Seu filho ou filha tirou notas baixas no primeiro bimestre? Então já é hora de reverter a situação!



Notas baixas logo nos primeiros trimestre indicam que o aluno não iniciou bem o ano letivo. Um boletim com esses resultados assusta e afeta a autoestima de qualquer estudante, mas é importante ter em mente que ainda há tempo para reverter a situação. Em vez de os pais culparem os estudantes, o que realmente pode melhorar o rendimento escolar é a identificação dos motivos do baixo desempenho, a definição de uma estratégia de estudos e o apoio constante da família. Passadas as férias de julho, é a hora de recuperar o boletim. Separamos dicas que podem ajudar pais e estudantes a melhorarem o desempenho escolar.

São diversos os fatores que podem levar as notas a caírem e a compreensão do problema começa no bom contato dos pais com a escola em que o filho estuda. Comparecer às reuniões de pais e conversar frequentemente com professores e profissionais da escola são medidas que atenuam muitos problemas. Apesar da rotina desgastante de trabalho que, em geral, os pais têm, é de extrema importância que eles dediquem algumas horas do dia para acompanhar o filho durante as tarefas escolares.

Ajudar os filhos a encontrar a melhor forma de estudar em casa é uma preocupação constante que os pais devem ter. Algumas estratégias simples se mostram muito eficazes na otimização do ensino em casa. Por exemplo, assuma a responsabilidade pela nota. Embora talvez seja um grande golpe no orgulho da família, compreenda que você e seu filho são os responsáveis pela nota recebida. Os conflitos com os professores não devem acontecer. É sim muito importante a conversa com eles, mas de forma parceira e harmoniosa. Existem fatores externos que também podem influenciar uma avaliação, mas, na maioria dos casos, é importante perceber que é a família que precisa modificar hábitos se quiser que o filho melhore o desempenho.

O poder da rotina

Uma das alternativas é estabelecer uma rotina para o estudo em casa. Esse estudo preferencialmente deve ocorrer num ambiente preparado, que estimule a concentração. Por exemplo, deve ser um espaço arejado, tranquilo e com boa iluminação. A diretora pedagógica da Secretaria Municipal da Educação de Canoas, Cristiane De Boite, lembra que é importante estabelecer limites até mesmo para a carga de estudos em casa. “No horário destinado ao estudo, que não deve ser maior do que 1 hora diária, é importante manter regras e deixar o estudante afastado da televisão, videogame, celular ou outros objetos que atrapalhem sua atenção”, afirma.

Dentre as competências da Nova Base Nacional Comum Curricular está a importância de desenvolvermos nos jovens a cultura digital, isto é, estimulá-los a utilizar, criar e compreender as tecnologias digitais de forma crítica e ética. É importante também ensiná-los a utilizar essas ferramentas a fim de comunicar-se, pesquisar, produzir informações e resolver problemas exercitando protagonismo e autonomia. Porém, eles precisam ser liberados com cautela e quem deve impor os limites são os pais e responsáveis. Dependendo da idade da criança, o uso dos equipamentos e o acesso da internet deve ser sempre supervisionado por um adulto.

Problemas de saúde podem afetar o rendimento

Em determinadas situações, o baixo rendimento escolar pode não ter ligação com a compreensão de conteúdos, mas estar relacionada a problemas de saúde ou até mesmo problemas emocionais. Alunos que sempre tiveram bom desempenho e apresentam um declínio inesperado podem estar, por exemplo, com a autoestima abalada por causa de algum problema que tenha ocorrido no ambiente escolar ou até mesmo familiar.

Nessas situações, Cristiane lembra que o ideal é um diálogo aberto e sem julgamentos com o estudante para entender o que se passa. “Afirmo sempre que o diálogo entre pais e filhos é fundamental. Os responsáveis precisam apoiar os estudantes e conduzi-los com amor e carinho, mas nunca esquecendo-se de que são eles que precisam estabelecer muito bem os limites.Os pais são os pais e não os amigos que permitem tudo”, destaca.

Problemas de visão também interferem muito no bom desempenho dos estudantes. Nestes momentos, professores são os grandes aliados da família na identificação do problema. Crianças, geralmente, não se dão conta quando a dificuldade para enxergar, por exemplo, começa a aparecer. É preciso estar atento a comportamentos que sinalizam essa dificuldade, como o aluno perguntar com frequência o que está escrito no quadro ou levantar-se da cadeira para tentar enxergar melhor.

Há ainda os problemas que exigem um acompanhamento psicopedagógico ou até mesmo psicológico, como alguns distúrbios que atrapalham a aprendizagem. Hoje é muito comum encontrarmos crianças com dificuldades de concentração, com hiperatividade, dislexia, entre outros. Para a diretora pedagógica, embora algumas dificuldades sejam mais complexas que outras, “é importante respeitar a criança, fazê-la sentir-se segura e amada e procurar sempre a ajuda profissional”. O problema se não tratado impede uma melhora no desempenho escolar. “É interessante reforçar que não existe fórmula mágica para fazer os filhos estudarem, mas incentivá-los, dando exemplo, sempre é o mais indicado”, finaliza Cristine.

Confira algumas dicas que podem ajudar a descobrir o motivo das notas baixas:

– Converse com o estudante sem ameaças ou julgamentos. Na maioria das vezes, quando o problema for por pura falta de estudo, os próprios alunos sabem onde falharam. Quando for de ordem emocional, um convite para conversar faz toda a diferença.

– Procure a escola e converse com os professores. O diálogo franco entre pais e educadores é determinante, pois o aluno toma consciência de suas responsabilidades ao ver os adultos falando a mesma língua.

– Estimule nos filhos o gosto pela leitura. Na medida do possível, dê livros de presente. Toda a criança ou jovem que lê bastante, tem mais facilidade para a aprendizagem.

– Quando observar a melhora do desempenho escolar, não esqueça de elogiar e motivar. Todo mundo gosta de um elogio e isso é determinante no resgate da autoestima do aluno.

– Diga sempre: “você consegue” – “você é capaz” – “eu acredito no teu potencial”

– Tenham uma agenda para anotar todas as tarefas escolares, bem como trabalhos, temas e provas. Os familiares têm obrigação de acompanhar a agenda e os cadernos dos filhos diariamente. Isso ajuda a criança ou o jovem a se organizar.

– O estudante precisa ter claro que sua única obrigação de fato é a escola e isso os pais devem cobrar e exigir. Se o aluno tem notas baixas porque não estuda, não realiza os temas e/ou trabalhos, ele deve arcar com as consequências desse ato e aí compete a cada família ver a melhor forma de fazê-los entenderem.

 

Fonte: Prefeitura de Canoas/RS

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