continente sul-americano.
Germany lifts the 2014 FIFA World Cup after beating Argentina 1-0. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) |
O ARTILHEIRO
O colombiano James Rodríguez conquistou a chuteia de ouro, prêmio que recompensa o artilheiro da Copa do Mundo, por ter marcado seis gols na competição.
O camisa 10 colombiano estava sob a ameaça do alemão Thomas Müller, que balançou as redes cinco vezes, mas passou branco na final desde domingo, quando sua equipe venceu a Argentina por 1 a na prorrogação.
O CRAQUE
Apesar da derrota na prorrogação da grande final da Copa do Mundo, Messi foi eleito o melhor jogador do Mundial 2014. A Argentina voltou a uma final de Copa após um regime de 24 anos. O retorno à decisão só foi possível graças ao craque Lionel Messi, eleito quatro vezes seguidas o melhor jogador do mundo (entre 2009 e 2012). O camisa 10 alviceleste brilhou na competição, marcando quatro gols decisivos. Entre eles, o da virada sobre a Bósnia e o único da vitória sobre o Irã, ambos na primeira fase. Assim, Messi conseguiu apagar o pífio desempenho apresentado na África do Sul, quando não conseguiu balançar as redes nenhuma vez e viu sua seleção ser eliminada nas quartas de final, após ser goleada por 4 a 0 pela Alemanha.
A DECEPÇÃO
Não faltaram alegria e empolgação à Copa do Mundo no Brasil. Festa nas ruas, torcedores de vários países se confraternizando em um festival de cores e bandeiras. Jogos cheios de emoção. E vitória da Alemanha, que merecidamente conquistou o tetra com um futebol muito mais parecido com aquele que consagrou a seleção brasileira em outras épocas: solto, fluente e envolvente. Sempre em busca do gol. E mais, como uma ironia do destino, conquistou o título no Maracanã, palco que se identifica com toda a tradição criativa do futebol brasileiro.
Foi uma Copa acima do que era esperado por muitos, com participação popular, hospitalidade do brasileiro, ótima receptividade do povo. A decepção foi a equipe nacional que, lamentavelmente, não correspondeu ao que dela se esperava.
PARA A HISTÓRIA
Para quem acreditava na ideia de que não iria haver Copa no Brasil, tamanhas as dificuldades estruturais do país, a Copa do Mundo de 2014 não só superou as expectativas como se consolidou realmente como a mais simpática e acolhedora Copa de todos os tempos.
Por outro lado, a certeza de que o futebol brasileiro não perderia a oportunidade de dar a volta por cima em relação à derrota na Copa de 1950, diante do Uruguai, não passou de ilusão daqueles que ainda acreditavam que a tradição da camisa amarela iria prevalecer.
A equipe canarinho viu ruir o sonho do hexa no Brasil e ainda amargou o maior vexame da sua história, ao ser goleada por 7 a 1 pela Alemanha, nas semifinais. Em vez do título, o futebol brasileiro como um todo recebeu a dura mensagem de que teria de se reinventar se quisesse reviver no futuro os velhos tempos de glória.
A derrota rendeu muitos memes! |
A DECISÃO
A final da Copa do Mundo FIFA de 2014 foi realizada em 13 de julho no estádio Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Foi a segunda final de mundial disputada no estádio após a definição da Copa do Mundo FIFA de 1950 entre Brasil e Uruguai, vencida pelos uruguaios por 2 a 1.
Foi disputada entre Alemanha e Argentina, em partida que repetiu decisões de duas edições anteriores de Copa do Mundo (em 1986 com vitória argentina e em 1990 com vitória alemã) e tornando-se a final mais repetida da história. Foi também a segunda vez que uma seleção se tornou finalista com mais do que o dobro do número de gols marcado pelo rival na campanha (a outra foi em 1990). No geral esta foi a oitava final da Alemanha e a quinta da Argentina. Por fim, Alemanha conquistou o seu tetracampeonato.
Fontes:
- Wikipédia
- R7 Esportes
- EBC
- Terceiro Tempo