Lev Vygotsky e a Teoria Sociocultural do Desenvolvimento Infantil


 

Lev Vygotsky propôs uma teoria de aprendizado seminal que se tornou muito influente, especialmente no campo da educação. Como Piaget, Vygotsky acreditava que as crianças aprendem ativamente e através de experiências práticas. Sua teoria sociocultural também sugeria que os pais, cuidadores, colegas e a cultura em geral eram responsáveis pelo desenvolvimento de funções de ordem superior.

Na visão de Vygotsky, o aprendizado é um processo inerentemente social. Através da interação com os outros, o aprendizado se integra na compreensão do indivíduo sobre o mundo. Essa teoria do desenvolvimento infantil também introduziu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é a lacuna entre o que uma pessoa pode fazer com ajuda e o que ela pode fazer sozinha. É com a ajuda de outros que as pessoas são capazes de aprender progressivamente e aumentar suas habilidades e escopo de compreensão.

A teoria sociocultural de Lev Vygotsky é uma abordagem fundamental para entender o desenvolvimento cognitivo das crianças. Aqui está um resumo dos principais pontos:

Teoria Sociocultural de Lev Vygotsky

  1. Interação Social

    • Vygotsky acreditava que o desenvolvimento cognitivo ocorre principalmente através da interação social. As crianças aprendem novas habilidades e conhecimentos por meio da comunicação e colaboração com outras pessoas, especialmente com aqueles que possuem mais conhecimento (adultos, professores, pais).

  2. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)

    • Este é um conceito central na teoria de Vygotsky. A ZDP é a diferença entre o que uma criança pode fazer sozinha e o que pode fazer com ajuda de alguém mais experiente. A aprendizagem eficaz ocorre dentro dessa zona, com o apoio adequado (scaffolding).

  3. Mediação Cultural

    • Vygotsky enfatizava a importância dos artefatos culturais, como a linguagem, símbolos e ferramentas, no desenvolvimento cognitivo. A cultura fornece os meios através dos quais as crianças constroem o entendimento do mundo.

  4. Linguagem e Pensamento

    • Para Vygotsky, a linguagem é fundamental para o desenvolvimento do pensamento. Ele acreditava que a linguagem inicialmente serve para comunicação externa, mas com o tempo se internaliza e se torna a base para o pensamento lógico e abstrato.

  5. Aprendizagem Colaborativa

    • A teoria de Vygotsky destaca a importância da aprendizagem colaborativa, onde os alunos trabalham juntos, trocam ideias e constroem conhecimento de forma cooperativa. Esse processo é vital para o desenvolvimento cognitivo e social.

Aplicações na Educação

  • Ensino Guiado: Professores e educadores devem atuar como mediadores, ajudando os alunos a explorar e entender novos conceitos dentro da ZDP.

  • Aprendizagem Cooperativa: Promover atividades em grupo e discussões em sala de aula pode enriquecer a experiência de aprendizagem e facilitar a construção do conhecimento.

  • Integração Cultural: Utilizar artefatos culturais, como histórias, jogos e ferramentas tecnológicas, para enriquecer o ambiente de aprendizagem.

A teoria sociocultural de Vygotsky nos lembra da importância das interações sociais e culturais na formação do conhecimento e do desenvolvimento cognitivo. 

 

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FONTE:

IEAC

 

Henri Wallon: Teoria da Afetividade e Estágios de Desenvolvimento da Criança

Estudiosos da teoria do desenvolvimento como Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934) já apontaram a relevância da afetividade no processo de desenvolvimento. No entanto, foi o educador francês Henri Wallon (1879-1962) quem fundamentou, de maneira mais detida e aprofundada, o papel e a importância da afetividade para o desenvolvimento integral.

Para Wallon, o homem é resultado de influências sociais e fisiológicas, sendo os dois aspectos — orgânico e social — fundamentais para o desenvolvimento e especialmente dependentes do contexto sociocultural.

A teoria da afetividade é um conceito central na obra de Henri Wallon. Ele acreditava que o desenvolvimento emocional (afetividade) e o desenvolvimento cognitivo estão profundamente interligados e não podem ser separados. Aqui estão alguns dos principais pontos da teoria da afetividade de Wallon:

 

Principais Pontos da Teoria da Afetividade de Henri Wallon

  1. Emoção como base do desenvolvimento

    • Wallon considerava as emoções como a primeira forma de interação da criança com o mundo. Antes mesmo de desenvolver habilidades cognitivas complexas, a criança se comunica através de emoções.

  2. A importância das interações sociais

    • A afetividade se desenvolve principalmente através das interações sociais. A criança forma sua identidade e compreensão do mundo através de relações afetivas com os outros, especialmente com os cuidadores.

  3. Interdependência entre emoção e cognição

    • Para Wallon, as emoções não são apenas reações, mas também têm um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. As emoções influenciam a atenção, a memória e a aprendizagem.

  4. Estágios de desenvolvimento emocional

    • A teoria de Wallon descreve como as emoções evoluem ao longo dos estágios de desenvolvimento infantil. A afetividade inicial é expressa principalmente através de gestos e expressões faciais, mas se torna mais complexa e integrada à medida que a criança cresce.

  5. Crise e transição

    • Wallon acreditava que o desenvolvimento inclui momentos de crise e conflito, que são essenciais para o progresso emocional e cognitivo. Essas crises são oportunidades para a criança reorganizar suas emoções e pensamentos.

Aplicações Práticas

  • Educação: Wallon enfatizava que a educação deve considerar tanto os aspectos emocionais quanto os cognitivos da criança. Um ambiente afetivo seguro e estimulante é crucial para o desenvolvimento integral.

  • Psicologia: A teoria da afetividade tem implicações significativas para a psicologia infantil e a terapia, destacando a importância de abordar as necessidades emocionais das crianças.

     

Wallon nos lembra que o desenvolvimento humano é um processo complexo onde a emoção e a razão andam de mãos dadas.

 


Estágios de Desenvolvimento de Henri Wallon

Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em cinco estágios que devem ser levados em conta, em suas especificidades, no processo de aprendizagem, sendo eles:

  1. Estágio Impulsivo-Emocional (Nascimento - 1 ano)

    • Neste estágio, a criança está imersa em suas emoções e não consegue se distinguir do mundo ao seu redor. Os movimentos são desorientados e a coordenação motora ainda não está bem desenvolvida.

  2. Estágio Sensório-Motor e Projetivo (3 meses - 3 anos)

    • A inteligência começa a predominar, e a criança começa a projetar seus pensamentos em atos motores. Este estágio é marcado pela interação com objetos e pela aquisição de habilidades práticas e discursivas.

  3. Estágio do Personalismo (3 - 6 anos)

    • A criança começa a formar sua personalidade e a autoconsciência. Este estágio é crucial para o desenvolvimento da identidade e da autoimagem.

  4. Estágio Categorial (6 anos - Adolescência)

    • A inteligência começa a se sobressair às emoções, e a criança desenvolve a capacidade de categorização e pensamento lógico. Este estágio é marcado por um maior controle sobre as emoções e a busca por conhecimento.

  5. Adolescência (11 - 12 anos em diante)

    • Este estágio é caracterizado por transformações físicas e psicológicas significativas, incluindo a busca pela autoafirmação e o desenvolvimento sexual.

Wallon acreditava que o desenvolvimento humano é um processo contínuo e dialético, onde a criança está constantemente se adaptando e aprendendo através de suas interações com o meio ambiente.

 

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 Fontes:

Profs Educação

Psico Educa

Jean Piaget e os Estágios do Desenvolvimento Cognitivo


 

Jean Piaget é indiscutivelmente um dos pilares para entender o desenvolvimento humano, cujas teorias sobre o desenvolvimento cognitivo desafiaram e enriqueceram nossa compreensão sobre como os indivíduos crescem e evoluem cognitivamente da infância à idade adulta. Este crescimento não ocorre de forma linear ou estática; é dinâmico, impulsionado tanto por capacidades inatas quanto por influências ambientais. Essa dualidade, frequentemente encapsulada nos termos “natureza” e “criação”, é central para a compreensão de Piaget sobre a evolução cognitiva.

As fases de desenvolvimento cognitivo da criança, segundo o psicólogo suíço Jean Piaget, são:
  • Sensório-motor: De 0 a 2 anos
  • Pré-operatório: De 2 a 7 anos
  • Operatório concreto: De 8 a 12 anos
  • Operatório formal: A partir dos 12 anos 
Estas fases representam transformações qualitativas na forma como as crianças entendem e interagem com o mundo. Cada fase destaca habilidades cognitivas distintas e uma compreensão progressiva do mundo. 
 
Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo de uma criança não se limita à aquisição de conhecimentos. Ele acreditava que as crianças constroem ativamente um modelo mental do mundo, que ele chamava de "esquema". Esse esquema é constantemente testado e ajustado através da interação com o ambiente.
 
Piaget também defende que o desenvolvimento cognitivo não se limita à aquisição de conhecimentos, mas que as crianças devem construir ativamente o seu próprio modelo mental.
 
A teoria de Piaget é adotada por várias escolas e é considerada extremamente atual, mesmo com mais de 100 anos.
 
AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET:
 

Estágio Sensório-Motor

O desenvolvimento cognitivo, como postulado por Jean Piaget, inicia-se com o estágio sensório-motor, uma fase que se estende do nascimento até aproximadamente os 2 anos de idade. É um período marcado por descobertas intensas, onde o bebê começa a compreender o mundo ao seu redor através das sensações e movimentos.

Características e Mudanças Desenvolvimentais Principais:

Nesta fase, o mundo é percebido principalmente através dos sentidos e das ações. Ao mover-se e explorar o ambiente, o bebê adquire uma série de habilidades cognitivas. Algumas destas habilidades incluem:

  • Permanência do Objeto: A compreensão de que um objeto continua a existir, mesmo quando não está visível. Aos 8 meses, a criança começa a buscar objetos que desapareceram de sua vista, indicando uma noção da continuidade da existência desses objetos.
  • Auto-reconhecimento: O entendimento de que eles são seres independentes e que outras pessoas são separadas deles.
  • Imitação Diferida e Jogo Representacional: O início da capacidade de representar o mundo mentalmente, onde a criança demonstra, em seu jogo, a habilidade de usar um objeto como símbolo para outro. Este é o prelúdio do surgimento da função simbólica geral.
  • Emergência da Função Simbólica Geral: Durante o final deste estágio, a linguagem começa a surgir, refletindo a compreensão da criança de que as palavras podem representar objetos e sentimentos. Com isso, a criança começa a armazenar informações sobre o mundo, recuperá-las e rotulá-las.

Inicialmente, o bebê vive no presente, sem uma imagem mental do mundo armazenada em sua memória, levando à ausência inicial da noção de permanência do objeto. Esta falta de representação mental é evidente quando um objeto é escondido de um bebê, e ele não busca o objeto, pois para ele, o objeto deixa de existir.

Diferenças Individuais:

Práticas Culturais: Em algumas culturas, é comum que os bebês sejam carregados nas costas das mães durante todo o dia. Esse contato físico constante e os estímulos variados podem influenciar a maneira como uma criança percebe seu ambiente e sua noção de permanência do objeto.

Normas de Gênero: A escolha dos brinquedos pode ser influenciada pelas expectativas de gênero. Meninos podem receber mais carros ou figuras de ação, enquanto meninas podem receber bonecas ou conjuntos de cozinha. Tais escolhas podem influenciar as primeiras interações e explorações sensoriais da criança.

O estágio sensório-motor é um período de crescimento e descoberta intensos, estabelecendo as bases para os estágios subsequentes do desenvolvimento cognitivo. Reconhecer as nuances deste estágio e as influências externas que podem afetar a trajetória de desenvolvimento é crucial para profissionais da psicologia e áreas afins.

Estágio Pré-Operacional

No seguimento da teoria de Piaget, encontramos o estágio pré-operacional, uma fase que se estende dos 2 aos 7 anos de idade. Este estágio é caracterizado por uma série de mudanças significativas no desenvolvimento cognitivo da criança, assim como por algumas limitações distintas.

Características e Mudanças Desenvolvimentais Principais:

Pensamento Intuitivo e Egocentrismo: Durante esta fase, o pensamento da criança é predominantemente influenciado pela aparência das coisas, não pela lógica. Além disso, a criança demonstra um alto grau de egocentrismo, assumindo que todos veem o mundo da mesma forma que ela. Isso foi evidenciado no estudo das três montanhas.

Conservação: A criança neste estágio tem dificuldade em compreender a conservação, ou seja, não entende que a quantidade permanece constante mesmo quando sua aparência muda.

Função Simbólica: A habilidade de pensar simbolicamente emerge. A criança começa a usar a linguagem e a imaginação para representar o mundo, fazendo com que uma palavra ou objeto represente algo além de si mesmo.

Inclusão de Classes: A criança pode classificar objetos, mas ainda não consegue incluir objetos em subconjuntos, ou seja, classificar um objeto em várias categorias simultaneamente.

Animismo: Uma tendência marcante nesta fase é o animismo, onde a criança acredita que objetos inanimados, como brinquedos, possuem sentimentos e vida, semelhantes aos seres humanos.

Desenvolvimento Social: Com a progressiva redução do egocentrismo, as crianças começam a apreciar a participação de outros em seus jogos, e o jogo simbólico, como se fantasiar e ter amigos imaginários, torna-se mais prevalente.

Diferenças Individuais:

Narrativas Culturais: Crianças de diferentes culturas são expostas a histórias, mitos e folclores únicos. Essas narrativas podem influenciar como interpretam e compreendem elementos simbólicos.

Raça e Representação: A identidade racial de uma criança pode influenciar sua forma de brincar. A falta de representatividade em mídias e brinquedos pode levar crianças de diferentes etnias a recriar cenários que não refletem suas experiências ou origens.

Estágio Operacional Concreto

O Estágio Operacional Concreto ocorre entre 7 e 11 anos. Durante esse período, observa-se uma profunda transformação na capacidade de raciocínio das crianças, permitindo-lhes processar informações de uma maneira mais estruturada e lógica, porém ainda fortemente atrelada ao concreto.

Características e Mudanças Desenvolvimentais Principais:

Pensamento Lógico: Durante esse estágio, as crianças começam a raciocinar logicamente sobre eventos concretos, superando muitas das limitações cognitivas anteriores.

Conservação: Uma das conquistas mais notáveis é a capacidade de conservação. As crianças compreendem que, embora a aparência de um objeto possa mudar, suas propriedades fundamentais permanecem constantes. Elas demonstram a capacidade de conservar número (aos 6 anos), massa (aos 7 anos) e peso (aos 9 anos).

Reversibilidade Mental: Além disso, as crianças nesse estágio são capazes de reverter mentalmente ações, visualizando, por exemplo, uma bola de massinha retornando à sua forma original.

Decentração: A egocentrismo, tão presente no estágio anterior, começa a diminuir, permitindo que a criança compreenda que as pessoas veem o mundo de maneiras diferentes.

Limitação no Pensamento Abstrato: Apesar dos avanços, as crianças ainda enfrentam dificuldades com o pensamento abstrato. O raciocínio lógico é eficaz quando ancorado em materiais fisicamente presentes, mas torna-se desafiador em cenários hipotéticos ou abstratos.

Diferenças Individuais:

Contexto Cultural em Tarefas de Conservação: Em culturas onde os recursos são escassos, pode haver uma ênfase na preservação e reutilização de materiais, levando as crianças a demonstrarem habilidades de conservação mais cedo.

Gênero e Aprendizado: Estereótipos de gênero, como “meninos são melhores em matemática”, podem moldar a forma como as crianças abordam problemas lógicos, influenciando suas interações e percepções sobre tarefas baseadas em normas de gênero percebidas.

Estágio Operacional Formal

O Estágio Operacional Formal, que se inicia por volta dos 12 anos, marca a transição da infância para a adolescência no contexto do desenvolvimento cognitivo proposto por Piaget. Esta fase é caracterizada por um salto qualitativo na capacidade de raciocínio, permitindo ao adolescente operar de forma abstrata e especulativa.

Características e Mudanças Desenvolvimentais Principais:

Operações Formais e Abstração: Neste estágio, a operação concreta, que atua sobre coisas tangíveis, é substituída pela operação formal, que atua sobre ideias. Os adolescentes não mais dependem de estímulos físicos concretos para processar informações.

Raciocínio Hipotético e Especulativo: Uma marca distintiva deste estágio é a capacidade de lidar com problemas hipotéticos, como refletir sobre as consequências de um mundo sem dinheiro.

Independência de Conteúdo: A partir dos 12 anos, os indivíduos conseguem seguir o formato lógico de um argumento, independentemente de seu conteúdo específico.

Emergência do Pensamento Científico: Os adolescentes começam a formular teorias e hipóteses abstratas quando confrontados com problemas, demonstrando a habilidade de pensar cientificamente.

Capacidade de Processar Conceitos Abstratos: Os adolescentes podem compreender conceitos como frações e divisão sem a necessidade de representações físicas concretas.

Diferenças Individuais:

Cultura e Pensamento Abstrato: Dependendo das ênfases culturais, diferentes formas de raciocínio lógico ou abstrato podem ser priorizadas. Em sociedades com forte tradição oral, por exemplo, a capacidade de reter narrativas complexas pode ser especialmente valorizada.

Gênero e Ética: A maneira como os adolescentes discutem ética e moralidade pode ser moldada por normas de gênero. Em algumas culturas, pode haver uma inclinação para que as meninas valorizem a harmonia comunitária, enquanto os meninos podem ser encorajados a priorizar os direitos individuais.

 

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Fontes: 
 
 

04 de Setembro: Aniversário de emancipação política de Paulista (Pernambuco)



Paulista é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se no litoral norte pernambucano, sendo pertencente à Mesorregião Metropolitana do Recife e à Microrregião do Recife, distando 18 quilômetros ao norte da capital do estado. Ocupa uma área de 102,3 km², tendo 16,9786 km² desse total no seu perímetro urbano e 85,4 km² formando a zona rural do município.

Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 336 919 habitantes, ocupando a quinta colocação entre os municípios do estado de Pernambuco.

A temperatura média anual do município é de 25,8 °C, e suas vegetações nativas e predominante são a mata atlântica e a restinga. Aproximadamente 100% da sua população vive na zona urbana, e dispõe de 70 estabelecimentos de saúde, segundo dados do ano de 2009. Em 2010, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi estipulado em 0,732, sendo considerado alto e acima do valor estadual, tendo o quarto maior índice entre os municípios do estado.

O início da ocupação das terras do atual município se deu em 1535, na época em que Paulista era parte do município de Olinda. Neste ano, o donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, doou ao seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque, as terras de Paratibe como reconhecimento aos trabalhos prestados por ele à então colônia. Por volta de 1550, Jerônimo doa as terras ao português Gonçalves Mendes Leitão, que casara com sua filha. Mais tarde, lá se estabeleceram um engenho d'água com o nome Paratibe, uma capela dedicada a Santo Antônio e um sobrado, tendo a partir daí o início do povoado. Cinco anos após essas transformações, é fundado a freguesia. O auge do seu crescimento ocorreu em 1902, após a instalação da indústria de tecidos feita pelos Lundgren, uma família de origem sueca que se estabeleceu na cidade.

Nos dias atuais, o município de Paulista se destaca por ser um pólo diversificado de prestação de serviços e indústria têxtil e química, sendo a sede do grupo Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte. Na área da educação, o município possui duas importantes instituições de ensino superior: a Faculdade Joaquim Nabuco e a Faculdade de Saúde de Paulista, além de instituições de ensino técnico, como o Escola Técnica Senai e o SENAC. Com 14 km de faixa litorânea e uma das maiores reservas florestais do estado, as praias e o turismo ecológico são os principais movimentadores do setor de turismo na cidade. A cidade ainda abrange em seu território o Veneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos do Brasil.



HISTÓRIA

O município de Paulista se situa na área da antiga propriedade Paratibe (nome também do rio que banha parte da cidade). As terras de Paratibe foram doadas pelo donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, a seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque, como reconhecimento por serviços prestados à Capitania. Alguns anos após, pela década de 1550, Jerônimo de Albuquerque fez doação dessas terras, em dote, ao português Gonçalo Mendes Leitão, esposo de Dona Antônia de Albuquerque, sua filha com a índia tabajara Muíra-Ubi, que adotara o nome cristão Maria do Espírito Santo Arcoverde.

Nessas terras, Gonçalo Mendes Leitão ergueu um engenho-d’água, uma capela dedicada a Santo Antônio e um grande sobrado como residência, também outras obras importantes para um estabelecimento agrícola. Erguida a capela, no ano de 1559, coincidiu de passar por Pernambuco, a caminho da Bahia, o bispo eleito do Brasil, D. Pedro Leitão, irmão de Gonçalo Mendes. Hospedado na casa de seu irmão, em Paratibe, o bispo celebrou o ato solene da bênção da capela, cerimônia à qual compareceu Jerônimo de Albuquerque.

No final do século XVI, um dos filhos de Gonçalo Mendes Leitão fundou o Engenho Paratibe de Baixo que posteriormente passou a ser propriedade de João Fernandes Vieira, em seguida da sua viúva, Dona Maria César, que o vendeu ao mestre-de-campo Manuel Alves de Morais Navarro. Data dessa época (1689) a mudança do nome do engenho que passou a ser conhecido como “Engenho do Paulista”, tendo em vista o novo proprietário ser natural da Capitania de São Paulo, de onde partira no comando de tropas para a Campanha dos Palmares. O nome desse engenho deu origem ao topônimo municipal.

Um fato marcante na história de Paulista ocorreu em 20 de maio de 1817, quando o padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, integrante da Revolução Pernambucana, suicidou-se ao ver a causa perdida. Seu cadáver, sepultado na capela do Engenho Paulista, foi desenterrado e mutilado; a cabeça, separada do tronco, foi levada para a capital do estado e colocada no pelourinho por ordem do almirante Rodrigo Lobo, comandante da esquadra enviada da Bahia pelo conde dos Arcos, para reprimir o levante.

O estouro do crescimento populacional de Paulista só começou a surgir com o início das operações da fábrica de tecidos, adquirida em 1904 pela família Lundgren, de imigrantes suecos. O distrito de Paulista foi criado pela Lei Municipal n° 219, de 28 de dezembro de 1907, subordinado ao município de Olinda. A Lei Estadual n° 1.931, de 11 de setembro de 1928, criou o município de Paulista, constituído por territórios desmembrados de Olinda (distritos de Paulista, Canoas, Nobre e Conceição), Igarassu (parte do distrito de Maricota, além dos engenhos Improviso e Regalado e propriedade Pitanga do Inglez) e São Lourenço da Mata (Engenho Utinga). Mas o município foi extinto pelos decretos n° 268, de 25 de novembro de 1930, e n° 56, de 23 de janeiro de 1931, sendo seu território reanexado ao município de Olinda. Foi elevado novamente à categoria de município, com a denominação de Paulista, pela Lei Estadual n° 11, de 4 de setembro de 1935, desmembrado de Olinda, com sede no antigo distrito de Paulista. Foi instalado no dia 12 do mesmo mês e ano.

Durante as primeiras sete décadas do século XX Paulista foi uma cidade típica industrial, até a decadência do parque têxtil tradicional. A partir dos anos 70, entretanto, um pólo industrial moderno, instalado no distrito industrial de Paratibe, deu outra feição ao município.


GEOGRAFIA

Relevo

Relevo constituído por tabuleiros, cuja altitude varia de 40 a 50 metros, próximo à planície costeira e até mais de 160 metros, na porção oeste, estendendo-se para o leste.


Meio ambiente

As matas localizam-se no interior da área urbana ou nas proximidades desta, que são: Mata do Janga, Mata Jaguarana e Mata dos Caetés. Estas matas são reservas ecológicas criadas pela Lei n˚ 9.989, de 13 de janeiro de 1987. Dessas três reservas, apenas a de Caetés foi implantada, em 1991 e sofreu mudança de categoria, transformando-se em Estação Ecológica pela Lei Estadual n˚ 11.622/98, buscando, principalmente, contribuir para a proteção dos recursos hídricos, realizar atividades de Educação Ambiental e investigação científica, além de proporcionar lazer à população local.

A Mata de Jaguarana localiza-se às margens da PE-015, próximo ao núcleo urbano central do Paulista, possui uma área de 332,28 hectares, correspondendo a 3,41% da área do município e encontra-se distribuída em três propriedades privadas.

A Mata de Caetés localiza-se na margem esquerda do Rio Paratibe, possui 150 hectares, correspondendo a 1,54% da área do Município. Toda a sua extensão pertence à propriedade pública, segundo dados da FIDEM*. O Município possui ainda outras matas, situadas nos seguintes bairros: Parque do Janga, Jaguarana, Mirueira e Paratibe.

Na faixa litorânea, nos terrenos submetidos à influência constante das marés, desenvolve-se a vegetação de mangue. Esse ecossistema desempenha uma importante função como filtro biológico e químico das águas contaminadas por resíduos industriais e Domésticos, além de servir como viveiro natural. Ainda na Planície Costeira, a ocupação urbana tomou o lugar da vegetação de praia, ali representada por espécies herbáceas.


Esporte

O grande nome da cidade é o Íbis Sport Club, que, apesar da fama de "Pior Time do Mundo" por ter ficado quase quatro anos sem vencer uma única partida de futebol na década de 1970, já disputou partidas contra os grandes do Recife (Sport, Santa Cruz e Náutico), e um dos seus maiores feitos foi a vitória contra o Náutico nos Aflitos em 2002 e contra o Santa Cruz no Arruda em 2023.

Alguns problemas financeiros e jurídicos quase levaram o clube a encerrar suas atividades profissionais em meados do ano 2000, mas o Pássaro Preto (como é conhecido) deu a volta por cima e através do Projeto Século XXI passou por grandes mudanças, eventualmente retornando à primeira divisão do Campeonato Pernambucano em 2022.

Um fato curioso com o município é que ao mesmo tempo em que teve o Íbis Sport Club em 1999 com a fama de ser o "Pior Time do Mundo", no mesmo ano teve também o jogador Rivaldo eleito como o "Melhor Jogador de Futebol do Mundo pela FIFA" que é nascido em Paulista-PE no ano de 1972.

Outros clubes que representaram a cidade foi o Paulistano Futebol Clube e o Unibol Pernambuco Futebol Clube, já extintos, que jogavam no Estádio Ademir Cunha.

 

TURISMO

Localizada no estado de Pernambuco, Paulista fica a 18 km da capital, Recife. A cidade possui uma das maiores reservas florestais do estado. As praias e o turismo ecológico são os principais movimentadores do turismo na cidade.

Paulista possui uma faixa litorânea com 14 km de extensão, onde se encontra um mar de águas mornas e azuis, uma vasta área de coqueirais e casarios rústicos, colônias de pescadores, hotéis, bares e restaurantes, ao longo das praias de Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Praia do Ó,  Conceição e Maria Farinha.

Na praia de Maria Farinha existe de um lado o mar e de outro o rio Timbó, que possui uma faixa que oferece aos visitantes diversos tipos de lazer náutico, além de agregar o maior parque náutico do país e belezas geográficas naturais. Além disso, a praia também favorece passeios de barco ou de catamarã de onde podem ser apreciadas as belezas dos mangues, o Porto Artur, os Pocinhos Naturais e a Coroa do Avião.

Paulista, já foi conhecida como “Cidade das Chaminés” e “Capital dos Eucaliptos“. Hoje, devido ao potencial turístico das suas praias, águas sempre mornas e de seu sol típico dos trópicos, é conhecida como “namorada do sol“.

 

1 – Praia da Enseadinha 


 

Primeira praia do município de Paulista, a Enseadinha sofre influência do Rio Paratibe, sua extensão aproximada é de 700m de praia ondulada a quebrada, com areias finas e douradas, apresentando pequenos trechos de vegetação rasteira com coqueiros espaçados. Suas águas são pouco profundas, com fraca intensidade das ondas e pequena intensidade da maré. No local existe uma área de desova de Tartarugas Marinhas, monitorada pelo IBAMA.

2 – Praia do Janga 

Praia do Janga - Paulista, PE

Praia tranquila de mediana extensão, é conhecida como um dos refúgios da cidade. De clima agradável, costuma receber um bom número de turistas durante a alta temporada. Com uma larga faixa de areia dourada, essa praia conta com mar calmo, de águas transparentes, que mais parece uma piscina natural. É propício para o banho, inclusive de crianças e idosos, e para a prática de esportes como caiaque e jet ski.

3 – Praia de Maria Farinha 

Praia de Maria Farinha, Pernambuco

Praia de grande beleza e litoral, é considerada um dos recantos da cidade. Seu clima agradável costuma atrair diversos turistas não só durante a alta temporada, mas também nos feriados e finais de semana. Conta com uma boa faixa de areia dourada, o mar é calmo e de águas transparentes. É propício para o banho e para a prática de esportes como vela e windsurf.

4 – Praia de Pau Amarelo 

Vista para a praia de Pau Amarelo – Foto de , - Tripadvisor

Considerada um dos pequenos recantos da cidade, essa praia possui um clima aconchegante, que encanta os diversos turistas que chegam durante a alta temporada. Conta com uma boa faixa de areia dourada e grossa, o mar é tranquilo, de águas transparentes, propício para o banho e principalmente para a prática de esportes náuticos, como vela e caiaque.

5 – Igreja de Santa Isabel 

Católicos iniciam festividades da Co-padroeira de Paulista, Rainha Santa  Isabel de Portugal - paulista.pe.gov.br

Rainha de Portugal Entre os anos de 1946 e 1950, os Lundgren, em homenagem à matriarca da família, D. Elizabeth Lundgren, construíram uma igreja que deveria ter o nome de Santa Elisabeth Regina. Entretanto, como não existe santa católica com este nome, o templo foi dedicado a Santa Isabel – Rainha de Portugal. A inauguração aconteceu em 29 de junho de 1950 com procissão e missa celebrada pelo bispo arquidiocesano. Hoje a Igreja de Santa Isabel é considerada Imóvel Especial de Preservação e patrimônio dos paulistenses.

6 – Igreja Nossa Senhora da Conceição 

Litoral Norte de Pernambuco: conheça as melhores praias da região

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída no ano de 1842, com pedra de pedreira em um grande terreno à beira mar. Seu estilo é colonial.

7 – Forte do Pau Amarelo ou Fortaleza de N. Sra dos Prazeres 

Conheça os pontos turísticos mais visitados de Paulista - PE

 

O Forte do Pau Amarelo, localiza-se na praia de Pau Amarelo e o imóvel, de propriedade da Prefeitura do Município de Paulista, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 24 de Maio de 1938.

8 – Rio Timbó 

História e natureza no passeio pelo Rio Timbó, em Paulista (PE) —  Ministério do Turismo

O passeio de barco ou de catamarã no Rio Timbó, é uma das atrações de lazer ecológico em Paulista. É possível contemplar a beleza dos mangues e conhecer um pouco da história da cidade. As ruínas de um antigo terminal portuário e o encontro do rio com o mar ficam marcados na memória das pessoas que visitam o local.

9 – Centro Histórico Consolidado 

Parque Aurora, o mais novo espaço de lazer de Paulista - paulista.pe.gov.br

Data do início do Século. O Centro Histórico Consolidado é formado pelas fábricas da Companhia de Tecidos Paulista, as Vilas Operárias, o Casarão e Jardim dos Coronéis e a Igreja de Santa Isabel, estes dois últimos construídos em Estilo Europeu, de tijolo aparente.

10 – Parque Aquático Temático Veneza Water Park 


 

Com toboáguas de vários formatos, além de piscinas, corredeiras, saunas, quadras sportivas, lanchonetes e restaurantes, o parque atrai centenas de visitantes para a cidade, sobretudo nos finais de semana.

 

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Hoje na História: 04/09/1875 - Saiba o que foi o Motim das Mulheres de Rio Grande do Norte

 


Em 04 de setembro de 1875, ocorria em Mossoró, no Rio Grande do Norte, O Motim das Mulheres. Cerca de 130 donas de casa saíram em passeata pelas ruas da cidade protestando contra a obrigatoriedade do alistamento militar.

A história começa com a regulamentação do recrutamento do Exército e Armada pelo gabinete do Visconde do Rio Branco, durante o reinado de Dom Pedro Segundo.

A decisão não foi bem recebida na Província do Rio Grande do Norte, onde várias comunidades se organizaram em sinal de protesto.

O povo dizia que a regulamentação seria usada pelos chefes políticos da época para recrutar os filhos dos adversários, como estava sendo feito em Mossoró.

O movimento foi liderado por Dona Anna Floriano, Dona Maria Filgueira e Dona Joaquina Maria de Góis, esposas de políticos e autoridades de Mossoró.

Revoltadas com as denúncias de manipulação política, elas iniciaram a manifestação e o motim tomou as ruas da cidade.

Munidas de utensílios domésticos como panelas, frigideiras, conchas e colheres de pau, as mulheres foram até a Igreja Matriz de Santa Luzia e rasgaram os editais fixados no quadro de avisos. Em seguida, se dirigiram à casa do escrivão do juiz de Paz e tomaram e rasgaram o livro e os papéis relativos ao alistamento.

Não satisfeitas, foram até a redação do Jornal “O Mossoroense” e destruíram os editais que seriam publicados no dia seguinte.

As mulheres partiram então para a Praça da Liberdade, onde entraram em choque corporal com um grupo de soldados da Força Pública que ali estava para dominar a rebelião.

Algumas mulheres ficaram feridas e o protesto não se agravou mais graças à interferência de populares que acabaram com a confusão.

Logo após o movimento, o juiz de Direito, João Antônio Rodrigues, comunicou o fato ao presidente da Província, João Bernardo Galvão Alcanforado Júnior, que mandou instaurar um inquérito para apurar o ocorrido. O processo desapareceu do arquivo do Departamento de Segurança Pública.

Segundo o historiador Vingt-un Rosado o episódio de Mossoró não foi um caso isolado, tendo ocorrido semelhante manifestação em outros pontos da Província.

O que diferenciou o movimento de Mossoró dos demais foi o fato de ter sido organizado e executado apenas por mulheres, por amor aos seus filhos.

 

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Hoje na História: 04/09/1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.

 


Há 173 anos foi criada a Lei Eusébio de Queirós, também conhecida como  ou Lei Ato Adicional. Uma legislação brasileira promulgada em 4 de setembro de 1850, que recebeu esse nome em homenagem ao seu autor, o deputado Eusébio de Queirós.

Essa lei teve como objetivo principal a proibição do tráfico negro no Brasil, ou seja, a importação de africanos como escravos. Ela representou um dos marcos da história do país, pois gradualmente contribuiu com o fim desse comércio, embora a escravidão tenha persistido no Brasil até mesmo após assinatura da Lei Áurea, em 1888.

Uma das medidas tomadas no contexto do movimento abolicionista no Brasil, que buscava a libertação dos escravos e a abolição da escravidão no país. Ela teve como consequências a diminuição gradual da população escrava no Brasil, à medida que o tráfico negreiro foi desestimulado e reprimido.

Determinando a punição das pessoas envolvidas nesse crime e estabeleceu que os escravizados apreendidos devessem ser reexportados para os terminais de origem ou para qualquer outro ponto fora do Império.

Nos casos onde não fosse possível a reexportação, os africanos seriam empregados em trabalho sob a tutela do governo, não sendo em nenhum caso os seus serviços concedidos a particulares.

Com a extinção do tráfico, a solução encontrada para o problema da mão-de-obra foi o comércio interprovincial, que abastecia o sudeste produtor de café, num momento em que as tradicionais lavouras nordestinas encontravam-se em crise.

Além disso, o governo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas plantações, ao mesmo tempo em que reorganizou a política de acesso à terra, com a chamada Lei de Terras, de 1850.

É importante notar que a abolição da escravidão no Brasil foi um processo complexo que envolveu várias etapas, incluindo a Lei Eusébio de Queirós, a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885), antes da promulgação da Lei Áurea em 1888 , que decretou o fim oficial da escravidão no país.

Afinal, a Lei n.º 581/1850 foi de fato executada?

Historiadores criticam que a Lei Eusébio de Queirós n.º 581/1850, foi abertamente ignorada, e o tráfico negreiro continuou extremamente ativo no Brasil. Houve certa ação da lei contra o tráfico entre 1831 e 1832, mas, a partir de 1833, a atividade ganhou força e seguiu bastante ativa até 1845.

Essa lei tinha como objetivo garantir a proibição do tráfico negreiro ao mesmo tempo em que garantiria que os escravos que foram trazidos ao país entre 1831 e 1845 fossem mantidos como escravos, porém na pratica não ocorreu como planejado.

Nesse período também, houve até movimentação política para que a Lei Feijó fosse revogada. Além disso, o governo ignorava os navios negreiros que chegavam ao Brasil, carregados de africanos.

Vale dizer que Eusébio de Queirós (o idealizador da Lei)  era uma figura problemática, uma vez que, como chefe de polícia, cargo que ocupou entre 1833 e 1844, ficou conhecido por negligenciar os navios negreiros que desembarcavam no Rio de Janeiro.

A vida após a escravidão, não foi nada fácil, a transição da escravidão para a liberdade trouxe uma série de desafios econômicos, raciais, sociais e políticos.

Muitos ex-escravizados enfrentam dificuldades econômicas significativas após a emancipação. Eles frequentemente careciam de recursos e propriedades e não tinham acesso a empregos remunerados. Muitos acabaram trabalhando nas mesmas plantações ou em condições de trabalho semelhantes às da escravidão, mas agora como trabalhadores assalariados.

Ao longo do tempo, houve avanços inovadores na luta pela igualdade de direitos e oportunidades para os afrodescendentes em muitos países. No entanto, desafios persistentes, como o racismo institucional e a desigualdade econômica, continuam a ser questões importantes a serem enfrentadas.

Apesar das dificuldades, as comunidades negras continuaram a preservar e celebrar sua cultura e identidade. Isso incluía a música, a religião, a culinária e outras tradições que desempenharam um papel fundamental na formação da cultura afrodescendente.

Imagem: 
Título: Le diner. Les dèlassemens d’une aprés
Data: 1835 - 1835
Dimensões físicas: w31 x h49 cm
Designer; Lithographer: Jean Baptiste Debret (del.); Thierry Frères (lith.)
Procedência: Museu Imperial/Ibram/Minc
Tipo: litografia
Acervo: Museu Imperial/Ibram-MinC

 

FONTE: FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES / GOVERNO FEDERAL

 

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Gramática: Aposto e suas classificações

 


O aposto é um termo acessório da oração que, sintaticamente relacionado com outro termo da oração, serve para explicar, esclarecer, desenvolver, detalhar, enumerar, especificar, resumir, comparar,... esse outro termo. O aposto permite o enriquecimento textual, fornecendo informações novas sobre os termos da oração.

Pode aparecer antes ou depois do termo ao qual se refere, bem como ser destacado ou não por sinais de pontuação, como vírgula, dois-pontos ou travessão. Pode ainda ser precedido ou não de preposições ou de expressões explicativas (isto é, como,...).

Exemplos de aposto

  • Luís de Camões, importante poeta português, escreveu poemas sobre os descobrimentos portugueses.
  • Aquelas duas meninas – a Camila e a Tatiana – ficaram ajudando no fim da festa.
  • A professora mais antiga da escola, D. Cristina é respeitada por todos.
  • Visitei a cidade de Salvador e adorei!
  • Apenas tenho um único objetivo de vida: ser muito feliz!

Tipos de aposto

Existem sete tipos distintos de aposto.

Aposto explicativo

O aposto explicativo serve para explicar ou esclarecer um termo da oração. Na frase, aparece destacado por vírgulas, parênteses ou travessões.

  • Júlia, a melhor aluna da turma, passou de ano com notas altíssimas.
  • D. Alice, a vizinha do terceiro andar, está vendendo seu apartamento.

Aposto enumerativo

O aposto enumerativo serve para enumerar partes constituintes de um termo da oração. Na frase, aparece separado por dois pontos ou travessão e vírgulas.

  • Já viajei por vários países: Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e México.
  • Em nossos funcionários, valorizamos principalmente três características: dedicação, honestidade e persistência.

Aposto especificativo

O aposto especificativo serve para especificar ou individualizar um termo genérico da oração. Na frase, não se encontra destacado por sinais de pontuação, estando ligado diretamente ao termo que especifica ou através de uma preposição. Apostos especificativos são maioritariamente nomes próprios.

  • A rua Nossa Senhora de Copacabana é a próxima.
  • O escritor Carlos Drummond de Andrade foi homenageado em nossa escola.

Aposto recapitulativo ou resumidor

O aposto recapitulativo ou resumidor serve para resumir numa só palavra vários termos da oração.

  • Prosperidade, segurança e alegria, isso é o que eu quero para minha família.
  • Doces, salgados, bebidas e enfeites, tudo preparado para a festa.

Aposto distributivo

O aposto distributivo serve para distribuir informações de forma separada de termos da oração.

  • Ambos são bons alunos, um no português e o outro na matemática.
  • Meus filhos são diferentes: este é louro, aquele é moreno.

Aposto comparativo

O aposto comparativo serve para comparar um termo da oração com alguma coisa. Na frase, aparece destacado entre vírgulas.

  • Os olhos do gato, faróis na escuridão, percorriam a mata à procura de alimento.
  • A criança, um pequeno general, mandava na mãe e no pai.

Aposto de oração

O aposto de oração, também chamado de oração subordinada substantiva apositiva, ocorre quando uma oração apresenta valor apositivo e se encontra sintaticamente dependente de outra.

  • Maria não soube responder nem a metade das perguntas do exame, sinal de fraco estudo e preparação.
  • Pedro disse que não quer mais trabalhar, fato que me deixou um pouco preocupada.

 

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ALERTA: Aditivos alimentares - saiba por que essas substâncias fazem mal ao corpo

 


Você sabe qual é a grande diferença dos alimentos industrializados comparados aos naturais?

Os primeiros têm em sua composição ou preparo um grande número de substâncias químicas, que ajudam em sua conservação. “Os aditivos alimentares são substâncias adicionadas pela indústria aos alimentos com o objetivo de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades”, diz a nutricionista Fernanda de Campos Prudente Silva. O problema é que esses itens não agregam valor nutricional e ainda podem causar danos à saúde. Confira!

Mundo Químico

Essas substâncias não são poucas e estão realmente em quase tudo o que consumimos. “Dentre elas podemos citar, além dos aditivos alimentares, agrotóxicos, metais tóxicos, substâncias migrantes de embalagens plásticas, detergentes, poluentes, fumaça de carvão, etc. Tais substâncias são absorvidas pelo organismo, assim como princípios ativos químicos de medicamentos e nutrientes de alimentos”, afirma a nutricionista.

“Eles fazem mal porque são capazes e alterar a atividade hormonal ao se ligarem a receptores hormonais específicos e imitar suas funções. Com isso, podem estimular ou inibir a produção ou transporte de hormônios. Essas substâncias também potencializam a produção de radicais livres, que por si só atuam desregulando todo o organismo”, explica Fernanda.

Evite os aditivos alimentares

Desse modo, a grande questão é: como fugir ou administrar o teor de aditivos na alimentação? “O ideal é ingerir alimentos frescos, preparados em casa e não industrializados. Dar preferência a frutas, verduras e legumes orgânicos, sempre que possível, pois são isentos de agrotóxicos, e ficar atento às carnes consumidas, já que carnes vermelhas e frangos são ricas em hormônios. Além disso, é muito importante não usar embalagens plásticas e a base de alumínio para armazenar os alimentos, pois os plásticos contêm ftalatos e bisfenol A, substâncias que passam para os alimentos e agridem a saúde”, aconselha Fernanda.

Entenda os principais aditivos

Acidulantes: aumentam a acidez ou conferem sabor ácido. Dentre eles podemos citar o ácido cítrico (muito usado em refrigerantes de sabor laranja e limão), ácido tartárico (usado em geleias e sucos de uva), ácido fosfórico (usado em refrigerantes a base de cola), entre outros.

Corantes: substituem cores perdidas durante a preparação ou para tornar os alimentos mais atrativos visualmente.

Aromatizantes: fornecem sabores ou aromas particulares e podem ser naturais ou artificiais.

Conservantes: impedem ou retardam alterações dos alimentos provocadas por micro-organismos ou enzimas. Os mais usados costumam ter efeitos negativos na saúde, como o sorbato de sódio, nitrito e nitrato de sódio.

Edulcorantes: adoçam os alimentos sem fornecer açúcar e calorias, dentre eles destacam-se o aspartame, stévia, ciclamato monossódico, sacarina e sucralose.

 

Fonte: CLINONCO

Texto: Redação Alto Astral

Consultoria: Dra. Fernanda de Campos Prudente Silva, nutricionista da Clinonco – Clínica de Oncologia Médica

Acesse o link do Portal da Revista Alto Astral: https://www.altoastral.com.br/aditivos-alimentares-industrializados/

 

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Revoltas em Pernambuco: Setembrada

Por conta de sua tradição republicana, Pernambuco festejou a abdicação de Pedro I. Ainda que portugueses comerciantes ou com cargos no governo defendessem o imperador, os republicanos queriam a liberdade dos confederados de 1824. Para tirar proveito da mudança, parte da tropa do Recife, decide fazer imposições.

À frente o capitão Francisco Inácio Ribeiro Roma, exigem a demissão de portugueses no governo, e o fim do monopólio do comércio pelos mesmos. De um lado, os legalistas, de outro, os revoltosos. O governo cede. Militares e civis desfilam pelas ruas de Recife, liderados pelo novo comandante de armas, coronel Francisco Jacinto Pereira. Em que pese a tensão, absolutistas transformam-se em restauradores, o comércio se mantém nas mãos dos portugueses, e persistem a escravidão e as poucas chances de trabalho para os homens livres.

O novo comandante militar, no entanto, convoca os oficiais militares afastados após a Confederação do Equador, restabelece-lhes o soldo e concede um adiantamento. Demite os portugueses dos postos de mando, diminui os gastos militares, melhora a qualidade da comida dos soldados e autoriza o julgamento dos presos de 1824. Mas os juízes, ligados aos donos de terras, libertam criminosos que logo formam a guarda pessoal dos latifundiários. Moços ricos praticam o estupro em mulheres de famílias pobres, e ficam impunes; sem falar no privilégio de não se submeterem ao serviço militar. Para conter a insatisfação, o brigadeiro Paula e Vasconcelos ordena o recolhimento e chamada nominal da soldadesca às 20h. Há atraso de soldos e castigos corporais. Às 21h de 14 de setembro de 1831, tem início a revolta popular dos soldados, a Setembrada. Sem o apoio dos oficiais, a cadeia é arrombada e os presos são libertados. Os escravos confraternizam-se com a tropa. A cidade está à mercê dos sediciosos. Há porém saques às lojas e bebedeira da soldadesca; os cronistas atribuem-nos à ausência de uma liderança precisa. Soldados aproveitam para abandonar as armas, e entregam-se ao prostíbulo. A maioria participa da sublevação.

Para combater a revolta, Paula e Vasconcelos junta civis e militares e parte de Afogados em direção ao Forte de Cinco Pontas. Seus chefiados defrontam-se com um grupo de 400 rebeldes. Dá-se o que o brigadeiro não espera: legalistas e revoltosos confraternizam aos gritos de “morte aos Colunas” e “fora os Colunas”; referem-se à organização Colunas do Trono e do Altar, que apoia o governo de Pedro I e o fim da Constituição de 1824. O brigadeiro recua para Afogados e segue para Boa Viagem. Consegue reunir 100 homens de cavalaria e 200 de infantaria. De volta a Afogados, ataca e obtém a rendição de revoltosos, que juram fidelidade aos governos regencial e provincial, e disposição para lutar contra a sublevação.

Outro ataque à Setembrada ocorre sob o comando do capitão-tenente Antônio Pedro de Carvalho, com “apoio de 50 estudantes, uns poucos milicianos de Recife, outros de Olinda e alguns paisanos.” Os rebeldes reagem junto com as forças do Arco do Bom Jesus. Os legalistas são derrotados e os rebeldes têm a adesão dos soldados da Fortaleza do Brum. Para ocupar as ruas, os soldados deixam a Fortalza, permitindo sua retomada pelas tropas da marinha.

Os 400 homens que partem de Olinda, à frente o comandante Borges Leal, recebem o reforço de mais 100, vindos do bairro de Casa Forte. Têm o apoio de civis que participaram da retomada da Fortaleza do Brum, e de estudantes do Curso Jurídico de Olinda. Os sublevados são sitiados no Palácio Velho, onde se concentra o bombardeio.

O historiador Manoel Correia de Andrade aponta três razões para a derrota da Setembrada: revolta espontânea, inexistência de exigências e objetivos políticos pouco definidos. Mesmo entre os protagonistas ouviam-se gritos de “viva Pedro II.”A revolta teve o apoio da Paraíba, do Maranhão, do Pará e do Piauí. Deixou 100 mortos entre os militares e dentre os civis, 30. Os derrotados foram enviados a Fernando de Noronha, a pedido de cônsules estrangeiros sentindo-se ameaçados.

Fonte: Portal Vermelho
 

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