“O escravo
foi amarrado, foi despido, foi conduzido ao seio do cafezal. Fizeram-no
deitar: e cortaram-no a chicote, por todas as partes do corpo: o negro
transformou-se em Lázaro; o que era preto se tornou vermelho.
Envolveram-no em trapos… Irrigaram-no a querosene: deitaram-lhe fogo…"
Trecho
de uma carta escrita pelo escritor, advogado, jornalista, abolicionista
e político influente Luiz Gama ao amigo escritor, advogado, jornalista,
abolicionista e dramaturgo José Ferreira de Menezes.
O texto é datado de 18 de dezembro de 1880, menos de dois anos antes da morte de Luiz Gama.
Temos
que ter a consciência que a liberdade dos negros não foi um ato de
bondade de um princesa ao assinar uma lei. A liberdade dos negros foi
fruto de muita luta e muito derramamento de sangue!
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A
consciência da conquista da liberdade, em lugar da ideia de que este
direito foi uma concessão adquirida por meio da abolição da escravatura,
mexeu com jovens negros de Porto Alegre, em 1971. Neste ano, imbuídos
desse pensamento, eles se reuniram no centro da capital gaúcha para
debater se o dia 13 de maio – 1888, assinatura da Lei Áurea – seria, de
fato, a data de referência e celebração para o povo negro.
Em
meio à discussão, o grupo reunido sugeriu uma nova data, a qual, de
acordo com eles, representaria de maneira coerente, a luta dos
ex-escravizados pela conquista do direito de liberdade e cidadania. A
data apontada foi 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, o qual foi líder do maior reduto de resistência à escravidão no período colonial, o Quilombo dos Palmares.
Tal encontro tornou-se um marco para um movimento diferente da população negra no Brasil.
A partir dali, a busca pela integração social, que se dava pela
assimilação cultural e estética da sociedade branca brasileira, passou a
acontecer por meio do fortalecimento da identidade negra, através do
orgulho e da afirmação das características afrodescendentes.
Nos
anos seguintes, manifestações relembrando figuras negras históricas,
esquecidas pelos jornais e livros didáticos, passaram a acontecer todo
dia 20 de novembro, em vários municípios brasileiros. A data marcada como o Dia da Consciência Negra virou símbolo de valorização cultural, histórica e política da população negra no país.
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Revoltas
Nativistas: definidas como uma série de conflitos entre colonos,
geralmente pela defesa de privilégios por parte dos membros da elite
colonial. Aqui, não há o sentimento de separação nem o nacionalismo.
Revoltas
Separatistas ou Emancipacionistas: caracterizadas por um forte apelo de
separação da Metrópole (Portugal). Nessas revoltas, há a presença do
nacionalismo, ainda que diferente do conceito presente nos dias atuais.
QUAIS AS CAUSAS DAS REVOLTAS COLONIAIS?
REVOLTAS NATIVISTAS:
Aclamação de Amador Bueno (SP): pelo aumento da pressão de Portugal sobre a colônia brasileira;
Insurreição
Pernambucana de 1817 (PE): para expulsar os Holandeses, nela ocorreu um
sentimento de união que está relacionado ao surgimento do Exército
Brasileiro;
Guerra dos Bárbaros (BA): índios (cariris) se revoltam contra a ocupação de suas terras;
Revolta dos Beckman (MA): irmãos Beckman contra a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e os jesuítas;
Guerra dos Emboabas (MG): conflito pela dominação do território para exploração de ouro;
Guerra dos Mascates (PE): conflito entre Olinda e Recife (mascates), por esta ter sido elevada à categoria de vila;
Revolta
de Filipe dos Santos (Vila Rica-MG): devido a instalação das Casas de
Fundição que exploravam de forma abusiva o ouro circulado na colônia;
Guerra
Guaranítica (RS): por causa do Tratado de Madri que, por meio do Uti
Possidetis estabelecido por Alexandre Gusmão, estabelecia as posses de
Sacramento e dos 7 Povos, a Espanha e Portugal, respectivamente.
REVOLTAS SEPARATISTAS:
Inconfidência Mineira (Vila Rica-MG): elite incentivada pela Derrama, dispositivo fiscal para cobrança de imposto;
Conjuração Baiana: popular, única revolta que visava o fim da escravidão;
Revolução Pernambucana: elitista, criou um governo provisório independente de Portugal.
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Hoje, 6 de março, é comemorado em todo o estado de Pernambuco, o feriado da Data Magna, instituído pela Lei estadual nº 16.059/2017. Mas o que significa DATA MAGNA DE PERNAMBUCO?
A Data Magna de Pernambuco faz alusão à Revolução Pernambucana de 1817, considerada um marco na história do Brasil, onde o estado deu o primeiro passo para tornar o Brasil um país independente.
Durante 75 dias, Pernambuco se tornou independente do Brasil e da Coroa Portuguesa, com o apoio dos estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A República, apesar de curta, deixou um legado inigualável.
CARTA MAGNA OU DATA MAGNA DE PERNAMBUCO?
Muita gente se confunde com o termo utilizado para o feriado em Pernambuco, porém há diferenças nos termos.
Carta Magna é o nome atribuído a um documento que, na Idade Média, serviu para trazer limitações ao poder real em relação aos nobres.
Atuando como uma espécie de Constituição, ainda que esse conceito não fosse aplicado à época. Podendo se dizer que a carta magna é a Constituição do Estado.
Já a Data Magna é o marco que se refere aos movimentos libertários eclodidos em 6 de março de 1817.
O 9 de janeiro de 1822 entrou para a história como o dia em que Dom Pedro I publicamente declarou que ficaria no Brasil e não retornaria para Portugal. Ele, então, disse a famosa frase:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico.”
Dentro do processo de independência do Brasil, o Dia do Fico foi muito importante porque significava que as ordens vindas de Portugal não seriam mais cumpridas na colônia. Além disso, esse processo ganhava um líder, o príncipe regente Dom Pedro I, que estava determinado a não cumprir essas ordens e permanecer no Brasil.
Em maio de 1822, foi decretada uma ordem, conhecida como “Cumpra-se”, que determinava que todas as ordens emitidas em Portugal só teriam validade no Brasil se fossem legitimadas pelo príncipe regente. Em junho de 1822, foi decretada a convocação para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil. Essas duas medidas reforçaram a visão de que D. Pedro possuía apoio interno suficiente para desafiar as cortes portuguesas.
A postura das cortes portugueses permaneceu irreconciliável e intolerante com os interesses brasileiros. No dia 28 de agosto, novas ordens de Lisboa chegaram ao país: D. Pedro deveria retornar imediatamente a Portugal, os privilégios da abertura do país seriam revogados e os ministros de D. Pedro, presos por traição.
A ordem convenceu Maria Leopoldina de que a ruptura entre Brasil e Portugal deveria acontecer de imediato e, em 2 de setembro, ela assinou o decreto de independência para, logo em seguida, despachá-lo com urgência para D. Pedro, que estava em viagem a São Paulo. O príncipe regente foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga.
Esse não é o fim... É o começo de um novo capítulo da HISTÓRIA DO BRASIL!
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A chamada Revolução Liberal do Porto foi uma revolta de caráter civil e militar que teve seu epicentro na cidade de Porto, em Portugal, no dia 24 de agosto de 1820. Como o próprio nome indica, tal revolução possuía um viés liberal, isto é, estava orientada segundo princípios do liberalismo político, que se opunha à tradição absolutista que ainda vigorava à época nos países ibéricos (Portugal e Espanha). Para compreendermos o impacto que essa revolução teve na história de Portugal (e também do Brasil), precisamos nos ater a seu contexto.
Para entender a Revolução do Porto e os objetivos que ela almejava, é necessário sabermos que, com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, e a sua posterior sagração como imperador, em 1804, diversas guerras por conquista de território foram desencadeadas pelo exército francês. Portugal, que não se alinhou com a política de Napoleão, foi uma das nações diretamente afetadas por tais guerras. O território português foi invadido pela primeira vez pelo exército francês em 1807, o que provocou a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil.
O principal aliado político, econômico e, sobretudo, militar de Portugal nessa época era a Inglaterra. Foram navios ingleses que escoltaram a família de D. João VI no oceano Atlântico e foi o exército britânico que entrou em guerra contra os franceses, em 1808, em solo português, em virtude da ocupação realizada por esses últimos. Entre 1807 e 1811, Portugal sofreu três invasões francesas, fatos que sempre geravam nova tensão social e novos conflitos armados. Essa situação desgastante passou a afetar o tecido social civil e militar português, haja vista que, em meio a todos os problemas enfrentados, o príncipe regente (D. João VI) não se encontrava em solo pátrio.
Em 1815, Napoleão foi preso e exilado na ilha de Santa Helena. A ameaça francesa acabou e os rumos da política da Europa mudaram novamente. Muitos aristocratas queriam o restabelecimento do Antigo Regime absolutista, tal como vigorava antes da Revolução Francesa de 1789. Entre os portugueses, a situação complicava-se ainda mais, haja vista que o país nesse período passou a ser tutelado por um inglês chamado William Beresford, com a anuência do príncipe regente D. João VI.
Em 1817, um general chamado Gomes Freire de Andrade tentou organizar uma conspiração de matiz liberal, mas não obteve nenhum sucesso. Esse acontecimento, entretanto, foi um prenúncio do que viria depois. O fato é que esse general foi executado a mando de Beresfod, no Forte de S. Julião da Barra, o que gerou uma indignação profunda entre os portugueses. No ano seguinte, uma sociedade secreta conspiracionista foi criada com o nome de Sinédrio e era liderada por Manuel Fernandes Tomás. Foi essa sociedade secreta que gestou a Revolução de 1820, isto é, preparou-a cuidadosamente ao longo de dois anos.
Em 24 de agosto de 1820, de madrugada, os membros do “Sinédrio”, entre eles muitos militares, marcharam sobre a cidade do Porto a fim de demonstrarem a sua disposição em levar a cabo uma revolução de grandes proporções, haja vista que o grupo contava com um apoio massivo da população. Em sua exposição geral, a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, nome adotado pelos líderes do movimento, declarou-se como o governo oficial provisório de Portugal e exigia uma ação principal: o retorno de D. João VI para Portugal e convocação das Cortes gerais para que uma Constituição fosse elaborada para o país. Essa Constituição deveria ter grandes influências do pensamento liberal.
O fato é que a Revolução do Porto não teve um caráter de transformação radical das estruturas de poder em Portugal, tal como ocorrera na França, em 1789, mas um caráter reformador. O que os revolucionários queriam era uma Monarquia Constitucional. D. João VI acatou o pedido dos revolucionários e regressou a Portugal em 1821. Esse acontecimento foi decisivo para a história do Brasil também, uma vez que determinou a permanência entre nós do filho de D. João VI, D. Pedro, que tornou nosso país independente um ano após o início da reunião das Cortes.
Mas essa HISTÓRIA de Dom Pedro ficar no Brasil a gente verá no próximo post!
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A Revolução Pernambucana foi um movimento revolucionário de caráter separatista e republicano que se iniciou em Recife em 1817. Essa rebelião manifestava a insatisfação das elites locais com os altos impostos cobrados pela Coroa portuguesa e também das classes populares com a desigualdade existente. Esse movimento, que se estendeu por pouco mais de dois meses, foi violentamente reprimido pelas autoridades portuguesas.
Contexto
A Revolução Pernambucana foi resultado da insatisfação local, tanto das elites quanto das camadas populares, com as medidas implantadas por ordem de D. João VI, rei de Portugal. Esse descontentamento foi intensificado com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808. A família real e a aristocracia portuguesa mudaram-se para o Brasil fugindo da invasão francesa em Portugal.
A chegada de D. João VI ao Brasil causou uma série de transformações que desagradaram, principalmente, as elites locais. O rei português impôs novos impostos sobre a Capitania de Pernambuco para financiar os luxos da Corte portuguesa no Rio de Janeiro e para custear as campanhas militares promovidas por D. João VI no sul do Brasil.
Outros impostos também foram criados, como a taxação sobre o açúcar e o algodão, principais produtos da economia local. Além disso, os habitantes de Recife pagavam um imposto que era utilizado para financiar a iluminação pública do Rio de Janeiro. Essa pesada carga de impostos ampliou a insatisfação, principalmente porque a economia de Pernambuco estava em crise pela baixa produção de açúcar e algodão, resultado de uma forte seca que ocorreu em 1816.
Para intensificar esse clima político nessa região, houve também a forte influência dos ideais iluministas e das revoluções liberais que tinham acontecido na França e nos Estados Unidos. A divulgação dos ideais iluministas em Pernambuco foi feita por uma loja maçônica chamada Areópago de Itambé, que reunia as elites locais. O Seminário de Olinda também foi um importante centro irradiador desses ideais.
Além disso, é importante destacar que a presença da família real no Brasil desagradou as elites no sentido que D. João passou a distribuir cargos e privilégios para portugueses em Pernambuco. Essa ação do rei prejudicou as elites locais e contribuiu para fortalecer o antilusitanismo na região.
Por fim, havia ainda um histórico de rebeliões na região de Pernambuco, como a Insurreição Pernambucana e a Guerra dos Mascates. No século XIX, a insatisfação pernambucana com as medidas da Coroa levou também a uma conspiração conhecida como Conspiração dos Suassunas que, no entanto, foi denunciada e desmontada pelas autoridades em 1801.
Bênção das bandeiras da Revolução de 1817, óleo sobre tela de Antônio Parreiras.
Revolução Pernambucana
Diferentemente da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana foi o único movimento de caráter separatista e republicano que conseguiu superar a fase conspiratória. Os revolucionários pernambucanos conseguiram tomar o poder local e mantê-lo durante um período de pouco mais de dois meses.
A Revolução Pernambucana foi elaborada e organizada por membros das elites locais, mas, assim que o movimento foi iniciado, contou com a adesão das classes populares. Os historiadores apontam que pequenos comerciantes, artesãos, padres, membros do exército, além de grandes proprietários e ilustres, participaram desse movimento.
A revolta foi deflagrada em 6 de março de 1817, quando o capitão José de Barros Lima assassinou o brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro. Barros Lima reagiu ao receber voz de prisão do brigadeiro por estar envolvido em uma conspiração contra as autoridades portuguesas.
Depois disso, a rebelião espalhou-se por Recife, e os revolucionários conseguiram conquistar a cidade. O governador local, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, assim que o movimento estourou, escondeu-se no Forte do Brum e logo em seguida embarcou para a cidade do Rio de Janeiro.
Os revolucionários, vitoriosos, implantaram um Governo Provisório que realizou diversas mudanças na Capitania de Pernambuco:
Foi proclamada a República na Capitania;
Implantada a liberdade de imprensa;
Implantada a liberdade de credo;
Aumento no soldo dos soldados;
Mantida a escravidão africana.
Essas foram algumas das medidas implantadas com o início da Revolução Pernambucana, que também elaborou um projeto constitucional e uma nova bandeira para Pernambuco – bandeira essa que, com pequenas diferenças, é até hoje utilizada para representar esse estado. Com o movimento vitorioso, os revolucionários procuraram expandir a revolta e buscar apoio. Com isso, eles buscaram estender a revolta para as localidades vizinhas como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Assim, foram enviados emissários pernambucanos para diferentes partes do Brasil e também do exterior. Os emissários enviados para a Bahia foram aprisionados e executados pelas autoridades locais, e um emissário chamado Cruz Cabugá foi enviado para os EUA com 800 mil dólares para comprar armas, contratar soldados e conseguir o apoio do governo americano para o movimento pernambucano.
A repressão da Coroa portuguesa foi intensa e, por ordem de D. João VI, uma frota foi encaminhada para bloquear o porto do Recife. Além disso, soldados foram enviados por terra da Bahia para atacar essa cidade. O cerco à capital pernambucana fez com que os revolucionários fossem rendidos no dia 20 de maio de 1807.
Os líderes do movimento tiveram punições exemplares e muitos foram enforcados ou arcabuzados – correspondente da época para fuzilamento. Um dos líderes do movimento, Domingos José Martins, foi arcabuzado, e outros envolvidos, além de mortos, foram martirizados. Vigário Tenório, por exemplo, foi enforcado, teve as mãos e cabeça arrancados e o corpo arrastado pelas ruas de Recife.
Três anos depois, os problemas vieram de Portugal quando estourou a Revolução Liberal do Porto, em 1820. Os acontecimentos dessa última é que precipitaram o processo de independência aqui. Mas esse é um assunto para nossa próxima publicação!
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A independência do Brasil foi declarada em 1822, mas esse acontecimento tem relação direta com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. A vinda da corte portuguesa para a colônia aconteceu devido à invasão de Portugal realizada pelas tropas napoleônicas, em 1807. À época, Portugal tinha D. Maria como rainha e D. João como príncipe regente.
A vinda da família real para o Brasil resultou em transformações profundas nas áreas cultural, comercial e econômica, e deu abertura para um processo político que resultou na independência da colônia. A primeira grande medida decretada por D. João VI (ele só se tornou de fato D. João VI em 1816) foi a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas, e isso permitiu que os comerciantes brasileiros negociassem diretamente com comerciantes ingleses.
D. João VI também tomou uma série de medidas que incentivaram o desenvolvimento cultural e a modernização do Brasil, demonstrando o intuito de torná-lo uma parte integrante do reino português e não apenas uma colônia. Isso aconteceu em 16 de dezembro de 1815, quando o Brasil foi elevado à condição de reino. A partir daí, Portugal passou a chamar-se Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
O grande objetivo disso era manter os colonos satisfeitos com Portugal e evitar que o Brasil seguisse o caminho da revolução — como havia acontecido na relação EUA e Inglaterra. Apesar dos avanços, a presença portuguesa no Brasil gerou atritos, e o caso simbólico desses foi a Revolução Pernambucana de 1817. Mas isso é um história para a próxima postagem!
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A data celebra um direito básico dos cidadãos, e uma fase da vida
onde nos dedicamos à busca do conhecimento, através do estudo constante
sobre os temas que nos rodeiam.
Uma boa educação e um bom ensino escolar ajudam a formar uma
sociedade sólida e com senso crítico apurado para solucionar crises,
além de formar profissionais qualificados.
Como surgiu o Dia do Estudante?
Tudo começou em 11 de agosto de 1827, quando o
Imperador D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de
ensino superior do país nas áreas de Ciências Jurídicas e Ciências
Sociais. Eles tiveram lugar nas faculdades de Direito de Olinda, em
Pernambuco, e na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São
Paulo.
Antes, o acesso aos cursos superiores era limitado às famílias com
posses, que tinham de deixar o Brasil para estudar na Europa.
Entretanto, segundo a história, esses não foram os primeiros cursos
superiores do país. Os primeiros datam de 1808, embora a criação das
universidades tenha sido aprovada anos depois.
A relação do Dia do Estudante com a criação dos cursos de Direito é
marcada pela importância que as Ciências Jurídicas têm na história da
educação do nosso país.
Na comemoração dos 100 anos do curso de Direito, em 1927, o advogado Celso Gand Ley,
um dos participantes da celebração, propôs que o dia 11 de agosto
ficasse registrado como o Dia Nacional do Estudante, que também pode ser
chamado de "Dia do Aluno".
Esta data também possui outro significado bastante importante para a
classe, pois em 11 de agosto de 1937 nascia a União Nacional de
Estudantes - UNE, que protege os direitos e deveres de todos os alunos
do país.
O SUPER REFORÇO PARABENIZA TODOS OS NOSSOS ESTUDANTES/ALUNOS DE NOSSAS UNIDADES EM RECIFE E OLINDA!
A Constituição Brasileira de 1934, promulgada em 16 de julho pela Assembleia Nacional Constituinte (com 187 artigos), foi redigida "para organizar um regime democrático, que assegure à Nação, a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico", segundo o próprio preâmbulo. Ela foi a que menos durou em toda a História Brasileira: vigorou por apenas três anos (1934-1937), mas vigorou oficialmente apenas um ano (suspensa pela Lei de Segurança Nacional). Ainda assim, ela foi importante por institucionalizar a reforma da organização político-social brasileira, estabelecendo a democracia brasileira — não com a exclusão das oligarquias rurais, mas com a inclusão dos militares, classe média urbana, operários e industriais no jogo de poder.
A chamada Revolução de 1930, liderada pelos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, aconteceu após a vitória do paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais de 1930.A candidatura de Prestes só foi possível porque as lideranças políticas do estado de São Paulo romperam a aliança que mantinham com as lideranças do estado de Minas Gerais.
Conhecida como política do “Café-com-leite”, essa aliança era um combinado de que os dois estados iriam se revezar, um de cada vez, na Presidência da República.
E é aí que tudo deu errado: Prestes seria o segundo Presidente consecutivo de São Paulo!
Minas Gerais, não aceitando a “traição” paulista, se uniu a outros estados em apoio ao candidato da oposição, o gaúcho Getúlio Vargas. A revolta derrubou o governo e impediu a posse de Prestes como Presidente.Foi nesse contexto que foi proposta a promulgação de um novo texto constitucional, que ficou conhecido como a Constituição da República Nova.
Dentre suas principais inovações, destacam-se a ampliação do direito de voto às mulheres, a instituição do voto secreto e a criação de diversos direitos trabalhistas, como o salário mínimo e a jornada diária de 8 horas.
Também conhecida como Revolta de Vila Rica, este movimento nativista ocorreu no ano de 1720, na região das Minas Gerais, durante o período do Ciclo do Ouro.
A região de Minas Gerais produzia muito ouro no século XVIII. A coroa portuguesa aumentou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança ocorria nas Casas de Fundição.
Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a África era a principal).
Causa e Objetivo
Os donos das minas estavam sendo prejudicados com as novas medidas da Coroa para dificultar o contrabando do ouro em pó. A Coroa Portuguesa decidiu instalar quatro casas de fundição, onde todo ouro deveria ser fundido e transformado em barras, com o selo do Reino (nessa mesma ocasião era recolhido o imposto de cada cinco barras, uma ficava para a Coroa portuguesa).
Assim, só poderia ser comercializado o ouro em barras com o selo real, acabando com o contrabando paralelo do ouro em pó e consequentemente, com o lucro maior dos donos das minas. Então, esses últimos organizaram essa revolta para acabar com as casas de fundição, com os impostos e com o forte controle em cima do contrabando.
O líder e suas ideias
Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a atenção das camadas mais populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das Casas de Fundição e a diminuição da fiscalização metropolitana.
A Revolta
A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas.
Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas para que invadissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos, considerado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
Consequências da Revolta
Como consequências, a Coroa procurou limitar as vias de acesso às Minas e o escoamento da produção, visando inibir o contrabando e a evasão fiscal. Para facilitar essa tarefa, foi criada a Capitania de Minas Gerais, separada da Capitania de São Paulo.
Os revoltosos realizaram uma marcha até a sede do governo da capitania em Mariana, e como o governador Conde de Assumar não tinha como barrar a força dos donos das minas, ele prometeu que as casas de fundição não seriam instaladas e que o comércio local seria livre de impostos. Os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde haviam saído. Aproveitando a trégua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas casas foram incendiadas. Muitos deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi condenado e executado. Assim, essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente sufocada pelo governo.
Felipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de fundição.
Por seu caráter nativista e de protesto contra a política metropolitana, muitos historiadores consideram este movimento como um embrião da Inconfidência Mineira (1789).
As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre interesses nativistas e interesses separatistas.
O Brasil foi colonizado por Portugal a partir de 1500, mas a efetiva exploração do território não começou no mesmo ano. Inicialmente, os portugueses apenas extraíam das terras brasileiras o pau-brasil que era trocado com os indígenas. Na falta de metais preciosos, que demoraram ser encontrados, esse tipo de relação de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando a ameaça de perder a nova terra e seus benefícios para outras nacionalidades aumentou.
Com o desenvolvimento da exploração do Brasil em sentido colonial, ou seja, tudo que era produzido em território brasileiro iria para Portugal, a metrópole e detentora dos lucros finais. Esse tipo de relação estava inserido na lógica do Mercantilismo que marcava as ligações de produção e lucro entre colônias e suas respectivas metrópoles. O modelo que possui essas características é chamado de Pacto Colonial, mas as recentes pesquisas de historiadores estão demonstrando novas abrangências sobre a rigidez desse tipo de relação comercial. Ao que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido como se disse por muitos anos, a colônia tinha certa autonomia para negociar seus produtos e apresentar seus interesses.
De toda forma, é certo que o tipo de relação entre metrópole e colônia envolveu a prática da exploração. O objetivo das metrópoles era auferir o máximo de lucros possíveis com a produção das colônias. No Brasil, antes do ouro ser encontrado e causar grande alvoroço, a cana-de-açúcar era o principal produto produzido, na região Nordeste.
A exploração excessiva que era feita pela metrópole portuguesa teve seus reflexos de descontentamento a partir do final do século XVII. Neste, ocorreu apenas um movimento de revolta, mas foi ao longo do século XVIII que os casos se multiplicaram. Entre todos esses movimentos, podem-se distinguir duas orientações nas revoltas: a de tipo nativista e a de tipo separatista. As revoltas que se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conflitos ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da elite colonial. Somente as revoltas de tipo separatista que pregavam uma independência em relação a Portugal.
Entre as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de Beckman, Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e a Revolta de Filipe dos Santos.
São revoltas separatistas: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
A Revolta dos Beckman ocorreu no ano de 1684 sob liderança dos irmãos Manuel e Tomas Beckman. O evento que se passou no Maranhão reivindicava melhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi a única revolta do século XVII.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito que ocorreu entre 1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconteceu porque os bandeirantes paulistas queriam ter exclusividade na exploração do ouro recém descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portugueses chegavam à colônia para investir na exploração. A tensão culminou em conflito entre as partes.
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, entre 1710 e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife. A elevação de Recife à categoria de vila desagradou a aristocracia rural de Olinda, gerando um conflito. O embate chegou ao fim com a intervenção de Portugal e equiparação entre Recife e Olinda.
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu em 1720. O líder Filipe dos Santos Freire representou a insatisfação dos donos de minas de ouro em Vila Rica com a cobrança do quinto e a instalação das Casas de Fundição. A Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos à morte e encerrou o movimento violentamente.
A Inconfidência Mineira, já com caráter de revolta separatista, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a exploração dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deflagrado e acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal.
A Conjuração Baiana, também separatista, ocorreu em 1798. O movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de Portugal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela Coroa Portuguesa.
Fontes:
Donato, Hernâni. Dicionário das batalhas brasileiras. São Paulo: Ibrasa, 1987.
Jaboatão dos Guararapes é um município brasileiro do estado de Pernambuco, Região Nordeste do país. Está localizado na Região Metropolitana do Recife, situando-se a sul da capital do estado, da qual dista cerca de 18 km. Ocupa uma área de 258,7 km², estando 23,6 km² formando o perímetro urbano e os 233,7 km² restantes formando a zona rural do município. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020 sua população era de 706 867 habitantes, sendo, desta forma, o segundo município mais populoso do estado, além disso, a cidade é o maior município sem ser capital no norte- nordeste, sendo também, maior fora do eixo Rio-São Paulo.
As terras que formam o atual território municipal foram concedidas por Duarte Coelho, em 1566, a Gaspar Alves Purga e Dona Isabel Ferreira, com o objetivo de desenvolver a produtividade das terras. Numa extensão de uma légua, foi instalado o engenho São João Batista, o qual foi vendido em 1573 a Fernão Soares, cuja herdeira, Maria Feijó, foi casada com o português Antônio Bulhões, havendo a mudança do nome do engenho para Bulhões. O município foi fundado sob o nome de Jaboatão em 4 de maio de 1593 por Bento Luiz de Figueirôa, o terceiro proprietário do antigo Engenho São João Batista. A cidade é conhecida como "Berço da Pátria", por ter sido palco da Batalha dos Guararapes, travada em dois confrontos, em 1648 e 1649. Nesta batalha, pernambucanos e portugueses expulsaram os invasores holandeses do seu território. Em 1989, o município passou a chamar-se "Jaboatão dos Guararapes", parte em homenagem ao Monte dos Guararapes, local onde ocorreu a batalha, que foi parte da Insurreição Pernambucana e parte para barrar diversas tentativas de emancipação do Distrito de Prazeres, por este motivo a sede da prefeitura foi transferida do centro do município para o distrito de Prazeres, porém ao mudar o local da sede do município o nome deste deve ser mudado, por este motivo acrescentou-se o "dos Guararapes" ao antigo nome do município passando assim a Jaboatão dos Guararapes o mesmo ocorreu com a bandeira, foi acrescida do texto "dos Guararapes".
Jaboatão dos Guararapes destaca-se por sua indústria, possuindo o terceiro maior PIB industrial de Pernambuco e estando situado numa região estratégica de desenvolvimento econômico de Pernambuco, junto com as cidades de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, localizando no caminho entre Recife e o Porto de Suape, que é o principal polo de investimentos do estado. É cortado pelas principais rodovias do estado, a BR-101 (de norte a sul), a BR-232 (de leste a oeste) e o futuro Arco Metropolitano, que tem em seu projeto um traçado no sul do município. Juntamente com outros municípios da sua região, Jaboatão faz parte do Território Estratégico de Suape, criado pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM) para delimitar a área de influência do Complexo Industrial e Portuário de Suape.
HISTÓRIA
Na época das capitanias hereditárias os donatários concediam lotes,
em regime de sesmarias , para desenvolver a produtividade das terras. Em
1566 , por uma carta de sesmaria lavrada na vila de Olinda, Duarte de
Albuquerque Coelho (segundo donatário de Pernambuco) concedeu a Gaspar
Alves de Pugas uma légua de terras situadas nas margens do rio Jaboatão,
judicialmente demarcadas em 1575. Grande parte dessa sesmaria foi
vendida, em 15 de setembro de 1573, a Fernão Soares, que, juntamente com
seu irmão, Diogo Soares, construiu o Engenho Nossa Senhora da Assunção
(posteriormente Suassuna), o qual começou a moer em 1587. Gaspar Alves
de Pugas ainda ficou com uma grande parte da sesmaria, na qual construiu
o Engenho São João Batista (atual Usina Bulhões), que já estava em
atividade em 1575. Em 1584 esse engenho foi comprado por Pedro Dias da
Fonseca, que nove anos depois o revendeu aos portugueses Bento Luiz de
Figueiroa e sua mulher, D. Maria Feijó de Figueiroa, ambos naturais da
cidade do Porto. A escritura pública foi lavrada na vila de Olinda, no
dia 4 de maio de 1593, considerada a data simbólica da fundação de
Jaboatão. Eles se estabeleceram como terceiros proprietários do engenho,
nas terras onde hoje se localiza o município de Jaboatão dos
Guararapes.
Às famílias que para ali afluíram, oriundas principalmente de
Olinda e do Recife, fugindo da invasão do corsário inglês James
Lancaster (1591),
Bento de Figueiroa doou terras para a construção de casas, na parte
situada entre os rios Jaboatão e Duas Unas e na confluência dos mesmos, a
título de aforamento perpétuo; a partir de então teve início o primeiro
núcleo de população. Com o tempo, já desenvolvida a povoação, Bento de
Figueiroa doou um terreno para erigir uma igreja, além de contribuir com
donativos para a construção da mesma e terras para a constituição do
seu patrimônio canônico. A igreja foi erguida sob a invocação de Santo
Amaro e, em 1598, recebeu foros de paróquia. No mesmo ano foi criado um
curato, por D. Antônio Barreiros, terceiro bispo do Brasil,
anteriormente prior da Ordem de S. Bento de Avis; o curato foi provido
em 1609. D. Maria Feijó de Figueiroa morreu no dia 12 de novembro desse
mesmo ano e foi sepultada na capela-mor da igreja matriz, atendendo ao
pedido que constava em seu testamento.
No dia 21 de outubro de 1633 o povoado foi invadido e saqueado por
700 neerlandeses, os quais foram rechaçados pelas tropas comandadas pelo
major Pedro Correia da Gama e pelo capitão Luiz Barbalho Bezerra. No
município ocorreram dois fatos importantes da história pernambucana: as
lutas contra o invasor holandês, travadas nos Montes Guararapes, nos
dias 19 de abril de 1648 e 19 de fevereiro de 1649. No segundo desses
combates saiu ferido Henrique Dias, que morreu anos depois, em consequência dos golpes recebidos.
Segunda Batalha dos Guararapes
Em 20 de dezembro de 1962, pela lei 4692, o distrito de Cavaleiro foi desmembrado do município, emancipando-se como novo município. Em 20 de dezembro de 1963,
pela lei 4964, o distrito de Muribeca dos Guararapes foi também
desmembrado, formando o município de Guararapes. Mandados de segurança
desfizeram esses desmembramento, voltando o município a se integrar
totalmente.
Pela Lei Estadual nº 4, de 5 de maio de 1989, houve uma
reestruturação, transferindo-se a sede administrativa para o então
distrito de Guararapes e o município passou a denominar-se Jaboatão dos
Guararapes. A mesma lei criou o distrito de Jaboatão onde antes era a
sede municipal, integrado ao município de Jaboatão dos Guararapes, e
anexou o território do distrito de Muribeca dos Guararapes ao distrito
sede. A divisão territorial datada de 1 de junho de 1995 ratificou a
divisão do município, que ficou constituído de três distritos: Jaboatão
dos Guararapes (sede), Cavaleiro e Jaboatão, assim mantendo em divisão datada de 2005. No dia 11 de janeiro de 2008 a Lei Complementar nº 2 criou mais dois distritos: Curado e Jardim Jordão.
A importância dos Montes Guararapes no contexto nacional é
reconhecida desde o seu tombamento, em 1961. Ratificando o valor
histórico do sítio onde foram travadas as duas batalhas (1648 e 1649),
foi criado o Parque Histórico Nacional dos Guararapes (PHNG), homologado
através do Decreto nº 68.527, de 19 de abril de 1971. O parque conta
com uma área de 3,63 quilômetros quadrados, sendo que parte desse
território está sob responsabilidade do Exército. O local também é sede
da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes, templo barroco que guarda os restos mortais dos heróis das lutas travadas no local.
Formação administrativa
Em 20 de março de 1764 um alvará criou o distrito de Jaboatão, subordinado a Recife; esse distrito seria elevado à categoria de vila em 24 de maio de 1873, por força da lei provincial 1.093. Essa configuração se manteve até 27 de junho de 1884, quando a lei provincial 1.811 elevou a vila à condição de cidade. Em 11 de setembro de 1928, já na República, com a Lei Estadual n.º 1.931, a cidade ganharia estatuto de município. O nome atual só viria em 5 de maio de 1989, quando a lei estadual n.º 4 rebatizou o município.
GEOGRAFIA
Subdivisões
Compõem o município cinco distritos: Jaboatão dos Guararapes (sede), Cavaleiro, Jaboatão, Curado e Jardim Jordão.
Hidrografia
O município de Jaboatão dos Guararapes está incluído nos domínios dos
Grupos de Bacias Hidrográficas de Pequenos Rios Litorâneos. Seus
principais rios são os rios: rio Jaboatão e rio Tejipió. Os principais afluentes do rio Jaboatão
são os rios Duas Unas, Zumbi, Palmeiras e Muribequinha. Seus principais
açudes são: Palmeira, Mossaiba, Jangadinha, além da Barragem de Duas
Unas.
Clima
O município tem o clima tropical, do tipo As´.
Os verões são quentes e secos. Os invernos são amenos e úmidos, com o
aumento de chuvas; as mínimas podem chegar a 15 °C. As primaveras são
muito quentes e secas, com temperaturas que algumas ocasiões podem
chegar aos 35 °C
Relevo
O município possui três tipos de relevo
em seu território: as Planícies Costeiras, com trechos periódicos ou
permanentemente inundados, com terraços marinhos com altitudes variando
entre um e oito metros. Há, também, áreas com altitudes elevadas,
podendo atingir mais de 100 metros na zona leste do município.
Vegetação
A cobertura vegetal nativa do município é a mata atlântica, composta por floresta perenefólia, floresta caducifólia e manguezal. Hoje resta menos de 3% da cobertura original. A atividade econômica relacionada à cana-de-açúcar foi o principal responsável pelo desmatamento.
Reserva florestal de Manassu
A reserva está localizada no Engenho Manassu e é uma das cinco áreas
de reserva ecológica do município. A reserva constitui uma área de
proteção integral, de acordo com o que diz um decreto estadual de 1987,
que deveria estar sob a responsabilidade e proteção da Companhia
Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH). Devido ao impasse fundiária
entre a Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o decreto ainda não foi validado. A reserva possui 264,24 hectares e é bastante rica em fauna e flora. A região da reserva é cortada pelos rios Manassu e Mussaíba, que nascem no município de São Lourenço da Mata e que são afluentes do rio Jaboatão. Eles encontram-se relativamente bem preservados.
Os impasses entre os dois órgãos citados atrapalham a fiscalização desse refúgio, que está, pouco a pouco, sendo destruído pela extração de madeira na época de festejos juninos. As principais espécies encontradas são: visgueiros, sucupiras, imbiribas, pau-ferro, urucuba, munguba, entre outras.
Solo
Os principais tipos de solos
encontrados no município são: latossolo vermelho amarelo distrófico,
podzólico vermelho amarelo, podzol hidromórfico, solos aluviais, areias
quartzosas marinhas e solos indiscriminados de mangues.
Geologia
O município está incluído, geologicamente, na Província da Borborema,
sendo constituído por complexo gnáissico-migmatítico, rochas
plutônicas, grupo pernambuco (formação cabo), formação barreiras e
depósitos quatemários.
Demografia
Jaboatão dos Guararapes é o segundo maior município de Pernambuco
em população. Segundo a estimativa para 1 de julho de 2018 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população era de 697 636
habitantes,
distribuídos numa área de 258,694 quilômetros quadrados, tendo, assim,
uma densidade demográfica de 2 491,82 habitantes por quilômetro
quadrado.
Religião
A cidade de Jaboatão dos Guararapes tem uma grande diversidade de
igrejas e religiões. Na cidade, cerca de 44% são adeptos do catolicismo.
Porém, também há uma grande porcentagem de evangélicos/protestantes na
cidade (35,2%). Dentre as igrejas evangélicas, a Assembleia de Deus é a maior delas e possui o maior número de adeptos, 62 138. A Igreja Universal também está bem presente com 12 235 membros, a Congregação Cristã no Brasil com 8 315, a Igreja Batista com 8 236, e a igreja Deus é Amor com 6.944. Entre outros grupos cristãos sem relação com evangélicos/protestantes ou católicos, estão os de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que conta com cerca de 11647 membros, e as Testemunhas de Jeová com cerca de 15877. Também destaca-se a Igreja Batista Central do Jaboatão
(IBCJ), que é a igreja independente com maior quantidade de membros,
aproximadamente 6 000. Os Espíritas são cerca de 50 mil pessoas, e
também há na cidade comunidades de Religiões Asiáticas (como Budismo e
Hinduísmo), muçulmanos e Candomblecistas.
ECONOMIA
Segundo dados sobre o produto interno bruto dos municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente ao ano de 2013, a soma das riquezas produzidos no município é de R$ 13 217 350 000,00 reais (o 2° maior do estado).
Sendo o setor de serviços o mais representativo na economia
jaboatonense, somando R$ 6 452 834 000,00 reais. Já os setores
industrial e da agricultura representam R$ 2 409 224 000,00 reais e R$
23 836 000,00 reais, respectivamente. O produto interno bruto per capita do município é de R$ 19 410,36 (o 8° maior do estado).
Serviços
Com um diversificado setor comercial que representa mais de 50% do
produto interno bruto do município, a cidade apresenta grandes bairros
comerciais como Cavaleiro, Jaboatão Centro, e Prazeres. No bairro de Piedade, encontra-se um dos maiores e mais movimentados shoppings de Pernambuco, o Shopping Guararapes.
Indústria
Jaboatão localiza-se entre o Recife e o Porto de Suape: por isso, possui um importante distrito industrial. Estão instaladas, no município, fábricas como a da Coca-Cola, da Unilever, da Arno, da Basf e da Vitarella. Jaboatão também é um importante centro logístico, destacando-se o Centro de Distribuição da Rede Wal-Mart e a Nestlé, possui várias transportadoras entre elas a Rapidão Cometa. Jaboatão receberá a fábrica de Novartis, a empresa suíça que seria instalada no Polo Farmacoquímico e de Biotecnologia em Goiana (PE), vai ser instalada em Jaboatão dos Guararapes. A construção da fábrica de vacinas terá um investimento de 300 milhões de dólares estadunidenses (480 milhões de reais) e vai gerar cerca de 120 postos de trabalho.
CULTURA
Turismo
Possui grande infraestrutura Hoteleira, detém relevante patrimônio
cultural, mas faltam políticas públicas para desenvolver a atividade
turística.
Praias
Jaboatão tem três praias, sendo elas:
Barra de Jangada:
sua extensão é de aproximadamente 400m em praia quebrada, é considerada
regular para banho. Localizada entre a Praia de Candeias ao norte e a
Praia do Paiva no Cabo de Santo Agostinho
ao sul, suas águas são pouco profundas com média intensidade de ondas.
Ainda em Barra de Jangada existe a Ilha do Amor, uma praia de vegetação
intocada que fica próxima à costa ligada a Praia do Paiva por um istmo
de terra.
Candeias:
sua extensão é de aproximadamente 3 quilômetros em praia de trechos
quebrados e trechos ondulados. Localizada entre a Praia de Piedade ao
norte e a Praia de Barra de Jangada ao sul, Candeias é uma das praias
mais bonitas da cidade, seu calçadão é bem localizado com áreas de
esporte e lazer, conta com vários restaurantes em seu entorno.
Piedade: sua extensão é de aproximadamente 4,5 quilômetros de praia quebrada. Localizada entre a Praia de Boa Viagem,
ao norte, e a Praia de Candeias, ao sul, com ondas de média densidade
ocorrendo erosão em alguns trechos, é a praia mais procurada da cidade
nos fins de semana. Em sua orla, encontram-se os melhores hotéis da
cidade, além de boates, bares e restaurantes. Foi divulgado recentemente que sua orla passaria por grandes reformas.
Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora
Foi construída em 1660, possivelmente edificada como pagamento de promessa após a invasão holandesa.
Em 1670 foi criada sua irmandade com rico patrimônio canônico. É uma
capela maneirista que passou para a propriedade da Ordem dos
Beneditinos, depois de sofrer reformas. Chama atenção o belo jardim que a
circunda.
Passou a condição de Paróquia em 2013, anteriormente fazendo parte da
paróquia vizinha, Nossa Senhora das Candeias. Como paróquia, possui
quatro comunidades: Nossa Senhora do Loreto, Nossa Senhora da Conceição,
Divino Mestre e São Sebastião.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
Fica no povoado de Muribeca. Erguida no século XVII, durante a
invasão holandesa, foi depredada e transformada em fortaleza. Em 1781,
foi reconstruída pelo proprietário do Engenho Santo André, Felipe
Campelo. A igreja destaca-se do conjunto por sua proporção e imponência.
Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora / Gruta de Nossa Senhora de Lourdes
O santuário foi construído em 1915, pelo padre italiano Antônio Villar, a pedido de Dom Bosco. Foi erguido sobre um monólito, no Antigo Engenho Suassuna. É de estilo romântico com forma externa bizantina e lá se encontra a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, com 4m de altura. O santuário está vinculado à Basílica de São Pedro, no Vaticano, e concede às pessoas que o visitam as mesmas indulgências da Basílica. Em 1918, deu-se a inauguração da escadaria de 52 degraus que leva à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, sobre a qual foi erguida a Igreja.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
No local mais antigo da cidade, há, hoje, uma praça. E é lá que foi erguida, no século XVII, a Igreja votiva à Nossa Senhora do Rosário, que possui lindos vitrais.
Igreja de Santo Amaro
Foi erguida em 1598, quando os proprietários do Engenho São João Batista doaram o terreno para sua construção. Em 1691, a igreja, já bastante avariada e distante do povoamento, foi transferida para o local atual. É uma das áreas mais elevadas da cidade, o que lhe confere posição de destaque.
Igreja de Nossa Senhora do Livramento
Construída no fim do século XVIII, tem o interior adornado por falsas janelas. Como a maioria das igrejas do município, é um atrativo urbano.
Parabéns a todos os jaboatonenses!
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