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500 anos dos Anabatistas: Um Movimento Revolucionário da Reforma Protestante

 


Em 21 de janeiro de 1525, foi fundado o Movimento Anabatista suíço, quando Conrad Grebel, Felix Manz, Georg Blaurock e cerca de uma dúzia de outros se batizam na casa da mãe de Manz em Zurique, rompendo uma tradição milenar de união entre a Igreja e o Estado.

A história dos anabatistas é fascinante e muitas vezes desconhecida para muitos. Nascido no coração da Reforma Protestante no século XVI, este movimento religioso foi mais do que uma simples ramificação do cristianismo – foi uma revolução espiritual que desafiou as normas estabelecidas da época.

13 de janeiro de 1825: Há 200 anos Frei Caneca foi fuzilado no Forte das Cinco Pontas no Recife

 


Frei Caneca: O Mártir da Liberdade no Brasil

Frei Joaquim da Silva Rabelo, mais conhecido como Frei Caneca, foi um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil. Nascido em 1779, em Recife, Pernambuco, ele se destacou como padre, jornalista, escritor e militante político. Sua trajetória é marcada por sua luta incansável pela liberdade e justiça, culminando em seu trágico fuzilamento em 13 de janeiro de 1825.

O Marco da Paz: 10 de Janeiro de 1920 e o Tratado de Versalhes

 



O dia 10 de janeiro de 1920 marca um momento crucial na história mundial. Foi nesta data que o Tratado de Versalhes entrou oficialmente em vigor, simbolizando o fim formal da Primeira Guerra Mundial e trazendo consigo uma nova era de esperança e desafios.

07 de janeiro de 1549: A criação do Governo-Geral no Brasil Colônia


O Governo-Geral no Brasil Colonial

A instituição do Governo-Geral em 1549 marcou uma importante mudança na administração do Brasil colonial. Este sistema centralizado foi uma resposta da Coroa Portuguesa aos desafios enfrentados nas capitanias hereditárias e buscava consolidar o controle sobre a colônia.

190 anos da Revolta da Cabanagem: Luta e Resistência no Pará



Introdução

A Revolta da Cabanagem foi um dos mais importantes e sangrentos movimentos populares da história do Brasil, ocorrida entre 1835 e 1840 na província do Grão-Pará. O movimento foi caracterizado pela intensa luta contra as desigualdades sociais, opressão e o descaso do governo central.

Curiosidades sobre a Antártica: O Continente Gelado

A Antártica é um continente cheio de mistérios e maravilhas. Conhecida como o continente mais frio, seco e ventoso do planeta, a Antártica é um lugar de extremos que guarda muitas curiosidades fascinantes. Vamos descobrir mais sobre este incrível local!

 

 Geografia e Clima
  • Gelo Abundante: A Antártica contém cerca de 70% da água doce do mundo, armazenada em suas geleiras e mantos de gelo.

  • Temperaturas Extremas: A temperatura mais baixa já registrada na Terra foi na Estação Vostok, na Antártica, onde os termômetros marcaram -89,2°C em 1983.

  • Deserto de Gelo: Apesar de estar coberta de gelo, a Antártica é considerada um deserto polar devido à sua baixa umidade e precipitação.

     

Vida Selvagem

  • Pinguins Emblemáticos: A Antártica é lar de várias espécies de pinguins, incluindo o pinguim-imperador, que é o maior de todos e se reproduz durante o inverno rigoroso.

  • Baleias e Focas: As águas ao redor da Antártica são ricas em vida marinha, como baleias jubarte, orcas e várias espécies de focas, incluindo a foca-de-weddell.

  • Insetos Minúsculos: A fauna terrestre é limitada, mas inclui o Belgica antarctica, um inseto sem asas e o maior animal terrestre nativo da Antártica, com apenas alguns milímetros de comprimento.

     

Fenômenos Naturais

  • Aurora Austral: Assim como a Aurora Boreal no Ártico, a Antártica tem sua própria exibição de luzes dançantes no céu, conhecida como Aurora Austral.

  • Sol da Meia-Noite: Durante o verão antártico, o Sol não se põe por várias semanas, criando um período contínuo de luz do dia.

     

Pesquisa Científica

  • Estação de Pesquisa: A Antártica abriga várias estações de pesquisa internacionais, onde cientistas estudam clima, geologia, biologia e astronomia.

  • Lago Vostok: Sob o gelo, existe um enorme lago subglacial chamado Lago Vostok, que esteve isolado por milhões de anos e pode abrigar formas de vida únicas.

     

Curiosidades Históricas

  • Exploração Humana: O continente foi descoberto em 1820 por exploradores russos, mas as expedições para explorar e mapear a Antártica começaram a ganhar força no início do século XX.

  • Tratado da Antártica: Em 1959, o Tratado da Antártica foi assinado por vários países, estabelecendo a região como uma área de pesquisa científica pacífica e proibindo atividades militares.

     

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26 de dezembro de 1776: Batalha de Trenton - O Golpe Decisivo na Guerra da Independência Americana

 


A Batalha de Trenton, ocorrida em 26 de dezembro de 1776, é considerada um dos momentos mais significativos da Guerra da Independência Americana. Esta vitória inesperada das forças americanas, lideradas por George Washington, contra os mercenários hessianos, não apenas reverteu a maré de desespero, mas também revitalizou a moral do Exército Continental.

Contexto Histórico

No final de 1776, o Exército Continental enfrentava uma série de derrotas que abalavam profundamente a moral das tropas e a confiança dos colonos na vitória sobre os britânicos. A travessia do rio Delaware e a subsequente Batalha de Trenton foram concebidas como uma jogada desesperada para reverter esta situação crítica.

Preparativos para a Batalha

Travessia do Rio Delaware

  • Na noite de Natal de 1776, George Washington liderou cerca de 2.400 soldados na perigosa travessia do gelado rio Delaware. As condições eram extremamente adversas, com ventos fortes e gelo, mas a determinação de Washington e suas tropas prevaleceu.

Eventos da Batalha

Ataque Surpresa

  • Na madrugada de 26 de dezembro, as tropas americanas lançaram um ataque surpresa contra a guarnição hessiana em Trenton, Nova Jersey. Os hessianos, mercenários alemães que lutavam ao lado dos britânicos, foram pegos desprevenidos, muitos ainda se recuperando das celebrações de Natal.

Desfecho

  • O combate durou cerca de uma hora, resultando na captura de aproximadamente 900 soldados hessianos, enquanto os americanos sofreram poucas baixas. Este triunfo foi crucial para reanimar a moral das tropas e dos colonos.

Consequências da Batalha

Impacto Imediato

  • A vitória em Trenton foi um divisor de águas para o Exército Continental. A notícia do sucesso impulsionou o recrutamento de novos soldados e renovou a confiança na liderança de Washington.

Batalha de Princeton

  • Motivado pelo sucesso em Trenton, Washington planejou e executou outra manobra ousada, levando à vitória na Batalha de Princeton em 3 de janeiro de 1777, solidificando ainda mais a posição americana na guerra.

Legado Histórico

A Batalha de Trenton é lembrada como um exemplo brilhante de liderança e estratégia militar. A audácia e a coragem demonstradas por Washington e suas tropas inspiram até hoje, simbolizando o espírito de resistência e determinação que levou à independência americana.

 

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A Dezembrada: O Fim Decisivo da Guerra do Paraguai


 

A Dezembrada, ocorrida em dezembro de 1868, foi um conjunto de batalhas cruciais durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), envolvendo Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. Esses confrontos marcaram um ponto decisivo na guerra e pavimentaram o caminho para a queda do líder paraguaio, Solano López.

Contexto Histórico

A Guerra da Tríplice Aliança teve início em 1864, quando o Paraguai, liderado por Solano López, invadiu a província brasileira de Mato Grosso. Em resposta, Brasil, Argentina e Uruguai formaram uma coalizão para enfrentar as forças paraguaias. A guerra foi uma das mais sangrentas da história sul-americana e durou até 1870.

Batalhas Decisivas da Dezembrada

  1. Batalha de Itororó (6 de dezembro de 1868) A Dezembrada começou com a Batalha de Itororó, onde as forças aliadas, lideradas pelo Duque de Caxias, enfrentaram e venceram os paraguaios em uma passagem estreita sobre o rio Itororó. Esta vitória abriu o caminho para os aliados avançarem em direção ao coração do Paraguai.

  2. Batalha de Avaí (11 de dezembro de 1868) Apenas alguns dias depois, ocorreu a Batalha de Avaí. Este confronto foi marcado pela resistência feroz das tropas paraguaias, mas, eventualmente, os aliados prevaleceram, infligindo pesadas baixas ao inimigo e consolidando sua posição.

  3. Batalha de Lomas Valentinas (21-27 de dezembro de 1868) Esta série de batalhas foi uma das mais intensas da Dezembrada. As forças aliadas atacaram as fortificações paraguaias em Lomas Valentinas, enfrentando resistência obstinada. Após vários dias de combates, os aliados finalmente capturaram as posições paraguaias, forçando Solano López a fugir para o interior.

  4. Rendição de Angostura (30 de dezembro de 1868) A Dezembrada culminou com a rendição das tropas paraguaias em Angostura. Este evento marcou a derrota definitiva das forças de López na região e simbolizou o início do fim para o Paraguai na guerra.

Consequências da Dezembrada

As batalhas da Dezembrada foram decisivas para a queda de Solano López e a capitulação do Paraguai. A vitória dos aliados não apenas encerrou a resistência paraguaia organizada, mas também estabeleceu novos parâmetros geopolíticos na região. O Paraguai sofreu enormes perdas humanas e materiais, enquanto o Brasil, Argentina e Uruguai consolidaram suas posições como potências regionais.

Legado Histórico

A Dezembrada é lembrada como um dos momentos mais cruciais da Guerra da Tríplice Aliança. Essas batalhas finais demonstraram a tenacidade e a coordenação das forças aliadas e servem como um testemunho da brutalidade e complexidade do conflito.

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Hoje na História: 04/09/1875 - Saiba o que foi o Motim das Mulheres de Rio Grande do Norte

 


Em 04 de setembro de 1875, ocorria em Mossoró, no Rio Grande do Norte, O Motim das Mulheres. Cerca de 130 donas de casa saíram em passeata pelas ruas da cidade protestando contra a obrigatoriedade do alistamento militar.

A história começa com a regulamentação do recrutamento do Exército e Armada pelo gabinete do Visconde do Rio Branco, durante o reinado de Dom Pedro Segundo.

A decisão não foi bem recebida na Província do Rio Grande do Norte, onde várias comunidades se organizaram em sinal de protesto.

O povo dizia que a regulamentação seria usada pelos chefes políticos da época para recrutar os filhos dos adversários, como estava sendo feito em Mossoró.

O movimento foi liderado por Dona Anna Floriano, Dona Maria Filgueira e Dona Joaquina Maria de Góis, esposas de políticos e autoridades de Mossoró.

Revoltadas com as denúncias de manipulação política, elas iniciaram a manifestação e o motim tomou as ruas da cidade.

Munidas de utensílios domésticos como panelas, frigideiras, conchas e colheres de pau, as mulheres foram até a Igreja Matriz de Santa Luzia e rasgaram os editais fixados no quadro de avisos. Em seguida, se dirigiram à casa do escrivão do juiz de Paz e tomaram e rasgaram o livro e os papéis relativos ao alistamento.

Não satisfeitas, foram até a redação do Jornal “O Mossoroense” e destruíram os editais que seriam publicados no dia seguinte.

As mulheres partiram então para a Praça da Liberdade, onde entraram em choque corporal com um grupo de soldados da Força Pública que ali estava para dominar a rebelião.

Algumas mulheres ficaram feridas e o protesto não se agravou mais graças à interferência de populares que acabaram com a confusão.

Logo após o movimento, o juiz de Direito, João Antônio Rodrigues, comunicou o fato ao presidente da Província, João Bernardo Galvão Alcanforado Júnior, que mandou instaurar um inquérito para apurar o ocorrido. O processo desapareceu do arquivo do Departamento de Segurança Pública.

Segundo o historiador Vingt-un Rosado o episódio de Mossoró não foi um caso isolado, tendo ocorrido semelhante manifestação em outros pontos da Província.

O que diferenciou o movimento de Mossoró dos demais foi o fato de ter sido organizado e executado apenas por mulheres, por amor aos seus filhos.

 

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Hoje na História: 04/09/1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.

 


Há 173 anos foi criada a Lei Eusébio de Queirós, também conhecida como  ou Lei Ato Adicional. Uma legislação brasileira promulgada em 4 de setembro de 1850, que recebeu esse nome em homenagem ao seu autor, o deputado Eusébio de Queirós.

Essa lei teve como objetivo principal a proibição do tráfico negro no Brasil, ou seja, a importação de africanos como escravos. Ela representou um dos marcos da história do país, pois gradualmente contribuiu com o fim desse comércio, embora a escravidão tenha persistido no Brasil até mesmo após assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Uma das medidas tomadas no contexto do movimento abolicionista no Brasil, que buscava a libertação dos escravos e a abolição da escravidão no país. Ela teve como consequências a diminuição gradual da população escrava no Brasil, à medida que o tráfico negreiro foi desestimulado e reprimido.

Determinando a punição das pessoas envolvidas nesse crime e estabeleceu que os escravizados apreendidos devessem ser reexportados para os terminais de origem ou para qualquer outro ponto fora do Império.

Nos casos onde não fosse possível a reexportação, os africanos seriam empregados em trabalho sob a tutela do governo, não sendo em nenhum caso os seus serviços concedidos a particulares.

Com a extinção do tráfico, a solução encontrada para o problema da mão-de-obra foi o comércio interprovincial, que abastecia o sudeste produtor de café, num momento em que as tradicionais lavouras nordestinas encontravam-se em crise.

Além disso, o governo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas plantações, ao mesmo tempo em que reorganizou a política de acesso à terra, com a chamada Lei de Terras, de 1850.

É importante notar que a abolição da escravidão no Brasil foi um processo complexo que envolveu várias etapas, incluindo a Lei Eusébio de Queirós, a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885), antes da promulgação da Lei Áurea em 1888 , que decretou o fim oficial da escravidão no país.

Afinal, a Lei n.º 581/1850 foi de fato executada?

Historiadores criticam que a Lei Eusébio de Queirós n.º 581/1850, foi abertamente ignorada, e o tráfico negreiro continuou extremamente ativo no Brasil. Houve certa ação da lei contra o tráfico entre 1831 e 1832, mas, a partir de 1833, a atividade ganhou força e seguiu bastante ativa até 1845.

Essa lei tinha como objetivo garantir a proibição do tráfico negreiro ao mesmo tempo em que garantiria que os escravos que foram trazidos ao país entre 1831 e 1845 fossem mantidos como escravos, porém na pratica não ocorreu como planejado.

Nesse período também, houve até movimentação política para que a Lei Feijó fosse revogada. Além disso, o governo ignorava os navios negreiros que chegavam ao Brasil, carregados de africanos.

Vale dizer que Eusébio de Queirós (o idealizador da Lei)  era uma figura problemática, uma vez que, como chefe de polícia, cargo que ocupou entre 1833 e 1844, ficou conhecido por negligenciar os navios negreiros que desembarcavam no Rio de Janeiro.

A vida após a escravidão, não foi nada fácil, a transição da escravidão para a liberdade trouxe uma série de desafios econômicos, raciais, sociais e políticos.

Muitos ex-escravizados enfrentam dificuldades econômicas significativas após a emancipação. Eles frequentemente careciam de recursos e propriedades e não tinham acesso a empregos remunerados. Muitos acabaram trabalhando nas mesmas plantações ou em condições de trabalho semelhantes às da escravidão, mas agora como trabalhadores assalariados.

Ao longo do tempo, houve avanços inovadores na luta pela igualdade de direitos e oportunidades para os afrodescendentes em muitos países. No entanto, desafios persistentes, como o racismo institucional e a desigualdade econômica, continuam a ser questões importantes a serem enfrentadas.

Apesar das dificuldades, as comunidades negras continuaram a preservar e celebrar sua cultura e identidade. Isso incluía a música, a religião, a culinária e outras tradições que desempenharam um papel fundamental na formação da cultura afrodescendente.

Imagem: 
Título: Le diner. Les dèlassemens d’une aprés
Data: 1835 - 1835
Dimensões físicas: w31 x h49 cm
Designer; Lithographer: Jean Baptiste Debret (del.); Thierry Frères (lith.)
Procedência: Museu Imperial/Ibram/Minc
Tipo: litografia
Acervo: Museu Imperial/Ibram-MinC

 

FONTE: FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES / GOVERNO FEDERAL

 

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Quem foram os bandeirantes?

 


Entre os séculos 16 e 7, os bandeirantes atuaram na captura de escravos fugitivos, no aprisionamento de índios e na procura de pedras e metais preciosos.

Eles desbravaram o interior do Brasil, partindo, especialmente, das vilas de São Paulo e São Vicente. Estavam sempre armados e eram violentos: nas primeiras três décadas do século 17, mataram ou escravizaram cerca de 300 mil índios, destruindo mais de 50 missões organizadas por padres jesuítas.

Esses homens transformaram São Paulo em um dos maiores centros de escravagismo indígena de todo o continente. E escolheram a cidade paulista por dois motivos: ela ficava no centro das rotas para o sertão e perto dos índios carijós (do litoral) e guaranis (do Paraguai).

As expedições organizadas pelos bandeirantes eram chamadas de bandeiras — o nome nasceu do costume europeu de levantar uma bandeira em sinal de guerra. No início, tinham como objetivo apenas a captura de índios para que trabalhassem em plantações. Os homens seguiam o curso dos rios, abrindo trilhas. Somente após o século 17 é que as bandeiras passaram também a procurar ouro e pedras preciosas – mas, a essa altura, muitos índios já haviam morrido.

 

Saiba quem foram os principais bandeirantes brasileiros!

Antonio Raposo Tavares (1598-1658): foi o maior caçador de escravos no tempo em que viveu (capturou 117 pessoas). Natural de Alentejo (Portugal), chegou ao Brasil com 20 anos. Em 1627, organizou a primeira bandeira contra Guairá, na região sul do país.

Fernão Dias Pais (1608-1681): em busca de metais preciosos, comandou uma expedição, entre 1647 e 1681, pelo interior mineiro. O bandeirante encontrou apenas turmalinas (pedras preciosas de variadas cores) e morreu durante a viagem.

Domingos Jorge Velho (1641-1705): não falava português, mas era fluente em tupi-guarani. Foi contratado pelo governo para destruir o quilombo dos Palmares (saiba mais no capítulo 8), em uma bandeira que começou no início de 1694 e levou quase um ano para terminar.

 

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A Divisão Clássica da História


Periodização da história é um método cronológico usado para contar e separar o tempo histórico da humanidade em segmentos denominados época, era, idade ou período. A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade, que costuma dividir a história humana por convenção; e exclusivamente para fins didáticos.

Em cinco períodos, épocas ou idades — ao que se denomina periodização clássica da história — como a Pré-história, a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. As ocorrências significativas para a História Geral, tomando como referência a Europa, e que delimitaram essa divisão são, cronologicamente: a invenção da escrita (c. 4000 a.C.); a queda do Império Romano (476 d.C.); a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim da Guerra dos Cem Anos na Europa (1453); e a Revolução Francesa (1789).

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra; e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e atividades de caça e coleta. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e à criação das primeiras cidades. É dividida entre Idade da pedra e Idade dos metais, sendo a primeira subdividida em Paleolítico e Neolítico, enquanto a segunda em Idade do Cobre, Idade do bronze e Idade do ferro.

Foram feitas grandes descobertas, sem as quais hoje seria muito difícil viver:

  •     No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
  •     No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais; e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
  •     Na Idade dos Metais: fundição dos metais; e utilização destes no fabrico de instrumentos. O último período da Pré-História demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia;
  •     Após o homem pré-histórico descobrir a existência de outros povos (civilizações), eles começam a disputar entre si, para determinar quem era o mais forte, onde o grupo perdedor serviria como escravo. Nasce, então, o primeiro método de escravidão.


Após a invenção da escrita, foram estabelecidas quatro idades:

  •     Idade Antiga ou Antiguidade — compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina, Mesopotâmia, Irã e Fenícia. Abrange também as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma;
  •     Idade Média — Compreende-se do ano 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos; e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa;
  •     Idade Moderna — considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista;
  •     Idade Contemporânea — compreende de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.


Críticas à periodização clássica

Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:

  •     O advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-colombianas;
  •     As mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente; e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo o fim de um modo de produção como o feudalismo;
  •     Mesmo nesta periodização, há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..."

 

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Fontes:
  • O Tempo na História. Zahar, 1993. pp. 97. ISBN 8571102090
  •  de Vargas Gil, Carmem Zeli. A docência em História: reflexões e propostas para ações. Edelbra Editora Ltda. pp. 48. ISBN 8536011149
  • B. Buchaul, Ricardo. Gênese da Maçonaria no Brasil: a história antes do Grande Oriente do Brasil. Clube de Autores, 2011. pp. 41.
  • SILVA, Joaquim e PENNA, J. B. Damasco, op. cit.
  • SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral, ed. Ática, São Paulo, 6ª ed., 1972

Hidrografia: Tipos de rios quanto à forma de escoamento da água

 


Rios intermitentes ou temporários – são aqueles que correm em apenas um período do ano, ou seja, secam nas épocas de estiagem. Existem casos em que essa dinâmica é natural, sobretudo em regiões de grande variação climática anual. Todavia, há outros casos em que a manifestação desse tipo de rio é fruto da ação humana. Vale lembrar que os rios que congelam durante uma parte do ano e, por isso, deixam de apresentar os movimentos de suas águas também são classificados como intermitentes.


Rios perenes – são aqueles que correm o ano inteiro, ou seja, não apresentam interrupção no fluxo de suas águas sobre nenhum período, seja ele de seca, seja de cheia. Esses rios são alimentados por uma fonte contínua que faz com que o nível de suas águas nunca fique abaixo da superfície terrestre.


Rios efêmeros – são aqueles que se manifestam apenas em ocasiões de grandes chuvas, sendo do tipo pouco comum e de previsão pouco efetiva. Em alguns casos, eles levam décadas para manifestar-se e podem acarretar enchentes, principalmente quando há ocupação humana das áreas de ocorrência desses rios em seu período de seca.


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Qual foi a primeira ferrovia brasileira?

 


No século XIX foi construída a primeira ferrovia do Brasil, enquanto o país ainda estava sob o regime imperial.

Um projeto de sucesso, responsável pela construção da Estrada de Mauá, que ficava no estado do Rio de Janeiro, capital do país na época.

O responsável por essa grande empreitada foi Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como o famoso Barão de Mauá. Ele era um grande empresário industrial, banqueiro e investidor brasileiro, e teve um papel muito importante para o investimento e exploração da ideia de construção da primeira ferrovia do Brasil, que posteriormente teve a alcunha concedida a ele, no nome da ferrovia.

Assim nasceu a primeira ferrovia do Brasil, inaugurada pelo Barão de Mauá e com o apoio do Imperador Dom Pedro II, no dia 30 de abril de 1854.

Motivos pelos quais nasceu a primeira ferrovia do Brasil

Muitos foram os motivos para construir a primeira ferrovia do Brasil. Logo após as várias nações do mundo construírem suas ferrovias, o Brasil sentiu a necessidade de se adaptar às grandes inovações que cresciam a cada dia, se alinhado aos países de primeiro mundo.

Lógico que um país como o Brasil, com uma dimensão imensa, precisava, na época, ligar os territórios nacionais, mas isso teria que acontecer de uma forma muito bem estudada e bem investida. O primeiro passo era o mais importante! Por isso a construção da Estrada de Ferro Mauá, a primeira ferrovia do Brasil, foi fundamental.

No século XIX, o regime imperial começava a perder forças importantes para o país – a exportação e importação eram a base do sistema e seria essencial que essa base fosse mantida, junto com o desenvolvimento produtivo interno.

Como na época o Brasil era um dos principais produtores de café, o meio utilizado para importar e exportar os grãos eram os navios, que viviam num fluxo constante e vinham, principalmente, de Portugal.

Esse foi um dos principais motivos pelo qual era tão essencial melhorar e explorar as produções cafeeiras, adaptando-se a modelos de modernidade, aperfeiçoando o abastecimento do produto e o fluxo entre municípios e pessoas. Assim nascia a Estrada de Ferro Mauá!

Essa foi a abertura para uma era de crescimento. Logo após sua construção, novas ferrovias foram ganhando forma, resultando num aumento significativo da produtividade e, principalmente, da comercialização do café e vários outros produtos.

Trajeto da Estrada de Ferro Mauá

A Estrada de Ferro de Mauá tinha uma extensão de aproximadamente 14,5 km, que ligava o Porto de Mauá a Fragoso (RJ), que nos dias de hoje corresponde a um bairro do município de Magé.

Sua principal função era abastecer os trens com as cargas que chegavam dos portos e garantir que chegassem aos municípios pela ferrovia. Com o passar do tempo, o trajeto aumentou, passando dos 15 km.

É sempre muito importante o surgimento de novidades, principalmente quando traz inovações que geram soluções pontuais, proporcionando crescimento e lucro – e com a construção da Estrada de Ferro de Mauá isso foi muito bem ilustrado.

A construção da primeira ferrovia do Brasil ampliou as formas de transportar as mercadorias, trouxe melhora na qualidade da entrega, tanto das exportações como no abastecimento, garantindo agilidade nas importações. Novas empresas e empresários começaram a investir, ajudando no crescimento das ferrovias.

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História das Ferrovias no Brasil


 

A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886. 

Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte. 

As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.

A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro. 

 

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Fonte: IPHAN

Pedro da Silva Pedroso, o Pardo do Recife: Soldado valente que tentou fazer do Brasil um país só de negros e mulatos

 


Em maio de 1817, no comando do Forte de Cinco Pontas, no Recife, o coronel Pedro Pedroso aguardava a chegada de um exército inimigo, que vinha da Bahia para botar abaixo a república proclamada em Pernambuco, dois meses atrás. Porém, o general Domingos Teotônio — então, à frente das tropas pernambucanas — decretou a retirada do Recife e ele não chegou a entrar em combate.

Em setembro de 1824, a situação se repetiu: Pedroso estava novamente pronto a lutar pelo Recife. Dessa vez, contudo, do lado oposto, marchando na armada despachada do Rio de Janeiro pelo imperador Pedro I contra mais um movimento libertário, lançado por antigos revolucionários de 1817: a Confederação do Equador. Mas ele não se achava um traidor, pois o seu projeto político era outro, acima e além da pendenga entre monarquistas e republicanos…

O PARTEIRO

“Negro, em festa de branco, é o primeiro que apanha e o último que come”. Nesse ditado popular se resumia toda a ideologia do “Pardo do Recife”, como Pedro Pedroso apelidara a si mesmo. A causa pela qual lutava era, em primeiro lugar, a sua gente, os pretos e mulatos escravizados ou livres, mas sempre desvalidos. E, em segundo lugar, os seus interesses pessoais, é claro, que ele também estava longe de ser santo — um São Benedito, se fosse o caso; mas, seguramente, santidade não era o seu forte.

Pobre, semiletrado, porém muito inteligente, enérgico e valente, ele abriu caminho na vida à custa do próprio esforço. Alistou-se como praça no regimento de Artilharia e chegou a capitão, o posto máximo que um mulato brasileiro podia aspirar no exército português. Tornou-se conhecido, respeitado, amado e temido no meio do povo. E, além de ser o xodó das escurinhas, também arrancava suspiros de muitas brancas “de família” que, por trás das gelosias, o viam passar pelas ruas, alto, bonito, elegante, com suas longas costelas e fartos bigodes, sempre montando cavalos magníficos.

No dia seis de março de 1817, Pedroso serviu de “parteiro” da Revolução. Quando o capitão José de Barros Lima — o “Leão Coroado” — recusou a ordem de prisão dada pelo brigadeiro português Manoel Barbosa e o matou, foi ele que tirou a espada ensanguentada das mãos do camarada para, empunhando-a, assumir o comando do Regimento de Artilharia do Recife. E, em seguida, proclamou o início do levante, logo apoiado pelos recifenses e depois por todo Pernambuco, pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte. Além disso, foi ele que, naquele dia, sem titubear, mandou fuzilar o coronel Tomás de Aquino, enviado pelo governador português Caetano Pinto para parlamentar com os militares rebelados, assim acabando com qualquer possibilidade de recuo do movimento.

DISCRIMINAÇÃO

Também foi Pedroso que, dias depois, já instalado o Governo Provisório de Pernambuco, invadiu a sala onde os cinco governadores estavam reunidos e ameaçou de morte um deles, o advogado José Luís Mendonça. Assim, forçou Mendonça a retirar uma proposta de buscar acordo com o príncipe D. João, que estava prestes a ser aprovada. Foi ele, ainda, que, com muita luta, conseguiu arrancar daquele governo o primeiro ato abolicionista já decretado no Brasil, concedendo alforria aos escravos que se alistassem no exército. E foi ele que, pessoalmente, treinou a primeira tropa de cativos assim libertos.

Finalmente, foi Pedroso que mais insistiu para que os inimigos da Revolução fossem tratados com rigor. Para dar exemplo ele até mandou, por conta própria, fuzilar três desertores da tropa em praça pública. Mas os governadores não o escutaram — foram frouxos, em sua opinião —, o movimento foi derrotado e o seu desencanto começou.

Com dezenas de outros patriotas, Pedroso foi preso e despachado para a Bahia, e lá sentiu a discriminação doer ainda mais, porque partia dos seus próprios companheiros. Os negros eram, de fato, os primeiros a apanhar e os últimos a comer, e não apenas nas festas dos brancos, mas até na cadeia, junto com eles!

Então ele perdeu o pouco respeito que ainda tinha pelos republicanos. Estes seriam até piores que os outros brancos, porque iludiam os pretos com falsas promessas. Ora, se eles praticassem a liberdade, a igualdade e a fraternidade que pregavam, a escravidão não teria cessado nos Estados Unidos quando aquele país ficou independente, em 1776? E por que ela não fora extinta nas colônias francesas, após a Revolução de 1789? Certos, para ele, estavam os negros do Haiti que, em 1804, mataram ou expulsaram todos os “caiados” daquela ilha!

Pela República em 1817 e contra ela em 1824

Após a anistia de 1821, mais segregação. Pedroso não foi libertado com os outros e sim enviado para Portugal, acusado de mandar matar o coronel Aquino. Mas foi perdoado e voltou para sua terra. E aqui estava, em fevereiro de 1822, quando foi procurado por Antônio de Menezes Drummond, agente do ministro José Bonifácio, que andava às turras com Gervásio Pires, então presidente de Pernambuco. Na época, Bonifácio defendia que o Brasil proclamasse a independência de Portugal e se tornasse um império, regido pelo príncipe D. Pedro. Mas Gervásio temia que, indo por esse caminho, o resto do país continuasse sendo oprimido e explorado pela corte do Rio de Janeiro, e vacilava em apoiar essa proposta.

Drummond não teve dificuldade em ganhar Pedroso para a sua causa com promessas de melhorias de vida para o povo e aumento de soldo para os militares. Então, com o prestígio popular que tinha, o Pardo agitou as tropas e as massas. E, em setembro, derrubou o governo de Gervásio, sendo premiado com o comando das tropas de Pernambuco.

Mas o novo governo, a “Junta dos Matutos”, formado por senhores de terras e escravos, também não nutria grande simpatia pelas causas abolicionistas e populares. E o Pardo, achando que as circunstâncias lhe eram favoráveis, resolveu dar um passo à frente. Ele sublevou o 3º e 4º regimentos, os “Bravos da Pátria” e os “Montabrechas”, formados por negros e mulatos, respectivamente, e no dia 21 de fevereiro de 1823 o Recife foi tomado pela malta de pele escura, dando vivas ao Haiti e recitando uma quadrinha que anunciava o fim de todos “marinheiros” (portugueses) e “caiados” (brancos) no Brasil.

A “Pedrosada”, porém, foi abafada, e Pedroso despachado para o Rio de Janeiro. E lá estava preso quando os pernambucanos rebelaram-se mais uma vez, em 1824, na Confederação do Equador. Então, sabendo da liderança que ele exercia sobre o povo pobre daquela província, D. Pedro I lhe ofereceu anistia e o comando das tropas de volta, em troca do seu apoio. E o Pardo do Recife aceitou participar de mais uma “festa de brancos”, ainda com a esperança de que um dia, no Brasil, os pretos e mulatos fossem os últimos a apanhar e os primeiros a comer. E nessa expectativa viveu até morrer de velhice, no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Blog Diário de Pernambuco

 

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