Sociologia: Karl Marx na prova de Ciências Humanas do ENEM



Quem foi Karl Marx

Você provavelmente já ouviu falar da importância do marxismo para se entender o funcionamento do capitalismo e pensar formas de organização alternativas. Também sabe da necessidade de aprender o assunto para a prova de Sociologia.

Afinal, quem foi Karl Marx? Nascido na Alemanha em 1818, Marx foi um filósofo e sociólogo que influenciou todas as áreas de estudo e organização do mundo humano. Até hoje, sua obra retrata de maneira sofisticada as relações de trabalho e as formas de exploração.

Nesse sentido, a grande importância de seu pensamento é a contribuição única que oferece para se compreender a sociedade capitalista. Como o sistema econômico da humanidade continua a seguir mais ou menos a mesma lógica, suas ideias permanecem atuais.

Também por esse motivo, a biografia, as obras e as teorias de Marx são sempre cobradas no Enem. Elas podem entrar na prova de Sociologia, mas também em questões de intertextualidade ou na redação. Estude com atenção e procure fontes diversas de informação, como os podcasts do Enem.

 

Quais são as bases de sua teoria

A melhor maneira de compreender pra valer a teoria de Karl Marx no Enem é destacar os seus conceitos mais importantes. Embora eles estejam conectados, é mais fácil entender separadamente o que são classes sociais, luta de classes, proletariado, mais-valia, alienação e força de trabalho.

 

Classes sociais

No pensamento de Marx, a palavra “classe” quer dizer um conjunto de pessoas que compartilha relações similares de trabalho e de acesso a meios de produção. De certa maneira, o termo é um ponto de partida, pois toda a sua obra busca analisar a distribuição desigual das classes no processo de produção.

 

Luta de classes

Segundo Marx, as classes seriam, também, resultado de uma divisão do trabalho e das forças produtivas que permite a uma classe ter lucro a partir da exploração de outra. Nesse ponto, começam a se desenhar conflitos que são chamados de luta de classes.

A classe que domina os meios de produção, conhecida como classe dominante, explora a classe operária do proletariado. Essa opressão resulta em uma luta política que busca basicamente reorganizar a estrutura da produção de uma maneira mais justa.

 

Proletariado

“O proletariado é a classe da sociedade que retira sua subsistência unicamente da venda de seu trabalho e não do lucro de um capital qualquer”. Essa frase de Engels, principal parceiro de Marx, define bem o que o termo significa.

Em outras palavras, o proletariado é aquela classe social que tem sua existência definida pela demanda de trabalho. É a massa de operários, explorada pela burguesia e pelos empresários que dominam os meios de produção.

 

Mais-valia

Segundo Marx, a dinâmica de exploração capitalista está integrada ao sistema econômico que regula o próprio processo de produção. O termo “mais-valia” significa, assim, o excedente daquilo que é produzido, que está acima do necessário para o patrão sobreviver.

O valor é medido em tempo de trabalho, logo a mais-valia pode ser entendida como a quantidade de tempo de trabalho roubada do trabalhador para que o capitalista lucre. Por exemplo, suponha que em duas horas de atividade o trabalhador produza o suficiente para pagar o seu salário. O tempo restante que ele fica trabalhando sem receber por isso é a mais-valia.

 

Alienação

É o processo pelo qual as pessoas de uma classe se tornam alheias ou estranhas ao mundo em que vivem. A alienação pode existir em muitos níveis. Por exemplo, as pessoas podem ser alienadas:

  • em relação às coisas que elas mesmas produzem;
  • em relação à natureza em que vivem;
  • em relação às outras pessoas;
  • em relação a si mesmas e às suas possibilidades humanas.

 

Força de trabalho

A combinação das capacidades físicas e mentais de um ser humano para realizar trabalho útil é conhecida como força de trabalho. Através dela, o operário agrega valor às mercadorias que produz. Quando o trabalhador não recebe por esse valor, configura-se a mais-valia.

 
O movimento Marxista

O marxismo é um movimento de ação crítica contra o capitalismo e sua exploração. Ao mesmo tempo, é uma corrente ampla da teoria social. Ele se origina com os trabalhos científicos e políticos de Marx e Engels, nos anos 1840.

É importante lembrar que Marxismo, Socialismo e Comunismo não são sinônimos. Em linhas gerais, o marxismo é um método de análise socioeconômica para compreender relações de classe e outros aspectos. Ele serve de inspiração para organizações políticas.

Como consequência, ele trouxe mobilizações de classes trabalhadoras na luta por melhores condições. De maneira geral, as principais influências do marxismo são o idealismo alemão de Hegel, a economia política de Adam Smith e a teoria política do socialismo utópico francês. São pilares conectados às provas de Filosofia e História no Enem.

 
Os impactos do movimento Marxista na atualidade

O mundo atual passou por grandes transformações e, em muitos sentidos, refletir sobre o trabalho e a exploração se tornou algo ainda mais complexo. Um gigante como a China, país com histórico comunista, hoje é a principal potência de um mundo capitalista.

China e outros governos, como Cuba e Rússia, trazem impactos do marxismo mas não se resumem a isso. Tudo deve ser entendido em um contexto global complexo. A história do mundo envolve disputas intensas de poder, guerras e embargos econômicos — como demonstram os interesses em torno do petróleo e a crise na Venezuela.

 

Fonte:  Dicas Vestibulares


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