Mostrando postagens com marcador Geografia de Pernambuco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Geografia de Pernambuco. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Região Metropolitana do Recife



 A Região Metropolitana do Recife (RMR), também referida por Grande Recife, é a maior e principal região metropolitana do estado brasileiro de Pernambuco. Conurbação mais antiga do Brasil — uma vez que Olinda surgiu em 1535 e Recife em 1537 — a metrópole pernambucana foi o principal centro financeiro do Brasil Colônia até meados do século XVIII, quando do término do ciclo do açúcar. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE (última contagem oficial da população), é a maior região metropolitana do Norte-Nordeste, a sexta maior do Brasil e uma das 120 maiores do mundo, além de ser a terceira área metropolitana mais densamente habitada do país, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro; e de acordo com a estimativa para 2021 feita pelo mesmo instituto, possui 4 047 088 habitantes. Está atrás somente de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo na hierarquia da gestão federal.


Concentrando aproximadamente 65% do PIB pernambucano, desempenha um forte papel centralizador no Nordeste brasileiro, abrigando grande número de sedes regionais e nacionais de instituições e empresas públicas e privadas, como o Comando Militar do Nordeste, a SUDENE, a Eletrobras Chesf, o TRF da 5ª Região, o Cindacta III, o II COMAR, a SRNE da Infraero, a SRNE do INSS, a TV Globo Nordeste, a Votorantim Cimentos N/NE, a Queiroz Galvão, entre outras, além de possuir o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem consulados gerais de países como Estados Unidos, China, França e Reino Unido. A Região Metropolitana do Recife é a segunda região metropolitana mais rica do Norte-Nordeste (em 2016).


Em 1973, ano em que as regiões metropolitanas brasileiras foram instituídas, a Região Metropolitana do Recife era a terceira do Brasil em população, após as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, com 1 755 083 habitantes recenseados em 1970. No Censo de 1980 foi ultrapassada pela Região Metropolitana de Belo Horizonte, e no Censo de 1991 perdeu mais uma posição para a Região Metropolitana de Porto Alegre, passando a ocupar a quinta colocação entre as regiões metropolitanas do país. No Censo de 2010 se manteve como a quinta maior região metropolitana do Brasil; porém, considerando as chamadas "regiões integradas", perdeu uma posição para a RIDE do Distrito Federal e Entorno. Compreende 14 municípios: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife. Todos os municípios da RMR, fazem parte da Região Imediata do Recife, acrescentando-se a esta a Vila dos Remédios (núcleo urbano do arquipélago de Fernando de Noronha) e o município de Paudalho. O forte desenvolvimento da região está promovendo a expansão da mancha urbana para outros municípios da Zona da Mata pernambucana.


Aspectos econômicos

Recife é a metrópole mais rica do Norte-Nordeste em PIB PPC, e a sexta mais rica do Brasil, após as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba. É ainda a oitava região metropolitana mais rica do Brasil em PIB nominal, e a mais rica do Norte-Nordeste.


Boa parte da economia da região vem da prestação de serviços, que concentrou 54,7% do PIB em 2008, embora a atividade industrial também esteja em patamar de destaque, sendo responsável por 40,5% do PIB do Grande Recife. Já as atividades primárias, que incluem a agricultura, foram responsáveis por 5,8% da economia da região. O Grande Recife é responsável por cerca de 65% do PIB de Pernambuco.


Complexo Industrial e Portuário de Suape

A construção do Porto de Suape foi prevista para operar produtos combustíveis e cereais a granel, substituindo o Porto do Recife. Em 7 de novembro de 1978, uma lei estadual criou a empresa Suape Complexo Industrial Portuário para administrar o desenvolvimento das obras. Hoje o porto é um dos maiores do Brasil, administrado pelo governo de Pernambuco. Suape opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de marés. Para auxiliar as operações de acostagem dos navios, o porto dispõe de um sistema de monitoração de atracação de navios a laser, que possibilita um controle efetivo e seguro, oferecendo ao prático condições técnicas nos padrões dos portos mais importantes do mundo.


O Complexo Industrial e Portuário de Suape foi escolhido para a implantação dos seguintes empreendimentos como: A Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, Gerdau, Shineray, Amanco, Pamesa, Pepsico, Hemobrás, Novartis, Bunge, Coca-Cola, Unilever, CSN, Mossi & Ghisolfi, e a General Motors.


Suape tem o poder de duplicar a renda de Pernambuco até 2020 e triplicar o PIB até 2030.

 

Porto Digital

O Porto Digital é um pólo de softwares localizado na cidade do Recife, criado em julho de 2000. É reconhecido como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas, totalizando 173 empresas em 2010, entre elas multinacionais como Motorola, Oracle, Nokia, IBM e Microsoft. Emprega cerca de seis mil pessoas, e tem 3,9% de participação no PIB do estado.


Aspectos urbanos

Segundo a Estimativa IBGE 2013, a Região Metropolitana do Recife possui uma população de 4.046.845 habitantes. Os maiores municípios são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. A sua densidade demográfica, de 1.342,88 hab/km², é uma das mais altas do país. O Grande Recife é a maior metrópole do Nordeste e a 5ª maior do Brasil. Estudo feito pela ONU estima que em 2015 a população da RMR será de 4,070 milhões de pessoas.


Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes

Na Região Metropolitana do Recife estão localizados importantes portos e aeroportos do estado e do país. O principal aeroporto é o Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes. Trata-se do maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Nordeste de acordo com a Infraero e a ANAC. O terminal de passageiros atual conta com uma área de 52 000 m². Futuramente, será anexada uma área adicional de 24 000 m², proveniente do antigo terminal. Além disso, conta com um pátio com 26 posições para aeronaves e 15 pontes de embarque, 64 balcões de check-in e 2 120 vagas de estacionamento. Está localizado no bairro da Imbiribeira, no Recife, capital de Pernambuco, a 11 km do centro.


Porto do Recife e Porto de Suape

O Porto do Recife, com seu terminal açucareiro, é um dos mais movimentados do Brasil, sendo o principal escoadouro de açúcar do Nordeste. Devido a sua excelente posição geográfica, serve de escala aos navios que ligam o Brasil aos países europeus, aos Estados Unidos e ao resto do Mundo.


O Porto do Suape localiza-se a 40 km ao sul do Recife. Sua Posição Geográfica privilegiada faz dele ponto de convergência das principais rotas comerciais que interligam a costa brasileira ao Hemisfério Norte. Começou a operar em 1984, movimentando basicamente derivados do petróleo e álcool. Como é dotado de grande calado (grande profundidade), Suape será também um porto concentrador de cargas de todo o litoral da América do Sul.


O Complexo Industrial e Portuário de Suape abrange uma área de 13 500 hectares e possui várias zonas: portuária, administrativa, industrial, agrícola, residencial, de preservação ecológica e cultural.


A região já conta com o Estaleiro Atlântico Sul, uma das maiores obras recentes nos portos do Brasil.


Metrô do Recife

O Metrô do Recife, operado pela CBTU/Metrorec, é composto atualmente de vinte e oito estações, com linhas que somam 39,5 quilômetros de extensão, transportando cerca de 400 mil usuários por dia.


Os trens da Linha Centro, que partem da Estação Recife, possuem dois destinos distintos: a estação de Camaragibe e a de Jaboatão. Isso acontece devido ao fato de as linhas Centro (ramais Camaragibe e Jaboatão) compartilharem a mesma via e estações no trecho entre as estações Recife e Coqueiral, graças ao traçado da antiga ferrovia onde o metrô foi construído.


Nas linhas da Metrorec a distância média entre as estações é de 1,2 km, com os trens seguindo a uma velocidade média de 40 km/h, podendo chegar a 80 km/h. A bitola é 1600 mm e a alimentação dos trens é feita por catenárias aéreas. Nas linhas de VLT Curado-Cajueiro Seco e Cajueiro Seco-Cabo, a distância média entre as estações é de 4 km, a velocidade comercial dos trens é de 31,5 km/h, a bitola é métrica e os trens utilizados possuem tração a diesel.


Desenvolvimento humano

Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano 2013, há forte disparidade entre as cidades da RMR: enquanto o Recife possui um IDH de 0,772, que é considerado alto, Araçoiaba, município de 18 mil habitantes, registra um índice de apenas 0,592.


Fonte: Wiki

quarta-feira, 4 de maio de 2022

04 de Maio : Aniversário de Jaboatão dos Guararapes - Conheça a história da cidade


 

Jaboatão dos Guararapes é um município brasileiro do estado de Pernambuco, Região Nordeste do país. Está localizado na Região Metropolitana do Recife, situando-se a sul da capital do estado, da qual dista cerca de 18 km. Ocupa uma área de 258,7 km², estando 23,6 km² formando o perímetro urbano e os 233,7 km² restantes formando a zona rural do município. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020 sua população era de 706 867 habitantes, sendo, desta forma, o segundo município mais populoso do estado, além disso, a cidade é o maior município sem ser capital no norte- nordeste, sendo também, maior fora do eixo Rio-São Paulo.


As terras que formam o atual território municipal foram concedidas por Duarte Coelho, em 1566, a Gaspar Alves Purga e Dona Isabel Ferreira, com o objetivo de desenvolver a produtividade das terras. Numa extensão de uma légua, foi instalado o engenho São João Batista, o qual foi vendido em 1573 a Fernão Soares, cuja herdeira, Maria Feijó, foi casada com o português Antônio Bulhões, havendo a mudança do nome do engenho para Bulhões. O município foi fundado sob o nome de Jaboatão em 4 de maio de 1593 por Bento Luiz de Figueirôa, o terceiro proprietário do antigo Engenho São João Batista. A cidade é conhecida como "Berço da Pátria", por ter sido palco da Batalha dos Guararapes, travada em dois confrontos, em 1648 e 1649. Nesta batalha, pernambucanos e portugueses expulsaram os invasores holandeses do seu território. Em 1989, o município passou a chamar-se "Jaboatão dos Guararapes", parte em homenagem ao Monte dos Guararapes, local onde ocorreu a batalha, que foi parte da Insurreição Pernambucana e parte para barrar diversas tentativas de emancipação do Distrito de Prazeres, por este motivo a sede da prefeitura foi transferida do centro do município para o distrito de Prazeres, porém ao mudar o local da sede do município o nome deste deve ser mudado, por este motivo acrescentou-se o "dos Guararapes" ao antigo nome do município passando assim a Jaboatão dos Guararapes o mesmo ocorreu com a bandeira, foi acrescida do texto "dos Guararapes".



Jaboatão dos Guararapes destaca-se por sua indústria, possuindo o terceiro maior PIB industrial de Pernambuco e estando situado numa região estratégica de desenvolvimento econômico de Pernambuco, junto com as cidades de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, localizando no caminho entre Recife e o Porto de Suape, que é o principal polo de investimentos do estado. É cortado pelas principais rodovias do estado, a BR-101 (de norte a sul), a BR-232 (de leste a oeste) e o futuro Arco Metropolitano, que tem em seu projeto um traçado no sul do município. Juntamente com outros municípios da sua região, Jaboatão faz parte do Território Estratégico de Suape, criado pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM) para delimitar a área de influência do Complexo Industrial e Portuário de Suape.


HISTÓRIA

Na época das capitanias hereditárias os donatários concediam lotes, em regime de sesmarias , para desenvolver a produtividade das terras. Em 1566 , por uma carta de sesmaria lavrada na vila de Olinda, Duarte de Albuquerque Coelho (segundo donatário de Pernambuco) concedeu a Gaspar Alves de Pugas uma légua de terras situadas nas margens do rio Jaboatão, judicialmente demarcadas em 1575. Grande parte dessa sesmaria foi vendida, em 15 de setembro de 1573, a Fernão Soares, que, juntamente com seu irmão, Diogo Soares, construiu o Engenho Nossa Senhora da Assunção (posteriormente Suassuna), o qual começou a moer em 1587. Gaspar Alves de Pugas ainda ficou com uma grande parte da sesmaria, na qual construiu o Engenho São João Batista (atual Usina Bulhões), que já estava em atividade em 1575. Em 1584 esse engenho foi comprado por Pedro Dias da Fonseca, que nove anos depois o revendeu aos portugueses Bento Luiz de Figueiroa e sua mulher, D. Maria Feijó de Figueiroa, ambos naturais da cidade do Porto. A escritura pública foi lavrada na vila de Olinda, no dia 4 de maio de 1593, considerada a data simbólica da fundação de Jaboatão. Eles se estabeleceram como terceiros proprietários do engenho, nas terras onde hoje se localiza o município de Jaboatão dos Guararapes.

 

Às famílias que para ali afluíram, oriundas principalmente de Olinda e do Recife, fugindo da invasão do corsário inglês James Lancaster (1591), Bento de Figueiroa doou terras para a construção de casas, na parte situada entre os rios Jaboatão e Duas Unas e na confluência dos mesmos, a título de aforamento perpétuo; a partir de então teve início o primeiro núcleo de população. Com o tempo, já desenvolvida a povoação, Bento de Figueiroa doou um terreno para erigir uma igreja, além de contribuir com donativos para a construção da mesma e terras para a constituição do seu patrimônio canônico. A igreja foi erguida sob a invocação de Santo Amaro e, em 1598, recebeu foros de paróquia. No mesmo ano foi criado um curato, por D. Antônio Barreiros, terceiro bispo do Brasil, anteriormente prior da Ordem de S. Bento de Avis; o curato foi provido em 1609. D. Maria Feijó de Figueiroa morreu no dia 12 de novembro desse mesmo ano e foi sepultada na capela-mor da igreja matriz, atendendo ao pedido que constava em seu testamento.
 
 
Navios holandeses / Crédito: Wikimedia Commons

No dia 21 de outubro de 1633 o povoado foi invadido e saqueado por 700 neerlandeses, os quais foram rechaçados pelas tropas comandadas pelo major Pedro Correia da Gama e pelo capitão Luiz Barbalho Bezerra. No município ocorreram dois fatos importantes da história pernambucana: as lutas contra o invasor holandês, travadas nos Montes Guararapes, nos dias 19 de abril de 1648 e 19 de fevereiro de 1649. No segundo desses combates saiu ferido Henrique Dias, que morreu anos depois, em consequência dos golpes recebidos.

Segunda Batalha dos Guararapes

Em 20 de dezembro de 1962, pela lei 4692, o distrito de Cavaleiro foi desmembrado do município, emancipando-se como novo município. Em 20 de dezembro de 1963, pela lei 4964, o distrito de Muribeca dos Guararapes foi também desmembrado, formando o município de Guararapes. Mandados de segurança desfizeram esses desmembramento, voltando o município a se integrar totalmente.

 

Pela Lei Estadual nº 4, de 5 de maio de 1989, houve uma reestruturação, transferindo-se a sede administrativa para o então distrito de Guararapes e o município passou a denominar-se Jaboatão dos Guararapes. A mesma lei criou o distrito de Jaboatão onde antes era a sede municipal, integrado ao município de Jaboatão dos Guararapes, e anexou o território do distrito de Muribeca dos Guararapes ao distrito sede. A divisão territorial datada de 1 de junho de 1995 ratificou a divisão do município, que ficou constituído de três distritos: Jaboatão dos Guararapes (sede), Cavaleiro e Jaboatão, assim mantendo em divisão datada de 2005. No dia 11 de janeiro de 2008 a Lei Complementar nº 2 criou mais dois distritos: Curado e Jardim Jordão.

 

A importância dos Montes Guararapes no contexto nacional é reconhecida desde o seu tombamento, em 1961. Ratificando o valor histórico do sítio onde foram travadas as duas batalhas (1648 e 1649), foi criado o Parque Histórico Nacional dos Guararapes (PHNG), homologado através do Decreto nº 68.527, de 19 de abril de 1971. O parque conta com uma área de 3,63 quilômetros quadrados, sendo que parte desse território está sob responsabilidade do Exército. O local também é sede da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes, templo barroco que guarda os restos mortais dos heróis das lutas travadas no local.
 

Formação administrativa

Em 20 de março de 1764 um alvará criou o distrito de Jaboatão, subordinado a Recife; esse distrito seria elevado à categoria de vila em 24 de maio de 1873, por força da lei provincial 1.093. Essa configuração se manteve até 27 de junho de 1884, quando a lei provincial 1.811 elevou a vila à condição de cidade. Em 11 de setembro de 1928, já na República, com a Lei Estadual n.º 1.931, a cidade ganharia estatuto de município. O nome atual só viria em 5 de maio de 1989, quando a lei estadual n.º 4 rebatizou o município.

 

GEOGRAFIA 

 

Subdivisões

Compõem o município cinco distritos: Jaboatão dos Guararapes (sede), Cavaleiro, Jaboatão, Curado e Jardim Jordão.

 

Hidrografia

O município de Jaboatão dos Guararapes está incluído nos domínios dos Grupos de Bacias Hidrográficas de Pequenos Rios Litorâneos. Seus principais rios são os rios: rio Jaboatão e rio Tejipió. Os principais afluentes do rio Jaboatão são os rios Duas Unas, Zumbi, Palmeiras e Muribequinha. Seus principais açudes são: Palmeira, Mossaiba, Jangadinha, além da Barragem de Duas Unas.

 

Clima

O município tem o clima tropical, do tipo As´. Os verões são quentes e secos. Os invernos são amenos e úmidos, com o aumento de chuvas; as mínimas podem chegar a 15 °C. As primaveras são muito quentes e secas, com temperaturas que algumas ocasiões podem chegar aos 35 °C

 

Relevo

O município possui três tipos de relevo em seu território: as Planícies Costeiras, com trechos periódicos ou permanentemente inundados, com terraços marinhos com altitudes variando entre um e oito metros. Há, também, áreas com altitudes elevadas, podendo atingir mais de 100 metros na zona leste do município.

 

Vegetação

A cobertura vegetal nativa do município é a mata atlântica, composta por floresta perenefólia, floresta caducifólia e manguezal. Hoje resta menos de 3% da cobertura original. A atividade econômica relacionada à cana-de-açúcar foi o principal responsável pelo desmatamento.

Reserva florestal de Manassu

A reserva está localizada no Engenho Manassu e é uma das cinco áreas de reserva ecológica do município. A reserva constitui uma área de proteção integral, de acordo com o que diz um decreto estadual de 1987, que deveria estar sob a responsabilidade e proteção da Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH). Devido ao impasse fundiária entre a Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o decreto ainda não foi validado. A reserva possui 264,24 hectares e é bastante rica em fauna e flora. A região da reserva é cortada pelos rios Manassu e Mussaíba, que nascem no município de São Lourenço da Mata e que são afluentes do rio Jaboatão. Eles encontram-se relativamente bem preservados.

Os impasses entre os dois órgãos citados atrapalham a fiscalização desse refúgio, que está, pouco a pouco, sendo destruído pela extração de madeira na época de festejos juninos. As principais espécies encontradas são: visgueiros, sucupiras, imbiribas, pau-ferro, urucuba, munguba, entre outras.

 

Solo

Os principais tipos de solos encontrados no município são: latossolo vermelho amarelo distrófico, podzólico vermelho amarelo, podzol hidromórfico, solos aluviais, areias quartzosas marinhas e solos indiscriminados de mangues.

 

Geologia

O município está incluído, geologicamente, na Província da Borborema, sendo constituído por complexo gnáissico-migmatítico, rochas plutônicas, grupo pernambuco (formação cabo), formação barreiras e depósitos quatemários.

 

Demografia

Jaboatão dos Guararapes é o segundo maior município de Pernambuco em população. Segundo a estimativa para 1 de julho de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população era de 697 636 habitantes, distribuídos numa área de 258,694 quilômetros quadrados, tendo, assim, uma densidade demográfica de 2 491,82 habitantes por quilômetro quadrado.
 

Religião

A cidade de Jaboatão dos Guararapes tem uma grande diversidade de igrejas e religiões. Na cidade, cerca de 44% são adeptos do catolicismo. Porém, também há uma grande porcentagem de evangélicos/protestantes na cidade (35,2%). Dentre as igrejas evangélicas, a Assembleia de Deus é a maior delas e possui o maior número de adeptos, 62 138. A Igreja Universal também está bem presente com 12 235 membros, a Congregação Cristã no Brasil com 8 315, a Igreja Batista com 8 236, e a igreja Deus é Amor com 6.944. Entre outros grupos cristãos sem relação com evangélicos/protestantes ou católicos, estão os de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que conta com cerca de 11647 membros, e as Testemunhas de Jeová com cerca de 15877. Também destaca-se a Igreja Batista Central do Jaboatão (IBCJ), que é a igreja independente com maior quantidade de membros, aproximadamente 6 000. Os Espíritas são cerca de 50 mil pessoas, e também há na cidade comunidades de Religiões Asiáticas (como Budismo e Hinduísmo), muçulmanos e Candomblecistas.

 
ECONOMIA

Segundo dados sobre o produto interno bruto dos municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente ao ano de 2013, a soma das riquezas produzidos no município é de R$ 13 217 350 000,00 reais (o 2° maior do estado). Sendo o setor de serviços o mais representativo na economia jaboatonense, somando R$ 6 452 834 000,00 reais. Já os setores industrial e da agricultura representam R$ 2 409 224 000,00 reais e R$ 23 836 000,00 reais, respectivamente. O produto interno bruto per capita do município é de R$ 19 410,36 (o 8° maior do estado).

Serviços

Com um diversificado setor comercial que representa mais de 50% do produto interno bruto do município, a cidade apresenta grandes bairros comerciais como Cavaleiro, Jaboatão Centro, e Prazeres. No bairro de Piedade, encontra-se um dos maiores e mais movimentados shoppings de Pernambuco, o Shopping Guararapes. 

 

Indústria

Jaboatão localiza-se entre o Recife e o Porto de Suape: por isso, possui um importante distrito industrial. Estão instaladas, no município, fábricas como a da Coca-Cola, da Unilever, da Arno, da Basf e da Vitarella. Jaboatão também é um importante centro logístico, destacando-se o Centro de Distribuição da Rede Wal-Mart e a Nestlé, possui várias transportadoras entre elas a Rapidão Cometa. Jaboatão receberá a fábrica de Novartis, a empresa suíça que seria instalada no Polo Farmacoquímico e de Biotecnologia em Goiana (PE), vai ser instalada em Jaboatão dos Guararapes. A construção da fábrica de vacinas terá um investimento de 300 milhões de dólares estadunidenses (480 milhões de reais) e vai gerar cerca de 120 postos de trabalho.

 

CULTURA

Turismo

Possui grande infraestrutura Hoteleira, detém relevante patrimônio cultural, mas faltam políticas públicas para desenvolver a atividade turística.

Praias

Jaboatão tem três praias, sendo elas:

  • Barra de Jangada: sua extensão é de aproximadamente 400m em praia quebrada, é considerada regular para banho. Localizada entre a Praia de Candeias ao norte e a Praia do Paiva no Cabo de Santo Agostinho ao sul, suas águas são pouco profundas com média intensidade de ondas. Ainda em Barra de Jangada existe a Ilha do Amor, uma praia de vegetação intocada que fica próxima à costa ligada a Praia do Paiva por um istmo de terra.
  • Candeias: sua extensão é de aproximadamente 3 quilômetros em praia de trechos quebrados e trechos ondulados. Localizada entre a Praia de Piedade ao norte e a Praia de Barra de Jangada ao sul, Candeias é uma das praias mais bonitas da cidade, seu calçadão é bem localizado com áreas de esporte e lazer, conta com vários restaurantes em seu entorno.
  • Piedade: sua extensão é de aproximadamente 4,5 quilômetros de praia quebrada. Localizada entre a Praia de Boa Viagem, ao norte, e a Praia de Candeias, ao sul, com ondas de média densidade ocorrendo erosão em alguns trechos, é a praia mais procurada da cidade nos fins de semana. Em sua orla, encontram-se os melhores hotéis da cidade, além de boates, bares e restaurantes. Foi divulgado recentemente que sua orla passaria por grandes reformas.
 
Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora

Foi construída em 1660, possivelmente edificada como pagamento de promessa após a invasão holandesa. Em 1670 foi criada sua irmandade com rico patrimônio canônico. É uma capela maneirista que passou para a propriedade da Ordem dos Beneditinos, depois de sofrer reformas. Chama atenção o belo jardim que a circunda. Passou a condição de Paróquia em 2013, anteriormente fazendo parte da paróquia vizinha, Nossa Senhora das Candeias. Como paróquia, possui quatro comunidades: Nossa Senhora do Loreto, Nossa Senhora da Conceição, Divino Mestre e São Sebastião.

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário

Fica no povoado de Muribeca. Erguida no século XVII, durante a invasão holandesa, foi depredada e transformada em fortaleza. Em 1781, foi reconstruída pelo proprietário do Engenho Santo André, Felipe Campelo. A igreja destaca-se do conjunto por sua proporção e imponência.

 
Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora / Gruta de Nossa Senhora de Lourdes

O santuário foi construído em 1915, pelo padre italiano Antônio Villar, a pedido de Dom Bosco. Foi erguido sobre um monólito, no Antigo Engenho Suassuna. É de estilo romântico com forma externa bizantina e lá se encontra a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, com 4m de altura. O santuário está vinculado à Basílica de São Pedro, no Vaticano, e concede às pessoas que o visitam as mesmas indulgências da Basílica. Em 1918, deu-se a inauguração da escadaria de 52 degraus que leva à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, sobre a qual foi erguida a Igreja.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

No local mais antigo da cidade, há, hoje, uma praça. E é lá que foi erguida, no século XVII, a Igreja votiva à Nossa Senhora do Rosário, que possui lindos vitrais.

Igreja de Santo Amaro

Foi erguida em 1598, quando os proprietários do Engenho São João Batista doaram o terreno para sua construção. Em 1691, a igreja, já bastante avariada e distante do povoamento, foi transferida para o local atual. É uma das áreas mais elevadas da cidade, o que lhe confere posição de destaque.

Igreja de Nossa Senhora do Livramento

Construída no fim do século XVIII, tem o interior adornado por falsas janelas. Como a maioria das igrejas do município, é um atrativo urbano. 

 
Parabéns a todos os jaboatonenses!
 

Siga o @superreforco no Instagram e compartilhe com seus amigos!

Segue a gente no Twitter: https://twitter.com/SuperReforco

Curta nossa Fan Page no Facebook: https://www.facebook.com/SuperReforco
 
 
Fontes:

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Movimentos Culturais em Pernambuco


Imagem: TV Pernambuco

A cultura de Pernambuco é uma das culturas mais ativas, ricas e diversificadas do Brasil.

Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente variada, tendo sido uma das primeiras áreas efetivamente colonizadas por portugueses, que entraram em contato com as populações nativas, e, algum tempo depois, trouxeram africanos como escravos.

Sua base é luso-brasileira, com influências africanas, ameríndias, judaicas e holandesas.

Literatura
Em Pernambuco surgiu o primeiro poema da literatura brasileira, Prosopopeia, de Bento Teixeira, que conta em estilo épico, inspirado em Camões, as façanhas da família Albuquerque, tendo sido dedicado ao então governador de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho. Prosopopeia foi publicado no ano de 1601.

Outro marco na literatura pernambucana é o livro Historia Naturalis Brasiliae, primeiro tratado de história natural do Brasil, de autoria do médico e naturalista holandês Guilherme Piso, que o concebeu através da observação do jardim zoobotânico do Palácio de Friburgo, residência de Maurício de Nassau durante o domínio holandês.

Duzentos e cinquenta anos depois de Historia Naturalis Brasiliae, o abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco estava concluindo Minha Formação, obra clássica da literatura brasileira. Anos mais tarde é lido, na Semana de Arte Moderna, o poema Os Sapos do recifense Manuel Bandeira, considerado o abre-alas do movimento.

Os literatos pernambucanos são muitos. Alguns deles: João Cabral de Melo Neto, Nelson Rodrigues, Paulo Freire, Manuel Bandeira, Clarice Lispector, Gilberto Freyre, Joaquim Nabuco, Joaquim Cardozo, Josué de Castro, Manuel de Oliveira Lima, Barbosa Lima Sobrinho, Osman Lins, Austregésilo de Athayde, Olegário Mariano, Adelmar Tavares, Álvaro Lins, Marcos Vilaça, Martins Júnior, Mauro Mota, Dantas Barreto, Geraldo Holanda Cavalcanti, Evaldo Cabral de Mello, Evanildo Bechara, João Carneiro de Sousa Bandeira, dentre diversos outros, muitos dos quais egressos da centenária Faculdade de Direito do Recife, primeira faculdade de Direito do Brasil. Clarice Lispector, ucraniana naturalizada brasileira e um dos maiores nomes da literatura nacional, se declarava pernambucana por ter vivido a maior parte de sua infância e adolescência no Recife.

Ciência e Tecnologia
Em 1895 foi criada a Escola de Engenharia de Pernambuco, primeira escola de engenharia fora da região Sudeste. Nela, que logo se tornou uma das principais instituições científicas do país, surgiu uma leva de grandes cientistas brasileiros, como Mário Schenberg, José Leite Lopes e Leopoldo Nachbin, graças à ação catalisadora do professor Luís Freire, conhecido por participar ativamente de movimentos em favor da criação de escolas aptas a formar pesquisadores em matemática e física. Reconhecido como berço de cientistas destacados e nomes notórios das ciências exatas, Pernambuco deu origem ainda a nomes como Paulo Ribenboim, Aron Simis, Samuel MacDowell, Gauss Moutinho Cordeiro, Israel Vainsencher, Josué de Castro, Joaquim Cardozo, Norberto Odebrecht, Antonio Mário Antunes Sette, Cristovam Buarque, Fernando de Souza Barros, Ricardo de Carvalho Ferreira, Leandro do Santíssimo Sacramento, José Tibúrcio Pereira Magalhães, Edson Mororó Moura, Fernando Antonio Figueiredo Cardoso da Silva, Antônio de Queiroz Galvão, João Santos, dentre muitos.

Música e dança
Vários gêneros musicais e danças surgiram no estado de Pernambuco desde o período colonial.

O Maracatu Nação, também conhecido como "Maracatu de Baque Virado", é uma manifestação folclórica pernambucana, tida como o primeiro ritmo afro-brasileiro. É formado por um conjunto musical percussivo que acompanha um cortejo real. Os grupos apresentam um espetáculo repleto de simbologias e marcado pela riqueza estética e pela musicalidade. O momento de maior destaque consiste na saída às ruas para desfiles e apresentações no período carnavalesco. O registro mais antigo que se tem sobre o Maracatu Nação data de 1711, mas o ano de sua origem é incerto. O que se sabe é que ele surgiu em Pernambuco e vem se transformando desde então. Um dos maracatus mais antigos é o Maracatu Elefante, fundado em 15 de novembro de 1800 no Recife pelo escravo Manuel Santiago após sua insurreição contra a direção do Maracatu Brilhante.

O Maracatu Rural, também referido como "Maracatu de Baque Solto", é outra manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos "caboclos de lança". Distingue-se do Maracatu Nação em organização, personagens e ritmo. O Maracatu "Cambinda Brasileira" é o mais antigo em atividade no país. O Maracatu Rural significa para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira: é uma herança secular, motivo de muito orgulho e admiração. O cortejo do Maracatu Rural diferencia-se dos outros maracatus por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem refletida no sincretismo de seus personagens.

O Frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval Recife–Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira, expressão cultural que tem em Pernambuco um de seus berços. Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos brasileiros. Antes da criação da axé music na década de 1980 o Frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador. Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a UNESCO anuncia que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o Frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Nos anos 1990 surgiu em Pernambuco o Manguebeat, movimento da contracultura que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk e música eletrônica. Tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue e a desigualdade do Recife. Apesar de ter bases já na década de 1970 com o guitarrista Robertinho do Recife e seus álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), o manguebeat tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, que foi o idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das ideias, ritmos e contestações do movimento. Outro grande responsável pelo crescimento do gênero foi Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".

O Baião, gênero de música e dança, teve como maior expoente o pernambucano Luiz Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como o Xote, faz parte do chamado Forró. Já o Xaxado, dança típica originária do sertão pernambucano, é exclusivamente masculina e foi divulgada numa vasta área do interior nordestino pelo cangaceiro Lampião e pelos integrantes do seu bando. Também são muito comuns em Pernambuco as Bandas de Pífanos, além de outras músicas e danças oriundas do estado, como a Ciranda, o Cavalo-Marinho, os Caboclinhos, o Pastoril, o Coco, a Embolada, dentre outras manifestações.

Teatro e televisão
Todos os anos, nas semanas que antecedem a Páscoa, realiza-se o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém no distrito de Fazenda Nova, na cidade de Brejo da Madre de Deus, agreste pernambucano. O evento, que é encenado naquele local, é reconhecido como o maior teatro ao ar livre do mundo. A cidade-teatro de Nova Jerusalém impressiona pela arquitetura: a construção é uma réplica da Judeia sagrada, com lagos artificiais, nove palcos, uma muralha de 3.500 m e 70 torres. Vários atores e atrizes de sucesso da Rede Globo já atuaram em Nova Jerusalém. A Paixão de Cristo existe desde 1951, como espetáculo teatral.

Pernambuco deu origem ao Mamulengo, nome dado ao teatro de bonecos brasileiro, tido como um dos mais ricos espetáculos populares do país. É uma representação de dramas através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens. Glória do Goitá, município da Zona da Mata pernambucana, detém o título de "berço do mamulengo".

Em Pernambuco há diversas emissoras de televisão. A TV Globo Nordeste, pertencente às Organizações Globo, tem sede em Olinda e concessão no Recife. Na televisão, diretores, produtores, roteiristas e dramaturgos pernambucanos como Aguinaldo Silva, Guel Arraes, João Falcão, George Moura e Flávia Lacerda realizaram diversas novelas, séries, minisséries e programas de auditório, como Senhora do Destino, Sexo Frágil, Cinquentinha, Amorteamo, entre muitas outras produções. George Moura, criador de sucessos como a minissérie Amores Roubados, foi seis vezes indicado ao Emmy International pelo roteiro de episódios do especial Por Toda a Minha Vida da Rede Globo.

Artes visuais
O cinema de Pernambuco tem sua história iniciada em 1922, quando o ourives Edson Chagas e o gravador Gentil Roiz se juntam com o propósito de produzir filmes de enredo. Daí, surge a película "Retribuição", que estreou em 1923 com grande sucesso nos cinemas do Recife e que é considerado o primeiro filme de enredo realizado no Nordeste — anteriormente só havia algumas experiências com documentários. A produção cinematográfica local já recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais e é recordista de indicações e premiações em diversas edições de festivais. Filmes de cineastas e roteiristas pernambucanos como os dramas Baile Perfumado (1996), Amarelo Manga (2002), Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), O Som ao Redor (2013), Serra Pelada (2013), Aquarius (2016), ou mesmo romances e comédias como O Auto da Compadecida (1999), Caramuru - A Invenção do Brasil (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003), A Máquina (2005), Fica Comigo Esta Noite (2006), O Bem Amado (2010), entre muitas outras produções, alcançaram grande projeção.

Nomes como Marcelo Gomes, Kleber Mendonça Filho, Cláudio Assis, Guel Arraes, Heitor Dhalia, Lírio Ferreira, Karen Harley, Hilton Lacerda, Gabriel Mascaro, entre outros tantos cineastas oriundos do estado, atingiram notoriedade internacional. Um dos muitos êxitos recentes foi o filme O Som ao Redor, do recifense Kleber Mendonça Filho, que foi incluído na respeitada lista dos 10 melhores do ano do jornal The New York Times, ao lado de produções como Django Livre de Quentin Tarantino e Lincoln de Steven Spielberg. Heitor Dhalia, por sua vez, teve sua estreia em Hollywood em 2012, com o longa-metragem 12 Horas, estrelado pela atriz norte-americana Amanda Seyfried.

Em um período de doze meses, o Cinema de Pernambuco conquistou os principais prêmios dos três maiores festivais nacionais: os filmes Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes, e Eles voltam, de Marcelo Lordello, dividiram o Candango de Melhor Filme no Festival de Brasília; O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, conquistou o Troféu Redentor de Melhor Filme no Festival do Rio; e Tatuagem, de Hilton Lacerda, ganhou o Kikito de Melhor Filme no Festival de Gramado.

Pernambuco também se destaca nas artes plásticas e design. São do estado nomes como Cícero Dias, Romero Britto, Tunga, Mestre Vitalino, Francisco Brennand, Marianne Peretti, Vicente do Rego Monteiro, Aloísio Magalhães, Andree Guittcis, Telles Júnior, Abelardo da Hora, Murillo La Greca, José Corbiniano Lins, Reynaldo Fonseca, Lula Cardoso Ayres, J. Borges, Eudes Mota, Gilvan Samico, Paulo Bruscky, Galo de Souza, dentre muitos outros. O renomado artista plástico Vik Muniz é filho de pais pernambucanos.

Espaços culturais
O estado abriga muitos museus, centros culturais e instituições voltadas para a promoção de ações artísticas, como a Fundação Gilberto Freyre, a Oficina Cerâmica Francisco Brennand, o Instituto Ricardo Brennand, o Museu do Homem do Nordeste, o Museu Cais do Sertão, o Paço do Frevo, a Galeria Suassuna, o Gabinete Português de Leitura, o Museu da Abolição, o Museu do Trem, o Memorial de Justiça de Pernambuco, o Museu da Cidade do Recife, o Museu do Estado de Pernambuco, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, a Caixa Cultural, o Centro Cultural dos Correios, o Santander Cultural, a Academia Pernambucana de Letras, a Academia de Artes e Letras de Pernambuco, a Fundação Joaquim Nabuco, o Museu do Barro e do Forró, o Museu do Sertão, o Teatro de Santa Isabel, dentre outros.

O Museu do Estado de Pernambuco, criado em 1928, possui um grande acervo eclético, com cerca de 12 mil itens abrangendo as áreas de arte, antropologia, história e etnografia. O Museu do Homem do Nordeste, vinculado à Fundação Joaquim Nabuco/Ministério da Educação, é um importante museu antropológico que reúne acervo com cerca de 15 mil peças de heranças culturais da formação do povo nordestino. Conta ainda com uma sala de projeção, o Cinema do Museu, onde são exibidos filmes alternativos, cuja exibição não chega nas grandes salas. O Cais do Sertão, museu interativo e de objetos considerado um dos mais modernos equipamentos culturais do país, foi eleito o 18º melhor museu da América do Sul pelos usuários do site de viagens TripAdvisor.

A Oficina Cerâmica Francisco Brennand é um complexo monumental com 15 km² de área construída — museu de arte e ateliê — criado pelo artista plástico Francisco Brennand, possui acervo com mais de 2 mil peças entre esculturas e pinturas. Já o Instituto Ricardo Brennand (IRB), fundado pelo colecionador e empresário Ricardo Brennand, está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por três prédios: Museu Castelo São João, pinacoteca e galeria, circundados por um vasto parque. Abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, além de uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período colonial e ao Brasil Holandês.

Festividades
Em fins do século XVII havia organizações, denominadas "Companhias", que se reuniam para comemorar a Festa de Reis. Essas companhias eram constituídas em sua maioria de pessoas de raça negra, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia dos Santos Reis. Com a abolição da escravatura, começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas nos maracatus e nos festejos dos Reis Magos. O primeiro clube carnavalesco de que se tem notícia foi o "Clube dos Caiadores", criado por Antônio Valente. Os participantes do clube compareciam à Matriz de São José, no bairro de São José, executando marchas. Seus participantes, levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e a caiavam (pintavam), simbolicamente.

O Carnaval do Recife é um carnaval multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou "Sábado de Zé Pereira". Em 1995 o Galo reuniu mais de um milhão de pessoas, façanha que o incluiu no Guinness World Records. Em 2009, a estimativa oficial é que o bloco tenha contado com cerca de dois milhões de pessoas.

O Carnaval de Olinda é conhecido mundialmente pelos desfiles dos Bonecos de Olinda, bonecos de mais de dois metros, coloridos e de fácil localização, que saem às ruas junto com os foliões. A festa é realizada no centro histórico da cidade.

O São João de Caruaru é um dos mais famosos do Brasil. Possui diversos polos de animação, shows artísticos, apresentação de grupos folclóricos e regionais e culinária típica rica em canjica, pamonha, bolo de milho, pé de moleque e outras iguarias à base de milho. Na maior festa de São João do mundo, o público chega a 1,5 milhão de pessoas. Jornalistas de várias partes do mundo registram o evento, que está no Guinness World Records, na categoria maior festa country (regional) ao ar livre do planeta.

Culinária
A culinária de Pernambuco foi influenciada diretamente pelas culturas europeia, africana e indígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas.

Destaca-se pela chamada "doçaria pernambucana", ou seja, os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como o bolo de rolo, o nego bom e a cartola; e também pelas bebidas e iguarias salgadas descobertas ou provavelmente originadas no estado a exemplo da cachaça, do beiju e da feijoada à brasileira.

Os quitutes mais conhecidos são, entre outros, o beiju ou tapioca, a feijoada à brasileira, o arrumadinho, o escondidinho, os caldinhos a exemplo dos caldos de sururu, camarão e peixe, a caldeirada, a moqueca pernambucana, a peixada pernambucana, o cozido, o chambaril, o charque à brejeira, o bredo de coco, o feijão de coco, o quibebe, a galinha à cabidela, o angu, o mungunzá salgado, o sarapatel, a buchada e a rabada. Entre as bebidas mais comuns, merece destaque a cachaça; e entre os doces oriundos de Pernambuco podemos citar o bolo de rolo, o bolo Souza Leão, o bolo barra branca, a cartola e o nego bom. No São João as comidas de milho estão presentes na pamonha, na canjica, no bolo de milho, no mungunzá doce, dentre outras iguarias.

O bolo Souza Leão, o bolo de rolo e a cartola receberam, por lei, status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. Já o beiju do Alto da Sé de Olinda, considerado o mais tradicional do Brasil e preservado pela "Associação das Tapioqueiras de Olinda", recebeu o título de patrimônio imaterial da cidade.

O Recife é o terceiro maior polo gastronômico do Brasil segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) — com cerca de 10 mil estabelecimentos —, após Rio de Janeiro e São Paulo.

Pernambuco é o estado com o maior número de restaurantes estrelados pelo Guia Quatro Rodas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul brasileiro, e o quarto do Brasil, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dezesseis estabelecimentos pernambucanos, que contam com chefs renomados e que vão da cozinha regional às cozinhas lusitana, italiana, francesa, japonesa e peruana, foram agraciados em 2013.

Esportes
O esporte mais popular no estado é o futebol. Pernambuco é líder entre os estados do Norte-Nordeste no ranking das federações da CBF.  Recife foi uma das seis sedes da Copa do Mundo de 1950 (única do Norte-Nordeste), abrigando uma partida no Estádio Ilha do Retiro entre Chile e Estados Unidos, com vitória dos chilenos por 5 a 2. Recife também foi uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.

Pernambuco é também o estado do Norte-Nordeste que mais se destaca em outras modalidades esportivas: é o segundo estado brasileiro em número de títulos nacionais de hóquei, tanto no campeonato masculino quanto no feminino, atrás somente de São Paulo, e o Sport Club do Recife um dos dois únicos clubes brasileiros a conquistar um Campeonato Sul-Americano de Hóquei; e é o único estado fora do Centro-Sul com títulos Brasileiro e Sul-Americano de basquete, obtidos pela equipe feminina do Sport Club do Recife entre 2013 e 2014.

O Campeonato Pernambucano de Futebol, um dos principais torneios estaduais do país, é disputado desde 1915, tendo como campeão sempre um time da capital. Os principais times do estado são o Sport Club do Recife, o que mais títulos estaduais possui (40), sendo ainda campeão da Copa do Brasil de 2008, Campeão Brasileiro de 1987, vice-campeão da Copa do Brasil de 1989, Campeão Brasileiro da Série B de 1990 e vice-campeão da Copa dos Campeões de 2000; o Santa Cruz Futebol Clube, com 28 títulos pernambucanos, além de 3º colocado no Campeonato Brasileiro de 1975, Campeão Brasileiro da Série C de 2013, vice-campeão da Série B em 1999 e 2005 e da Série D em 2011, e detentor de um título de honra, o Fita Azul do Brasil, por ter retornado invicto ao país após uma excursão internacional na qual enfrentou times de futebol como o Paris Saint-Germain e as seleções da Romênia, do Kuwait, do Bahrein e do Catar; e o Clube Náutico Capibaribe, que detém a marca de mais títulos estaduais consecutivos (hexacampeão) de um total de 21 conquistas e os títulos de vice-campeão brasileiro de 1967 (além de dois terceiros e dois quartos lugares na Taça Brasil) e vice-campeão da Série B nos anos de 1988 e 2011. Os três principais clubes pernambucanos estão entre os mais antigos e tradicionais do Brasil.[carece de fontes]

Outros clubes esportivos importantes no estado são o América Pernambuco, com seis títulos estaduais de futebol e o Troféu Nordeste, além do Clube Português do Recife, do Central, do Porto, do Ypiranga, do Salgueiro, do Petrolina, do Serra Talhada, do Belo Jardim e do Araripina.

Os maiores times de Pernambuco possuem estádios próprios. O maior estádio construído é o Estádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz. Destaque ainda para a Ilha do Retiro, pertencente ao Sport, e para o Estádio dos Aflitos, que pertence ao Náutico, sendo que o Náutico manda os seus jogos atualmente na Arena de Pernambuco, um novo e moderno estádio construído em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo FIFA de 2014.

Personalidades
Pernambuco deu origem a personalidades de renome nacional e internacional, que se destacaram e se destacam em todas as áreas do conhecimento, tais como:


  • Mário Schenberg, o físico teórico mais importante do Brasil;
  • Paulo Freire, um dos maiores pensadores da história da pedagogia mundial;
  • José Leite Lopes, o único físico brasileiro detentor do UNESCO Science Prize;
  • Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro;
  • Leopoldo Nachbin, o maior matemático brasileiro;
  • João Cabral de Melo Neto, único brasileiro galardoado com o Prêmio Neustadt;
  • Clarice Lispector, maior escritora judia desde Franz Kafka;
  • Manuel Bandeira, autor do poema abre-alas da Semana de Arte Moderna;
  • Joaquim Nabuco, um dos maiores símbolos do abolicionismo;
  • Josué de Castro, um dos maiores pensadores do mundo na área de geografia;
  • Gilberto Freyre, um dos mais importantes sociólogos do século XX;
  • Paulo Ribenboim, o único matemático brasileiro com verbete no The MacTutor;
  • Joaquim Cardozo, importante poeta e o engenheiro civil da construção de Brasília;
  • Cardeal Arcoverde, o primeiro cardeal da América Latina;
  • Correia Picanço, fundador da primeira escola de medicina do Brasil;
  • José Ermírio de Moraes, engenheiro, fundador do Grupo Votorantim;
  • Norberto Odebrecht, engenheiro, fundador da Organização Odebrecht;
  • Antônio de Queiroz Galvão, engenheiro, fundador do Grupo Queiroz Galvão;
  • Frei Caneca, líder e mártir da Confederação do Equador;
  • Araújo Lima, regente do Império do Brasil;
  • General Abreu e Lima, um dos líderes das guerras de independência na América Espanhola;
  • Nas Ciências Humanas e Sociais, nomes como Paulo Freire, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Clarice Lispector, Nelson Rodrigues, Joaquim Nabuco, Joaquim Cardozo, Josué de Castro, Gilberto Freyre, Manuel de Oliveira Lima, Osman Lins, Barbosa Lima Sobrinho, Austregésilo de Athayde, Álvaro Lins, Marcos Vilaça, Martins Júnior, Evaldo Cabral de Mello, Evanildo Bechara, Mauro Mota, Mário Pedrosa, Nestor de Holanda, Dantas Barreto, Geraldo Holanda Cavalcanti, Carneiro Vilela, Olegário Mariano, Mário Filho, Mário Sette, Adelmar Tavares, José Luiz Passos, Frederico Pernambucano de Mello, Geneton Moraes Neto, Carlos Pena Filho, Antonio Lavareda, Luiz Felipe Pondé, Gerson Camarotti, Ricardo Noblat, Antônio Maria, Marcelino Freire, Raimundo Carrero, Klester Cavalcanti, Vamireh Chacon, Manuel Correia de Andrade, Roberto Lira, Fátima Quintas, José Condé, João Carneiro de Sousa Bandeira, Antonio Herculano de Sousa Bandeira e Leôncio Basbaum;
  • Nas Ciências Exatas e Biológicas, nomes como Mário Schenberg, Leopoldo Nachbin, José Leite Lopes, Paulo Ribenboim, Joaquim Cardozo, Josué de Castro, Aron Simis, Gauss Moutinho Cordeiro, Samuel MacDowell, Israel Vainsencher, Luís Freire, Norberto Odebrecht, Antonio Mário Antunes Sette, Cristovam Buarque, Fernando de Souza Barros, José Ermírio de Moraes, Antônio Austregésilo Rodrigues de Lima, Ricardo de Carvalho Ferreira, Leandro do Santíssimo Sacramento, José Tibúrcio Pereira Magalhães, Edson Mororó Moura, Fernando Antonio Figueiredo Cardoso da Silva e Antônio de Queiroz Galvão;
  • Na Música, os exemplos mais conhecidos são Luiz Gonzaga, Bezerra da Silva, Lenine, Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Chico Science, Lia de Itamaracá, Reginaldo Rossi, Nando Cordel, José Rico, Antônio Maria, Michael Sullivan, Siba, Otto, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Cordel do Fogo Encantado, Mestre Ambrósio, Fred Zero Quatro, Quinteto Armorial, Clarice Falcão, Leonardo Gonçalves, Lula Queiroga, Ortinho, José Carlos Burle, Fernando Lobo, Cynthia Zamorano, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Manezinho Araújo, Capiba, Johnny Hooker, DJ Filipe Guerra, Naná Vasconcelos, Walter Wanderley, Antônio Meneses, Robertinho de Recife, Miguel Kertsman, Moacir Santos, Antônio Nóbrega, Marlos Nobre, Luperce Miranda, James Strauss, João Pernambuco e Luís Álvares Pinto;
  • Nas Artes Cênicas (teatro, cinema e televisão), destaque para Marco Nanini, Arlete Salles, Chacrinha, Hermila Guedes, Carmem Verônica, Virginia Cavendish, Bruno Garcia, Guilherme Berenguer, Patrícia França, Arnaud Rodrigues, Arlindo Grund, Danielle Dahoui, Caio Braz, Armando Babaioff, Rebecca da Costa, Irandhir Santos, Suzy Rêgo, Jesuíta Barbosa, Anthero Montenegro, Tuca Andrada, Fabiana Karla, Renato Góes, Chandelly Braz, Ernani Moraes, Malu Falangola, Rhaisa Batista, Julia Konrad, Luiz Armando Queiroz, Germano Haiut, Lucy Ramos, Michelle Loreto, Cynthia Zamorano, Bruno Dubeux, Nikolas Antunes, Bruno Belarmino, Johnny Hooker, Allan Souza Lima, Carolina Holanda, Aramis Trindade, André Valli, Beatriz Lyra, Déa Selva, Carvalhinho, Ilva Niño, Walter Breda, Cláudio Jaborandy, Gustavo Falcão, Giselle Tigre, Pedro Malta, Lívia Falcão, Rayana Carvalho, Raquel Galvão, Edmilson Barros, Magdale Alves, Eleonora Prado, Jaime Arôxa, Aguinaldo Silva, Guel Arraes, João Falcão, George Moura, Eduardo Bivar, Cláudio Assis, Marcelo Gomes, Kleber Mendonça Filho, Heitor Dhalia, Frederico Lapenda, Gabriel Mascaro, Lírio Ferreira, Camilo Cavalcante, Hilton Lacerda, Leonardo Lacca, Daniel Aragão, Katia Mesel e José de Anchieta;
  • Nas Artes Plásticas e Design, destacam-se nomes como Cícero Dias, Romero Britto, Tunga, Francisco Brennand, Marianne Peretti, Vicente do Rego Monteiro, Telles Júnior, Abelardo da Hora, Murillo La Greca, Mestre Vitalino, Guita Charifker, J. Borges, Eudes Mota, Gilvan Samico, José Corbiniano Lins, Gil Vicente, Reynaldo Fonseca, Lula Cardoso Ayres, Paulo Bruscky, Galo de Souza, Aloísio Magalhães e Andree Guittcis;
  • Nos Esportes, destaque para Vavá, Rivaldo, Ademir Menezes, Juninho Pernambucano, Manga, Zequinha, Rildo, Hernanes, Ricardo Rocha, Josué, Almir Pernambuquinho, Manoel Tobias, Karol Meyer, Carlos Burle, Jaqueline Carvalho, Dani Lins, Pampa, Etiene Medeiros, Yane Marques, Bráulio Estima, Samira Rocha, Deborah Hannah, Beto Monteiro, Teliana Pereira, Joanna Maranhão, Keila Costa, João Paulo Batista, Wagner Domingos, Luizomar de Moura, Dado Cavalcanti e Gustavo Zloccowick.
Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Zonas geográficas ou sub‑regiões do Nordeste e de Pernambuco

Zonas geográficas do Nordeste

 

Para que se pudesse analisar de forma mais fácil as características da região Nordeste, o IBGE dividiu a região em quatro zonas:

• Meio-norte: o meio-norte é uma faixa de transição entre a Amazônia e o sertão, abrange os estados do Maranhão e Piauí. Também é chamada de Mata dos Cocais, devido às palmeiras de babaçu e carnaúba. No litoral chove cerca de 2000 mm anuais, indo mais para o leste e/ou para o interior esse número cai para 1500 mm anuais, já no sul do Piauí, uma região mais parecida com o sertão só chove 700 mm por ano, em média.

• Sertão: o sertão fica localizado, geralmente, no interior do Nordeste. Possui clima semiárido; em estados como Ceará e Rio Grande do Norte chega a alcançar o litoral, descendo mais ao sul, o sertão alcança o norte de Minas Gerais, no Sudeste. As chuvas são irregulares e escassas. Existem constantes períodos de estiagem e a vegetação tipica é a caatinga.

• Agreste: o agreste é uma zona de transição entre a Zona da Mata e o sertão. Localizado no alto do Planalto da Borborema, é um obstáculo natural para a chegada das chuvas ao sertão, se estendendo do sul da Bahia até o Rio Grande do Norte. O principal acidente geográfico da região é o Planalto da Borborema. Do lado leste do planalto estão as terras mais úmidas (Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima vai ficando cada vez mais seco (Sertão).

• Zona da Mata: localizada ao leste, entre o Planalto da Borborema e a costa, fica a Zona da Mata, que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas são abundantes. A zona recebeu este nome por ter sido coberta pela Mata Atlântica. Os cultivos de cana-de-açúcar e cacau substituíram as áreas de florestas. O povoamento desta região é muito antigo.

As Regiões de Pernambuco – Sertão, Agreste e Zona da Mata
Resultado de imagem para zona da mata agreste e sertão

Região Metropolitana do Recife
Área administrativa criada em 1973, quando o governo federal decidiu implantar uma política de desenvolvimento no entorno das capitais brasileiras, a Região Metropolitana do Recife (RMR) é formada por 15 municípios:  Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife.

Todos os municípios da RMR fazem parte da Mesorregião Metropolitana do Recife, acrescentando-se a esta a Vila dos Remédios, núcleo urbano do arquipélago de Fernando de Noronha. O forte desenvolvimento da região está promovendo a expansão da RM para os municípios contínuos pertencentes a Zona da Mata Norte e Sul. Essa ampliação forma o colar metropolitano. Embora ainda não tenha sido institucionalizada por lei, o novo colar metropolitano envolve seis municípios: Vitória de Santo Antão, Escada e Sirinhaém (Mata Sul) e Chã de Alegria, Paudalho e Itaquitinga (Mata Norte). Para esse conjunto de municípios estão previstos: duplicação de rodovias, construção de escolas técnicas, de hospitais regionais, de alojamentos e futuros bairros residenciais populares. Levando em consideração o colar metropolitano formado por esses municípios adjacentes entorno da região metropolitana, a população da metrópole chega a 4,385 milhões, superando assim a Região Metropolitana de Porto Alegre e a RIDE do Distrito Federal e Entorno. , tornando-se assim, a 4° maior metrópole do país, atrás apenas das RM's de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

É a região de maior concentração de renda do Estado e os seus municípios geram, juntos, metade de toda a riqueza produzida em Pernambuco. Tem uma população de três milhões de habitantes, dos quais 60% vivem na linha de pobreza (com renda de um salário-mínimo por mês). Os 20% mais ricos dos seus habitantes têm renda 40 vezes maior que a dos mais pobres.

A RMR é a região que apresenta a maior taxa de urbanização do Estado. Entre os seus indicadores negativos, o que mais incomoda é a violência, pois é considerada a segunda região com maior índice de criminalidade do Brasil. Quanto ao saneamento básico, tem apenas 35,2% dos seus municípios com esgotos sanitários, quando a média nacional é de 52,5%, segundo dados do IBGE.

Entre os indicadores positivos, a RMR destaca-se por abrigar o terceiro maior polo médico do Brasil e o segundo melhor polo de informática do País.

Outro destaque nacional: a RMR tem taxas de escolarização do ensino médio (entre crianças de 15 a 17 anos) de 79,9%, superior à média brasileira que é de 78,5%.

Litoral/Mata
Uma das regiões mais férteis do Estado, onde predomina o solo tipo massapê, é formada por 57 dos 184 municípios pernambucanos. Sua economia está concentrada na agroindústria canavieira que oferece cerca de 70 mil empregos permanentes e 90 empregos temporários (na época da safra da cana-de-açúcar). Ao contrário das demais regiões do Estado, não está sujeita a secas periódicas, tem rios perenes e índices pluviométricos elevados, se comparados aos do Estado como um todo.

Tem densidade demográfica elevada, 212 habitantes por quilômetro quadrado, bem superior à média estadual que é de 72 hab/km2. Também conhecida como zona canavieira, está dividida em seis microrregiões: Mata Setentrional, Vitória de Santo Antão, Mata Meridional, Itamaracá, Recife e Suape.

Agreste
É a região intermediária entre a Mata e o Sertão. Caracteriza-se por uma economia diversificada, com o cultivo de lavouras como milho, feijão, mandioca, entre outras, e pecuária leiteira e de corte. Principal bacia leiteira do Estado, o Agreste tem índices pluviométricos maiores que os do Sertão, com média anual entre 800 e 1000 milímetros, mas também é uma região sujeita a secas periódicas.

Está dividida em seis microrregiões: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos, já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de cereais.

Sertão ou Caatinga
É a maior região natural do Estado, ocupando 70% do território pernambucano. Está dividida em seis microrregiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú, Moxotó, Petrolina e Itaparica. No geral, tem sua economia baseada na pecuária e plantio de culturas de subsistência.

É a região mais castigada pelas secas que atingem o semiárido nordestino, com precipitação média anual entre 500 e 700 milímetros. Em Itaparica está localizada uma hidrelétrica do sistema Chesf e em Petrolina fica o maior polo de produção de frutas do Estado, cultivadas com água irrigada do Rio São Francisco e destinadas à exportação.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Agricultura, Pecuária, Mineração e a Questão Ambiental de Pernambuco

Resultado de imagem para agricultura pernambucana

Espaço Rural de Pernambuco: Agricultura e Pecuária
Entre os principais produtos agrícolas cultivados em Pernambuco encontram-se a cana-de-açúcar, o algodão, a banana, o feijão, a cebola, a mandioca, o milho, o tomate, a graviola, o caju, a goiaba, o melão, a melancia, a acerola, a manga e a uva. Na pecuária destacam-se as criações de bovinos, suínos, caprinos e galináceos. Merece destaque ainda a expansão que vem tendo a partir dos anos 1970 da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco, com projetos de irrigação hortifrutícolas implantados com o apoio da Codevasf. A produção é voltada para o mercado externo.

O setor agrário caracteriza-se pela monocultura da cana-de-açúcar (principal produto agrícola do estado) cultivada nos solos tipos massapê da Zona da Mata; o Agreste caracteriza-se pela policultura de gêneros alimenticios, como feijão, mandioca, milho e banana; no Vale do São Francisco, atualmente a região mais promissora do Estado, há o cultivo de cebola, uva para produção de vinho e outras frutas para exportação. Em nível regional, Pernambuco tem um dos mais importantes rebanhos do Brasil. A pecuária leiteira está concentrada no Agreste e os rebanhos caprino/ ovino no Sertão.

Mineração
Os principais produtos extrativos minerais do Estado são o calcário, o gesso e a fosforita.

Questão ambiental em Pernambuco
A Lei Estadual nº 13.787, de 8 de junho de 2009, instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza (SEUC). Em 2015, Pernambuco possuía 80 Unidades de Conservação Estaduais: 40 de Proteção Integral (31 Refúgios da Vida Silvestre – RVS; 5 Parques Estaduais – PE; 3 Estações Ecológicas – ESEC; e 1 Monumento Natural – MONA) e 40 de Uso Sustentável (18 Áreas de Proteção Ambiental – APA; 13 Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN; 8 Reservas de Floresta Urbana – FURB; e 1 Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE).

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Economia Pernambucana



Nos últimos 30 anos Pernambuco vem mudando seu perfil econômico: deixa de ser um estado agrícola e se transforma em grande centro de serviços, com destaque para o comércio e o turismo. O setor de serviços representa mais da metade do PIB Produto Interno Bruto estadual, enquanto a agricultura contribui com menos de 10% das riquezas do estado.

A economia de Pernambuco apresenta grande diversidade com a presença de cadeias produtivas bem estruturadas e investimento em infraestrutura que são fatores para que o Estado apresente uma performance econômica acima dos indicadores nacionais nos último anos.

Segunda economia do Nordeste,superada apenas pela da Bahia, Pernambuco tem um PIB da ordem de R$ 17 bilhões, equivalente ao do Chile e superior ao de países como Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. Estado onde a economia açucareira foi a mais expressiva do Brasil, do período colonial ao início deste século, Pernambuco passa por aceleradas transformações. A cana-de-açúcar ainda representa 40% da economia estadual, mas vem perdendo este peso para outras atividades agrícolas, industriais e de serviços, que urbanizam rapidamente o setor econômico.

Segundo estimativas do Condepe, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado ficou na casa dos R$ 40 bilhões em 2004, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas da Bahia, e vem crescendo num ritmo um pouco superior ao do País, se consolidando como 8ª economia do país. Em 2003, o PIB local, que representa 20% do PIB do Nordeste e em torno de 2,7% do nacional,registrou incremento de 1,22%, enquanto o do País apresentou retração de 0,5%. Em 2004, o PIB estadual acompanhou o nacional, crescendo 5%, entre 2000 e 2003, Pernambuco cresceu em média 0,68% acima do crescimento nacional.

O setor terciário é o que tem envolvido maior número de pessoas e gerado maior produção. Destacam-se aí as atividades comerciais e financeiras, correspondentes a 21% e 25%, respectivamente, do PIB estadual. A indústria de transformação também cresceu e responde por 25%da produção total do Estado. A diversificação foi a grande marca do setor,com gêneros tradicionais(têxtil e alimentar) perdendo importância no Valor da Transformação Industrial (VTI), passando de quase 60% para 35%, entre 1960 e 1985,segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa diversificação alavancou o desenvolvimento das indústrias química, de material elétrico, comunicações, mecânica, metalurgia, matéria plástica, bebidas, vestuário e calçados.

Entre 1999 e 2004 foram aportados R$ 1,3 bilhão em investimentos em infra-estrutura pública,destinados sobretudo a rodovias,portos, aeroportos e malha de abastecimento de gás natural em conjunto com os esforços do Estado em articular uma política de incentivos fiscais.

Nos anos 90, o trinômio constituído pela emergente atividade do turismo, a agricultura irrigada e o Complexo Portuário de Suape, projeta ainda mais a economia pernambucana no conjunto nacional. O turismo tem como principal ponta de lança o projeto Costa Dourada. O programa, parceria da iniciativa privada com os governos federal e dos estados de Pernambuco e Alagoas, visa dotar de infraestrutura o litoral no trecho entre Cabo de Santo Agostinho (sul de Pernambuco) e Barra de Santo Antônio (norte de Alagoas), para explorar as potencialidades turísticas naturais da região.

Quanto ao mercado interno, segundo o IBGE, o Estado conta com uma população de 8 milhões de habitantes, 16% da população do Nordeste. A população economicamente ativa é de 1,444 milhão de pessoas, o PIB per capita é de R$ 4.887. Em relação à posição geográfica no Nordeste, vale frisar que Pernambuco faz divisa com 5 dos 9 estados da região e conta com fácil acesso por rodovia, por via aérea
ou por modal marítimo.

No vale do rio São Francisco – o rio de maior extensão dentro do território brasileiro – a agricultura irrigada está revolucionando a produção e a produtividade de frutas e legumes. Tomate, cebola, uva, manga, melão e melancia produzidos nessas áreas representam metade da economia gerada pela tradicional indústria álcool-açucareira,e as uvas produzidas em Pernambuco já são exportadas para a Europa.

A área de agricultura irrigada se apoia na infraestrutura do porto fluvial de Petrolina, às margens do Rio São Francisco. O Estado tem como uma de suas principais estruturas logísticas o Complexo Industrial e Portuário de Suape, localizado a 40 quilômetros do Recife e que conta com 40 escalas mensais de navios, sendo 25 de longo curso e 15 de cabotagem, além de concentrar os principais investimentos públicos privados do Estado.

Uma nova fase do porto de Suape aponta para a continuidade do desenvolvimento e crescimento da região, com destaque para: a consolidação do estaleiro que o consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Mitsui vai construir, com previsão para entrar em operação em 2008,o polo petroquímico do grupo italiano M&G já em construção, a construção do moinho pela Bunge Born e a refinaria a ser implantada pela Petrobras em parceria com a venezuelana PDVSA, cujo investimento ainda precisa ser consolidado.

Desta forma, para os próximos anos, a expectativa é de que a economia de Pernambuco deve manter o ritmo de crescimento acima da média nacional, tal como nos últimos anos, impulsionada pela inversão de orçamento para a região a partir dos projetos sociais, com a consolidação dos investimentos em Suape e o bom desempenho das exportações e da indústria de bens intermediários.

Cabe destacar que Pernambuco, apesar de ter uma economia em desenvolvimento tem como barreira o engessamento da receita corrente líquida para pagamento da dívida,falta de dinamismo no mercado imobiliário na região metropolitana de Recife, o perfil pouco exportador, que não se beneficia da onda de bons resultados nacionais ainda prejudicado como comprometimento do desempenho da região do Vale do São Francisco, em função das chuvas. Contudo, o Estado caminha para a solução desses problemas através da efetivação dos investimentos em Suape, o que, indica que o Estado tem condições de apresentar crescimento vigoroso, principalmente em um cenário de médio prazo.

O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$ 42.260.926 mil em 2000, correspondente a 2,7% do PIB nacional.