IBGE publica edital com 48.535 vagas de recenseador

Imagem: Tânia Rego/Agencia Brasil


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou um novo edital para complementar ao quadro de servidores que farão parte do Censo Demográfico de 2022. Desta vez, o edital o edital é para o cargo de recenseador. O documento foi publicado nesta quinta-feira (9/6), com a oferta de 48.535 vagas não preenchidas na primeira seleção. 


O  IBGE ofereceu mais de 206 mil vagas em todo país, sendo 183.021 apenas para o cargo de recenseador. Cerca de 126.360 foram classificados para o cargo, além de 87.450 candidatos não eliminados. A nova seleção, porém, visa preencher vagas em localidades que não tiveram aprovados em número suficiente, apesar de haver mais de 87 mil candidatos não eliminados no processo em geral.


"As contratações são feitas por localidade. O novo edital é para localidades com vagas não preenchidas", disse o Instituto.


Para o IBGE, o ideal é que a coleta do Censo nessas áreas seja feita por recenseadores que já moram nos locais. “A ideia é que os aprovados estejam perfeitamente ambientados à sua região de trabalho e familiarizados com os aspectos básicos desses locais, como acesso, geografia, segurança e características culturais”, explica o chefe da Unidade Estadual (UE) do Rio de Janeiro, José Francisco Teixeira Carvalho.


Confira os detalhes da vaga:


Recenseadores

Os recenseadores do IBGE atuarão diretamente na coleta das informações em mais de 70 milhões de domicílios brasileiros.  O profissional ganha por produção. Esses contratados também terão direito ao auxílio-transporte e ao auxílio pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais


Status: Inscrições abertas

Vagas: 48.535 oportunidades temporárias

Escolaridade: ensino fundamental

Salários:  Por produção

Jornada: Mínimo de 25 horas semanais

Locação: Todas as regiões

Taxa:  gratuita

Banca: FGV

Duração: 3 meses, podendo ser prorrogados



A Seleção


Para o cargo de recenseador, a remuneração é por produção, calculada por setor censitário, por unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), tipo de questionário (básico ou amostra), pessoas recenseadas e registro no controle da coleta de dados.  Confira aqui o simulador!


Além do salário, os aprovados terão direito aos auxílios alimentação, transporte e pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais. O contrato inicial será de três meses, cabendo prorrogação.


As inscrições para o concursol complementar de recenceador do IBGE já est´~ao abertas. O periodo para se cadastrar vai até o dia 15 de junho. A participação no processo seletivo será gratuita. 

As inscrições são online, mediante o preenchimento do formulário, que será disponibilizado no  site do IBGE . O candidato deverá enviar o documento preenchido para o e-mail da unidade que abrange a localidade da vaga de interesse (anexo I do edital).

Junto ao formulário, o candidato deve anexar as cópias da sua documentação (identidade e titulação acadêmica). A análise dos títulos será classificatória. O resultado final e os locais em que estão as vagas serão divulgados em breve.

Sociologia: Émile Durkheim na prova de Ciências Humanas do ENEM

 


Sabe-se que a prova do Enem cobra conteúdos de diversas áreas do conhecimento, uma delas é a sociologia: ciência humana caracterizada pelo estudo da sociedade. Sendo assim, o artigo de hoje será sobre Émile Durkheim (1858-1917), um dos autores clássicos da área e, também, o responsável por consolidar a Sociologia enquanto ciência, definindo uma metodologia e um objeto de estudo. Como o próprio sociólogo disse em sua obra O discurso do Método Sociológico: “se existe uma ciência das sociedades, cabe esperar que ela não consista em uma simples paráfrase dos preconceitos tradicionais, mas nos mostre as coisas diferentemente de como as vê o vulgo; pois o objeto de toda ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões aceitas”. Em vista disso, nota-se que ele buscou romper com o senso comum e propôs uma nova maneira de pensar o âmbito social, pautada em preceitos científicos como nas ciências naturais.

 

Principais conceitos

1. Fato social: pode ser definido como tudo aquilo que exerce uma força de coerção sobre os indivíduos. Sendo essa força exterior, isto é, que não depende das consciências individuais para existir, e social (não psicológica). Assim, o fato social é constituído de exterioridade, generalidade e coercibilidade, com isso, pode fazer com que os indivíduos sintam, pensem e ajam de uma determinada forma.

Como foi visto, os fatos sociais possuem caráter externo, sendo assim, precisam ser internalizados e esse processo ocorre a partir da socialização dos indivíduos, na qual são as instituições sociais que transmitem os valores, regras e formas de comportamento que padronizam a conduta individual. Nesse sentido, as instituições sociais também possuem uma certa realidade exterior aos indivíduos, pois elas existem independente da vontade isolada de cada um deles, já existiam antes de seus nascimentos e, possivelmente, permanecerão após suas mortes. Desse modo, elas acumulam contribuições e características de cada geração, alterando-se ou ganhando força, mas isso só é possível por meio da combinação de vários indivíduos que realizam ações para configurar um novo fato social.

Exemplo de fato social: a pandemia do Coronavírus pode ser analisada como um fato social, pois atua de um modo coercitivo sobre os indivíduos, fazendo com que estes ajam de uma forma específica. Além disso, ela também é generalizada, ou seja, vale para todos, o que colabora com seu caráter social.

2. Solidariedade mecânica e orgânica: para Durkheim, existem dois tipos de organização da sociedade:

  • Solidariedade Mecânica: típica de sociedades simples, tradicionais ou arcaicas, como sociedades tribais, nas quais o grau de divisão do trabalho é baixo. A solidariedade se baseia na identificação dos indivíduos, seja por meio da família, da religião, dos valores ou costumes. Nessas sociedades a coesão existe pautada na ausência de diferenciação entre os indivíduos.
  • Solidariedade Orgânica: surge em sociedades mais complexas e modernas, nas quais existe uma maior divisão do trabalho e, é justamente essa divisão, que gera uma maior individualidade, pois cada indivíduo exerce uma função social diferente. Assim, a sociedade pode ser entendida como um organismo humano, no qual cada órgão possui uma função específica, assim, todos precisam desempenhar bem seu papel para que o organismo funcione adequadamente.

 

3. Tipos de suicídio: para Durkheim o suicídio não é uma questão individual, mas social, é resultado da falta de solidariedade e do mal-estar da sociedade moderna. Assim, ele realizou uma análise de dados estatísticos e verificou uma certa regularidade na taxa de suicídio no decorrer de um determinado período. Esses dados foram cruzados com variáveis de idade, seco, lugar de residência, religião etc. Com essa pesquisa Durkheim estabeleceu três tipos de suicídio:

  • Suicídio egoísta: ato de individualismo extremo, no qual o ego individual se afirma demasiadamente em frente ao ego social. Predomina nas sociedades modernas, onde os laços sociais do indivíduo estão frouxos, o que produz uma sensação de ausência de integração.
  • Suicídio altruísta: diferentemente do egoísta, nesse tipo o indivíduo possui um excesso de pertencimento com determinado grupo, assim, ele prioriza o coletivo a sua própria vida. Um exemplo é o caso dos soldados japoneses que participaram da Segunda Guerra Mundial, conhecidos como camicases, os quais morriam em honra ao imperador.
  • Suicídio anômico: nesse caso, a situação de ausência de normas que mantinham a coesão social, decorrente da falta de pressupostos consolidados, levariam o indivíduo ao suicídio. Geralmente, é marcado por períodos de crises sociais, como o desemprego e as crises econômicas, ou processos de transformações na sociedade, como a modernização.

 

Questão

(ENEM 2016) A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generalidades em que todas as questões são levantadas sem que nenhuma seja expressamente tratada. Não é com exames sumários e por meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão complexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de nenhum tipo de prova.

DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na

a) Vinculação com a filosofia como saber unificado.

b) Reunião de percepções intuitivas para demonstração.

c) Formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.

d) Adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais.

e) Incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político.

A alternativa correta é a letra D.

 

Fonte: InfoEnem


Oceano Ártico

 


O Oceano Ártico corresponde ao conjunto de águas congeladas localizadas nas proximidades do círculo Polar Ártico, no extremo norte do planeta. Ocupa uma área de aproximadamente 21 milhões de quilômetros quadrados.

O Ártico é coberto por banquisas que correspondem a um enorme volume de águas congeladas e, por esta razão, recebe também o nome de Mar Glacial Ártico.

Do Oceano Ártico fazem parte os territórios como a Federação Russa, Alasca, Canadá, Groenlândia, Islândia e península Escandinava. 

 As águas do Ártico são oriundas do Oceano Atlântico e do Pacífico, oceanos estes que são integrados por meio do estreito de Bering.

O Oceano Ártico possui aproximadamente uma profundidade de 5.000 metros e suas águas conservar-se congeladas o ano todo. Nessa região são muito comuns os icebergs, grandes blocos de gelo que se desprendem das banquisas e ficam flutuando pelo oceano.

Embora configure como um Oceano, o Ártico não apresenta condições de utilização para atividades como a pesca e o transporte marítimo como os outros oceanos, em detrimento das adversidades climáticas, pois as temperaturas são constantemente baixas e podem chegar a -60ºC.

As características climáticas desta região são originárias de sua localização geográfica, a luz solar incide com pouca intensidade em face dos elevados graus de inclinação, dessa forma não ocorre a irradiação solar, e por isso permanece muito frio em todo decorrer do ano.

No Oceano Ártico estão inseridos diversos mares menores, como o Mar de Barents, Mar de Kara, Mar de Laptev, Mar da Sibéria Oriental, Mar de Chukchi, Mar de Beaufort e o Mar de Lincoln. As águas do Oceano Ártico realizam uma restrita interação com os demais oceanos.

 

Fonte: Só Geografia

Região Metropolitana do Rio de Janeiro



A Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), também conhecida como Grande Rio, foi instituída pela Lei Complementar nº20, de 1 de julho de 1974, que também determinou a fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara ocorrida em 15 de março do ano seguinte. Trata-se de um recorte político-espacial cujos limites legais correspondem aos (ou, a depender da legislação, se aproximam dos) limites práticos da área pela qual a metrópole do Rio de Janeiro se expandiu ao longo do século XX, tendo como objetivo viabilizar a gestão dessa metrópole. Com 12.763.305 habitantes distribuídos por 19 municípios, conforme a sua composição definida pela Lei Complementar nº 133, de 15 de dezembro de 2009, e pela Lei nº 2664, de 27 de dezembro de 1996, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro corresponde à segunda maior área metropolitana do Brasil (após a Grande São Paulo), terceira maior da América do Sul e 16ª maior do mundo (2020). A Região Metropolitana concentra cerca de 75% da população do Estado do RJ. O município mais populoso da metrópole é o Rio de Janeiro, seguido de São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. O maior IDH Municipal é o de Niterói, a quinta maior cidade da região. Os outros municípios localizados dentro da área metropolitana são Belford Roxo, São João de Meriti, Magé, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Maricá, Queimados, Itaguaí, Japeri, Seropédica, Guapimirim, Paracambi e Tanguá.

A partir de 2013, três municípios da área perimetropolitana do Rio de Janeiro, pouco vinculados ao núcleo, foram oficialmente incorporados à RMRJ: Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu (em 2013) e Petrópolis (em 2018). Atualmente, conforme a Lei Complementar nº 184, de 27 de dezembro de 2018, 22 municípios integram a Região Metropolitana do Rio de Janeiro na sua composição legal. No entanto, de acordo com a Lei nº 8.674, de 20 de dezembro de 2019 (sobre outra divisão do Estado do RJ estabelecida para outros fins), a Região Metropolitana continua com os limites anteriores ao ano de 2013, abrangendo apenas os 19 municípios integrantes da metrópole.


Caracterização do processo de metropolização no Rio de Janeiro

A Lei Complementar que instituiu a RMRJ reconhece o espaço de caráter econômico formado ao longo do processo de ocupação e metropolização desse território. Esse processo teve origem no início do século XX (quando o Rio de Janeiro já tinha o porte de um grande centro urbano), tendo se consolidado por volta de 1930.

A partir do final da década de 1960, como resultado de um intenso processo de industrialização, o processo de metropolização se acelerou muito no Rio de Janeiro, tendo como efeitos, por exemplo, o grande aumento de riqueza econômica, da velocidade do crescimento populacional, e da implementação de infraestrutura urbana na região - esse evento foi um marco na formação da aglomeração metropolitana do Rio de Janeiro.

Na década de 1970, as obras da construção da Ponte Rio-Niterói foram concluídas, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi criada por lei, e houve a fusão entre os antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. Esses e outros acontecimentos contribuíram para que, já na década de 1970, o fenômeno metropolitano ocorresse em todos os municípios da Baixada Fluminense e do Leste Metropolitano, dando à metrópole carioca os limites que ela tem atualmente. Com essa área de abrangência consolidada, o tecido urbano do Rio de Janeiro continuou se expandindo por todo o território metropolitano durante as décadas seguintes.

Com o passar dos anos, houve alguns fatores imprescindíveis para a formação da área metropolitana do Rio de Janeiro, como o crescimento da população do núcleo (ou seja, do centro da cidade do Rio e áreas próximas, como a Zona Sul, a Grande Tijuca, São Cristóvão e imediações, e, de certa forma, o centro de Niterói, bem como a Zona Sul deste município), o aumento das atividades industriais na região e o adensamento da ocupação suburbana. Esses e outros fatos relacionados ao desenvolvimento da metrópole - como o grande aumento da oferta de trabalho no núcleo metropolitano e a consequente expansão urbana em direção às periferias (isto é, à Zona Norte, Zona Oeste, Baixada Fluminense e Leste Metropolitano) - fizeram do Rio de Janeiro a segunda maior área metropolitana do Brasil, concentrando mais de 70% da população do Estado do RJ, o que criou uma alta demanda de serviços (tais como abastecimento de água, tratamento de esgoto, fornecimento de energia e transporte público) que são comuns a todo o espaço metropolitano.

Assim, a instituição da RMRJ, como medida de Estado, significa o reconhecimento oficial de um espaço densamente povoado formado, ao longo de décadas, pelo processo de metropolização, sendo esse espaço caracterizado pela expansão da mancha urbana do núcleo metropolitano em direção aos municípios periféricos do entorno da capital, pelos deslocamentos pendulares da população entre os municípios dessa área, especialmente com destino ao núcleo, entre outros fenômenos.

A criação legal da Região Metropolitana viabiliza a governança metropolitana; isto é, a execução de políticas públicas que atendam a demandas comuns a todos os municípios localizados dentro da área metropolitana.


Natureza econômica da integração entre os municípios e da expansão urbana

A expansão urbana ocorrida ao longo do século XX pelos vetores de crescimento da área metropolitana a partir do centro da cidade do Rio de Janeiro teve um caráter econômico, pois se deveu, em grande parte, ao poder da metrópole do Rio de Janeiro de atrair trabalhadores, que passaram a morar em locais suficientemente próximos ao centro do Rio para que fossem possíveis os deslocamentos diários casa-trabalho, e à forte dependência econômica que a população de toda a região teve (e tem) do centro da capital e de outras centralidades desse aglomerado metropolitano.

Desse modo, a mancha urbana existente hoje no Grande Rio constitui uma área urbana de natureza metropolitana, resultante do fluxo intenso de trabalhadores dentro da área metropolitana em direção aos pólos econômicos distribuídos pelos 19 municípios que compõem essa região, dos quais o principal é o centro da cidade do Rio. Por ter se formado principalmente em função da concentração da oferta de trabalho no núcleo metropolitano, a mancha urbana da área metropolitana do Rio não se confunde com outros tipos de mancha urbana, como, por exemplo, aquela que se encontra na maior parte da Região dos Lagos, composta, majoritariamente, por residências de veraneio; embora aquela malha urbana seja muito extensa, não há um volume significativo de deslocamentos pendulares entre os municípios daquela região. Ou seja, a alta integração que há entre os municípios da área metropolitana, que se apresenta pelo fluxo de trabalhadores que fazem movimentos pendulares e por outras relações econômicas entre esses municípios, não é encontrada entre municípios localizados em regiões cujas manchas urbanas são formadas, principalmente, por moradias de veraneio, e não por residências de trabalhadores com dependência econômica de um núcleo.

 

Geografia física
Relevo e vegetação


A Região Metropolitana do Rio de Janeiro está localizada numa área de planície, banhada, ao sul, pelo Oceano Atlântico, e cercada pelo trecho da Serra do Mar que começa no oeste de Itaguaí, segue pelo norte de municípios como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Magé, e termina no leste de Tanguá; no trecho da Serra do Mar que cerca o Grande Rio, estão setores como a Serra das Araras, a Serra do Tinguá e a Serra dos Órgãos.

No meio das baixadas, entre as baías de Guanabara e de Sepetiba, há três maciços costeiros principais: Tijuca, Pedra Branca e Gericinó-Mendanha - todos com grandes áreas verdes preservadas. Entretanto, ao norte e ao leste da Baía de Guanabara, ainda na área das baixadas, há outros maciços importantes, como o do Suruí, em Magé, o de Itaúna, no norte de São Gonçalo, o da Serra da Tiririca, entre Niterói e Maricá, o da Serra de Calaboca, entre Niterói, São Gonçalo e Maricá, e o da Serra do Mato Grosso, no leste de Maricá.

No município do Rio de Janeiro, encostas são cobertas por florestas e espécies remanescentes de mata atlântica são preservadas no Parque Nacional da Tijuca. Também na capital, mata de baixada, restingas e manguezais são preservados nas áreas de proteção ambiental de Grumari e Prainha.

Apesar de a cidade do Rio de Janeiro ter se tornado uma das maiores áreas urbanas do mundo, ela cresceu em volta de uma grande mancha verde - a Floresta da Tijuca. Trata-se da maior floresta urbana do mundo, que continua mantendo valiosos remanescentes de seus ecossistemas originais, mesmo tendo sido replantada no século XIX. Este foi o primeiro exemplo de reflorestamento com espécies nativas.

Aos poucos, os ecossistemas foram sendo protegidos pela legislação ambiental, e uma grande quantidade de parques, reservas e áreas de proteção ambiental foram sendo criados para garantir sua conservação.

O relevo da área metropolitana do Rio de Janeiro, recoberto pela floresta da Mata Atlântica, é caracterizado por contrastes marcantes: montanhas e mar, florestas e praias, e paredões rochosos que sobem abruptamente de baixadas extensas. Como já dito, o município do Rio de Janeiro apresenta três importantes grupos montanhosos, além de alguns conjuntos de serras menores e morros isolados, e o restante da área metropolitana possui vários maciços distribuídos por uma extensa planície cercada pela Serra do Mar. E foi por essa área de planicie que a expansão da malha urbana do Rio de Janeiro ocorreu ao longo do século XX, fazendo da região do Grande Rio a segunda área metropolitana mais populosa do Brasil.

Clima

Por estar situada em uma região de baixa altitude, a área metropolitana do Rio possui um clima predominantemente tropical, tendo verões quentes com grandes volumes de chuva, e invernos secos com temperaturas mais baixas. A temperatura média anual no Grande Rio fica entre 22 °C e 24 °C, e o índice pluviométrico na região varia entre 1.000 e 1.500 milímetros anuais.

Demografia

Entre 1991 e 2005, as taxas de incremento médio anual da população foram de 0,82% (2000-2005) e 0,75% (1991-2000) na capital fluminense, e 1,05% (2000-2005) e 1,18% (1991-2000) nos municípios periféricos da metrópole – o que indica, no geral, uma suave desaceleração na taxa de crescimento dos municípios da periferia metropolitana, e um pequeno aumento na taxa de crescimento da capital.

Desde 2010, há uma migração notável para o Leste Metropolitano, especialmente para Maricá e São Gonçalo.

Economia

A Região Metropolitana do Rio de Janeiro ostenta um PIB de R$ 413,93 bilhões, constituindo o segundo maior polo de riqueza nacional. Concentra 70% da força econômica do estado e grande parte de todos os bens e serviços produzidos no país. Congrega o segundo maior polo industrial do Brasil, contando com refinarias de petróleo, indústrias navais, metalúrgicas, petroquímicas, gás-químicas, siderúrgicas, têxteis, gráficas, editoriais, farmacêuticas, de bebidas, cimenteiras e moveleiras. No entanto, as últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande pólo nacional de serviços e negócios.

Reúne os principais grupos nacionais e internacionais do setor naval e os maiores estaleiros do país e do estado – o qual detém cerca de 90% da produção de navios e de equipamentos offshore no Brasil.

No setor de petróleo, verifica-se um arranjo consentâneo de mais de 700 empresas, dentre as quais as maiores do Brasil (Petrobras, YPF, Shell, Esso, Ipiranga, Chevron Texaco, El Paso). A maioria mantém centros de pesquisa espalhados por todo o estado e, juntas, produzem mais de 4/5 do petróleo e dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do território nacional.
Rede urbana da metrópole do Rio de Janeiro

De acordo com o estudo Regiões de Influência das Cidades 2007 (REGIC 2007), conduzido pelo IBGE, o Brasil possuía, até aquele ano, 12 Grandes Concentrações Urbanas consideradas Metrópoles, sendo o Rio de Janeiro uma delas. As outras 11 Metrópoles eram São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Belém, Manaus, Curitiba e Porto Alegre.

A metrópole do Rio de Janeiro, classificada como Metrópole Nacional conforme a hierarquia do REGIC, exercia, à época do referido estudo, influência imediata no Estado do RJ, no Espírito Santo, em parte do sul da Bahia e na Zona da Mata Mineira, região sobre a qual tinha influência dividida com Belo Horizonte.

A área da rede urbana do Rio de Janeiro, relativamente pequena se comparada à de São Paulo, contava com 11,3% da população do Brasil e 14,4% do PIB nacional.

A rede do Rio de Janeiro era composta pelos centros urbanos de Vitória, classificado, de acordo com o REGIC, como Capital Regional A; Juiz de Fora, classificado como Capital Regional B; e Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda-Barra Mansa, tidos como Capitais Regionais C. Entre os centros urbanos classificados como Centros Sub-regionais A, integravam a rede urbana do Rio de Janeiro os de Barbacena, Muriaé, Ubá, Teixeira de Freitas, Colatina, São Mateus, Cabo Frio, Itaperuna, Macaé e Nova Friburgo; entre os Centros Sub-regionais B, faziam parte da rede Cataguases, Linhares, Resende, Angra dos Reis e Teresópolis.

Recentemente, segundo o estudo Regiões de Influência das Cidades 2018 (REGIC 2018), passou para 15 o número de Metrópoles no território nacional - dado que Florianópolis, Campinas e Vitória foram elevadas à classe das Metrópoles -, o que (pelo crescimento e desenvolvimento do centro urbano de Vitória) fez a metrópole do Rio de Janeiro, mesmo possuindo uma população de quase 13 milhões de habitantes, passar a ter uma área de influência bastante reduzida, com seu alcance limitado ao próprio Estado e à Zona da Mata de Minas Gerais.

 

Fonte: Wiki

Voo British Airways 5390: A impressionante história do piloto que foi sugado em pleno voo em 10 de junho de 1990

Reprodução dos momentos de pânico na cabine do voo 5390, com o comandante Lancaster projetado para fora da aeronave



O voo 5390 era uma rota regular da British Airways entre a cidade inglesa de Birmingham e a espanhola Málaga. Naquele dia 10 de junho de 1990, as passageiras e passageiros pareciam alegres, em busca da ensolarada cidade de destino. O avião, do modelo BAC 1-11, decolou às 8h20 com 81 passageiros e seis tripulantes. O comandante era Timothy Lancaster, então com 42 anos, e o copiloto era Alastair Atchison, com 39 anos na época. Ambos eram experientes, com mais de mil horas voadas em BAC 1-11.


A decolagem ocorreu sem problemas. Depois de alcançar nível de cruzeiro (que é aquele no qual o avião faz sua rota), os dois pilotos tiraram os cintos de segurança. Justo quando o comissário de bordo Nigel Ogden entrou na cabine para servir o café da manhã, houve um forte estrondo. A janela do lado esquerdo, aquele onde Lancaster estava sentado, foi arrancada, provocando uma descompressão. Lancaster foi sugado para fora, mas, por sorte, parte da perna ficou presa no painel de controle. Em uma ação rápida, o comissário Ogden segurou as pernas do comandante, cujo corpo estava quase totalmente para fora, na lateral do avião.


O copiloto Atchison então assumiu o voo e efetuou uma brusca descida, para uma altitude na qual o nível de oxigênio permitisse a respiração a bordo. O cenário era caótico, com papeis e objetos voando por toda parte na cabine. Para piorar, a comunicação com o centro de controle de tráfego aéreo da região era falha, por conta do barulho do vento. A cabeça de Lancaster batia do lado de fora contra a fuselagem e sangrava, e o corpo estava exposto a ventos de 600 quilômetros por hora e a uma temperatura de 50 graus celsius negativos. Todos achavam que o piloto estava morto. Ogden continuava segurando as pernas do comandante. Caso ele se soltasse, poderia se chocar com a asa ou com a turbina, causando algum prejuízo à estrutura e dificultando ainda mais a tarefa de pousar aquele avião. Em um certo momento, Ogden, exausto, deu lugar a outros dois comissários ( John Heward e Simon Rogers) na tarefa de segurar o comandante.


Felizmente para todos os funcionários e passageiros daquele voo, essa ação se mostrou decisiva para que eles tivessem um pouso seguro, a despeito da grande falha mecânica que precisaram enfrentar. Isso porque o corpo de Lancaster poderia ter se chocado com as turbinas, o que teria causado a queda inevitável do avião, muito provavelmente levando à morte instantânea de todos dentro dele.


Como a situação desfavorável foi contornada

O corpo do piloto do voo 5390 podia não ter sido atirado contra as turbinas e causado a morte certa para todas as pessoas do avião, todavia isso não significava que a situação estava sob controle.

Muito pelo contrário: a aeronave estava caindo a uma velocidade de quase 650 quilômetros por hora, enquanto o co-piloto Alistair Atchinson lutava com os controles, tentando estabilizar o voo. Nesse momento, ele também gritava “Mayday” repetidamente pelo rádio, que é um código que serve para avisar a central do alto risco de acidente aéreo.

Para piorar, o descontrole da aeronave ainda ocorria em meio a uma das regiões de maior tráfego aéreo do mundo, segundo contou Ogden mais tarde em entrevista ao Sydney Morning Herald.

Outros dois comissários de bordo apareceram para acudir o capitão pendurado para fora do avião. Nem a força dos três homens somada, todavia, conseguiu trazê-lo de volta para dentro.

A única escolha deles era continuar segurando-o até um pouso de emergência ser feito. O que, infelizmente, não seria rápido: eles ainda estavam a uma altitude muito alta para isso. Até lá, a vida de todos a bordo do voo dependia da capacidade deles de não soltar os pés de Tim Lancaster.


 

Pouso

“Seu rosto estava batendo contra a janela com sangue saindo de seu nariz e do lado de sua cabeça, seus braços estavam se debatendo e pareciam ter cerca de 2 metros de comprimento. O mais assustador é que seus olhos estavam bem abertos. Nunca vou esquecer aquela visão enquanto eu viver", comentou também Ogden ao veículo australiano.

O caos durou vinte minutos (que certamente devem ter parecido uma eternidade). Atchison conseguiu pousar em segurança no aeroporto de Southampton, no sul da Inglaterra. Para surpresa de todos, o comandante estava vivo, apesar dos choques com a fuselagem, do frio e do ar rarefeito. Ele teve “apenas” alguns fraturas e queimaduras por conta do frio. O comissário Ogden descolocou o ombro e teve a face queimada pela baixa temperatura. Todos os seis tripulantes foram homenageados pela Royal Association for Disability and Rehabilitation.

Durante as investigações, foi encontrado o pedaço da janela da cabine dos pilotos que se soltou em voo. A conclusão final apontava que os parafusos usados em uma troca do vidro 27h antes do voo 5390 não eram os indicados pelo fabricante para o BAC 1-11. As peças colocadas erroneamente tinham um diâmetro 0,66 milímetro menor que o modelo apropriado — isso mesmo, menos de um milímetro de diferença. O Air Accidents Investigation Branch, órgão governamental para questões de acidentes aéreos, fez uma série de recomendações para a British Airways, como uma reavaliação do controle de qualidade da empresa.

A tripulação voltou a voar pouco tempo depois, inclusive o comandante Lancaster que, embora estivesse com ossos quebrados e semi congelado, foi capaz de se recuperar depois e voltar a pilotar aeronaves.

Comandante Timothy Lancaster se recuperando no Southampton General Hospital rodeado pela tripulação (da esquerda para a direita): Alistair Atchison, John Howard, Nigel Ogden, Susan Prince e Simon Rogers


 

Fontes: Rivotravel e Aventuras na História

Sociologia: Max Weber na prova de Ciências Humanas do Enem



 
O alemão Max Weber foi um dos principais teóricos da Sociologia e compõe, juntamente com Émile Durkheim e Karl Marx, a tríade da sociologia clássica. Devido a essa importância, a compreensão de suas ideias é indispensável à resolução das questões de sociologia da prova do Enem.

Karl Emil Maximilian Weber (1864–1920) foi um sociólogo, jurista e economista alemão. Ele viveu e desenvolveu seu trabalho no período pós unificação alemã, promovida por Otto von Bismarck. Antes da unificação o Estado alemão ainda não existia. A região correspondente à Alemanha era formada por pequenos reinos e ducados independentes oriundos da mesma raiz cultural, mas que não eram unificados politicamente. Assim, Bismarck promoveu uma política de integração desses reinos. O que acarretou no fortalecimento do povo alemão e da economia capitalista instaurada no país. Essa contextualização histórica é importante para compreender o desenvolvimento da obra de Weber, pois o capitalismo e o protestantismo fazem parte de seus objetos de estudo, levando o sociólogo a desenvolver uma sociologia da teologia.

A percepção weberiana do capitalismo enxergava-o como o fruto de um ideal, o ideal do capitalismo, o qual promovia uma espécie de racionalização do trabalho e do dinheiro, sustentada pela prosperidade e pela capacidade de gerar cada vez mais capital. Com essa percepção, Weber acreditava que o capitalismo se origina como um ideal (um espírito) e, posteriormente, é construído na prática. Sendo essa prática possível de ser aprimorada através do protestantismo.

 

Conceitos propostos por Weber

1. Ação social: segundo Weber, ela deveria ser o principal objeto de estudo da sociologia. Diferentemente de Durkheim, Weber estava mais preocupado com aspectos mais próximos ao indivíduo, justamente por acreditar que não era apenas a estrutura das instituições ou a situação econômica do indivíduo que motivaria suas ações. Para o sociólogo, as ideias, crenças e os valores eram os principais impulsionadores das mudanças sociais e os indivíduos dispunham de liberdade para agir e transformar sua realidade. Portanto, a ação social seria qualquer ação que possuísse uma finalidade e sentido determinados por seu autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor. Tais ações podem depender da tradição, emoção ou dos interesses racionais, sendo elas:

  • Ação social tradicional: determinada por costumes/tradição familiares ou sociais. São atitudes enraizadas culturalmente que são repetidas de forma quase inconsciente (utiliza-se a palavra “quase”, pois sempre existem exceções).
  • Ação social afetiva: condicionada pelas emoções individuais. Não possui um fim específico para ser alcançado, é uma ação espontânea. Ao invés de uma intenção, ela possui uma motivação.
  • Ação racional em relação a valores: se manifesta pela convicção racional em valores individuais. Esse tipo de ação diz respeito àqueles comportamentos entendidos como crenças ou deveres conscientes.
  • Ação racional em relação aos fins: é determinada pela possibilidade de se alcançar um determinado objetivo. Uma ação racional em relação a fins ocorre quando o indivíduo usa, racionalmente, do meio necessário mais adequado para atingir um fim almejado.

 

2. Racionalização do mundo social: a racionalização do trabalho e de várias outras esferas da vida apresentam-se como um dos traços mais marcantes do contexto histórico no qual Weber estava inserido. O modelo capitalista e o avanço científico foram responsáveis por moldar o mundo de uma forma que todos os espaços coletivos sejam burocratizados. Essa burocratização em termos weberianos significa a organização dos espaços coletivos com base na racionalidade e eficiência. Com isso, ocorre o chamado “desencantamento do mundo”, marcado pela crescente substituição das formas religiosas e místicas pelas formas racionais e burocráticas.

 

3. Dominação: para Weber o Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, sendo a obediência a condição para existência desse Estado. Desta forma, para que a dominação seja eficaz é necessário que os dominados aceitem o comando do dominador e essa aceitação ocorre por meio da crença na legitimidade, a qual, para o sociólogo, pode possuir três fundamentos: o carisma, a tradição e a legalidade. Assim, os tipos de dominação legítima são:

  • A dominação legal: é característico da sociedade moderna. A crença na legitimidade consiste na crença dos ornamentos jurídicos que definem a função do detentor do poder. Nesse caso, a obediência deriva das leis/regras.
  • A dominação tradicional: a fonte do poder é a tradição. É legitimada pela crença no caráter sagrado do poder. O conteúdo das ordens está fixado pela tradição, isto é, pelos hábitos/costumes que estão enraizados nos homens.
  • A dominação carismática: a autoridade se baseia na crença e no reconhecimento pessoal do líder. Os motivos para a obediência são afetivos. 

 

Questão do Enem – 2015

A crescente intelectualização e racionalização não indicam um conhecimento maior e geral das condições sob as quais vivemos. Significa a crença em que, se quisessémos, poderíamos ter esse conhecimento a qualquer momento. Não há forças misteriosas incalculáveis; podemos dominar todas as coisas pelo cálculo.

WEBER, M. A ciência como vocação. ln: GERTH, H.; MILLS, W. (Org.). Max Weber: ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Tal como apresentada no texto, a proposição de Max Weber a respeito do processo de desencantamento do mundo evidencia o(a)

a) Progresso civilizatório como decorrência da expansão do industrialismo.

b) Extinção do pensamento mítico como um desdobramento do capitalismo.

c) Emancipação como consequência do processo de racionalização da vida.

d) Afastamento de crenças tradicionais como uma característica da modernidade.

e) Fim do monoteísmo como condição para a consolidação da ciência.

A alternativa correta é a letra D.

 

Fonte: InfoEnem

Oceano Antártico


 

Oceano Antártico, também conhecido como Oceano Austral, é o nome dado ao conjunto das águas que banham o Continente Antártico.

Fazem parte deste conjunto o mar de Amundsen, o mar de Bellingshausen, parte da passagem de Drake, o mar de Ross e o mar de Weddell.  

Muitos especialistas, oceanógrafos e geógrafos, não reconhecem a existência do Oceano Antártico, considerando-o apenas como um prolongamento das águas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. 

O oceano Antártico é o único que circunda o globo terrestre de forma completa. Possui uma superfície de 20.327.000 km². Seu tamanho foi calculado, tendo como base os limites constituídos pelo “Tratado da Antártida” (Tratado firmado por diversos países no ano de 1956 onde estabelece a Antártida como território internacional para fins pacíficos e de pesquisa).

Os recursos naturais do Oceano Antártico ainda não têm sido explorados, entretanto sabe-se da existência de grandes jazidas de petróleo e gás natural nas proximidades do continente antártico e de depósitos de manganês. O gelo que cobre a Antártida é a maior reserva de água doce do mundo: representando aproximadamente 81% do total.

O Oceano Antártico possui grande biodiversidad. Sua fauna possui pinípedes (pinguins, focas, leões-marinhos e morsas),  cetáceos, cianobactérias, fitoplâncton e krill, que servem de alimento para os animais maiores. A Antártida não possui flora terrestre, sendo a sua única composição vegetal feita por algas marinhas e outros organismos autótrofos.

 

Fonte: Só Geografia

Região Metropolitana de São Paulo


 

Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), também conhecida como Grande São Paulo, é a maior região metropolitana do Brasil, com cerca de 22 milhões de habitantes, e uma das dez regiões metropolitanas mais populosas do mundo. Reúne 39 municípios do estado de São Paulo em intenso processo de conurbação. O termo refere-se à extensão da capital paulista, formando com seus municípios lindeiros uma mancha urbana contínua. Ela foi instituída por uma lei federal de 1973. No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual específica, de acordo com a Constituição Federal de 1988, no 3.º parágrafo do artigo 25, que atribuiu aos estados a responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas.

A população, segundo a estimativa calculada para 1º de julho de 2021, era de 22 048 504 habitantes. Sua população é superior à de vários países, como o Chile (17 248 450), Países Baixos (17 100 475) e Portugal (10 487 289), além de ser mais populoso que a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai juntos. Se a Região metropolitana de São Paulo fosse uma nação, seria a 55ª mais populosa do mundo.

Outras regiões próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Sorocaba; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Jundiaí.

O chamado Complexo Metropolitano Expandido, megalópole da qual a Grande São Paulo faz parte, ultrapassa os 32,2 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo, são interligadas pela aglomeração Urbana de Jundiaí, e formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 72 municípios que, juntos, abrigam 12% da população brasileira.

GEOGRAFIA

Área
A área da Região Metropolitana da São Paulo – 7 946 quilômetros quadrados – corresponde a menos de um milésimo da superfície brasileira e pouco mais de 3% do território paulista. Tem aproximadamente as mesmas dimensões de algumas nações, como Líbano (10 452 km²) e Jamaica (10 991 km²), e superiores às de países como Luxemburgo (2 586 km²).

A área urbanizada compreende 2 200 quilômetros quadrados, ou seja, algo em torno de 221 mil quarteirões. Entre 1962 e 2002, a mancha urbana passou de 874 km² para 2 209 km² – o que, em termos de espaço, é praticamente o mesmo que incorporar, em quarenta anos, uma cidade do porte de Piracicaba. A metrópole sofre com o processo de conurbação, o qual fez com que as cidades perdessem seus limites físicos - devido ao crescimento da área urbana de São Paulo em direção às cidades vizinhas - dando origem a uma mancha urbana contínua.

Clima
Na prática o clima da Região Metropolitana de São Paulo é o Tropical de altitude, tipo Cwa, porém muitos acreditam ser do tipo Subtropical por estar com a maior parte desta área, um pouco, ao sul do Trópico de capricórnio. A Topografia e a proximidade do mar (Maritimidade), cerca de 70 km, são os principais fatores que influenciam o clima desta imensa região metropolitana. As Frentes Frias que vêm do oceano sobem por baixo e por cima do planalto atingindo a escarpa sul da RMSP sentido Barlavento, soprando a umidade por toda a região. O relevo acima de 760 m de altitude causa um considerável declínio nas temperatura, especialmente durante a noite.

Então Considera-se o fato de ser Subtropical pela posição geográfica ao sul deste trópico. Diferentemente do clima Subtropical do restante do país (com precipitações constantes e frequentes o ano todo), o clima Subtropical da Grande São Paulo é muito semelhante ao clima Tropical de Altitude Cwa ocorrido em cidades como em São José dos Campos, Campinas e São Carlos. Sendo Assim, o clima de toda a Região Metropolitana de SP, é o Subtropical, tipo Cwa, com invernos secos, e frios para os padrões brasileiros, sendo, estes, pouco frios ou amenos, e apresentando verões úmidos, e relativamente quentes, com temperaturas que raramente ultrapassam os 35 ºC e em condições bastante chuvosas.

Em âmbito geral, o clima da RMSP no verão é quente e chuvoso, e no inverno é ameno e subseco, podendo apresentar pequenas variações de temperaturas em diversas partes da mesma, e podendo o clima ser amenizado ou agravado pela presença de fatores que geram microclimas diferenciados entres as cidades da RMSP. Estes climas são diferenciados somente pela presença de áreas mais verdes ou mais elevadas, ou até próximo às escarpas da serra do mar facilitando a umidade pela maritimidade sob alguns municípios do sul da Região Metropolitana. O município mais frio da RMSP é o de Vargem Grande Paulista, pois fatores como ser o mais alto na área urbana, e possuir uma forte presença de Mata Atlântica no seu entorno urbano e dentro do mesmo, facilita a perda de temperatura local, além de ser uma das primeiras áreas significativamente urbanas quando viemos sentido Curitiba-São Paulo, isso faz dela um microclima diferenciado nas proximidades ocidentais da Grande-São Paulo.

ECONOMIA

A Região Metropolitana de São Paulo é o maior polo de riqueza nacional. A renda per capita em 2011 atingiu cerca de R$ 38 348. A metrópole detém a centralização do comando do grande capital privado, concentrando a maioria das sedes brasileiras dos mais importantes complexos industriais, comerciais e principalmente financeiros, que controlam as atividades econômicas no país.

Esses fenômenos fizeram surgir e condensar na região metropolitana uma série de serviços sofisticados, definidos pela íntima dependência da circulação e transporte de informações: planejamento, publicidade, marketing, seguro, finanças e consultorias, entre outros. A região exibe um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 760,04 bilhões (2011). Em 2011 representava 56,32% do PIB paulista.

A Grande São Paulo abriga quatro das trinta cidades com melhor infraestrutura no Brasil, tendo São Paulo em primeiro lugar, São Bernardo do Campo e Guarulhos empatadas na nona posição e Santo André na vigésima-sétima colocação.

 

Fonte: Wiki

Química Orgânica: Isomeria geométrica ou cis-trans

A isomeria geométrica ou cis-trans ocorre em compostos de cadeia aberta com pelo menos uma ligação dupla entre carbonos que possuam os ligantes diferentes entre si.

 


A isomeria espacial ou estereoisomeria ocorre quando temos dois compostos com mesma fórmula molecular, mas que se diferenciam pelo arranjo espacial de seus átomos. Não é possível ver a diferença entre esses isômeros somente analisando a fórmula estrutural plana, porque eles possuem o mesmo tipo de cadeia carbônica, o mesmo grupo funcional, a mesma insaturação e o mesmo substituinte ou heteroátomo.

Esses isômeros, chamados de estereoisômeros, podem ser diastereoisômeros ou enantiômeros. A isomeria espacial do tipo geométrica, também chamada de cis-trans, ocorre com os diastereoisômeros, que são isômeros que não são a imagem especular um do outro.

A isomeria geométrica ocorre especialmente em compostos de cadeia aberta que possuem ligação dupla entre pelo menos dois átomos de carbono, sendo que cada átomo de carbono da dupla possui os seus grupos ligados diferentes entre si.

Vejamos um exemplo para entender como esse tipo de isomeria espacial ocorre: Considere os dois isômeros formados pelo but-2-eno:


 

Temos que:

  • Cis: Os grupos ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano espacial;

  • Trans: Os grupos ligantes iguais ficam de lados opostos do plano espacial.

A dupla ligação entre os carbonos é rígida, ou seja, não é passível de sofrer rotação e de ser a mesma molécula, mas sim corresponde a compostos diferentes. É por isso que a isomeria geométrica não ocorre em compostos de cadeia aberta que sejam saturados, isto é, que possuam somente ligações simples entre os carbonos, tendo em vista que essas ligações podem sofrer rotação e serem, na verdade, somente um composto orgânico.


Em compostos que possuem ligações triplas entre os carbonos, a isomeria geométrica também não ocorre, porque tais átomos só podem realizar mais uma ligação, visto que já possuem três.

Além disso, os dois grupos ligantes de cada carbono da insaturação devem ser diferentes, pois, conforme os exemplos abaixo mostram, se houver só um grupo diferenciado, a isomeria geométrica não ocorre:

Exemplos em que a isomeria geométrica não ocorre:



Os isômeros geométricos possuem diferentes propriedades químicas e físicas. Por exemplo, o ácido butenodioico possui dois isômeros (cis e trans), mostrados abaixo:

Conformações cis-trans do ácido maleico e do fumárico

Veja que o ácido maleico é o isômero cis porque os dois grupos hidroxila (OH) estão no mesmo plano. Em razão dessa conformação, esse ácido é capaz de sofrer desidratação intramolecular e é um composto tóxico.

Já o ácido fumárico possui os dois grupos hidroxila (OH) em planos opostos, não sendo capaz de fazê-los interagir e, em razão do impedimento espacial, ele não sofre desidratação intramolecular. Além disso, o ácido fumárico não é tóxico, mas é natural ao corpo humano e é usado em tratamentos de pele, tais como tratamentos contra acne. Ele está presente na planta fumária (Fumaria officinalis) mostrada no início do texto.

A isomeria geométrica (cis-trans) também ocorre em compostos de cadeia fechada, desde que existam no ciclo dois átomos de carbono com dois grupos diferentes, como mostrado a seguir:


Fórmula dos isômeros 1,2-dimetilciclobutano


 

Fonte: Manual da Química
Autora: Jennifer Rocha Vargas Fogaça -  Graduada em Química

 

Hoje na História: 09 de junho de 1815 - Chega ao fim o Congresso de Viena

Mapa da Europa após o Congresso de Viena.

 

O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre setembro de 1814 e junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior. Este congresso pretendia também restaurar os tronos das famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão (como a restauração dos Bourbons).

Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de maio de 1814), em que se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder da França em Março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão na Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815.



Objetivo

O objetivo foi reorganizar as fronteiras europeias afim de resgatar os limites territoriais e geográficos anteriores à Revolução Francesa, sistematicamente alteradas pelas conquistas de Napoleão, e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime. Após o fim da época napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução. Foi então criada a Santa Aliança, um acordo político selado entre as grandes potências monarquistas da Europa: Império Russo, Império Austríaco e Reino da Prússia. Estabelecida entre os soberanos europeus que pretendiam propagar os princípios da Fé cristã e, no fundo, manter o absolutismo como filosofia do Estado e sistema político dominante na Europa.

Tempos depois, a Santa Aliança evoluiu e, graças a novos acordos, se tornou a Quádrupla Aliança, com a entrada da Inglaterra, ainda em 1815, e posteriormente a Quíntupla Aliança, com a entrada da França, em 1818. A Inglaterra, apesar de ter participado de coligações formadas com o intuito de combater Napoleão Bonaparte, nunca aderiu à Santa Aliança, por conta da ideologia antiliberal que estava no centro do grupo, e também pelo fato de ter interesses no comércio com as colônias. No entanto, Lord Castlereagh, negociador inglês, por entender que a aliança tinha como última finalidade por a Inglaterra à margem das questões políticas europeias, propôs a criação da Quádrupla Aliança, reunindo a Inglaterra e as três potências signatárias da Santa Aliança, com o objetivo de realizar consultas quando fosse necessário, de acordo com a situação política do continente. A Quíntupla Aliança se reuniu pela última vez no Congresso de Verona, em 1822, com o objetivo de solucionar problemas relacionados à Revolução Grega e à intervenção francesa na Espanha. Nos últimos encontros, pôde-se observar o crescente antagonismo entre França e Inglaterra, principalmente em questões relacionadas à autodeterminação das nações, à unificação italiana e à Questão Oriental.



Medidas

Foram adotados uma política e um instrumento de ação:
 

  • Política: Restauração legitimista e compensações territoriais.
  • Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos da Rússia, Prússia e Áustria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para os Americanos)


Participantes

O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado. Francisco I, Imperador da Áustria, foi o anfitrião das reuniões de conferência.

Portugal é representado por três Ministros Plenipotenciários: D. Pedro de Sousa Holstein, Conde de Palmela, António de Saldanha da Gama, diplomata destacado na Rússia, e D. Joaquim Lobo da Silveira, diplomata destacado em Estocolmo.

A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.

O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.

A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.

A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.

Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.

O congresso nunca teve uma sessão plenária de facto: as sessões eram informais entre as grandes potências. Devido à maior parte dos trabalhos ser feito por estas cinco potências (com, algumas questões dos representantes de Espanha, Portugal, Suécia e dos estados alemães), a maioria das delegações pouco tinha que fazer, pelo que o anfitrião, Francisco I, Imperador da Áustria, oferecia entretenimento para as manter ocupadas. Isto levou a um comentário famoso pelo Príncipe de Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse (o Congresso não anda; ele dança).


Princípios

As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena foram: o princípio da legitimidade, a restauração, o equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a consagração do conceito de "fronteiras geográficas":

O princípio da legitimidade, defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa, garantindo com isso que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas ao mesmo tempo buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.

O princípio da restauração, que era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução Francesa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.

O princípio do equilíbrio, defendeu a organização equilibrada dos poderes econômico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados sendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica que foi anexada aos Países Baixos.

Outra decisão importante das grandes potências reunidas em Viena foi a consagração da ideia de equilíbrio do poder. Segundo essa perspectiva, considerava-se que só fora possível o fenômeno Napoleão na Europa porque ele havia juntado uma tal soma de recursos materiais e humanos que, aliados à sua capacidade política e militar, provocaram todo aquele período de guerras.

As grandes potências decidiram então dividir os recursos materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma potência não pudesse ser mais poderosa que a outra (equilíbrio de poder); sendo assim, nenhum outro Napoleão se atreveria a desafiar seu vizinho, sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.

Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal como aconteceu com a partilha da Polônia, por exemplo. Tal critério foi crucial para que as minorias étnicas, sentindo-se desprezadas e não representadas, quase à beira da marginalidade social, se revoltassem principalmente contra as nações mais multiétnico-culturais, como exemplo poloneses, sérvios, magiares e eslavos. As revoluções de 1848 foram uma notória consequência, bem evidente em países como a Áustria e os estados germânicos.

Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de manutenção de exércitos. Os estadistas reunidos em Viena foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se de manter forças armadas exatamente para preservar a paz alcançada. A garantia da paz residia, a partir de então, na preservação das fronteiras geográficas estabelecidas justamente para evitar que qualquer potência viesse a romper o equilíbrio, anexando recursos de seus vizinhos e pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras ideológicas", no contexto da Guerra Fria.


Consequências

  •     Reconstrução das monarquias absolutistas;
  •     A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia;
  •     A Áustria anexou a região dos Balcãs;
  •     A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;
  •     O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
  •     A Suécia e a Noruega uniram-se;
  •     A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno;
  •     A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;
  •     Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação;
  •     Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
  •     A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.
  •     O Ducado de Malve foi exaltado Reino de Malve. Tendo Franz Karl Johann Georg Metternich-Winneburg, filho do Chanceler Metternich da Áustria assumido o trono do país, já que era casado com Isadora Marie Nappolaska, filha do Duque Gerard de Malve que foi deposto após a conquista napoleônica. Franz Metternich-Winneburg assumiu para si o nome de Frederic, tornando-se rei aos 17 anos de idade. A união de Frederic e Isadora e a exaltação de Malve como Reino deu origem a uma nova dinastia, a Beilstein - Loctea.
  •     No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105 do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de Maio de 1817, nunca havendo entretanto cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.
  •     Com a derrota de Napoleão e a subsequente paz duradoura na Europa, a Inglaterra aumentou sua influência pelos mares e consequentemente expandiu seus territórios e colônias.


O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:

  •     o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse;
  •     a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador;
  •     medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus;
  •     e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.

 

 
Referências

  1. «Bloy, Marjie (30 de abril de 2002). «The Congress of Vienna, 1 November 1814 – 8 June 1815». The Victorian Web. Consultado em 9 de janeiro de 2009
  2. Article XXXII. See Harold Nicolson, The Congress of Vienna, chap. 9.
  3. «Congesso de Viena (1814 - 1815)». Mundo educação. Consultado em 9 de junho de 2012
  4. «Congesso de Viena». Cola na Web. Consultado em 9 de junho de 2012
  5. «Congresso de Viena, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Portugal». Consultado em 4 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de agosto de 2016
  6. "[Castlereagh, during his stay in The Hague, in January 1813] induced the Dutch to leave their interests entirely in British hands." On page 65 of Nicolson (1946).
  7.  «Conservadores restauram o Antigo regime». UOL - Educação. Consultado em 9 de junho de 2012


Bibliografia

  •     King, David (2008). Vienna 1814; how the conquerors of Napoleon made love, war, and peace at the Congress of Vienna. [S.l.]: Crown Publishing Group. p. 334. ISBN 978-0-307-33716-0
  •     Magnoli, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 85-7244-396-7
  •     , Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity, 1812-1822. Grove Press, 2000. ISBN 080213744X

Fonte: Wikipédia