Região Metropolitana de Belo Horizonte

 


A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), também chamada de Grande Belo Horizonte ou simplesmente Grande BH, reflete a "área metropolizada" pela cidade de Belo Horizonte. Em temos legais, considerando as políticas públicas de interesse comuns aos municípios metropolizados, foi instituída em 1973 pela Lei Complementar Federal nº 14. Atualmente, a metrópole é regida por leis complementares do estado de Minas Gerais (LEC n.º88/2006 e LEC n.º 89/2006).

Com população que já ultrapassa 6 milhões de habitantes, conforme a estimativa publicada em agosto de 2020, é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, a maior do país fora do eixo Rio-São Paulo. É ainda a sexagésima área metropolitana mais populosa do mundo. A titulo de referencia a população atual da RMBH é equivalente a população de metrópoles internacionais como Madrid-Espanha; Houston-EUA; Toronto-Canadá; Washington/DC-EUA; Miami-EUA; e Frankfur-Alemanha, por exemplo.

Embora seja a terceira região metropolitana mais populosa do Brasil, sua sede, o município de Belo Horizonte, ocupa a sexta posição entre os municípios mais populosos do país. Só nos anos 2000 a população do município foi superada pelo Distrito Federal e Fortaleza. Esse fenômeno ocorre porque o município de Belo Horizonte, com área de 331 km2, é relativamente pequeno se comparado aos dois municípios mais populosos do Brasil, São Paulo (1 521 km2) e Rio de Janeiro (1 197 km2).

Outra peculiaridade é que a participação do município de Belo Horizonte na população total da região metropolitana vem caindo a cada ano, ou seja, os municípios vizinhos a Belo Horizonte crescem mais que a capital, uma vez que há falta de espaços disponíveis no município e os poucos que restam são encarecidos.

No viés econômico, a RMBH é o centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural de Minas Gerais, representando em torno de 40% da economia e 25% da população do estado. Em 2016, seu produto Interno bruto (PIB) somava cerca de R$ 195 bilhões,dos quais cerca de 45% pertenciam à cidade de Belo Horizonte. Em relação a outras Regiões metropolitanas, com PIB de R$ 203,908 bilhões em 2017, a Grande BH ocupou a quarta posição nacional, atrás da RMSP, da RMRJ e da RIDE-DF, respectivamente.

No que tange aos aspectos legais-institucionais, a legislação da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi reformada em 2004 pelo Estado, por meio de uma Emenda à Constituição Estadual. Minas Gerais foi o primeiro Estado do país a criar o conceito de "cidadão metropolitano" em sua legislação. A sociedade civil, em uma Conferência que ocorre de dois em dois anos, elege dois representantes dos cidadãos metropolitanos para o Conselho Deliberativo.


DEMOGRAFIA E EXPANSÃO
O crescimento demográfico da RMBH diminuiu nas últimas décadas, embora ainda permaneça superior à média do estado. O crescimento concentra-se cada vez mais nos municípios periféricos, reduzindo-se ano após ano a participação de Belo Horizonte. Desde a década de 1980, Belo Horizonte cresce a taxas bem menores que a média da RMBH. Na década de 1990, enquanto a capital cresceu apenas 1,1% ao ano, a RMBH cresceu 3,9%.A principal explicação para esse fenômeno é o reduzido espaço territorial de BH, que encarece o preço dos terrenos na cidade e leva a população a morar em municípios fora da capital mineira. Os municípios mais populosos da RMBH são, em ordem decrescente, Belo Horizonte, Contagem, Betim e Ribeirão das Neves, que juntas reúnem cerca de 60% da população da região metropolitana.

A população total da Região Metropolitana, segundo estimativa do IBGE para 2018, era de 5 916 189 habitantes, figurando como a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, e a 60º maior do mundo.

O processo de conurbação da Grande BH começou no final da década de 1940 pelo Vetor Oeste quando Belo Horizonte, Contagem e Betim se ligaram, no chamado Eixo Industrial, mesma época também da primeira fase de crescimento do Vetor Norte, na mesma época. Entretanto, das dezenas de municípios que hoje compõem a RMBH, apenas 13 estão efetivamente conurbados, o que leva alguns especialistas a defenderem uma redução do número de cidades pertencentes à RMBH. Outros argumentam que alguns municípios não-conurbados da RMBH são responsáveis por funções de interesse comum, como a preservação de mananciais, devendo, portanto, fazer parte de região metropolitana. Atualmente, são dois os vetores principais que puxam o crescimento da conurbação metropolitana em direções opostas: o Vetor Norte e o Vetor Sul.


ECONOMIA
O Produto Interno Bruto da Grande Belo Horizonte, calculado em 194,827 bilhões de reais em 2012, é o quarto maior entre as metrópoles do Brasil, atrás da Grande São Paulo, da Grande Rio de Janeiro, e da Região do Distrito Federal . A título de comparação, o PIB da Grande Belo Horizonte, também chamado de Produto Metropolitano Bruto, é maior do que o de países como a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai estando também à frente de estados inteiros como Goiás, Pernambuco e Espírito Santo. Conforme os cálculos de 2016, o PIB da Região Metropolitana de BH representa 35% do PIB do estado de Minas Gerais.

A produção econômica é altamente concentrada em poucos municípios: as três maiores cidades - Belo Horizonte, Betim e Contagem - respondem juntas por 70% do PIB da região metropolitana.

Indústria
No ramo industrial, o fica por conta das indústrias metalúrgica, automobilística, petroquímica e alimentícia. Betim, no Vetor Oeste, é a cidade que mais se destaca no setor industrial, sendo a cidade mais industrializada da região metropolitana, abrigando plantas industriais como a refinaria da Petrobras, a fábrica de automóveis da Fiat, dentre várias outras. Contagem, também no Vetor Oeste, merece destaque possuindo um grande e diversificado parque industrial. A cidade abriga muitas empresas fornecedoras de equipamentos automotivos para a fábrica de automóveis da Fiat, como o caso da Aethra, por exemplo.

Mineração
A presença da RMBH no quadrilátero ferrífero garante uma participação importante da indústria extrativista mineral no PIB metropolitano. Nova Lima, Brumadinho e Itatiaiuçu, na região metropolitana, e ainda, São Gonçalo do Rio Abaixo e Itabirito, no colar metropolitano, são municípios que possuem grandes minas ativas, sendo a economia destes baseada na mineração. As mineradoras Vale, Anglo American e Ferrous atuam fortemente nas na extração de minério nestes municípios, garantindo o emprego de diversos profissionais na região metropolitana no ramo da mineração.

Comércio e serviços
Os setores de comércio e serviços são muito importantes para a RMBH, sendo fortemente concentrados na cidade de Belo Horizonte, uma vez que, por se tratar de um município relativamente pequeno, com 331 km2, a cidade não possui vocação para abrigar indústrias que ocupariam muito espaço. A economia do município de Contagem também está baseada no comércio, já que no município está localizada a CEASA de Minas Gerais, que abastece toda a região metropolitana, além disso possui um centro comercial muito ativo na região do Eldorado. No setor de serviços é a Capital Mineira que abriga a grande maioria das sedes corporativas de grandes empresas estaduais, nacionais e multinacionais da região metropolitana.


TURISMO
A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui variados atrativos turísticos, que vão desde patrimônios culturais e artísticos, passando pela gastronomia mineira, até grandes feiras e eventos.

Centros Históricos
Embora a cidade de Belo Horizonte tenha sua fundação relativamente recente, em 1897, outras cidades da região metropolitana já existiam há muito tempo. É o caso de Caeté, fundada em 1714, Santa Luzia, fundada em 1692, e Sabará, fundada em 1675. Essas três cidades possuem centros históricos preservados, com casarões do período colonial e igrejas centenárias do estilo barroco.

Inhotim
O Instituto Inhotim é uma Reserva Particular de Patrimônio Natural contendo um dos mais importantes acervos artísticos do Brasil. Está localizado em uma área de 786,06 hectares, no município de Brumadinho, a 55 km do centro de Belo Horizonte. É internacionalmente conhecido por possuir um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.

Torre Piemonte
A Torre Piemonte, é uma torre panorâmica que compõe o centro comercial Alta Vila Class Center, inaugurado em 2005 na divisa dos municípios de Nova Lima e Belo Horizonte, em Minas Gerais. Sua altura total é de 101 metros, mas o que ressalta a torre é sua localização no topo de um maciço montanhoso, entre a Serra do Curral e a Serra do Rola-Moça, estando a 432 metros acima do nível do centro de Belo Horizonte e a menos de 10 quilômetros da Praça Sete. A esta altitude, a torre proporciona uma ampla visão em 360° da cidade de Belo Horizonte e cidades vizinhas, além das montanhas de minas

A torre é toda revestida de aço inoxidável, tendo sido usado um total de 50 toneladas do material no revestimento. A Piemonte também recebeu iluminação noturna com tecnologia LED, que permite a alternância das cores branco, azul, vermelho e âmbar na iluminação. Tais feitos enaltecem a visibilidade da torre, que pode ser vista praticamente de qualquer ponto da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Praça da Liberdade
O Circuito Cultural formado no entorno da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, é um conjunto integrado de espaços culturais criados a partir de parcerias público-privadas. Em 2014, mais de 1 milhão de pessoas visitaram o Circuito Cultural, que reúne os seguintes espaços:

  •     Arquivo Público Mineiro
  •     Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
  •     Casa Fiat de Cultura
  •     Cefar Liberdade - escola de Teatro, Dança e Música.
  •     Centro Cultural Banco do Brasil
  •     Centro de Arte Popular - Cemig
  •     Espaço do Conhecimento UFMG
  •     Horizonte Sebrae - Casa da Economia Criativa
  •     Memorial Minas Gerais Vale
  •     MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
  •     Museu Mineiro
  •     Museu Clube da Esquina
  •     Palácio da Liberdade
  •     Praça da Libertade - que todos os anos recebe uma decoração especial no Natal.


Conjunto da Pampulha
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, foi projetado por Oscar Niemeyer, sob encomenda do prefeito Juscelino Kubitschek. O Conjunto, inaugurado no ano de 1943, abriga jardins com paisagismo de Burle Marx, painéis pintados por Portinari e esculturas de Alfredo Ceschiatti. Em 17 de julho de 2016, o conjunto recebeu o título de Patrimônio da Humanidade da UNESCO, na categoria Paisagem Cultural. Os prédios que compõem o conjunto são:

  •     Cassino da Pampulha (atual Museu de Arte da Pampulha)
  •     Casa do Baile
  •     Igreja São Francisco de Assis
  •     Iate Tênis Clube
  •     Casa de Juscelino Kubitschek


Em 2014, a prefeitura de Belo Horizonte oficializou a candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha à Patrimônio Mundial da Humanidade, entregando o dossiê da candidatura à UNESCO.

 

Fonte: Wiki

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