ESCOLHA DA SEDE
A Espanha já gostaria de ter sediado a Copa do Mundo em 1974, mas abriu mão da disputa para que a Alemanha Ocidental vencesse - em troca, teria o apoio dela oito anos depois. Com o acordo diplomático, o país não teve problemas para vencer a disputa e receber um Mundial pela primeira vez.
OS ESTÁDIOS
Dezessete estádios em 14 diferentes cidades receberam jogos e fizeram com que a Copa se espalhasse por todos os cantos da Espanha. O Camp Nou, do Barcelona, foi o que sediou mais partidas: cinco.
AS ELIMINATÓRIAS
Para mundializar mais a Copa, a Fifa decidiu que o torneio passaria a ter 24 seleções em 1982 - eram 16 até então. Cinco delas fizeram sua estreia em Mundiais: Argélia, Camarões, Nova Zelândia, Honduras e Kuwait. Pela primeira vez todos os continentes foram representados na competição. O Uruguai, bicampeão mundial, não conseguiu vaga. Equipes fortes da Europa, casos de Holanda e Portugal, também não marcaram presença.
O MASCOTE
Naranjito, uma laranja com as cores da Espanha, o mascote da Copa de 1982 (Foto: Reprodução)
Naranjito, laranja vestida com as cores da Espanha, uma das forças de exportação do país, foi o mascote da Copa de 1982. A laranja na Espanha é uma fruta típica da Comunidade Valenciana e Andaluzia.
O CAMPEÃO
A Itália fez o de sempre em títulos: começou discreta, passou raspando de fase, foi crescendo e acabou campeã. Na primeira etapa de grupos, a Azzurra teve três jogos. Empatou os três - 0 a 0 com a Polônia, 1 a 1 com o Peru e 1 a 1 com Camarões. Na segunda fase, caiu em um triangular dificílimo, com Argentina e Brasil. E venceu os dois jogos (2 a 1 e 3 a 2, respectivamente). Com isso, foi à semifinal. Despachou a Polônia: 2 a 0. Na final, atropelou a Alemanha Ocidental: 3 a 1. Com grandes jogadores, como o goleiro Dino Zoff e o defensor Claudio Gentile, a equipe do técnico Enzo Bearzort teve o goleador Paolo Rossi como maior expoente.
O ARTILHEIRO
Paolo Rossi, com seis gols, foi o goleador da Copa. O mais impressionante é que todos foram marcados nos últimos três jogos da Azzurra no Mundial: três contra o Brasil, na segunda fase, dois diante da Polônia, nas semifinais, e outro na decisão, frente à Alemanha. Foi a volta por cima do atacante após ser acusado de envolvimento em um esquema de compra de resultados.
O CRAQUE
O grande carrasco do Brasil, Paolo Rossi também acabou eleito craque da Copa, mesmo que seu brilho só tenha aparecido na reta final da competição. A bola de prata ficou com Falcão, e Rummenigge, da Alemanha, teve o terceiro posto.
Junior persegue Paolo Rossi, destruidor na partida, com três gols (Foto: Agência Getty Images)
SELEÇÃO BRASILEIRA
A Seleção venceu seus três jogos na primeira fase: 2 a 1 na União Soviética (gols de Sócrates e Éder), 4 a 1 na Escócia (marcaram Zico, Oscar, Éder e Falcão) e 4 a 0 na Nova Zelândia (Zico, duas vezes, Falcão e Serginho Chulapa). No triangular da segunda fase, o Brasil passou bem pela Argentina, com vitória por 3 a 1, gols de Zico, Serginho Chulapa e Junior, mas depois perdeu por 3 a 2 para a Itália, com três gols de Paolo Rossi - Sócrates e Falcão fizeram para a equipe verde-amarela.
A DECEPÇÃO
Campeã mundial na Copa anterior, a Argentina não conseguiu manter o posto e teve desempenho cambaleante na Espanha. Em um momento de mudança de gerações, já com Maradona e ainda com Passarella, perdeu na estreia, para a Bélgica, por 1 a 0, mas depois se recuperou: fez 4 a 1 na Hungria, com dois gols do camisa 10, e 2 a 0 em El Salvador. Assim, conseguiu se classificar. Mas perdeu as duas partidas seguintes no triangular da segunda fase: 2 a 1 para a Itália e 3 a 1 para o Brasil.
PARA A HISTÓRIA
Gentile marca Zico na partida do Sarriá: craque tem até camisa rasgada (Foto: Agência Getty Images)
Aquilo que os brasileiros chamam de "Tragédia do Sarriá" foi o jogo mais marcante da Copa do Mundo de 1982. A Itália, com três gols de Paolo Rossi, venceu o Brasil por 3 a 2 e conseguiu um lugar nas semifinais. Foi quase um duelo particular entre a equipe verde-amarela e o atacante adversário. Ele fez 1 a 0 para a Itália, e o Brasil empatou com Sócrates; ele fez 2 a 1, e o Brasil voltou a empatar, desta vez com Falcão; e aí ele fez 3 a 2. Aquela derrota impediu que um dos times mais talentosos da história dos Mundiais fosse campeão.
A DECISÃO
A Itália chegou à final com a confiança nas alturas. E poderia ter goleado a Alemanha, que avançara à decisão com campanha longe de ser brilhante e ainda desgastada pela prorrogação e pela tensão dos pênaltis nas semifinais, contra a França. Todos os gols do clássico decisivo saíram no segundo tempo. Rossi abriu o placar, Tardelli ampliou, Altobelli fez o terceiro. Logo depois, a Alemanha fez seu gol de honra com Breitner. O 3 a 1 deu o tricampeonato à Azzurra.
Fonte: GLOBO ESPORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário