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Como cuidar da saúde mental durante os estudos para o Enem 2024


 

A preparação para as provas do Enem 2024 é um processo intenso para muitos estudantes. Milhões de candidatos farão o exame nos dias 3 e 10 de novembro e poderão utilizar suas notas para concorrer a vagas no ensino superior.

O processo de estudos para provas como a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares é permeado por diferentes fatores que podem afetar a saúde mental, tais como: ansiedade, autocobrança, cansaço e cobrança de familiares.

Nesse sentido, é fundamental, apontam especialistas, que os estudantes mantenham uma rotina equilibrada e que cuidem de sua saúde mental para chegar mais bem preparados no dia das provas.

O Brasil Escola conversou com o médico psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que compartilha dicas aos estudantes sobre cuidados com a saúde mental e como lidar com a ansiedade durante os estudos para o Enem 2024.

Cuidados com a saúde mental para o Enem 2024

Em maratonas de estudo, como acontece com o período de Enem e vestibulares, é fundamental que o estudante tenha uma rotina equilibrada. Não adianta ter uma falsa perspectiva de que longos tempos estudos são as melhores alternativas, já que isso acaba por sobrecarregar o estudante e até mesmo causar frustração quando não se atinge essa meta, aponta Gabriel Okuda.

Ao longo dos dias da semana, o aluno pode estabelecer uma rotina em que possa dividir seu tempo entre os conteúdos a serem estudados e atividades de lazer, de descanso, bem como de autocuidado.

Nesse planejamento, é possível organizar os conteúdos por prioridade, por dificuldade de entendimento, além da divisão por áreas de conhecimento e disciplinas. Saiba como montar um cronograma de estudos para o Enem 2024 aqui.

A família e amigos são pessoas imprescindíveis para formar uma rede de apoio aos vestibulandos, afirma Okuda. Para isso, é importante que essas pessoas compreendam o processo pelo qual o estudante está passando, para evitar cobranças exageradas e para deixá-lo mais confortável e acolhido durante este período.

O afeto e a empatia são muito bem-vindos. O psiquiatra sugere que a família deve estar atenta para dar suporte ao estudante sempre que for necessário diante da rotina e que ela não seja uma cobrança quanto ao desempenho nas provas.

Durante os momentos de estresse quanto aos estudos, os amigos costumam perceber essas mudanças comportamentais e podem ajudar o estudante ao ouvi-lo, ao conversar e entender o que está acontecendo, explica o médico.

O especialista comenta que este período de estudos para vestibulares é marcado pela transição da adolescência para a fase adulta. Com isso, a indecisão é um sentimento comum, já que há a pressão de escolha para uma área a ser seguida.

Como lidar com a ansiedade?

Para lidar com a ansiedade durante o processo do Enem ou nos momentos que antecedem a divulgação de resultados de processos seletivos, é primordial que o estudante tenha um hábito saudável de sono, enfatiza Gabriel.

Outro cuidado destacado pelo profissional é quanto à exposição de telas. Durante os estudos, os estudantes já acumulam uma grande quantidade de informações ao longo dos dias. Para evitar sobrecarga mental, é importante que o acesso aos dispositivos eletrônicos seja atenuado.

Entre as ações que contribuem para amenizar a ansiedade, estão:

  • Alimentação equilibrada;
  • Exercícios físicos;
  • Práticas de meditação, mindfulness.

Além disso, a orientação especializada contribui de maneira significativa em casos que o estudante esteja sendo afetado de forma mais intensa com a ansiedade e questões psicológicas.

 

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

O que são gatilhos emocionais tão citados no BBB e como lidar com eles


 

O termo gatilho emocional já está popularizado nas redes sociais e nas últimas semanas esse termo tem se popularizado por causa do Big Brother Brasil, o BBB, Reality Show da Rede Globo.
Você provavelmente já leu ou ouviu algo nessa linha. Mas você sabe o que é isso?

 

 

“Alertas de gatilho” antecipam conteúdos sensíveis que podem provocar emoções negativas no leitor. Comentários do tipo “essa fala me deu gatilho” – ou mesmo ironias sobre a banalização da expressão também são frequentes.

Porém, mais do que moda nas redes sociais, esse é um assunto sério para observarmos no dia a dia.

Todas as pessoas têm gatilhos emocionais, e reconhecer os seus é um exercício de autoconhecimento. Aprender a lidar com eles é importante para a qualidade dos relacionamentos pessoais e profissionais – e, claro, para a própria saúde mental.

Aqui, vale antecipar uma boa notícia: os gatilhos emocionais também podem ser positivos.

Priorizar o equilíbrio emocional é uma das suas metas?
Então este artigo pode te ajudar.

 

O QUE SÃO GATILHOS EMOCIONAIS?

 

Gatilhos emocionais são situações ou acontecimentos que acionam ou disparam determinado tipo de emoção, memória ou trauma. Uma palavra, um cheiro, uma música, um tom de voz podem ativar sentimentos muitas vezes represados.

Essas emoções ativadas, por sua vez, podem provocar reações físicas, como tremores, falta de ar, lágrimas ou sorrisos – ou comportamentos impensados: de respostas ríspidas a gritos ou mesmo uma agressão.

 

Embora a psicologia entenda que existam gatilhos e emoções universais, é fundamental reconhecer os gatilhos particulares, desenvolvidos ao longo da história de vida de cada um.

 

Um exemplo de gatilho universal é quando um carro vindo rápido na sua direção desperta medo e aciona a reação de desvio ou fuga. Um gatilho particular seria uma pessoa que passou por alguma situação de trauma envolvendo acidente de trânsito ter sintomas de ansiedade ou pânico ao passar por uma estrada, ver um carro da mesma cor ou mesmo pensar em uma viagem.

 

ENTENDA OS GATILHOS QUE ACIONAM SUAS EMOÇÕES

 

As reações desencadeadas pelos gatilhos emocionais dependem de três componentes básicos:

  1. A pré-condição emocional (se a pessoa está cansada, triste ou preocupada por outros motivos)
  2. A base de dados emocionais da pessoa (seu histórico de vida e o quanto já elaborou fatos passados)
  3. O evento do gatilho em si

 

Comportamentos movidos por gatilhos emocionais podem acontecer até no ambiente de trabalho. Uma avaliação negativa ou mesmo uma brincadeira de um colega às vezes pode despertar emoções negativas. A depender do tom, da palavra ou mesmo do olhar, pode ativar memórias e sentimentos de infância ligadas à reprovação dos pais ou bullying na escola.

O resultado, se a pessoa não tiver consciência sobre esses gatilhos ou se estiver acumulando outras questões, pode ser uma reação explosiva, vontade de chorar, de pedir demissão etc.

 

Mas tranquilize-se. Embora não seja possível escapar de todas as situações de gatilho o tempo todo, existem formas de controlar nossas reações.

 

COMO LIDAR COM OS GATILHOS EMOCIONAIS

 

Entender as situações que provocam determinadas reações é um exercício de autoconhecimento constante.

Confira algumas dicas que ajudarão nesse processo:

 

Reflita sobre o que aconteceu

Percebeu que alguma situação te fez reagir de forma exacerbada? Tente voltar atrás e entender: como você estava antes? O que você sentiu fisicamente? Qual foi a situação do gatilho? Já havia sentido algo assim antes?

Responder essas questões, anotar e conversar com alguém sobre isso são formas de elaborar a situação psiquicamente e criar ferramentas emocionais para responder melhor em situações futuras.

Preze pelo seu bem-estar

Praticar atividades físicas, cuidar da alimentação, dormir bem e ter momentos de lazer ajuda a dar boas condições emocionais para as situações imprevistas.

Acione gatilhos positivos

Ouvir uma música animada, sentir um aroma que remete a boas memórias de infância, telefonar para um amigo, fazer uma atividade prazerosa ajuda a tirar o foco de uma emoção ruim.

Reconheça limites e fragilidades

Se estiver estressado por algum motivo, ou não tiver dormido bem, por exemplo, evite situações-gatilho, como uma reunião tensa, um filme triste, ou um lugar associado a um trauma. Se não for possível evitar, faça uma preparação com meditações ou peça que alguém da sua confiança o acompanhe.

Faça terapia

Elaborar todo o histórico emocional de vida não é uma tarefa simples de se fazer sozinho. Uma ajuda profissional é sempre bem-vinda.

 

As emoções fazem parte da vida e movem muitos dos nossos comportamentos. O objetivo não é abdicar delas, mas sim se conhecer melhor.

 

Você sabia? Expectativas irreais e a comparação demasiada com outras pessoas também podem acionar gatilhos que levam à autodepreciação. Sobre isso, leia: Autoestima na era das redes sociais

 

Fontes: SBIE | Instituto de Pesquisa Albert Einstein | Paul Ekman - A linguagem das Emoções

 


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

 

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Fique atento aos sinais de depressão


Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (188), e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

CANAL PODE FALAR
O Pode Falar, canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, nasceu da parceria do UNICEF com organizações da sociedade civil e empresas com expertise em tecnologia, e funciona de forma anônima e gratuita por meio de um chatbot batizado de Ariel por adolescentes, acessado pelo site podefalar.org.br ou pelo WhatsApp.

O “Pode falar” possui três sessões. Na primeira, “Quero me cuidar”, os usuários encontram materiais com orientação para o autocuidado. Na segunda, “Quero me inspirar”, deixam depoimentos sobre como superaram situações difíceis. E a sessão “Quero falar” direciona para o atendimento humano via chat, ofertada por pessoas formadas para trabalhar com as adolescências e juventudes num modelo multidisciplinar. O atendimento individual funciona em regime de plantão.

JESUS AMA VOCÊ!
"Nunca desista da vida, tudo é possível ao que crê. Sempre existe uma saída, Deus não se esqueceu de você!"

"Por isso não tema, pois estou com você;
não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa."
(Isaías 41:10)

 

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